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FSL - TCC Pos Lato Sensu- ADVERSIDADES NO ENSINO APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NAS ESCOLAS PÚBLICAS (1)

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ADVERSIDADES NO ENSINO APRENDIZAGEM DA LÍNGUA INGLESA NAS 
ESCOLAS PÚBLICAS 
 
Denise Manhães de Azevedo1 
 
Resumo: Esse trabalho objetiva reforçar a importância da língua inglesa para o 
desenvolvimento do cidadão, demonstrar as adversidades encontradas pelos professores da 
língua nas escolas públicas brasileiras e apontar para ludicidade como instrumento de auxílio 
significativo e motivador para o ensino aprendizagem da língua-alvo. Destaca a oralidade como 
expectativa principal almejada pelos educandos e apresenta opções de jogos e exemplos de 
atividades simples para serem trabalhadas no desenvolvimento da língua, que contribuem com 
resultados bastante significativos, além da importância do papel do professor como mediador 
dos conteúdos e atividades lúdicas. Este estudo está fundamentado em pesquisas bibliográficas 
de estudiosos dos campos da educação e linguística, na Base Nacional Comum Curricular, Lei 
que rege os conteúdos a serem trabalhados pelos professores, e na experiência prática da autora 
como professora de língua inglesa do ensino básico. 
 
Palavras-chave: Língua Inglesa; Material Didático; Atividades lúdicas; Escolas Públicas. 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
A língua inglesa nas escolas públicas brasileiras passou a ser incluída como disciplina 
obrigatória com a promulgação da LDB 9394/96. Contudo, historicamente, ela já fazia parte 
do conteúdo de estudo escolar de muitas escolas. Mesmo assim, ainda não alcançamos um nível 
de qualidade no ensino da mesma nas escolas públicas do país. Diante disso o tema deste 
trabalho tem como objetivo discorrer sobre as adversidades no ensino aprendizagem da língua 
inglesa nas escolas públicas brasileiras e trazer ideias lúdicas para que o professor possa 
trabalhar o ensino da língua, a partir de um artigo sustentado em análises críticas e reflexivas 
de materiais publicados por estudiosos na língua estrangeira, particularmente na língua inglesa, 
e na prática educativa da autora no idioma. 
 
1 Graduação em Letras com habilitação em Língua inglesa pela Universidade Estácio de Sá, especialização em 
Metodologia do Ensino de Língua Inglesa pela Faculdade de Educação São Luís. E-mail do autor: 
denisemanhaes.azevedo@gmail.com 
 
mailto:denisemanhaes.azevedo@gmail.com
2. OS DESAFIOS DO PROFESSOR 
 
 Dentro do âmbito educacional das escolas públicas brasileiras, o ensino da língua 
inglesa é penalizado com uma grande ausência de conteúdos necessários ao domínio do idioma. 
As relações entre a teoria, desenvolvimento e prática sofrem com a privação de tempo hábil, 
insuficiência de recursos educacionais, pouco incentivo a especialização de professores, entre 
outras dificuldades, que impossibilitam a aproximação para atingir um nível satisfatório de 
conhecimento da língua. De acordo com Paula (2015, p. 5), “... em detrimento a todas as 
dificuldades enfrentadas por alunos e professores durante o processo de ensino e aprendizagem 
de línguas faz-se necessário estar sempre buscando a superação desses desafios. ” 
 A maior dificuldade encontrada pelos professores para desenvolver os eixos: oralidade, 
leitura, escrita, conhecimentos linguísticos e dimensão intercultural, propostos pela BNCC 
(Base Nacional Comum Curricular), é o fato dos mesmos terem que ser desenvolvidos ao 
mesmo tempo. Segundo Leffa (2016, p. 68 e 69), a premissa tradicional de que o aluno deveria 
aprender todas as habilidades ao mesmo tempo foi abandonada, que os princípios pedagógicos 
direcionados ao ensino de línguas devem ser focados em uma sequência de aprendizagem, e 
que o objetivo do desenvolvimento da oralidade deve ocorrer antes do desenvolvimento das 
outras habilidades. 
Além das dificuldades, citadas anteriormente, encontradas pelos professores de língua 
inglesa para oferecer um ensino de qualidade, permanente e impulsionador, os mesmos ainda 
recebem alunos sem nenhum conhecimento do idioma. Estudantes vindos do primeiro 
segmento do fundamental, que não praticaram qualquer conhecimento da língua. Segundo 
White (2003), a segunda língua (L2) é melhor absorvida quando inserida de maneira 
imperceptível, nos primeiros anos do ensino escolar, através de músicas e brincadeiras, sem 
regras gramaticais e cobranças. Acrescentamos que, a consequência do não conhecimento 
prévio da língua, acarreta num dos maiores problemas enfrentados pelo aluno: a comparação 
entre a língua materna (L1) e a L2. 
 Mesmo diante das adversidades, o professor precisa encontrar caminhos para 
desenvolver, da melhor maneira possível, o conhecimento do aluno. Leffa (2016, p. 71 e 72), 
sugere que o professor deva desenvolver três qualidades: criatividade, intuição e paixão. E 
defende a ideia de que “... a paixão é o caminho mais curto para aproximar a ação do professor 
dos resultados desejados. ” A característica da criatividade nos professores das redes públicas, 
acaba por surgir pela necessidade de lançar mão “do que se tem” para trabalhar a aprendizagem: 
materiais de aulas de artes, para criarem greeting cards, alimentos da cozinha, para recipes, 
formar grupos de alunos, para compor dialogues, entre outras ideias. A intuição do professor, 
podemos definir como: a capacidade que ele tem de reconhecer e prever o desenvolvimento do 
ensino-aprendizagem a partir da análise de uma sala de aula: quantidade de alunos, seu 
comportamento, os recursos pedagógicos, etc., e potencializar o que tem disponível. A paixão, 
como qualidade em um professor, pode ser resumida na escolha da profissão por amor, pois 
lecionar é conviver com uma mistura de sentimentos intensos, positivos, tais como: afeto, 
desejo e entusiasmo; e negativos, tais como: agonia, tortura e martírio. Sentimentos que tem a 
capacidade de alterar a normalidade, mas que carregam consigo algo em comum: a esperança 
de melhorar. “Quando temos paixão podemos mais facilmente mudar as coisas que nos cercam, 
e que não nos agradam, do que ser mudado por elas. ” (ibidem, p. 80) 
 
3. O MATERIAL DIDÁTICO NO ENSINO DE LÍNGUAS 
 
 Dentre tantas dificuldades que o professor de línguas se depara, está o ‘livro didático’. 
O livro didático apresenta dois empasses para o professor e aluno. Primeiro: o conteúdo “quase 
nunca’ é próprio para o grau de conhecimento do estudante. O professor precisa escolher o que 
trabalhar dentro do livro, o que ocorre fora da sequência de páginas, ou seja, fora do padrão 
ideal para o estudo através de um livro. Brodbeck (2004) recomenda: “Como proposta ou 
sugestão, acredito que o professor obterá uma qualidade bem maior de produção se ele preparar 
um material adequado à realidade de seus alunos. ” E sinaliza o uso da internet como uma opção 
de auxílio para o professor, tendo em vista a mesma disponibilizar infinitos recursos para o 
ensino aprendizagem (Ibidem, 246) 
 As atividades lúdicas em sala de aula contribuem com excelentes resultados para fixação 
de informações significativas e interação entre alunos e professores. Szundy (2015, p. 43 e 44), 
aponta para os jogos como uma atividade histórico-cultural de participação em grupos, de 
qualquer idade, e acrescenta que “o jogo cria, muitas vezes, um senso de identidade de grupo e 
de colaboração entre seus participantes. ” (Ibidem, p. 43). Neste sentido, salientamos que os 
jogos são particularmente um exercício prazeroso de desafios e superações, que estimula seus 
participantes a imaginação e liberdade de ação. Muitos jogos podem ser usados com estudantes 
de todas as idades, tanto na sala de aula, quanto disponibilizados na biblioteca ou sala de jogos 
da escola para uso e outros professores da disciplina ou dos alunos, em suas horas vagas ou de 
recreação, tais como: bingo, para o exercício de listening; dominós com figuras e nomes 
grafados, para praticar o vocabulário; jogo da forca, para spelling, entre outros. 
 Segundo Krashen & Terrell (1981, p. 57) “falar é, com certeza, o principalobjetivo da 
maioria dos estudantes da língua. ” Contraditoriamente às expectativas, o eixo oralidade é, sem 
dúvida, o mais difícil de ser alcançado pelo aluno. Os problemas mais comuns, por parte dos 
alunos, é a existência de bloqueios da fala que os impedem de se expressarem na L2, tais como: 
timidez, medo de errar, insegurança, entre outros, tornando o contexto comunicativo difícil de 
ser atingido. Diante disso, a função do professor é de criar condições para que o aluno se 
expresse com espontaneidade e liberdade na L2, disponibilizando a variedade de gêneros 
textuais para a prática do discurso na língua. Krashen & Terrell (1981, p. 56) salientam que, os 
interesses e objetivos dos estudantes variam, e diante disso, deve haver uma variedade de 
escolhas a disposição durante a prática da língua. Porque a maior preocupação que os alunos 
devem ter não é com a forma, mas com a mensagem, pois a sensação de conseguirem se 
expressar, faz com que seus bloqueios sejam reduzidos, aumentando assim, sua segurança e 
familiaridade na oralidade. 
Ressaltamos que as atividades didáticas de interesse pessoal dos alunos não precisam 
ser, necessariamente, custosas para alunos ou entidades escolares. A criação de apresentações 
em grupo, como bandas de música, peças teatrais, recitação de poemas, entre outras, são de 
grande valia tanto para o desenvolvimento cognitivo na língua, quanto para a socialização no 
ambiente escolar. 
 
4. CONCLUSÃO 
 
A globalização, o desenvolvimento tecnológico, em especial o advento da internet, e o 
maior poder de acesso a informação, despertou o interesse de pessoas, de diversas camadas 
sociais, em se comunicar na língua inglesa por diversos motivos. Todavia, alcançar esse 
conhecimento ainda representa, para muitos, uma dificuldade, seja por não poder arcar com 
despesas de tutoria, por não saber tirar proveito do ensino gratuito da língua disponibilizado na 
web ou pela falta de tempo. Acreditamos que, mesmo diante das adversidades, os professores 
podem minimizar as dificuldades de ensino para melhor contribuir com o desenvolvimento do 
educando. 
 
REFERÊNCIAS 
 
BRASIL, Ministério da Educação. Base Nacional Comum Curricular. Disponível em: 
<http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf>
. Acesso em: 15 Abr. 2020 
http://basenacionalcomum.mec.gov.br/images/BNCC_EI_EF_110518_versaofinal_site.pdf
 
_____, Planalto Federal. LDB – Lei no 9.394, 20 de dezembro de 1996 
(Atualizada). 2019. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm>. 
Acesso em: 18 Abr. 2020. 
 
BRODBECK, Jane. Como ler um texto de língua inglesa na escola tradicional usando 
métodos não tradicionais. In: SOUZA, Luana Soares de; CAETANO, Santa Inês Pavinato 
(orgs). Ensino de Língua e Literatura Alternativa Metodológicas Tomo II Canoas-RS: 
Ed. Ulbra, 2004. Disponível em: 
<https://books.google.com.br/books?id=EILxNFIcOs8C&printsec=frontcover&source=gbs_a
tb&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false>. Acesso em: 20 Mai. 2020 
 
KRASHEN, Stephen D. TERRELL, Tracy D. Second language acquisition and second 
language learning. Prentice Hall Europe: Hemel Hempstead, HD. 1981. Disponível em: 
<http://www.sdkrashen.com/content/books/sl_acquisition_and_learning.pdf>. Acesso em: 2 
Jun. 2020. 
 
Leffa, Vilson J. O ensino do inglês no futuro: da dicotomia para a convergência. In: 
STEVENS, Cristina Maria Teixeira; CUNHA, Maria Jandyra Cavalcanti. Caminhos e 
colheita: ensino e pesquisa na área de inglês no Brasil. Brasília: Editora UnB, 2003. P. 225-
250. Disponível em: <http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/ingles_no_futuro_hp.pdf>. 
Acesso em: 14 Abr. 2020. 
 
PAULA, Luciane Guimarães de. Dificuldades Inerentes ao Processo de Ensino e 
Aprendizagem da Língua Inglesa: Contribuições para a Formação de Professores de 
Línguas. Artigo. Enciclopédia Biosfera, Centro Científico Conhecer: Goiânia, GO. 2015. 
v.11, n.20; p. 911. Disponível em: 
<https://www.conhecer.org.br/enciclop/2015a/dificuldades.pdf>. Acesso em: 16 Abr. 2020. 
 
SZUNDY, P. T. C. A Construção do Conhecimento do Jogo e Sobre o Jogo: ensino e 
aprendizagem de LE e formação reflexiva. 2005. Tese (Doutorado em Linguística). PUC, 
São Paulo. Disponível em: 
<https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/13865/1/Paula%20Tatianne%20Carrera%20Azun
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WHITE, Lydia. Second Language Acquisition and Universal Grammar. Cambridge 
University Press. New York. 2003. Disponível em: 
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d%20Language%20Acquisition%20and%20Universal%20Grammar.pdf>. Acesso em: 8 Abr. 
2020. 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/l9394.htm
https://books.google.com.br/books?id=EILxNFIcOs8C&printsec=frontcover&source=gbs_atb&redir_esc=y#v=onepage&q&f=false
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https://en.wikipedia.org/wiki/Hemel_Hempstead
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http://www.leffa.pro.br/textos/trabalhos/ingles_no_futuro_hp.pdf
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https://sapientia.pucsp.br/bitstream/handle/13865/1/Paula%20Tatianne%20Carrera%20Azundy.pdf
https://eclass.uoa.gr/modules/document/file.php/GS345/White%20%282003%29.%20Second%20Language%20Acquisition%20and%20Universal%20Grammar.pdf
https://eclass.uoa.gr/modules/document/file.php/GS345/White%20%282003%29.%20Second%20Language%20Acquisition%20and%20Universal%20Grammar.pdf

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