Prévia do material em texto
Livro Organizações Internacionais – Herz e Hoffmann (Resumo cap. 1) O primeiro capítulo do livro Organizações Internacionais visa explicar a origem e a definição do que são as Organizações Intergovernamentais Internacionais e Organizações Não-Governamentais Internacionais. Estas surgem em face de um novo cenário político no mundo pós-guerras, demarcando o início de colaborações não apenas bilaterais ou regionais, mas de escala global, visando uma nova forma de organizar como as relações políticas, econômicas, militares, etc. seriam discutidas dali em diante. Tanto as OIs quanto ONGs são instituições burocratizadas, e enquanto o orçamento das OIs depende de seus países membros, as ONGs sobrevivem através de doações (que podem ser feitas por todo tipo de órgão) e de recursos captados para seus projetos. Como citado no texto, as OIs e ONGs podem ser classificadas de várias formas e ter funções tanto específicas como bem amplas. OIs podem ser regionais (ex.: ASEAN) ou globais (ex.: OMS), exercer funções gerais ou especializadas, e as ONGs, mesmo que sejam órgãos privados, podem desempenhar ações de igual escala e importância, como a Cruz Vermelha ou o Greenpeace. Ambas também têm caráter permanente e fazem parte de uma rede global que objetiva manter a ordem entre os Estados, ainda assim sempre respeitando a soberania de cada um. Práticas como seguir uma série de normas e procedimentos para a resolução de conflitos e problemas de grande escala são estimuladas e, na maioria das vezes, fiscalizadas por algumas dessas organizações, especialmente as intergovernamentais. Essas organizações surgiram para auxiliar no cultivo e manutenção do multilateralismo, cooperação e alianças, segurança coletiva, a priorização da diplomacia e a estabilidade da balança de poder. Assim como dito anteriormente, as instituições não têm autoridade para impor leis ou punir Estados soberanos, porém mesmo antes de tornassem países membros estes estão cientes dos seus direitos e deveres dentro de tais instituições. Com o passar dos anos as organizações internacionais ganharam prestígio e influência (mesmo com suas limitações já citadas), o que lhes conferiu maior autonomia para conduzir ações em diversas áreas sem necessitar necessariamente da autorização de um Estado. Outro exemplo além da AIEA, citado no texto, é a ONU, que atua ao redor de todo o mundo através de seus órgãos específicos para ajudar milhões de pessoas todos os anos a enfrentar problemas como a fome (Programa Alimentar Mundial), mortalidade e vulnerabilidade infantil (UNICEF), auxiliando no processo de proteção e refúgio (ACNUR), etc. Esse prestígio também afetou a maneira como essas organizações e os Estados se relacionam, pois apesar da participação numa OI ser de escolha dos países, atualmente não fazer parte de uma representa uma grande desvantagem diante da dinâmica econômica atual e como a balança de poder se organiza, principalmente se este for subdesenvolvido e/ou depender de relações com um país dominante.