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PLANO DE AÇÃO PARA A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL DURANTE E PÓS Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul AOERGS Fundada em 09 de março de 1966 Entidade declarada de Utilidade Pública em 27/09/82 SEDE PRÓPRIA: AV. ALBERTO BINS, 325- CJ./73/74 CEP: 90030-142 PORTO ALEGRE-RS FONE/FAX: 51 3221-3487/32271306 CNPJ: 871355470001-82. Email: aoergs@aoergs.org.br Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul PLANO DE AÇÃO PARA A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL DURANTE E PÓS-PANDEMIA COVID-19 JUSTIFICATIVA PLANO DE AÇÃO PARA A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL DURANTE E PÓS PANDEMIA COVID-19 AOERGS 4 JUSTIFICATIVA A Orientação Educacional tem por objetivo fortalecer e promover espaços para o diálogo entre gestão, docentes, discentes, família e comunidade, visando a humanizar o processo de ensino e aprendizagem, bem como proporcionando condições apropriadas ao estudante para desenvolver- se integralmente em sua cidadania e com dignidade. A partir dessa compreensão, a Associação dos Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul (AOERGS), entidade civil sem fins lucrativos, fundada em 9 março de 1966, busca congregar e promover o trabalho dos profissionais da Orientação Educacional neste Estado. Distribuídos nas diferentes redes, estadual, municipal e particular, os profissionais da Orientação Educacional são respaldados pela Lei nº 5.564, de 21 de dezembro de 1968, que cria a profissão de Orientador Educacional, e pelo Decreto nº 72.846, de 26 de setembro de 1973, que regulamenta a Lei e trata de suas atribuições. Estes profissionais desenvolvem ações que objetivam garantir o direito à Educação de qualidade para todos, considerando a diversidade étnica, racial, cultural, linguística, religiosa e de gênero no contexto escolar. É finalidade precípua da AOERGS promover a Orientação Educacional em todas as redes, pública (federal, estadual e municipal) e privada, reafirmando a importância do trabalho dos profissionais da Orientação Educacional no processo de desenvolvimento integral de todos estudantes. A situação atípica provocada pela pandemia COVID-19, cuja principal forma de proteção à vida e à saúde, até o momento, é o distanciamento físico, segundo a Organização Mundial Saúde (OMS), também afetou o contexto escolar. As escolas públicas e privadas foram fechadas na sua totalidade, no Rio Grande do Sul, no dia 23 de março de 2020, atendendo às medidas sanitárias necessárias para a proteção da vida. Outrossim, é imprescindível pensar diferentes formas e estratégias de trabalho para a Orientação Educacional, considerando os estudantes das diferentes etapas e modalidades da Educação Básica e das redes de ensino, da Educação de Jovens e Adultos, da Educação Infantil ao Ensino Médio, da educação especial, indígena e quilombola, da educação do campo, das escolas urbanas, incluindo os que vivem em situação de rua. A AOERGS tem a intenção, neste Projeto, de contribuir, a partir da ação–reflexão–ação, na elaboração de um planejamento coletivo com diretrizes gerais para a Orientação Educacional no RS, que dê conta dessa multiplicidade de realidades e contextos na condição de distanciamento social e de um provável retorno presencial às escolas, quando houver total segurança. OBJETIVO GERAL PLANO DE AÇÃO PARA A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL DURANTE E PÓS PANDEMIA COVID-19 AOERGS 6 A AOERGS visa a subsidiar os Orientadores Educacionais do RS na elaboração da proposta de trabalho da Orientação Educacional, integrada à legislação educacional e aos direitos e objetivos de aprendizagem da Base Nacional Comum Curricular e do Referencial Curricular Gaúcho. Intenciona igualmente humanizar esse processo e proporcionar condições ao estudante para desenvolver- se integralmente, a partir do respeito às singularidades, aos saberes, aos ritmos, aos tempos e às histórias de vida de cada sujeito de direitos. OBJETIVO GERAL DESENVOLVIMENTO PLANO DE AÇÃO PARA A ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL DURANTE E PÓS PANDEMIA COVID-19 AOERGS 8 DESENVOLVIMENTO 1 | CONTATO/BUSCA Estratégias para prover o encontro, o contato, a busca de informações são permanentemente necessárias ao Orientador Educacional. Portanto, compete a ele mapear e acompanhar a situação individual e coletiva da comunidade escolar, utilizando diferentes meios e instrumentos, num universo intersetorial, ampliando a relação família- comunidade-escola, na garantia de direitos, do acesso e da permanência com progressão escolar e condições para a construção de aprendizagens significativas. Para tanto, pode-se contatar direção, supervisão, professores, redes de apoio, alunos e suas famílias. Os meios de contato podem ser: Telefone Whatsapp Facebook E-mail Amigos Vizinhos Rádio Redes De Assistência Social, Conselho Tutelar Lideranças Comunitárias Visita Presencial. 1.1 FICHA DE COMUNICAÇÃO DE ALUNO INFREQUENTE – FICAI A Orientação Educacional é corresponsável pelo encaminhamento da FICAI, uma atribuição que ratifica a importância da atuação do profissional na efetivação jurídica (com o Ministério Público) dos direitos fundamentais previstos na Constituição Federal de 1988. O artigo 208, § 3º, obriga o Poder Público a “recensear os educandos no ensino fundamental, fazer-lhes a chamada e zelar, junto aos pais ou responsáveis, pela frequência à escola”. Essa prescrição é repetida no inciso III do art. 5º, da Lei de Diretrizes e Bases da Educação, LDB, Lei nº 9.394/1996, e no art. 56 do Estatuto da Criança e do Adolescente, ECA, Lei nº 8.069/1990. 1.2 BUSCA ATIVA ESCOLAR A Busca Ativa Escolar é uma plataforma gratuita para ajudar os municípios e o Estado a combater a exclusão escolar. É uma solução tecnológica e ao mesmo tempo uma metodologia inovadora por meio da qual o Unicef, a União Nacional dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime), o Colegiado Nacional de Gestores Municipais de Assistência Social (Congemas) e o Conselho Nacional de Secretarias Municipais de Saúde (Conasems) apoiam os gestores das redes na identificação das crianças e dos adolescentes que estão fora da escola, ajudando-os a voltar às salas de aula, para ali permanecer e aprender. www.buscaativaescolar.org.br AOERGS 9 2 | ACOLHIMENTO VIRTUAL OU PRESENCIAL (Equipe Diretiva, funcionários/ as, professores/as as famílias, as crianças e os/as estudantes) O acolhimento nos remete à reflexão sobre o pertencimento. Como destaca Souza: “É preciso que a escola viabilize a possibilidade e estimule a inserção comunitária das pessoas a fim de promover uma vivência construtora. O sentido de pertencer a uma sociedade, a uma cultura deve ser ampliado na convivência escolar. A escola é um lugar fundamental para construção e reflexão sobre o sentido de pertencimento, quer dizer, ter uma identidade, partilhar de um modelo que reúna ética, moral, afetividade, conhecimento, definidora de papéis sociais de homens e mulheres em um espaço- tempo determinado”. (2006, p. 31) A importância da escola na vida de uma criança ou adolescente vai muito além do ensino, mesmo que esse seja de forma não intencional. A instituição pode estar intimamente envolvida no crescimento e no desenvolvimento dos valores e princípios que seguirão uma pessoa durante toda a sua vida. O acolhimento é uma ação pedagógica que exige postura ética na escuta empática das crianças, dos/as estudantes, dos/ as professores/as, das equipes diretivas, dos/as funcionários/as, reconhecendo o protagonismo individual e coletivo, com o objetivo de favorecer a integração de todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem. A integração é necessária para criar espaços e condições que envolvam os estudantes em atividades que garantam seu pleno desenvolvimento. O acolhimento das famílias, das crianças e dos estudantes é fundamental durante todo período escola, seja na primeira inserção à vida na escola, seja na mudança de turma, de série e até de instituição.Já no ato da matrícula, é de fundamental importância instruir as famílias sobre os procedimentos de adaptação das crianças, especialmente para as que iniciam o processo escolar. Ações tais como previamente levar a criança para conhecer a escola e explicar a ela como funciona podem favorecer a segurança necessária para afastá-la da família. A Orientação Educacional poderá criar várias estratégias para este momento, envolvendo os professores, direção, funcionários, pais e os/as estudantes, tais como: Preparar o ambiente para o acolhimento; Criar diferentes espaços e formas para fazer a escuta ativa da comunidade escolar; Propiciar escuta individual ou em pequenos grupos; Favorecer técnicas de grupo; círculos virtuais ou presenciais; Produzir mensagens e vídeos para o momento; Expor fotos de momentos vividos na escola ou de projetos presenciais desenvolvidos; Utilizar legendas ou aplicativos de mídia, como o Tik Tok. SUGESTÃO DE LEITURA: Modelo Pedagógico. Metodologias de Êxito da Parte Diversificada do Currículo Práticas Educativas. O que é acolhimento? Quem deve ser acolhido? Como acolher os diferentes segmentos da comunidade escolar? Quando acolher? Estas e outras questões são foco de reflexões neste referencial teórico. ACESSE AQUI http://www.iema.ma.gov.br/wp-content/uploads/2016/10/5-MP-PRATICAS-EDUCATIVAS.pdf AOERGS 10 3 | SONDAGEM DIAGNÓSTICA Coordenar o processo de sondagem de interesses, aptidões e habilidades das crianças e dos estudantes é uma das atribuições do/da profissional da Orientação Educacional, descrita na legislação (Decreto Federal nº 72.846/1973). A sondagem diagnóstica é um processo contínuo do uso de diferentes recursos e estratégias para identificar interesses, dificuldades, necessidades e potencialidades envolvendo aspectos afetivos, biológicos, cognitivos, psicossociais, culturais e econômicos das crianças e dos estudantes: dados imprescindíveis na elaboração, organização e execução do Projeto Político Pedagógico e da Proposta Pedagógica da escola. Após a coleta de dados, é importante responder às seguintes questões: De que tipo de parceria a sua escola precisa para resolver os problemas identificados? Quais meios a escola utilizará para atrair as parcerias? Dentre as possíveis parcerias, sugere- se: centros de saúde, universidades, Organizações Não Governamentais (ONGs), Conselhos de Direitos das Crianças e dos Adolescentes, Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS), Conselhos Comunitários, Defensoria Pública, Polícia Militar, Conselho Tutelar, profissionais da saúde na área de Psicologia, comunidade local. Criar uma rede de apoio com conexão direta com a Orientação Educacional é fundamental para garantir direitos, suprir necessidades e humanizar o processo de ensino e aprendizagem, proporcionando condições apropriadas às crianças e aos estudantes para desenvolverem-se integralmente. Alguns recursos de sondagem diagnóstica: Pesquisa in loco (visita às residências); Pesquisa virtual (Google formulário); Entrevistas (a estudantes e aos familiares); Ficha de anamnese; Pesquisa nas redes sociais; Questionário socioemocional; Visita e entrevista com líderes comunitários; Visita e entrevista com os profissionais (saúde) da rede apoio da comunidade; Pesquisa documental, de arquivos escolares, da comunidade e outros. 4 | ORIENTAÇÕES REFERENTES À SAÚDE Considera-se que saúde integral é o grau de bem-estar que permite às crianças e aos estudantes crescer e se desenvolver de acordo com seu potencial biológico, psicológico e social. No conjunto de esforços organizados em caráter intersetorial e interdisciplinar, a atenção integral visa a oferecer respostas adequadas às exigências cabíveis e necessárias para alcançar e manter a saúde das crianças, dos adolescentes e mesmo dos adultos. Tal ação passa pelo trabalho contínuo e articulado com a comunidade escolar e as redes de atendimento da saúde. É importante destacar que o Programa Saúde na Escola (PSE), política intersetorial da Saúde e da Educação, foi instituído em 2007. Nele, as políticas voltadas às crianças, aos adolescentes, aos jovens e aos adultos da educação pública brasileira se unem para promover saúde e educação integral dos estudantes da rede pública de ensino. O Programa visa à integração e à articulação permanente da educação e da saúde, proporcionando melhoria da qualidade de vida da população brasileira. Contudo, como consolidar essa atitude dentro das escolas? Essa é a questão que nos guiou para elaboração da metodologia das Agendas de Educação e Saúde, a serem executadas como projetos didáticos nas Escolas. O PSE tem como objetivo contribuir para a formação integral dos estudantes por meio de ações de promoção, prevenção e atenção à saúde, com vistas ao enfrentamento das vulnerabilidades que comprometem o pleno AOERGS 11 desenvolvimento de crianças e jovens da rede pública de ensino. O público beneficiário do PSE são os estudantes da Educação Básica, gestores e profissionais de educação e saúde, comunidade escolar e, de forma mais amplificada, estudantes da Rede Federal de Educação Profissional e Tecnológica e da Educação de Jovens e Adultos (EJA). ACESSE AQUI Programa Saúde nas Escolas Dentre os temas para a formação em saúde, sugere-se: Higiene e saúde; Saúde mental; Sexualidade e doenças sexualmente transmissíveis; Programas e campanhas de prevenção ao uso abusivo de álcool e de drogas ilícitas; Programas e campanhas de prevenção ao suicídio. Na abordagem dos temas, pode se utilizar recursos diversos, como cards com orientações das autoridades sanitárias, cartilhas, live, vídeos entre outros. OBS: Chamamos a atenção para o atual cenário de crise sanitária, que exige muitos cuidados e orientações técnicas dos profissionais da saúde. As orientações sanitárias devem ser constantemente trabalhadas com toda a comunidade escolar, de forma virtual ou presencial. Dentre as ações, evidencia-se: Criar e divulgar um protocolo de atendimento do/da Orientador/a Educacional – horários agendados, disposição da sala para manter o distanciamento e fazer um check list para o atendimento no SOE, conforme orientações das autoridades sanitárias; Ter disponível álcool gel, máscaras, toalhas de papel, álcool 70, panos de limpeza, termômetro, limpeza, água e copos descartáveis; Observar a ventilação do espaço e a organização do mobiliário para manter a distância requerida entre as pessoas; Dispor orientações escritas (Cartilha) acerca dos protocolos elaborados pelas autoridades sanitárias para o período pandêmico; Exibir cartazes informativos. 5 | ORIENTAÇÕES SOCIOEMOCIONAIS O ser humano é um ser essencialmente social. Relacionar-se com o mundo e com os outros é uma condição primordial da vida em sociedade. Nossa capacidade de conhecer, conviver, trabalhar e ser, assim como de lidar com nossas emoções é essencial durante os desafios cotidianos. Ao se dedicar ao desenvolvimento dessas potencialidades, o que se procura, através do gerenciamento de emoções, é proporcionar relações sociais benéficas e investir na busca de soluções para os problemas do dia a dia, O Referencial Curricular Gaúcho (como está no inciso IV, artigo 2º, da Resolução Ceed nº 345/2018) destaca os direitos e objetivos de aprendizagens (tratados como equivalentes aos conceitos, competências e habilidades da BNCC). Os princípios éticos, políticos e estéticos que orientam a base curricular nacional visam à formação humana integral, considerando os direitos e objetivos de aprendizagens socioemocionais. 5.1 EMPATIA É a capacidade de se colocar no lugar do outro. Permite o entendimento das ações e emoções dos outros indivíduos e estimula a abertura ao diálogo e à cooperação. 5.2 RESPONSABILIDADE Desenvolver a noção de que há consequências em cada atitude tomada é de extrema importânciapara a vida em sociedade. Por esse motivo, há necessidade de aprender a guiar as decisões com princípios éticos e democráticos. http://portal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/14578-programa-saude-nas-escolas http://portal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal/194-secretarias-112877938/secad-educacao-continuada-223369541/14578-programa-saude-nas-escolas AOERGS 12 5.3 AUTOESTIMA Está ligada ao autoconhecimento e à capacidade de entender seus pontos fortes e suas limitações, sem que isso cause um prejuízo à sua confiança. 5.4 CRIATIVIDADE Tem como foco o estímulo do pensamento crítico e da pesquisa a partir do uso da imaginação e da capacidade de criar algo novo, a fim de encontrar soluções inéditas para questões que se apresentem no dia a dia. 5.5 COMUNICAÇÃO Ao conseguir se expressar de maneira assertiva e segura, conseguimos comunicar nossas opiniões e nossos sentimentos de maneira clara e direta. 5.6 AUTONOMIA Ao nos conhecermos e sabermos qual a melhor maneira de nos cuidar e cuidar dos outros, a capacidade tomar decisões por contra própria (e que impactem positivamente na coletividade) é estimulada. 5.7 FELICIDADE Embora as definições para o termo sejam as mais variadas possíveis a partir das áreas do conhecimento que a estudam, a felicidade entra como uma aprendizagem socioemocional na medida em que representa o ato de se sentir bem de uma maneira ampla (considerando fatores emocionais, sociais e psíquicos como elementos de formação de cada um). 5.8 PACIÊNCIA Em tempos de alta ansiedade e estimulação acentuada através dos meios digitais, a paciência ganha ares de virtude. Entretanto, está totalmente ligada à capacidade de se controlar diante de situações complexas e de buscar soluções com calma e tranquilidade. 5.9 SOCIABILIDADE A capacidade de se relacionar com os demais também precisa considerar que a harmonia se estabeleça e, dessa maneira, o convívio em sociedade se guie através do diálogo e do respeito. 5.10 ÉTICA Poder avaliar de que maneira as situações são conduzidas por você mesmo e pelos outros, a partir dos valores sociais e de condutas que não causem prejuízo moral à sociedade. 5.11 ORGANIZAÇÃO Permite que se entenda a importância do planejamento para o atingimento dos objetivos, bem como a importância dos trabalhos desenvolvidos em grupos ou do gerenciamento de tarefas para se chegar a resultados propostos. 5.12 PROJETO DE VIDA. É um tema transdisciplinar desenvolvido em todas as modalidades e etapas de ensino. Consiste na capacidade de nutrir anseios, desejos, habilidades e ainda fazer projeções de futuro. O Projeto de Vida é um processo de construção que permeia toda nossa vida, ele também está referenciado no texto da BNCC e sempre fez parte práxis da Orientação Educacional. Para além das aprendizagens socioemocio- nais descritas na BNCC, outras temáticas de- vem ser trabalhadas, atendendo demandas especificas do seu tempo e das necessida- des levantadas na sondagem. Algumas sugestões de orientações socioemocionais: Refletir sobre o valor da VIDA; Vivenciar momentos de interação e afetividade de maneira inovadora; Fortalecer laços entre pares em ambientes virtuais e sociais; Cuidar da saúde física e emocional, reconhecendo suas emoções, autocrítica e capacidade para lidar com elas; Fazer-se respeitar e promover o respeito ao outro e aos direitos humanos, com acolhimento e valorização da diversidade, sem preconceitos de qualquer natureza; AOERGS 13 Buscar uma rede de parceiros (saúde, assistência social, Promotoria de Educação, Conselho Tutelar) para colaborar na discussão, reflexão, orientação e no enfrentamento das demandas psicossociais; Realizar Círculos virtuais ou presenciais; Desenvolver projetos interdisciplinares; Utilizar recursos humanos, materiais e tecnológicos disponíveis e adequados à proposta de trabalho. 6 | ORIENTAÇÕES PEDAGÓGICAS São eixos do fazer do Orientador Educacional as concepções e práticas educativas instituídas na Educação em e para os Direitos Humanos, a partir de seus processos de promoção, proteção, defesa e aplicação na vida cotidiana e cidadã de estudantes. Promover ações que envolvam toda a comunidade escolar, empregando os recursos (humanos, materiais e estruturais), as metodologias de ensino e de aprendizagem e a formação continuada dos professores, é imprescindível para garantir que a idealização do projeto político-pedagógico aconteça efetivamente. A persistência da pandemia e a consequente duração das medidas sanitárias e de distanciamento social implicam em outra organização de currículo, de ensino e de intervenções pedagógicas. Para tanto, as possibilidades e limites do ensino híbrido (combinação da continuidade das atividades não presenciais em conjunto com possíveis atividades presenciais) devem ser considerados neste atual contexto. Neste enfoque, relevam-se as seguintes ações: Adequar as atividades à realidade e às condições dos alunos; Atentar para a transição entre etapas e modalidades e possíveis dificuldades nesses processos; Diversificar as concepções, as metodologias, a avaliação e os recursos utilizados no processo de ensino e aprendizagem para atender às especificidades individuais dos/das estudantes (Inteligências Múltiplas); Promover ações para que todos os envolvidos no processo de ensino e aprendizagem (mães, pais ou responsáveis, professores, funcionários, equipe diretiva) possam reconhecer e compreender as diferentes etapas do desenvolvimento humano, suas características e necessidades (da Educação Infantil à Educação de Jovens e Adultos); Contribuir para a superação da fragmentação do processo educativo, tendo como objetivo a interdisciplinaridade; Desenvolver projetos interdisciplinares em parceria com os diferentes componentes curriculares; Mobilizar os professores para a qualificação do processo de ensino e aprendizagem, através da composição, caracterização e acompanhamento das turmas; Realizar leituras e análise de textos; Propiciar espaços e tempos para os diálogos com os diferentes segmentos da comunidade escolar; Aplicar testes e avaliações específicas, referendadas legalmente, quando necessário; Acompanhar todos os processos de planejamento, organização e realização das atividades desenvolvidas com as crianças e os/as estudantes; Coordenar, pesquisar, avaliar e colaborar no processo de identificação, de análise das causas e de acompanhamento dos alunos que apresentam dificuldades na aprendizagem, visando ao redirecionamento da ação pedagógica e coletando informações sobre os alunos; Coordenar reuniões pedagógicas, juntamente com os demais especialistas, direção, professores e demais profissionais da Escola; Contribuir e acompanhar o trabalho desenvolvido pelos profissionais da rede de apoio, psicopedagogo, psicólogo, AEE e outros, fazendo a interlocução com os professores da classe regular; AOERGS 14 materiais e tecnológicos adequados à realidade escolar; Auxiliar na busca da individualidade e da autonomia da gestão escolar, tornando os alunos sujeitos de direitos, pessoas em condições peculiares de desenvolvimento; Manter permanente contato com os pais ou responsáveis, informando-os e orientando-os sobre o desenvolvimento do aluno, bem como obtendo dados de interesse, para a melhoria da qualidade do processo educativo; Promover a troca de experiências entre professores, juntamente com os demais especialistas e profissionais da comunidade escolar; Indicar leituras, para estudo e reflexão com a Comunidade Escolar; Promover grupos de estudo, juntamente com a Equipe Gestora e com demais profissionais da escola. 7 | ORIENTAÇÕES PARA A CIDADANIA E PARA A ESCOLHA PROFISSIONAL (PROJETO DE VIDA) Segundo Paulo Freire, a escola para a cidadania deve ser: [...] coerente com a liberdade. Coerente com o seu discurso formado, libertador. É todaescola que, brigando para ser ela mesma, luta para que os educandos- educadores também sejam eles mesmos. E como ninguém pode ser só, a Escola Cidadã é uma escola de comunidade, de companheirismo. É uma escola de produção comum do saber e da liberdade. É uma escola que vive a experiência tensa da democracia. (FREIRE, 1997, apud GADOTTI, 2004). A Orientação Educacional trabalha junto aos estudantes, professores, funcionários e familiares no processo de elaboração e de desenvolvimento de práticas de exercício de direitos e de construção de aprendizagens pautadas no diálogo, na intersubjetividade e na interdisciplinaridade, como mediadora de tomada de decisões. Ela relaciona as escolhas às questões sociais, culturais, políticas, éticas, científicas, estéticas e às utopias (sonhos). Faz a inserção do pessoal no social, como sujeito social e cidadão/ã, através da reflexão, problematização, análise e discussão crítica. Além do mais, oportuniza pensar coletiva e criativamente soluções possíveis para as dificuldades que se apresentarem em qualquer situação da vida. O Projeto de Vida é um tema transdisciplinar desenvolvido em todas as modalidades e etapas de ensino. Ele consiste na capacidade de nutrir anseios, desejos, habilidades e ainda fazer projeções de futuro. É um processo de construção que permeia toda a vida, conduzindo cada sujeito a entender o mundo do trabalho e fazer escolhas alinhadas à cidadania e ao seu projeto de vida, com liberdade, autonomia, criticidade e responsabilidade. Para que este tema se desenvolva no contexto escolar, são relevantes as seguintes ações: Coordenar o processo de Orientação Profissional do aluno, incorporando-o a ação pedagógica; Fomentar e promover o desenvolvimento e a participação em projetos culturais e desportivos, de orientação profissional, em grupos de dança, teatro, corais, xadrez e outros; Divulgar para o estudante cursos extracurriculares, levando-o a identificar suas potencialidades, características básicas de personalidade e limitações, preparando-o para futuras escolhas; Promover o protagonismo juvenil através de projetos de formação de liderança e responsabilidade social. (representante de turma, conselheiro de classe, membro de Grêmio Estudantil). Participar com a Comunidade Escolar na criação, na organização e no funcionamento das instâncias colegiadas, tais como: Conselhos Escolares, Associação de Pais e Professores, Grêmio Estudantil, e outros, incentivando a participação e a democratização das decisões e das relações, na escola; Participar, com a Comunidade Escolar, no processo de elaboração e atualização do Regimento Escolar e na utilização deste como instrumento de suporte pedagógico; AOERGS 15 Acompanhar e rever a elaboração do Planejamento Curricular, juntamente com os demais especialistas, a direção e os educadores; Facilitar a troca de informações sobre os estudantes entre os professores, a equipe gestora e os pais, analisando periodicamente a ação pedagógica da escola; Discutir e defender ideias, pontos de vista e decisões comuns, com base em direitos humanos, na inclusão, na consciência socioambiental e na ética; Construir um cronograma de ação com a participação dos estudantes e de representantes de turmas, de pais e mães ou responsáveis e parceiros; Engajar-se no desenvolvimento de ações positivas para a promoção dos direitos humanos e da sustentabilidade social, ambiental e patrimonial; Incentivar a criança, o adolescente e o jovem, a pensar, refletir, analisar, argumentar, e criar condições e estratégias que favoreçam o seu desenvolvimento pleno enquanto sujeitos de direitos; Diferenciar direitos e deveres privados e públicos; Propagar a Cultura de Paz; Promover a Integração família e escola; Proporcionar eventos, visitas e outras ações que contribuam para as escolhas profissionais dos/das estudantes; Organizar celebrações, datas comemorativas, formaturas; Integrar a comunidade local às atividades da escola. 8 | MANUTENÇÃO, VALORIZAÇÃO E EXPANSÃO DA ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL Para manter, valorizar e expandir a OE, é imprescindível: Realizar e promover pesquisas e estudos, emitindo pareceres e informações técnicas na área; Lutar pela manutenção, valorização e expansão da Orientação Educacional nos currículos escolares, defendendo a profissão, denunciando casos de exercício ilegal da profissão; Defender e qualificar a Orientação Educacional, participando de suas entidades representativas, bem como de movimentos que promovam políticas em favor desta profissão; Desenvolver o trabalho, considerando a ética profissional; Cumprir e fazer cumprir o Código de Ética do Orientador Educacional; Acompanhar e avaliar o aluno estagiário em Orientação Educacional junto à instituição formadora; Realizar outras atividades correlatas com a função. AVALIAÇÃO Utilizaremos a observação direta, a avaliação contínua e a avaliação institucional prevista para o final do ano letivo para verificar a satisfação da comunidade escolar com a proposta. AOERGS 16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BRASIL. Base Nacional Comum Curricular (BNCC). Consulta Pública. Brasília, MEC/CONSED/UNDIME, 2015. Brasil. Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990. Estatuto da Criança e do Adolescente. BRASIL. Lei nª 13.185, de 06 de novembro de 2015. Programa de Combate à Intimidação Sistemática (Bullying). Código de Ética dos Orientadores Educacionais do Brasil. CONCEIÇÃO, L. F. Coordenação Pedagógica e Orientação Educacional: princípios e ações em formação de professores e formação do estudante. Porto Alegre: Mediação, 2011. DECLARAÇÃO UNIVERSAL DOS DIREITOS HUMANOS. Assembleia Geral das Nações Unidas em Paris. 10 dez. 1948. Decreto nº 72. 846 de 26 de setembro de 1973. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários e a prática educativa. 42ª reimpressão. São Paulo: Paz e Terra, 1996 (coleção leitura) GADOTTI, Moacir, ROMÃO, José E. Educação de jovens e adultos: teoria, prática e proposta. 4.ed. São Paulo: Cortez/IPF, 2001. GRINSPUN, M. P. S. Z. A orientação educacional: conflito de paradigmas e alternativas para a escola. São Paulo: Cortez, 2001. Resolução CEED nº 345/2018. Institui e orienta a implementação do Referencial Curricular Gaúcho – RCG, elaborado em Regime de Colaboração, a ser respeitado obrigatoriamente ao longo das etapas, e respectivas modalidades, da Educação Infantil e do Ensino Fundamental, que embasa o currículo das unidades escolares, no território estadual. Referencial Político Pedagógico da AOERGS, 2003. Lei nº 5.564 de 21 de dezembro de 1968. Lei nº 6.672 de 22 de abril de 1974. Lei nº 71.132 de 13 de janeiro de 1978. Lei nº 9394 de 20 de dezembro de 1996 Lei nº 8.069, 13 de julho de1990 – Estatuto da Criança e do Adolescente. Lei nº 13.431 de 4 de abril de 2017, estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). Pesquisa do Tribunal de Contas do Estado (TCE/ RS) sobre perfil dos Orientadores Educacionais. Publicada em 22/05/2018. Disponível em: http://www1.tce.rs.gov.br/portal/page/portal/ tcers/administracao/gerenciador_de_conteudo/ noticias/TCE-RS%20lan%E7a%20pesquisa%20 sobre%20perfil%20dos%20orientadores%20 educacionais Programa Saúde na Escola. Disponível em: http:// portal.mec.gov.br/expansao-da-rede-federal/194- secretar ias-112877938/secad-educacao- continuada-223369541/14578-programa-saude- nas-escolas LÜCK, Heloísa. Planejamento em orientação educacional. 22. ed. Petrópolis: Vozes, 2011. Revistas PROSPECTIVA, nº 29, 30, 32, 40. SOUZA, Milena Pimentel de. O sentimento de pertencimento à escola e a depredação do patrimônio escolar. Disponível em: https:// monografias.brasilescola.uol.com.br/educacao/o- sentimento-pertencimento-escola-depredacao- patrimonio-escolar.htm AOERGS 17 ANEXO 1 Materiais de apoio, links de acesso.Declaração Universal dos Direitos Humanos. www.unicef.org/brazil/declaracao-universal- dosdireitos-humanos Lei nº 13. 185, de 06 de novembro de 2015, que institui o Programa de Combate à Intimidação Sistemática Bullying. www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ ato20152018/201 5/lei/l13185.htm Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente e dá outras providências. ECA. www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.ht Lei nº 13.431 de 4 de abril de 2017, estabelece o sistema de garantia de direitos da criança e do adolescente vítima ou testemunha de violência e altera a Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990 (Estatuto da Criança e do Adolescente). www2.camara.leg.br/legin/fed/ lei/2017/lei-13431- 4-abril-2017-784569- publicacaooriginal-152306-pl.html Lei do Estágio - Lei nº 11.788, de 25 de setembro de 2008. www.presrepublica.jusbrasil.com.br/ legislacao/93117/le i-do-estagio-lei-11788 Lei nº 9.605, de 12 de fevereiro de 1998, dispõe sobre as sanções penais e administrativas derivadas de condutas e atividades lesivas ao meio ambiente, e dá outras providências. www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605. htm Lei nº 10.741, de 1º de outubro de 2003, dispõe sobre o Estatuto do Idoso e dá outras providências. legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI &numero=10741&ano=2003&ato=c8egXU61 0dRpWT951 HADDAD, Jane; SHUDO, Regina. Inventário Diário das Emoções janehaddad.com.br/arquivos/inventario_ emocoes_criancas.pdf http://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dosdireitos-humanos http://www.unicef.org/brazil/declaracao-universal-dosdireitos-humanos http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/201 5/lei/l13185.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato20152018/201 5/lei/l13185.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l8069.ht https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13431- 4-abril-2017-784569-publicacaooriginal-152306-pl.html https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13431- 4-abril-2017-784569-publicacaooriginal-152306-pl.html https://www2.camara.leg.br/legin/fed/lei/2017/lei-13431- 4-abril-2017-784569-publicacaooriginal-152306-pl.html https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/93117/le i-do-estagio-lei-11788 https://presrepublica.jusbrasil.com.br/legislacao/93117/le i-do-estagio-lei-11788 http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9605.htm https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=10741&ano=2003&ato=c8egXU610dRpWT951 https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=10741&ano=2003&ato=c8egXU610dRpWT951 https://legislacao.presidencia.gov.br/atos/?tipo=LEI&numero=10741&ano=2003&ato=c8egXU610dRpWT951 http://janehaddad.com.br/arquivos/inventario_emocoes_criancas.pdf http://janehaddad.com.br/arquivos/inventario_emocoes_criancas.pdf AOERGS 18 EMOÇÕES E SENTIMENTOS: SINAIS BIOLÓGICOS E PESSOAIS SENTIMENTOS E EMOÇÕES: CONHECER E VIABILIZAR PARA TER UMA VISÃO MAIS NORMATIVA Como sinal biológico e pessoal, não podemos mudar o que sentimos, mas podemos aprender como conduzir estes sentimentos. Neste sentido, e tomando como base este conceito, é importante conhecer, permitir-se e aceitar de forma consciente os sentimentos, para desenvolver habilidades para uma vida mais plena. Emoções em grande escala exercem funções contagiosas. Assim, se tivermos consciência sobre o manejo com elas, podemos também escolher, por exemplo, como explicamos e compartilhamos informações sobre medos, ansiedades, alegrias, tristezas e raiva... Nossa comunicação traz muitas vezes uma enxurrada de emoções positivas ou negativas, que são apontadas no campo biológico e alisadas no nosso físico. As emoções, para o bem e para o mal, são inevitáveis. Conhecê-las é o primeiro passo para elaborar de forma consciente estratégias de ação! MEDO A Orientação Educacional é corresponsável Talvez seja a mais primitiva das emoções. Pode nos congelar, nos impelir a fugir e, em casos extremos, nos preparar para nos defendermos. Tipicamente, quando sentimos medo, nosso sangue sai das nossas mãos e estômago e vai para as nossas pernas. Nossa musculatura fica rígida, nosso coração acelera, e nossa respiração fica curta (puxamos mais ar do que soltamos). Sua função é clara: o que chamamos de medo é uma série de respostas fisiológicas que nosso corpo produz para nos ajudar a fugir de uma ameaça. Sentir medo e fugir aumenta as nossas chances de sobreviver em um mundo que já foi mais perigoso do que é hoje – um mundo em que, detrás de qualquer moita, poderia haver um predador. Ou seja, sentimos medo frente a alguma ameaça ou algum sinal de que alguma ameaça pode vir. Quando estamos com medo, nosso pensamento em geral se torna catastrófico, nos preparando para o pior cenário possível. Após sentirmos medo, tendemos a ficar “hipervigilantes” em situações semelhantes, procurando por sinais de perigo (e desatentos às outras coisas). RAIVA Se sentimos medo quando alguma ameaça se dirige a nós, sentimos raiva quando algo ameaça uma pessoa ou coisa importante para nós. A mãe que se vê encurralada por um urso na floresta provavelmente só sente medo. A mesma mãe, quando vê seu bebê sendo atacado, além do medo, sente muita raiva do urso. A raiva nos prepara para o ataque, para proteger o que é importante para AOERGS 19 nós. Provavelmente a raiva foi fundamental para a sobrevivência de uma espécie que tem filhotes tão frágeis quanto os bebês humanos. Podemos sentir raiva quando temos uma meta importante bloqueada. E raiva também pode ser um efeito colateral comum de frustração. Quando sentimos raiva, tendemos a fechar os punhos e apertar os dentes. Comportamentos agressivos com os quais visamos a machucar o próximo se tornam mais prováveis e trazem mais satisfação. ALEGRIA Infelizmente, a psicologia ainda pesquisa pouco sobre as emoções que gostamos de sentir. Temos tantas emoções prazerosas, agrupadas sobre esse guarda-chuva de felicidade, quanto temos emoções que não gostamos de sentir. Amor, felicidade, empolgação: são tantas sensações prazerosas que temos dificuldade em distingui-las. Como as outras emoções, a alegria estreita a nossa atenção para eventos congruentes com o sentimento. Eventos alegres, por assim dizer, atraem outros eventos alegres. Ou seja, podemos fazer um ciclo virtuoso quando nos colocamos em situações que trazem prazer. TRISTEZA Uma das emoções mais difíceis de entender talvez seja a tristeza. Qual a utilidade dessas lágrimas e dessa falta de energia? Como isso pode ter sido importante em nossa história evolutiva? Os pesquisadores se dividem entre duas explicações. De um lado, a tristeza pode ser uma maneira de economizar energia, poupar recursos quando o mundo não está favorável. Pelo outro, a tristeza, nossos lábios para baixo e as marcas de lágrimas em nossas bochechas têm um importante poder comunicativo. Gosto de pensar que, na medida, a tristeza é uma cola social, uma maneira de sermos escutados e cuidados. Imaginem uma criança chorando na sua frente e pare para pensar: qual é a sua postura típica em relação a ela? Em geral, frente a alguém sofrendo, temos o impulso de cuidar, de nos aproximar. Curiosamente, nos sentimos muito mais próximos de alguém que demonstra fragilidade e tristeza do que de alguém “hiperpotente”, que demonstra não sofrer. Quando estamos tristes, nos sentimos cansados e sem energia. Às vezes, ficamos com a sensação de que nada mais vai ser prazeroso e de que as coisas vão ser desanimadoras para sempre. Temos dificuldade de nos lembrar de momentos felizes e tendemos a ruminar um passado de arrependimentos. Fonte: danjosua.blogosfera.uol.com.br/2018/07/26/ um-guia-para-as-emocoes-medo-raiva- tristeza-e-alegria/ http://danjosua.blogosfera.uol.com.br/2018/07/26/um-guia-para-as-emocoes-medo-raiva-tristeza-e-alegria/ http://danjosua.blogosfera.uol.com.br/2018/07/26/um-guia-para-as-emocoes-medo-raiva-tristeza-e-alegria/http://danjosua.blogosfera.uol.com.br/2018/07/26/um-guia-para-as-emocoes-medo-raiva-tristeza-e-alegria/ AOERGS 20 CÍRCULOS DE APOIO EM RESPOSTA AO DISTANCIAMENTO SOCIAL Por Kay Pranis Os círculos de apoio on-line devem iniciar dando-se as boas-vindas, esclarecendo como o processo funcionará e a ordem de falar. Então comece com uma abertura intencional – respiração profunda, meditação, leitura inspiradora, ou mesmo propondo um alongamento ou movimento. Uma rodada de valores: Qual é um valor em que você está tentando se apoiar neste momento de nossas vidas? Ofereça diretrizes-padrão com quaisquer adições especiais necessárias para a tecnologia. Escolha perguntas abaixo que lhe pareçam adequadas às suas circunstâncias e decida a ordem das perguntas. Possíveis perguntas para círculos de suporte on-line: a) Nesta nova realidade, pelo que você é grato? b) Como a ansiedade está se manifestando em você – no corpo, no espírito, na mente e no coração? c) Qual é o seu maior medo? Onde o medo se manifesta em seu corpo? d) Que práticas pessoais estão alimentando seus medos? e) O que está fazendo para apoiar outra pessoa neste momento? d) Com quem você pode falar sobre suas ansiedades e preocupações? e) O que te dá esperança?* f) Você tem práticas intencionais para interromper pensamentos de desesperança ou ansiedade? g) Qual é o presente deste momento? O que este momento lhe trouxe de bom?* h) O que está lhe trazendo conforto neste momento?* i) O que é uma fonte de força para você neste momento?* j) Que formas de conexão você está descobrindo ou recuperando? k) Como você gostaria de usar esse tempo?* l) Qual é a oportunidade de crescimento deste momento, tanto pessoal como profissionalmente? m) Quem é um modelo para você nesta situação?* n) O que te ajuda a lembrar de que nunca está sozinho?* o) Qual é sua música favorita para levantar o espírito?* p) O que te faz morrer de rir – algo que você pode rir mesmo em tempos difíceis? (Filme, programa de TV, etc.)* q) Como esse momento está afetando seus relacionamentos na família? r) Qual é a parte mais difícil desta situação para você? s) O que é uma coisa positiva que você pode fazer por si mesmo na próxima semana?* t) Como podemos nos apoiar neste momento difícil?* u) Do que está se orgulhando em sua resposta a este momento difícil?* * Use sempre uma ou mais perguntas positivas depois de ter permitido que os participantes falem sobre medos, preocupações, dor. É muito importante terminar com uma sensação de possibilidade positiva e esperança, mesmo em situações muito difíceis. No final, você quer um forte senso de conexão e apoio entre os participantes. Faça uma rodada de check-out: Como estão se sentindo ao final de nosso círculo? Termine com uma cerimônia de encerramento: um exercício de respiração, música, meditação, leitura inspiradora. Círculos em Movimento AOERGS 21 1 | Identificação Nome do aluno (a): Idade: Gênero: ( ) M ( ) F Data de Nascimento: / / 2 | Dados familiares Nome do pai: Nome da mãe: Responsável pelo(a) aluno(a): Nº de irmãos: Gêneros: Idades: Posição no bloco familiar: Pais: ( ) Casados ( ) Separados ( ) Separados com nova estrutura familiar. Qual? Reação da criança à situação: Em caso de separação, a criança vive com quem? Quem costuma trazê-lo e buscá-lo a escola? Quem toma as decisões a respeito do aluno? A quem recorrer caso haja necessidade da presença do responsável? Filho: ( ) Biológico ( ) Adotivo A criança é ciente de sua adoção? ( )Sim ( ) Não Reação da criança à situação: 3 | Histórico da Escolaridade Inicio da escolarização Recebe apoio pedagógico em casa? De quem? Apresenta alguma dificuldade na fala: ( ) Não ( ) Sim. Qual? Foi notada alguma dificuldade com a aprendizagem? Caso tenha sido percebido, o aluno foi avaliado por algum profissional? ( ) Sim ( ) Não. Qual? De que área? Ainda faz acompanhamento de um profissional específico? Ou tem apoio pedagógico especializado (professor particular, Psicopedagogo)? Repetiu alguma série? Que disciplinas o aluno se interessa mais e/o possui maior facilidade para aprender? Que disciplinas o aluno não têm interesse e/ou possui dificuldade? Faz atividades extraescolares? Quais? 4 | Aspectos motores Apresenta alguma dificuldade de locomoção, postura e /ou coordenação? ( ) Sim ( ) Não O desempenho nas aulas de educação física é bom? Possui interesse por essa disciplina? ( ) Sim ( ) Não Apresenta boa coordenação motora fina (preensão do lápis, uso da tesoura, desenho)? ( ) Sim ( ) Não MODELO DE FICHA DE ANAMNESE AOERGS 22 5 | Aspectos perceptivos Apresenta alguma dificuldade para enxergar? (aproxima objetos dos olhos, franze a testa, etc.) ( ) Sim ( ) Não Aparenta ter dificuldade para ouvir? (Necessita que se repita uma explicação dada anteriormente, etc.) ( ) Sim ( ) Não Especificar: É desatento? ( ) Sim ( ) Não. Especificar: É agitado? ( ) Sim ( ) Não. Especificar: 6 | Aspectos emocionais ( )Tranquilo ( ) Ansioso ( ) Seguro ( ) Alegre ( ) Queixoso ( ) Intolerante. Outros: 7 | Sociabilidade Faz amigos com facilidade? ( ) Sim ( ) Não. Prefere fazer trabalho sozinho ou em grupo? ( ) Sozinho ( ) Grupo. Possui baixa tolerância a frustração? ( ) Sim ( ) Não. Ajuda os colegas quando necessário? ( ) Sim ( ) Não. Adapta-se facilmente a novos grupos de trabalho? ( ) Sim ( ) Não. Mantém contato com os colegas de sala fora da escola? ( ) Sim ( ) Não. Possui rede de contatos virtuais? Interage através de telefone, E-mail, Messenger, Facebook, WhatsApp, Instagram, Twitter etc.? ( ) Sim ( ) Não. 8 | Atitudes sociais predominantes ( ) Obediente ( ) Independente ( ) Comunicativo ( ) Agressivo ( )Cooperador 9 | Sono ( ) Normal ( ) Insônia ( ) Pesadelos ( ) Hipersonia (excesso de sono) 10 | Medidas disciplinares empregadas pelos pais: 11 | Como seu (sua) filho (a) reage quando é contrariado (a), e qual a sua atitude nesta ocasião? 12 | Saúde Apresenta problemas neurológicos? Qual? Faz acompanhamento médico ( ) ou Psicológico ( )? Outro ( ) 13 | O aluno (a) necessita de apoio educacional especial? ( ) Sim ( ) Não. Caso a resposta seja positiva justifique-a: 14 | Outras informações importantes: de de . Assinatura do Responsável AOERGS 23 ANEXO 2 Projetos desenvolvidos por Orientadores Educacionais do Rio Grande do Sul nas diferentes redes de ensino. ESCOLA GENERAL OSÓRIO CONECTADA COM A SOLIDARIEDADE NO ACESSO À EDUCAÇÃO PARA TODOS. Catucia Venturini de Toledo Orientadora Educacional Osório, RS. #todosjuntosescolageneralosório #lageneralosórioconectadapelasolidariedade #todoscomacessoaeducação PÚBLICO-ALVO: 6º a 9° anos do ensino fundamental JUSTIFICATIVA Acreditamos que a educação é a principal ferramenta de transformação do indivíduo e do mundo, principalmente em momentos difíceis como o que estamos vivendo atualmente com a pandemia do Coronavírus. Estamos vivendo um momento único. A pandemia trouxe mudanças em nossas vidas, com transformações não só de comportamento, de sentimentos, como também de mudanças sociais e na educação, acentuando ainda mais as desigualdades sociais presentes em nossa sociedade. A partir da necessidade de todos os alunos migrarem para uma plataforma virtual (Google Classroom), sentimos falta de alguns dos nossos alunos no acesso à sala de aulas virtuais e durante as atividades on-line. Através do contato do SOE com as famílias, algumas relataram que não tem aparelho celular ou outro, nem internet, nem condições financeiras atuais para adquirir o aparelho e possibilitar o acesso. Conforme a problemática apresentada, nos reunimos, montamos este projeto, com a união de ideias dos professores relacionados às disciplinas de Português, Ensino Religioso,Projeto de Vida, mais a participação da Supervisão Escolar e da Direção. O projeto foi coordenado pela Orientação Educacional. O trabalho envolveu a interdisciplinaridade, com a meta de mobilizar os alunos e suas famílias como parceiros para contribuir de forma solidária com a escola na doação de aparelhos tecnológicos como computadores, tablets, notebooks e celulares novos e usados, em boas condições de uso para serem doados a alunos que não possuem, para que possam acessar as aulas da Escola General Osório. Os equipamentos serão doados para alunos carentes, tendo em vista a necessidade de acesso à educação por meio da tecnologia. A intenção é não deixar ninguém sem acesso à oportunidade da educação à distância; por isso o projeto tem o objetivo de garantir que todos os alunos tenham acesso à sala de AOERGS 24 aula virtual. O projeto conta com a solidariedade da comunidade de Osório e da região, visto que neste momento de pandemia do novo Coronavírus, as aulas tiveram que ser suspensas para evitar aglomeração de pessoas. As doações serão recebidas na Escola Estadual de Ensino Fundamental General Osório, R. Cel. Reduzino Pacheco, 308 - Centro da cidade de Osório, através de agendamento pelo telefone (51) 3663-1963 ou pelo e-mail: escolageneralosorio11cre@ gmail.com As entregas para os alunos, serão de acordo com a arrecadação. OBJETIVOS • Arrecadar aparelhos para distribuir para alunos em situação de vulnerabilidade social e, dessa forma, incentivá-los a dar continuidade aos estudos e à realização de atividades de forma on-line. • Buscar facilitar a prática do isolamento social e possibilitar que mais pessoas fiquem em casa e evitem a proliferação do Coronavírus. • Incluir todos os alunos no sistema de aulas remotas proposto pela SEDUC - Plataforma Virtual Google Classroom. • Realizar diálogo junto aos alunos sobre o significado de solidariedade. Sensibilizar a comunidade através de vídeos e posts elaborados pelos alunos na plataforma nas salas de aulas das disciplinas participantes. ATIVIDADES 1. Reunião virtual entre toda a equipe envolvida na organização e divulgação do projeto: SOE, Supervisão Escolar, Direção, professores das disciplinas de Português, Ensino Religioso e Projeto de Vida, do 6º ao 9º ano do ensino fundamental. O objetivo é fazer trocas e elaborar atividades, sugestões e critérios. Após definidas coletivamente as propostas, serão agendados os encontros com os alunos. 2. Diálogo realizado pelo SOE e professores envolvidos para a apresentação do Projeto, com cada turma, através de Google Meet. 3. Sugestões de atividades: • Alunos de 6º e 7ª ano: Construção de um post para publicação nas redes sociais da Escola, que deve conter imagem e as informações do projeto. Objetivo principal do post é divulgar e incentivar a doação de aparelhos tecnológicos. Cada aluno irá realizar o seu post. A turma deverá escolher dois para postar no Facebook da escola. • Alunos de 8º e 9º ano: Produção de um vídeo curto: Tik Tok ou outro aplicativo (apresentação de paródia, teatro, poesia, dança... dinâmica escolhida pelo grupo), com no máximo 2 minutos de edição, com a finalidade de sensibilização e solicitação de doação de aparelhos tecnológicos. Pode ser um trabalho individual ou coletivo, podendo participar do vídeo as famílias e ou responsáveis. AOERGS 25 PROJETO EMPATIA NA ESCOLA: PORTAS FECHADAS, MAS CORAÇÕES ABERTOS PARA A APRENDIZAGEM EM TEMPOS DE PANDEMIA Aline Freire de Souza Aguiar Orientadora Educacional Rio Grande, RS. Para a diminuição de contado social, em tempos de pandemia e de escolas fechadas, a Escola Engenheiro Roberto Bastos Tellechea, situada no bairro Parque Marinha, na cidade do Rio Grande, vem se reinventando e se estruturando na nova modalidade de ensino remota. Com a entrada do mês de junho, ao qual faz alusão ao dia mundial da empatia, a escola lançou para os alunos o “Projeto Empatia na Escola”, que visa discutir e problematizar emoções e sentimentos pessoais e sociais, uma vez que a empatia nos desacomoda, nos colocando no lugar do outro. Dessa forma, conseguimos movimentar a escola através de reflexões, pensamentos e produções, nesse tempo de isolamento social, e projetar um retorno com maior respeito e solidariedade entre a comunidade escolar. Esse projeto vem sendo planejado e executado pelo Serviço de Orientação Educacional da nossa escola. Uma das atividades promissoras do projeto foi a realização da LIVE Tellechea, uma roda de conversas on-line transmitida pela página do Facebook da escola, aberta a toda a comunidade escolar. Até o momento foram três encontros de diálogo e de reflexão com a comunidade. O primeiro trouxe a discussão sobre a empatia dentro do espaço escolar; o segundo foi destinado aos pais dos nossos alunos dos anos iniciais e tratou sobre a alfabetização em tempos de pandemia; o terceiro, seguindo um pedido dos próprios estudantes, foi uma abordagem sobre o preconceito na sociedade e na escola. A próxima Live já tem data e assunto para desenvolver, falaremos sobre as escolhas profissionais após a pandemia, refletindo como a família e a escola podem auxiliar nessa escolha. Todos os vídeos ficam gravados e podem ser acessados após a transmissão. A escola já realizava rodas de conversas com os alunos no ano de 2019 sobre temáticas diversas. Nesses encontros, conhecemos a essência de cada um. Na LIVE, muitos professores e estudantes participaram e relataram a importância da saúde física e mental nesse momento. A saudade e os pedidos para a volta das aulas foram muitos, o que nos deixa bastante estimulados para projetar novas atividades que aproximem os estudantes da escola, mesmo que de forma remota. Ainda não sabemos quando tudo isso irá acabar, quando voltaremos a nos abraçar e estarmos em contato diariamente, desejamos que esse momento sirva de reflexão, de aprendizagem e de preparação para uma escola melhor, com seres humanos responsáveis e dignos em suas atitudes para consigo e para com o outro. Atividades desenvolvidas pelos estudantes AOERGS 26 AOERGS 27 ESCOLA ESTADUAL DE ENSINO MÉDIO PROFESSORA AGLAE KEHL ESCOLA MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO INFANTIL NOSSA SENHORA DE FÁTIMA DEPARTAMENTO PEDAGÓGICO SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL – SOE PLANO DE AÇÃO PARA PERÍODO PANDÊMICO / 2020 Cláudia Figueiró. Orientadora Educacional Guaíba RS. I – DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: Tipos de Instituições: Públicas Sistema de Ensino: Educação Básica Turnos: Manhã, tarde e noite Orientadora Educacional: Claudia Figueiró Souza Público-Alvo: Ensino Fundamental (Anos Iniciais e Anos Finais) e Ensino Médio Diurno e EJA; Educação Infantil de 0 a 5 anos. II – JUSTIFICATIVA: A Orientação Educacional é parte de um todo da escola, e com ela interage permanentemente, assim como com a própria sociedade. Para compreender o aluno e contribuir positivamente com sua aprendizagem, é necessário refletir sobre vários temas que não se esgotam no interior da realidade física e pedagógica da escola: o contexto social, político e econômico da comunidade; os aspectos cognitivos, afetivos e psíquicos dos alunos. Diante da pandemia estabelecida a nível mundial pela contaminação do COVID-19, que culminou com o isolamento social e, consequentemente, com o cancelamento das aulas presenciais, o Serviço de Orientação Educacional apresenta estratégias e sugestões para vencer os obstáculos que certamente se apresentarão. II – OBJETIVO GERAL: Prestar atendimento de orientação dentro de uma abordagem educacional, envolvendo todas as pessoas relacionadas com o processo de educação (alunos, professores, funcionários e Equipe Diretiva), visando assim a contribuir para a manutenção de um clima de harmonia, satisfação e confiança na escola, que favoreça o desenvolvimento da aprendizagem. III – DESENVOLVIMENTO: 1º PERÍODO DE ISOLAMENTO/ RESGUARDO (SEM AULAS): • Contato frequentedas Equipes Diretivas (diretor, vice-diretor, supervisor, coordenador, orientador) com os professores, funcionários e comunidade escolar através das redes sociais (página da escola no facebook, blog, site, Instagram, WhatsApp e/ou Telegram) visando o fortalecimento de vínculos e a divulgação das atividades escolares. • Registros das tarefas por setor (home office): o que cada um está fazendo? Temos uma carga horária de trabalho que precisará ser justificada mais tarde e é importante que cada profissional tenha o controle das suas atividades. Exemplo: ligações, reuniões, retorno de e-mails, orçamento, leituras, organização documental... • Acompanhamento online das atividades postadas pelo departamento pedagógico, a fim de evitar repetições e engessamentos. Podemos criar um AOERGS 28 rodízio ou escala, que tal? • Linha direta com o SOE – via Messenger, Telegram ou WhatsApp. Houve um crescimento no número de casos de depressão e automutilação, principalmente na faixa etária da adolescência. Estarei online diariamente nos horários anteriormente divulgados pelo setor para atender à comunidade, efetuando o registro desses atendimentos. Estou organizando também um canal no YouTube para a postagem de mensagens, vídeos e entretenimento para nossos alunos. • Elaboração de um relatório semanal de atividades por turma/professor. Isso facilitará bastante para o acompanhamento e aprovação dos diários de classe, principalmente com aqueles colegas mais “esquecidos”. • Elaboração de um relato de experiências do período de quarentena – tipo um diário, que pudesse contar com as contribuições de toda a comunidade escolar. Como estão se sentindo, o que estão fazendo para manter a rotina de estudos, quem está fazendo companhia para quem, do que estão sentindo mais falta... Poderia ser uma página específica dentro da página da escola, ou um diário virtual: algo que pudesse reunir o maior número de participantes a fim de nos dar uma visão do “todo” da escola. • Organização de um horário específico para as postagens das atividades por turma ou por professor, a fim de não acumular tarefas e evitar também a ansiedade e o estresse quanto a materiais e à organização. Exemplo: Segunda-feira, 9h = 3º ano Turma 31; ou Professor... – toda terça-feira, às 14h. Isso ajuda bastante na rotina familiar. • Momento on-line do professor: Estabelecer um horário semanal para cada professor estar disponível para o esclarecimento de dúvidas dos alunos quanto às atividades/aulas enviadas. Exemplo: Quinta, das 9h às 10h – plantão do professor X; das 10h às 11h – plantão do professor Y. Tudo isso pode ser feito no próprio Facebook da escola. • Realização de reuniões periódicas com os professores via web conferência (zoom, Facebook, WhatsApp), visando manter a coesão do grupo e fortalecer laços. ESSENCIAL: Não esquecer os casos de inclusão no planejamento das atividades! Esses alunos precisam de atividades diferenciadas, adaptadas às suas necessidades e condições. 2º PERÍODO DE RETORNO DAS ATIVIDADES ESCOLARES (COM AULAS): • Capacitação dos profissionais da educação na questão da atuação e da prevenção ao tipo de crise vivenciada (epidemias, pandemias, eventos climáticos...): como lidar; procedimentos preestabelecidos; estratégias de superação. • Foco no domínio das tecnologias voltadas à educação, extensivo a todos os profissionais: oficinas e aulas práticas envolvendo as TICs. • Campanhas de estimulação e de integração com a comunidade escolar visando cuidados com o meio ambiente, higiene pessoal, preservação da natureza, reciclagem, valores, qualidade de vida. • Verificação das aprendizagens e do alcance das atividades enviadas durante o recesso, com retomadas específicas e flexibilização dos métodos avaliativos no primeiro momento. ESSENCIAL: Lembrar que os pais e familiares não são necessariamente professores nem estão preparados para ministrar aulas e lições. Fatalmente teremos muitas dificuldades e não podemos exigir que os alunos retornem para a escola com todos os conhecimentos necessários para a continuidade do processo cognitivo. Compreensão e tolerância serão as palavras- chaves do período. IV– AVALIAÇÃO Utilizaremos a observação e a avaliação institucional prevista para o final do ano letivo para verificar a satisfação da comunidade escolar com a proposta. AOERGS 29 V – PERÍODO DE EXECUÇÃO: Ano letivo de 2020. BIBLIOGRAFIA ACKERMAM, H. Diagnóstico e Tratamento das Relações Familiares. Porto Alegre. Artes Médicas, 1980. ARROYO, M. G. Ofício de Mestre: imagem e autoimagens. Petrópolis, Rio de Janeiro: Vozes. 2000. CAMPOS, J.C. CARVALHO, H. A. A Psicologia do Desenvolvimento: Influência da Família. São Paulo: EDICOM, 1983. CARVALHO, M. de L. R. da Silva. A Função do Orientador Educacional. São Paulo: Cortez, 1989. GRINSPUN, M. P. Z. (Org.). A Prática dos Orientadores Educacionais. São Paulo: Cortez, 1998. MALDONADO, M.T. Comunicação entre pais e filhos: a linguagem do sentir. São Paulo: Saraiva 1997. NEVES, I. de G. & SIQUEIRA, O. K. Dinâmica de Orientação Educacional. Porto Alegre: Globo, 1987. PARO, V. H. Qualidade do ensino: a contribuição dos pais. São Paulo: Xamã, 2007. PRADO, D. O que é família. São Paulo: Brasiliense, 1981. SYMANSKY, H. A relação família/escola: desafios e perspectivas. Brasília: Plano, 2001. Guaíba, 23 de março de 2020. AOERGS 30 PROJETO INTEGRADO ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL E EQUIPE PEDAGÓGICA Márcia Heinen de Oliveira Orientadora Educacional O trabalho da Orientação Educacional integrado com a equipe pedagógica na pandemia foi pautado na busca intermitente de alunos para realização das atividades, ajuda às famílias, participação e orientações ao segmento professores e ao Conselho Escolar; assessoria à equipe pedagógica e à direção quanto às normativas legais que nos são fornecidas pela AOERGS. ALGUMAS AÇÕES: • Estamos envolvidos na atuação da não volta às aulas. O professor Leonel e Sabrina, com o Grêmio Estudantil. Realizamos diálogos com a comunidade sobre o retorno presencial • Elaboramos kits pedagógicos para entrega às famílias nos anos iniciais, com cadernos, lápis, borracha, lápis de cor, apontador, tesoura, régua, cola, folhas coloridas, alfabeto móvel, máscara etc. • Atualizamos dos dados, com os celulares dos grupos de WhatsApp, com a conectividade da plataforma Córtex. Se não baixaram o aplicativo, somos nós que estamos fazendo nos celulares, também orientando a baixarem as atividades e como devem enviar. • Realizamos reuniões com o Conselho Escolar para deliberação de não volta às aulas, com decisões dos diferentes segmentos. Os pais estavam temerosos de tomarem decisões porque não conseguiram falar com seus pares. • Elaboramos uma pesquisa virtual sobre o retorno, usando o Google Forms. Foi divulgada nos grupos de whatsApp e Facebook para as famílias responderem. • Foram montados kits para cada aluno do primeiro ao quinto ano, de A10 a B20, com mensagens dos professores e livros. • Primeiro ano atividades no primeiro caderno. AOERGS 31 ORGANIZAÇÃO DA RETIRADA E ENTREGA DE ATIVIDADES REMOTAS EM TEMPO DE PANDEMIA Núcleo de Orientadores Educacionais de Bagé, NOEB O trabalho da Orientação Educacional Este projeto foi desenvolvido para conclusão do curso Técnico de Administração e tem por objetivo o controle da retirada e da devolutiva das atividades pedagógicas na escola Dr. João Thiago do Patrocínio, no município de Bagé. Tal controle se dá através de uma planilha em que, tanto na retirada como na devolutiva do material, o aluno deve assinar seu nome. Os professores são orientados a encaminhar atividades pedagógicas para serem impressas na quinta-feira, e estas devem contemplar as mesmas habilidades desenvolvidas nos grupos de WhatsApp. Este material recebe o nome de “polígrafo da semana”. Todas as terças-feiras, a escola faz a entrega do material impressoaos alunos que optaram. Desta maneira, há um controle de quem retira e devolve as atividades, possibilitando que haja acompanhamento da equipe diretiva e que as estratégias necessárias para resgate dos alunos que não realizam atividades sejam implementadas. Aos Professores é possibilitado realizar o acompanhamento das aprendizagens dos alunos sem acesso à internet. Assim, os alunos tem seu direito de aprendizagem garantido. As estratégias de ensino à distância são importantes para a redução dos efeitos negativos do distanciamento social, mas as evidências indicam que lacunas de diversas naturezas serão criadas sem a interação presencial. MODELO UTILIZADO NA ESCOLA PARA REGISTRO DAS ENTREGA E DEVOLUTIVA DAS ATIVIDADES REMOTAS 2020 Turma: Data: DISCIPLINAS (marcar material que compõe o poligrafo da semana) ( ) Língua Portuguesa ( ) Matemática ( ) Ciências ( ) Geografia ( ) História ( ) Espanhol ( ) Educação Física ( ) Arte ALUNOS QUE UTILIZAM MATERIAL IMPRESSO NOME RETIRADA DEVOLUTIVA ALUNO A ALUNO B ALUNO C Após a devolutiva das atividades escolares, o material é separado em sacos plásticos e identificado com nome do professor, para que seja retirado na escola e corrigido. Este movimento consta na planilha de acompanhamento das atividades remotas, que é quinzenalmente disponibilizado nos grupos do WhatsApp. AOERGS 32 INTELIGÊNCIA EMOCIONAL EM TEMPOS DE PANDEMIA Núcleo de Orientadores Educacionais de Bagé, NOEB O projeto tem o objetivo de acompanhar os alunos da Escola Municipal Dr. João Thiago do Patrocínio, em tempos da pandemia COVID-19, visando ao desenvolvimento da Inteligência Emocional. Tem como objetivos específicos: compreender os sentimentos, as emoções e as atitudes dos alunos; destacar a importância da Inteligência Emocional em tempos de pandemia; e desenvolver ações que trabalhem a Inteligência Emocional. O projeto é realizado de forma remota, com o auxílio de recursos tecnológicos. Entre eles, como meio de interação com os alunos, é utilizado o aplicativo WhatsApp, pois os educandos possuem um grupo denominado “Hora do Recreio”, que possibilita contato com a escola. As atividades realizadas dentro deste projeto são a aplicação de questionários, a visualização de vídeos, a reflexão sobre eles e a vivência de dinâmicas. A intenção é propôr ações em que os alunos possam exercer a empatia e que abordem os sentimentos e as emoções. AOERGS 33 ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL AFONSO GUERREIRO LIMA PROJETO DE INFORMAÇÃO E PREVENÇÃO AO USO ABUSIVO DE ÁLCOOL E DE OUTRAS DROGAS Lourdes Alaídes Kalata Biberg Orientadora Educacional Porto Alegre, RS. INTRODUÇÃO Os problemas gerados pelo consumo de drogas são muito variados, Sua origem não se situa num fator causal único. É o resultado de um processo em que as características da pessoa, da droga que é consumida e da sociedade se entrelaçam. O consumo de drogas não é um fenômeno novo na humanidade. Desde a suas origens, o homem aprendeu a utilizar drogas com distintos fins rituais mágicos, religiosos, curativos. Com o passar do tempo, as drogas utilizadas e as formas com que são consumidas foram mudando. Atualmente, o incremento de seu consumo e a incorporação de outras substâncias se tem convertido em um fenômeno preocupante. Droga é qualquer substância que, uma vez introduzida no organismo através de distintas vias, altera ou modifica as funções corporais. Existem muitas classes de drogas. A grande maioria é composta de substâncias com as quais convivemos e que fazem parte de nossa forma de vida. Todas as substâncias psicoativas apresentam um denominador comum. Ao serem ingeridas, seja qual for a forma, passam ao sangue e, através dele, ao cérebro e a todo o organismo, provocando diferentes efeitos que levam o organismo a excitar, relaxar ou distorcer a realidade. Algumas drogas são legais, como álcool, o tabaco e os fármacos. Outras são ilegais, como a maconha, a cocaína, a heroína, o crack, etc. Em geral as drogas afetam a saúde das pessoas e seu desenvolvimento pessoal. O consumo de drogas induz a comportamentos descontrolados, a condutas que, em muitos casos, não medem os riscos ou as consequências. Um perigo que se corre ao consumir substâncias psicoativas, aliás, o mais importante, é a sua capacidade para desenvolver dependência. A dependência é o conjunto de comportamentos e de reações que compreendem o impulso e a necessidade imperiosa de tomar a substância de forma contínua ou regular, ou seja, para sentir os seus efeitos ou para evitar o mal-estar que provoca a privação de tal substância. Consideramos que uma pessoa está saudável quando mantém um equilíbrio adequado entre seu físico, sua mente e sua forma de relacionar-se. A saúde está determinada por nosso estilo de vida. Por isso, para prevenir o consumo de drogas é fundamental educar para a saúde. A prevenção é antecipar-se, atuar para evitar que nossos jovens venham a consumir drogas. JUSTIFICATIVA Diante do crescimento considerável do uso e do abuso do álcool e de outras drogas, bem como do decorrente aumento da violência e de acidentes de trânsito, fazem– se necessárias ações envolvendo toda a comunidade escolar para informação e prevenção, visando à promoção da saúde e do bem estar das pessoas. AOERGS 34 OBJETIVO Dar continuidade ao processo de aumento do nível de conscientização da comunidade escolar a respeito do uso, abuso e dependência do álcool e de outras drogas OPERACIONALIZAÇÃO • Abordagem, sensibilização e informação como prevenção, junto aos professores, pais, alunos e funcionários. • Vídeos do Programa “Saber salva nas escolas”, do Ministério da Educação e Ministério da Saúde. • Palestras, • Oficinas com alunos. • Sequências no desenvolvimento, durante o ano letivo, do Projeto Cidadania: Prática de Valores na Escola. • Sequência dos “Momentos de Reflexão”, semanais, com todos os alunos, no início das aulas, no pátio da escola, em ambos os turnos. Início: DURAÇÃO: Durante o ano letivo. AVALIAÇÃO: Será realizada no final do ano letivo. juntamente com todos os envolvidos. BIBLIOGRAFIA: Um guia para família – SENAD, SECRETÁRIA NACIONAL ANTIDROGAS. Prencional Del consumo de drogas (guia para famílias) ayuntamento de Madrid. - Plano municipal contra as drogas. -Recortes de jornais, ZH Correio do povo, revistas. A SEGUIR, UMA CARTA ENDEREÇADA AOS PROFESSORES: ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL AFONSO GUERREIRO LIMA (SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL) Lourdes Alaídes Kalata Biberg Orientadora Educacional Porto Alegre, RS. Prezado Professor: Com o objetivo de facilitar o planejamento das aulas, incluindo orientações e atividades que possam contribuir para a informação e prevenção ao uso do álcool e outras drogas, conforme projeto em desenvolvimento em nossa escola, transcrevo abaixo os itens 11 e 12 da publicação “Um guia para a família”, da série “Vamos descobrir um Brasil sem drogas”, do Ministério da Saúde (Pg. 23). “11. COMO AS ESCOLAS PODEM COLABORAR NA PREVENÇÃO DO USO INDEVIDO DE DROGAS” Diversas escolas têm adotado programas educativos com esse objetivo Eles podem ser de grande ajuda aos jovens, sobretudo a partir do início da adolescência desde que conduzidos de forma adequada. Como já foi explicado anteriormente, informações mal colocadas podem aguçar a curiosidade dos jovens, levando-os a experimentar drogas discursos antidrogas e mensagens amedrontadoras ou repressivas, além de não eficazes podem até mesmo estimular o uso. Nos programas de prevenção mais adequados, o uso de drogas deve ser discutido dentro de um contexto mais amplo da saúde. As drogas, a alimentação, os sentimentos, as emoções os desejos, os ideais, ou seja, a qualidade de vida entendida como bem-estar físico, psíquico e social, são aspectos a serem abordados no sentido de levar o jovem a refletir sobre como viver de maneirasaudável. Os jovens devem aprender a conhecer suas emoções e a lidar AOERGS 35 com suas dificuldades e problemas. Um modelo de prevenção deve contribuir para que os indivíduos se responsabilizem por si mesmos, a fim de que comportamentos de risco da sociedade como um todo possam ser modificados. 1.2. EM SE TRATANDO DE JOVENS QUE JÁ USAM DROGAS, QUAL DEVE SER A ATITUDE DA ESCOLA? De preferência a escola deve ter algumas regras bem estabelecidas, tais como não autorizar o uso de drogas, sejam legais (álcool, fumo) sejam ilegais (maconha, cocaína), nas suas dependências. Por outro lado, seria abusivo e contraproducente a escola tomar atitudes drásticas com alunos que fazem uso de drogas (como a expulsão). A exclusão só irá diminuir as chances de os jovens serem compreendidos e seus casos tratados de forma adequada. Nesse sentido, se for detectado que os alunos estão utilizando algum tipo de droga de forma abusiva, e a escola não souber lidar com esse tipo de situação, ela deve procurar apoio em serviços de saúde. Neles os alunos receberão atendimento especializado e, se for o caso, serão tratados. O mais importante é estimularem as atividades criativas que possam absorver e entusiasmar os jovens. Para alguém afastar-se das drogas, é necessário que existam outras opções mais interessantes e prazerosas, que possam ocupar o tempo que seria utilizado com drogas, dentro de um contexto muito saudável. Abaixo, acrescento uma relação de temas para contribuir no planejamento das aulas. 1 | DA 1º À 4º SÉRIE 1.1 | OBJETIVOS GERAIS: • Saber da importância dos cuidados com a saúde, alimentação e hábitos saudáveis. • Saber da diferença entre remédios e drogas, legais e ilegais (material de limpeza, como álcool, detergentes). • Saber de quem pode receber remédios. • Saber que as crianças enfrentam problemas e que é correto pedir ajuda para resolver estes problemas. • Saber que existe uma força maior que é Deus e a importância desta busca através de momentos de espiritualidade. • Ter uma visão positiva de si (autoestima). 1.2 | PLANEJAMENTO DAS AULAS OBJETIVOS: • Discutir a qualidade de vida num contexto mais amplo de saúde. • Distinguir entre remédios e drogas ilegais. • Identificar indivíduos de quem é seguro receber remédios. • Desenvolver a habilidade de ajudar os outros. • Aprender sobre a amizade. • Identificar os sentimentos e como eles afetam o comportamento. • Assumir responsabilidades pelos seus atos. • Saber que as pessoas têm problemas e que é certo pedir ajuda. • Perceber a importância da busca de deus para o fortalecimento espiritual das pessoas. • Levantar os aspectos positivos de si, para a construção de uma boa autoestima. 2 | DA 5º à 8º SÉRIE 2.1 | OBJETIVOS GERAIS: • Saber da importância dos cuidados com a saúde, alimentação e hábitos saudáveis. • Desenvolver a habilidade de saber recusar e dizer não, quando não estamos de acordo com algo. AOERGS 36 • Compreender a amizade. • Compreender a importância de ajudar os outros. • Aprender a lidar com as situações e com as pressões que apresentam. • Desenvolver estratégias de como lidar com rejeições, frustações, decepções e fracassos. • Ter compreensão das transformações que ocorrem nesta idade, tanto com relação ao corpo como com o emocional (adolescência). 2.2 | PLANEJAMENTO DAS AULAS OBJETIVOS: • Aprender e estimular hábitos, atitudes e comportamentos que possam contribuir para uma vida mais saudável. • Aprender a avaliar a credibilidade de fontes de informação e solicitações. • Saber como manter a sua individualidade e ainda pertencer ao grupo de colegas. • Compreender a importância de ajudar os outros (solidariedade). • Utilizar o raciocínio científico para chegar a uma decisão. • Ter senso crítico para avaliar filmes, programas de televisão, propagandas e músicas como fontes de informação. • Compreender as consequências de decisões a curto e a longo prazo. • Saber quais os elementos de amizades saudáveis. • Desenvolver estratégias para enfrentar o estresse. • Aprender a conhecer as suas emoções e lidar com suas dificuldades e problemas. • Ter conhecimento dos fatores que envolvem a adolescência, conhecimento do corpo, doenças contagiosas e as sexualmente transmissíveis. • Saber que as pessoas têm problemas e que é certo pedir ajuda. • Perceber os aspectos positivos e ter uma visão positiva de si (autoestima). • Perceber a importância da busca de Deus para o fortalecimento espiritual das pessoas. ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL AFONSO GUERREIRO LIMA (SERVIÇO DE ORIENTAÇÃO EDUCACIONAL) REUNIÃO COM PAIS 5º A 8º SÉRIES (POR SÉRIE) ENTREGA DE AVALIÇÕES DO 2º BIMESTRE Lourdes Alaídes Kalata Biberg Orientadora Educacional Porto Alegre, RS. COMO OS PAIS E/OU RESPONSÁVEIS PODEM FAZER PREVENÇÃO AO USO DE DROGAS A família tem papel preponderante no desenvolvimento saudável das crianças e adolescentes. Todas as experiências vividas no âmbito familiar serão carregadas em boa parte ao longo do desenvolvimento dos sujeitos. A família pode oferecer aos filhos um ambiente de amor e acolhimento, dando-lhes a estabilidade emocional necessária para criar seu projeto de vida. No meio familiar, os pais devem administrar normas de convivência que podem ser um modelo de aprendizagem, que facilita a socialização dos filhos, a convivência solidária e a autonomia. Ou seja, o que se faz AOERGS 37 é muito mais importante do que o que se diz. Nas escolas, os programas de prevenção ao uso de drogas mais adequados devem ser discutidos dentro de um contexto amplo de saúde, buscando compreender todas as consequências dos efeitos do uso de drogas ilícitas para o seu organismo, assim como as consequências sociais e emocionais no seu entorno. Os jovens devem aprender a conhecer suas emoções e a lidar com suas dificuldades e problemas. Reconhecer-se como seres incompletos, em constante aprendizagem, capazes de fazer e refazer suas trajetórias de vida. A saúde está determinada por nosso estilo de vida. PREVENÇÃO é chegar antes, é evitar. ALGUMAS ORIENTAÇÕES QUE PODEM CONTRIBUIR: • Manter o diálogo sempre. • É importante favorecer o uso satisfatório do tempo livre do filho. • Saber escutar (encontrar um tempo para isso) e compreender as diferentes fases de desenvolvimento e suas caraterísticas. • Saber fazer combinações. • Saber dizer não quando for preciso, mantendo a amorosidade (explicar o porquê de tal posição). • Desenvolver a autonomia e a responsabilidade. REFERÊNCIAS Um guia para a família da série “VAMOS DESCOBRIR UM BRASIL SEM DROGAS”, do governo federal, guia para família (ayuntamento de Madri). AOERGS 38 ESCOLA MUNICIPAL DE ENSINO FUNDAMENTAL AFONSO GUERREIRO LIMA PROJETO “CIDADANIA - PRÁTICA DE VALORES NA ESCOLA” Lourdes Alaídes Kalata Biberg Orientadora Educacional Porto Alegre, RS. APRESENTAÇÃO A educação em valores é uma exigência da sociedade atual, inserida no mundo globalizado e marcada, no início deste século, por tantas mudanças tecnológicas e novos paradigmas políticos, culturais e educacionais, ora debatidos por diferentes agentes sociais. Temas como ecologia, educação sexual, direitos e deveres do cidadão, ética na política e na vida política, são pautas de congressos, seminários, encontros internacionais, nacionais e locais. Esses espaços de formação levam-nos a crer que o currículo escolar, sem dúvida, ficou defasado, ou melhor, não conseguiu acompanhar a velocidade de transformação do mundo pós-industrial. Por isso, a escola não pode, na atual estrutura da educação básica em que as crianças e os jovens ficam grande parte do dia na escola, deixar de ensinar a prática de valores. O trabalho explícito com a prática de valores pode advir das atividades docentes e curriculares no interior da sala de aula. Durante uma aula de Língua Portuguesa, por exemplo, o professor comprometido com a educação de valores
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