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16/06/2021 Versão para impressão - TEORIAS DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL E SUAS VÁRIAS DIMENSÕES
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TEORIAS DA
ECONOMIA POLÍTICA
INTERNACIONAL E
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SUAS VÁRIAS
DIMENSÕES
16/06/2021 Versão para impressão - TEORIAS DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL E SUAS VÁRIAS DIMENSÕES
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©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília
Apresentação 
Olá, seja muito bem-vindo (a)!
A economia mundial passou por várias fases ao longo da história, em virtude de diversas
questões, desde o processo de formação estatal, mudança de padrões monetários, crises
financeiras (como foi o caso da crise ocorrida em 1929 e de pandemias), conflitos militares
armados, desenvolvimento tecnológico, entre outros.
Durante a história do desenvolvimento da economia mundial, verifica-se que em alguns
momentos, o sistema é mais introspectivo, ou seja, o mercado está voltado para o
funcionamento das atividades internas do país, em outros momentos, o mercado se
encontra direcionado para o estrangeiro, com tendência específica da mundialização,
valorização das competências e liberdades individuais com uma participação menor do
Estado no desenvolvimento das atividades de comércio.
Percebe-se, também, que em outro período da história do desenvolvimento da economia
política, uma intervenção direta do Estado nas atividades comerciais, em que se identifica a
configuração de uma classe operante e outra operária.
Sendo assim, para alcançar os objetivos proposta nesta unidade, torna-se fundamental
abordar a inserção da globalização no âmbito do mercado internacional, destacando as
características que são apresentadas nos dias de hoje.  
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Discute-se, também, o processo dinâmico que a economia política atravessou até os dias
atuais com o surgimento das organizações internacionais, como o Estado percebia cada
situação em específico, e quais os valores normativos considerados em cada etapa.
A Unidade está organizada em quatro seções que abordam, na sequência, os seguintes
conteúdos:
Aspectos gerais da economia política internacional.
Economia Política Internacional e o Marxismo.
Liberalismo e política econômica internacional.
Nacionalismo e a economia política internacional.
Objetivos
Compreender os aspectos conceituais que são observados no âmbito da economia
política internacional.
Conhecer o funcionamento da economia política internacional a partir de uma
perspectiva marxista.
Analisar as especificidades que giram em todo da economia política internacional e o
liberalismo.
Compreender o funcionamento do nacionalismo no âmbito da economia política
internacional e os aspectos atuais da economia política internacional.
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©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília
Desafio 
Leia o artigo – “Keynes: o liberalismo econômico como mito” de Pedro Cezar Dutra
Fonseca. Neste artigo, autor apresenta um posicionamento sobre a recuperação dos
principais argumentos sobre liberalismo econômico apresentados por Keynes.
Após a leitura desse artigo, redija uma resenha, com extensão mínima de 05 (cinco) linhas e
no máximo 10 (dez) linhas, apresentando a sua compreensão a respeito do contexto
histórico da Geologia. Ao final, poste o material selecionado no AVA, no espaço indicado,
identificando a fonte de onde foi extraído, segundo as normas da ABNT.
https://www.scielo.br/pdf/ecos/v19n3/01.pdf
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©2018 Copyright ©Católica EAD. Ensino a distância (EAD) com a qualidade da Universidade Católica de Brasília
Conteúdo 
Aspectos gerais da economia política internacional
A economia é uma ciência social que está voltado para a organização de diretrizes
específicas a partir de fundamentos que podem ser estruturados por outras áreas de estudo
como é o caso da matemática, biologia, sociologia, entre outras áreas do conhecimento.
Destaca-se, portanto, que a economia trabalha a partir de elementos que venham a
representar, adequadamente, a realidade social, apresentando, portanto, o que pode ocorrer
no âmbito das questões econômicas do estado de direito.
A realização de estudos no campo da economia é de substancial para compreender os
acontecimentos de uma época, visto que, os fatos ocorridos no passado auxiliam no
processo de construção da história de qualquer sociedade, observa-se que os fatos podem
ocorrer para facilitar o desenvolvimento das concepções que irão nortear o funcionamento
das sociedades.
No que diz respeito ao objetivo principal do processo de conhecimento da economia, nota-se
o emprego dos recursos financeiros de maneira adequada para que seja possível suprir as
necessidades de consumo que surgem na sociedade, ou seja, do próprio indivíduo.
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Sendo assim, como forma de compreender adequadamente o processo de funcionamento
das atividades desenvolvidas na área econômica, surge, portanto, o instrumento da
economia política.
Destaca-se a forte interdependência das relações econômicas e o setor político que ocorre
no contexto do sistema estatal de cada território autônomo, visto que a economia política se
relaciona diretamente com os problemas que surgem no ambiente econômico e no
funcionamento do mercado, e isso inclui o processo de produção, acumulação e, por fim, de
distribuição de insumos e riquezas na sociedade de consumo.  
Ressalta-se que o processo em que se apresenta o desenvolvimento da economia política
reveste-se de um caráter eminentemente teórico, já que sua formação depende tão somente
de elementos que são apresentados no processo histórico da economia e ainda, de seus
fundamentos conceituais. 
Figura 1 – Composição da Economia Política
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Neste esquema, a relação apresentada remete a uma conjuntura eminentemente conceitual,
pois possibilita acompreensão do processo de formação da estrutura que se estabelece na
economia política. Percebe-se que o funcionamento da economia política está intimamente
relacionado ao sistema que se apresenta na sociedade e, portanto, é inerente à sua
existência.
Os estudos voltados à economia política tiveram Thomas Min, Antoine Montchrestien e
Josiah Child como precursores, mas o avanço se deu no século XVIII com os fisiocratas. 
Entretanto, apenas com o advento da escola clássica é que se passou a definir, de fato, os
contornos científicos do sistema econômico. 
No que se refere aos objetivos específicos da economia política, Smith  (1776) em sua
obra, A Riqueza das Nações, considera como um instrumento capaz de conceder a
população meios de geração de renda e, consequentemente, de autossustentação.
Portanto, a autonomia financeira exercida pela população serviria como mecanismo
essencial de auxílio direto na realização das atividades desenvolvidas pelo sistema público
estatal. A referida questão, pode ser confirmada a partir do seguinte texto.
A Economia Política, considerada como um setor da ciência própria de um
estadista ou de um legislador, propõe-se a dois objetivos distintos: primeiro,
prover uma renda ou manutenção farta para a população ou, mais
adequadamente, dar-lhe a possibilidade de conseguir ela mesma tal renda ou
manutenção; segundo, prover o Estado ou a comunidade de uma renda suficiente
para os serviços públicos. Portanto, a Economia Política visa a enriquecer tanto
o povo quando o soberano(SMITH, 1776).
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O que se percebe, no decorrer dos tempos, é que o processo econômico vem se
aperfeiçoado surgindo vários aspectos importantes, que não apenas auxiliam, mas
modificam o seu funcionamento como a integração da indústria com os serviços, o
surgimento das tecnologias da informação e a influência nas atividades mercantis, o
processo de internacionalização da economia, o uso da mão de obra qualificada nas
atividades econômicas, a modificação do processo de intervenção governamental e a
liquidez das relações de consumo.
Desde a Revolução Industrial, o mundo foi marcado por um forte desenvolvimento
econômico e social. A humanidade passou a conhecer uma forma diferente de comércio,
mais elaborado e também desafiador, pois o mundo ficou marcado pelo surgimento das
técnicas de informação e comunicação, aproximando os países, e consequentemente, as
pessoas.
Mesmo estando em países distintos, passou a existir uma grande facilidade no
deslocamento e no contato entre os povos. A aproximação entre as nações passou, de fato,
a ser realidade, pois as fronteiras começaram a ser relativizadas a partir da flexibilização da
permissão de entrada e saída dos estrangeiros.
A cultura, algo tão peculiar, passou a ser estudada e analisada por muitos países, assim, a
diversidade cultural, se tornou presente em nossos dias, porém de uma maneira sutil, ou
seja, sem impacto ou dificuldade na aceitação da diversidade entre os povos.
Sendo assim, o diferente passou a ser aceito e atravessou um processo de divulgação que
colaborou com o conhecimento de um número maior de pessoas. Nesse contexto, os
indivíduos começaram a conhecer como funciona o estilo de vida, os preceitos e valores
morais de uma gama de países, sem necessariamente, ter que sair para conhecer outros
lugares, pois se tornou possível “viajar o mundo” por meio da utilização de novas
tecnologias, como a Internet e o sistema telefônico.
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O fenômeno da globalização modifica a maneira de vida dos países e, consequentemente,
de toda a sua população. Esse fenômeno mostra a força da diminuição das barreiras entre
economia, cultura e política, conforme pode ser observado na análise realizada por Soares 
(2008).
A globalização caracteriza-se como processo policêntrico, ao concentrar vários
domínios de atividade, dentre os quais a economia, a política, a tecnologia, a
militar, a cultural e a ambiental (SOARES, 2008, p.45).
Sendo assim, não há dúvidas que a forma de vida que decorre do processo da globalização é
deveras peculiar, já que as barreiras comerciais são flexibilizadas favorecendo um maior
processo de interação econômica entre os povos.
É por isso que a globalização deve ser compreendida como um processo que cria e
consolida um mundo econômico mais homogêneo, em que se torna possível identificar uma
dinamização no processo de comunicação no que se refere às práticas comerciais.
Nessa conjuntura, percebe-se que o contexto atual que reveste a economia política é mais
ampliado, visto que os aspectos específicos da globalização estão diretamente interligados
com a ampliação internacional da perspectiva da economia política. A referida questão pode
ser visualizada a partir da representação apresentada na seguinte figura.
Figura 2 - Significado do termo “economia política”
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Destaca-se, ainda, que o objeto de estudo da economia política internacional é a relação
estreita que existe entre mercado e Estado. Portanto, diante dessa questão, observa-se a
impossibilidade de ambos existirem de maneira isolada e, por isso, para garantir uma
convivência harmônica entre os sistemas, torna-se elementar equacionar os interesses a fim
de garantir o abastecimento do território ao tempo em que o mercado se mantém em pleno
funcionamento.
Dessa maneira, os estudos desenvolvidos no âmbito da economia política internacional se
organizam a partir de correntes analíticas específicas, nomeadamente, marxismo,
nacionalismo e o liberalismo. Na próxima seção será possível compreender os fundamentos
essenciais de cada dimensão teórica e, ainda, como irá funcionar a inevitável relação do
mercado a partir das referidas questões.
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É importante observar, também, que as relações econômicas internacionais possuem duas
variantes de funcionamento, uma perspectiva ideológica e, ainda fragmentada, visto que
acaba por separar a economia da política, e uma outra de forma financeira.
Economia Política Internacional e o Marxismo
A teoria marxista permeou o universo da economia política no período que decorreu na
metade do século XIX e tem como fundamento os elementos que formam o pensamento
econômico, político e social. A teoria marxista foi pensada por dois grandes filósofos da
época, Karl Marx e Friedrich Engels, e serviu de base para várias questões que se destinavam
aos processos revolucionários e, portanto, acabou por auxiliar a mudança do sistema
econômico de vários países, como é o caso de países do leste europeu e da China.
Também conhecida como a teoria do socialismo científico, o sistema marxista teve como
grande característica seu juízo crítico, visto que passou a analisar de minuciosamente tanto
o sistema de economia política britânico como também a filosofia idealista apresentada
pela Alemanha.
A teoria apresentadapelo marxismo refutava veemente o sistema econômico que se
apresentava no capitalismo, em especial, as questões voltadas para o lucro, em que foi
desenvolvido o conceito de “mais-valia”, uma diferença que existe entre o valor do trabalho,
dos meios de produção e, por fim, o próprio valor da mercadoria.
No âmbito das diretrizes estabelecidas pela teoria marxista, encontrou-se, também, a
motivação para que fosse criada instituições públicas que pudessem fornecer mecanismos
adequados de defesa dos trabalhadores, no que se refere aos meios de produção e,
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portanto, não se aceitava a possibilidade de existência da propriedade privada, já que
enfatizava a necessidade de viver em comunidade, onde não existisse classes sociais e
exploração.
Por isso, a teoria marxista tinha uma crítica contundente relacionada ao tipo de trabalho
desenvolvido no sistema capitalista, já que considerada a relação empregado-empregador
como abusiva. Como consequência de todo esse processo de controle social, por parte da
burguesia, destacava-se a importância de lutas armadas como forma de reivindicar a
igualdade de direitos entre as classes sociais.
As lutas de classes socias apresentadas pelo marxismo como forma de atingir o equilíbrio
social, remonta à não aceitação por parte dos marxistas do liberalismo econômico.
Para os marxistas, a economia é ponto fundamental para o funcionamento de uma
sociedade, pois é justamente por meio desse instrumento que outras ideias surgem, ou seja,
a consciência da sociedade decorre essencialmente das relações de mercado (produção).
Daí a importância de o proletariado possuir consciência acerca dos métodos de exploração
do sistema capitalista. A figura 3 apresenta o fundamento basilar que pode ser visto a partir
da teoria marxista.
Figura 3 – Composição do Marxismo
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
A relação entre capital-representado pela classe burguesa e trabalho representado pela
classe proletária é, evidentemente, um dos principais elementos das teorias de Marx. Para o
materialismo histórico, a divisão da totalidade social entre duas grandes classes é um dos
marcos distintos do sistema capitalista (VIGEVANI et al. , 2011, p.114).
Diante da dinâmica apresentada pelo marxismo no que se refere ao processo da construção
de uma consciência social crítica, da reivindicação de um sistema igualitário entre classes
(empregador e empregado) é fácil perceber a visão internacionalista da teoria, visto que, ao
passo em que se defendia um sistema de lutas de classes, em um determinado sistema
governamental, apresentava a necessidade de ampliar essa ideia de igualdade. Por isso,
tendo uma revolução iniciada em determinado país, outros países deveriam ser atingidos
pela mesma onda revolucionária.
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Ademais, a teoria marxista observava que diante de necessidade de ampliar o comércio para
além das fronteiras, visto que existia na burguesia a necessidade iminente de acumulação
de bens, nota-se que a classe operária (de todos os países) deveria fortalecer-se
economicamente, independentemente do sistema de comércio além-fronteiras.
Por isso, não se pode afastar que a presente teoria fortaleceu os trabalhadores, visto que o
sistema ficou evidenciado, mesmo com circulação internacional de bens que é fruto do
trabalho dos operários, existe a massificação no processo de compreensão do respeito ao
trabalho desenvolvido pelos operários. E a referida questão nada mais é do que o real valor
da intervenção estatal no mercado de produção e de trabalho.
No tocante  ao processo de especificação do mercado de produção, em âmbito
transfronteiriço, e ainda, a sua relação com a mão de obra dos trabalhadores, destaca-se que
os fatores sociais e econômicos podem gerar uma relação de subordinação e dependência
entre os sujeitos envolvidos nesse processo econômico, conforme estabelecem Vigevani et
al. (2011):
Na discussão teórica ou no debate político, um conceito crítico reiterado pelos
marxistas é que, ao proclamar a igualdade formal de todas as nações, omitem-se
as verdadeiras relações de dependência e dominação, determinadas por fatores
econômicos e sociais. A teoria crítica de matriz marxista não afirma que as
concepções teóricas tradicionais da disciplina das relações internacionais –
realistas e liberais em primeiro lugar–, não levam em conta as diferenças e as
assimetrias de poder, mas sim que estas não consideram essas assimetrias em
suas causas (VIGEVANI et al., 2011, p.115).
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O processo de globalização dificultou a compreensão do sistema financeiro mundial, já que
com a ampliação de mercado houve uma reorganização nas relações de mercado,
favorecendo, portanto, o surgimento de uma nova classe social e, ainda, a desconstrução do
valor dos operários perante o Estado.
O fracasso dos soviéticos e a desmoralização do marxismo, em crise epistemológica, nos
leva a pensar novamente os fundamentos do marxismo não como parte de uma expressão
utópica, fruto de alguns de seus expoentes, mas como um esforço de recuperar a estrutura
lógica do materialismo histórico e dialético, dialogando com os novos paradigmas e,
finalmente, reassumir o compromisso de fazer ciência sem virar as costas para a ética da
igualdade (ESPINOSA , 2014, p.291).
Portanto, a presente teoria visa, tão somente, especificar uma maneira de resgatar a
compreensão do funcionamento desse materialismo, mas, contudo, relacionando-o com a
economia. Contudo, não se pode deixar de especificar o esforço, no processo de resgate, de
não se afastar dos fundamentos teóricos tradicionais sem deixar, entretanto, de atualizar
aos novos elementos que surgem com os novos paradigmas internacionais.
Liberalismo e política econômica internacional
O liberalismo econômico, diferentemente do nacionalismo, indica um sistema econômico
eminentemente mais aberto, ou seja, o comércio de determinado país não está fechado, mas
aberto para os demais países no âmbito internacional e, consequentemente, disponíveis
para a participação de uma concorrência comercial, incluindo a possibilidade de
transferência de tecnologia.
16/06/2021 Versão para impressão - TEORIAS DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL E SUAS VÁRIAS DIMENSÕES
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O pensamento liberal surgiu no século XVIII, mas atingiu o ápice no início do século XIX e o
filósofo precursor do liberalismo econômico foi Adam Smith. Destaca-se, ainda, que o
liberalismo se tornou importante na Revolução Industrial como também na Revolução
Francesa.
Dessa maneira, na teoria em análise, verifica-se uma relação direta entre oferta e demanda
que vem interferir diretamente nos preços praticados no mercado, nas práticasde consumo
e, ainda, na quantidade de recursos disponíveis no mercado. Salienta-se que, no liberalismo,
a liberdade no processo de desenvolvimento das atividades comercias é um fator
preponderante e, portanto, haverá uma busca constante pelo aperfeiçoamento das
atividades comerciais. Ademais, quando a teoria considera o enaltecimento das liberdades
individuais está incluindo, portanto, o reconhecimento real do esforço realizado por cada
pessoa.
Quando se observa a presença da liberdade no processo de comercialização entre os países,
identifica-se que existirá uma maior participação nas atividades comerciais e,
consequentemente, a concorrência poderá ser devidamente reconhecida. Como
consequência da concorrência, nota-se o aperfeiçoamento (melhoramento) no sistema
produtivo e nos serviços.
Portanto, a abertura comercial seria uma maneira de favorecer a troca de experiência
comerciais entre as nações, levando em consideração, que a transferência de tecnologia
poderá ser realizada de maneira concreta.  Ademais, não se pode deixar de mencionar que,
no âmbito da prática do liberalismo econômico não existirá a intervenção do Estado nas
referidas atividades. 
Sendo assim, ao analisar os preceitos do fundamento histórico do liberalismo econômico,
convém caracterizá-lo como uma resposta a insatisfação aos privilégios que a nobreza
possuía. Salienta-se que a nobreza não contribuía para o sistema de produção comercial,
defendendo, ainda, a intervenção do Estado no processo econômico.
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Figura 4 – Intervenção do Estado no processo econômico
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
No contexto do processo de compreensão do liberalismo no âmbito econômico, destaca-se
a valorização das capacidades individuais ao permitir a participação direta no comércio.
Ainda, nessa perspectiva, vale destacar que no campo do liberalismo, o Estado não ficará
alheio ao processo de funcionamento do comércio, visto que sua intervenção será
necessária quando da ocorrência de atividades que venham a ofender a ordem pública.
Tendo compreendido os elementos fundamentais do processo conceitual que se
apresentam no âmbito do liberalismo econômico, as ideias que fundamentam sua existência
podem ser resumidas nas seguintes temáticas:
1. Não intervenção estatal no processo de produção das atividades de produção e bens e
consumo; o estado deixará de ser o vetor no processo de funcionamento das
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atividades comerciais em seu território e, portanto, concederá a oportunidade aos
indivíduos para movimentar esse comércio. Entretanto, caso a atividade comercial que
está sendo desenvolvida pela sociedade seja ofensiva, o Estado poderá intervir como
instrumento equalizador da ordem jurídica.  Este aspecto de não intervenção é parte do
chamado “Laissez-Faire , laissez-passer”, que significa deixai fazer, deixai passar.
2. Enaltecimento da livre comercialização de bens e produtos; o indivíduo tem a liberdade
para comercializar. Isso significa que o Estado acaba por valorizar as competências
individuais e, portanto, oportuniza-os realizar atividades comerciais, sem que haja
interferência.
3. Existência de regras gerais que deverão ser aplicadas às relações entre os particulares
na cadeia de produção; a questão aqui apresentada destaca que mesmo o Estado não
sendo o responsável pela cadeia de produção de bens e serviços, deverá desenvolver
regras gerais que irão servir para direcionar os contratos de comércio para que
possíveis litígios venham a ser devidamente regulamentados.
4. Liberdade e autonomia do indivíduo; neste aspecto o indivíduo terá a liberdade para
comercializar e, isso, inclui na escolha da atividade que desenvolverá e, como
consequência, será responsável por todos os atos na cadeia de produção. Inclusive
pelos ganhos e perdas. Ao passo que o liberalismo defende a liberdade de escolha do
indivíduo, ele concede a responsabilidade econômica individual, ou seja, cada um é
responsável pelos seus ganhos e, ainda, pelos seus gastos.
O funcionamento do liberalismo
De acordo com as especificações teóricas que são observadas no liberalismo econômico,
identificará um equilíbrio essencial entre oferta e demanda dos produtos e serviços. Dessa
maneira, quanto mais desejado for o produto ou serviço, maior será o preço trabalhado no
https://economipedia.com/definiciones/laissez-faire.html
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mercado de consumo.
O valor trabalhado no mercado acarretará o surgimento da concorrência, portanto, outros
produtos e serviços com a mesma característica funcional serão apresentados no mercado
aos consumidores como uma alternativa viável para suprir a necessidade apresentada
inicialmente.
Muito embora o mercado funcione a partir de um sistema liberal, em que a pessoa terá a
liberdade de escolher que tipo de atividade mercantil desenvolverá, o Estado atua
diretamente com atos de incentivo econômico, que pode ser tanto por meio de incentivos
fiscais como tecnológicos. 
Em contrapartida, destaca-se o posicionamento de pessoas que defendem a flexibilização
do protecionismo (nacionalismo) exacerbado, pois acreditam que poderão beneficiar o
desenvolvimento comercial e, assim, incorrer em ineficiência. Portanto, apresentam no caso
brasileiro a situação específica da Zona Franca de Manaus, onde a população possui uma
renda per capita acima da média de 22%. Os defensores acreditam que se há flexibilização
das barreiras comerciais, consequentemente, surgirá uma demanda maior de emprego e, em
seguida, de desenvolvimento social.
Como exemplo do efeito dos elementos de desenvolvimento econômico, como
consequência da abertura comercial para o estrangeiro, indica-se Hong Kong, que apresenta
não apenas uma economia estável, como também um elemento essencial de
desenvolvimento econômico.
Ademais, se é possível perceber desenvolvimento econômico, não há dúvidas sobre a
grande probabilidade de crescimento social e, consequentemente, de Direitos Humanos.
Esta questão pode entendida quando o desenvolvimento estatal for desenhado a partir da
especificação de questões de cunho social.
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Dentro do que se expõe, facilmente se torna perceptível que o liberalismo defende a
liberdade, em todos os aspectos da economia, mas não afasta a inclusão de regras de
funcionamento. Dessa maneira, a liberdade de atuação no âmbito do mercado só poderá
funcionar se as atividades forem desempenhadas tendo como pressuposto essencial, o
respeito às garantias individuais, como é o caso da supressão de atividades laborais com
características de escravidão.
Figura 5 – Liberalismo Econômico
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Observa-se que faz parte do sistema de funcionamento do liberalismo a escassez de mão de
obra e de bens e, por isso, para que as necessidades sejam supridas, torna-se essencial, o
processo contínuo de produção que se dará por meio do trabalho. Sendo assim, é16/06/2021 Versão para impressão - TEORIAS DA ECONOMIA POLÍTICA INTERNACIONAL E SUAS VÁRIAS DIMENSÕES
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perceptível identificar que a base instrucional do liberalismo econômico é a igualdade de
oportunidades, que só poderá existir se houver a garantia de trabalho livre e de livre
competição.
Se existe liberdade para atuar no âmbito do comércio, não se pode deixar de mencionar a
intima relação com o sistema democrático, em virtude das questões relacionadas às
premissas de participação e proteção no sistema social.
Os fluxos de comércio explodiram ao longo do século, saindo do quadro dos tratados
bilaterais - com cláusulas condicionais e limitadas de nação mais favorecida - para o âmbito
dos acordos multilaterais regidos pelo GATT. Poucas nações, a exemplo da Grã-Bretanha
entre 1856 e a Primeira Guerra Mundial, praticavam o livre-comércio, mas as barreiras
tarifárias e não tarifárias eram menos importantes no século XIX do que elas vieram a ser na
passagem para o século XX e, sobretudo, depois da grande crise de 1929 (ALMEIDA , 2020,
p.51).
O que se percebe é que o sistema do liberalismo perdurou em parte dos países com maior
desenvolvimento econômico, em parte do século XIX até a crise de 1929 (queda da bolsa de
valores de Nova Iorque), tendo sido substituído pela forma social-democrata na economia. O
sistema liberalista foi retomado, posteriormente, com uma nova roupagem, mais
especificamente com o neoliberalismo.
Nacionalismo e a economia política internacional
Com a formação dos estados-nação, em meados do século XIX, surge o nacionalismo
econômico, que nada mais é do que uma realidade política que traz consigo muitas
ideologias. Tudo isso se justifica porque o nacionalismo faz parte da construção de muitos
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países considerados desenvolvidos, ou seja, onde o desenvolvimento humano é capaz de se
destacar no funcionamento das diretrizes estatais.
O nacionalismo traz em sua compreensão um antagonismo real entre a população, visto que
nesse processo percebe-se o confronto direto entre a elite e seu povo, visto que ao mesmo
tempo em que complementam, podem se cooperar.
A cooperação decorre, tão somente, do interesse comum que pode existir entre os cidadãos
de uma nação e que se relaciona, não apenas com as questões estatais, mas também com o
funcionamento do próprio mercado.  O conflito reside nos interesses distintos que existem
entre os trabalhadores e a classe média no que se refere ao excedente econômico. Dessa
maneira, o pressuposto básico do nacionalismo é que haverá uma competição real entre os
estados-nação de forma que, os mais fortes, irão preponderar.
No que se refere ao processo que antecede a formação do estado-nação, Bresser-Pereira 
(2018) destaca o funcionamento real de um território antes da sedimentação real do estado-
nação.
Antes de a nação se formar, há um povo que vive em um território, partilha uma
história comum e tem um número suficiente de traços comuns e de interesses
compartilhados que lhe permitam se constituir em nação, dominar um território e
construir um Estado, formando, assim, seu estado-nação. Para que um povo se
transforme em nação não é necessário que seja homogêneo do ponto de vista
étnico, como mostra a nação brasileira, nem que tenha a mesma língua, como
mostra a nação suíça, mas é necessário que tenha ou construa uma história
comum (BRESSER-PEREIRA, 2018, p. 856).
Figura 6 - Formação de um Estado-Nação
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Salienta-se que compreensão exata de nação se encontra inserida no contexto de um
fenômeno político-moderno, visto que engloba o aspecto total de pessoas que se encontram
em determinado território, nacional e estrangeiros, e representa ainda a vivacidade e
dinamicidade de um Estado. Ademais, a nação se refere ao processo de autonomia nacional
e, portanto, congrega os mesmos pressupostos consuetudinários.
No mesmo sentido de compreensão que o nacionalismo seria parte de um sistema político,
Gellner  (1983, p.1) destaca que:
o nacionalismo é essencialmente um princípio político que afirma que a unidade
política e a unidade nacional devem ser congruentes (GELLNER, 1983, p.1) 
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Nesse contexto, o que se torna perceptível é que o nacionalismo de uma determinada elite é
que proporciona o funcionamento de uma nação e, por isso, esta não pode ser considerada
como um sistema naturalmente originário, mas tão somente um instrumento que é utilizado
pela população para consolidar seus interesses e, enfim, configurar de maneira externa uma
identidade e, internamente, uma reafirmação dos seus preceitos. No processo de
composição de um estado-nação, algumas etapas devem ser verificadas.
Figura 7 - Composição de um Estado-Nação
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Muito embora existam semelhanças, o nacionalismo não pode ser considerado como
sinônimo de identidade cultural, pois nessa primeira situação pode existir um sistema de
dependência econômica e, assim, existirá uma sociedade com interesses e valores morais.
Assim sendo, a teoria nacionalista evidencia que a nação deverá buscar meios que venham
a favorecer a economia nacional, evitando uma dependência real da economia estrangeira.
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Por conseguinte, os nacionalistas criticam a abertura do comércio para o exterior, pois
defendem que haverá danos substanciais ao desenvolvimento do país, visto que as
empresas estrangeiras não iriam transferir tecnologia para as nacionais e,
consequentemente, não estariam colaborando com o processo de desenvolvimento
econômico social do país. Seria um sistema eminentemente mais de revestir o país como
um local de exploração (mão de obra) do que especificamente de investimento no âmbito
das tecnologias da informação.
É, justamente diante dessa impossibilidade de transferência de tecnologia que iria favorecer
um sistema concorrencial coerente, que se opta pelo investimento do governo local nas
políticas econômicas. Essa questão inclui, ainda, a necessidade de investimento no âmbito
das políticas sociais.  Salienta-se que a existência dos referidos pontos apresenta um
destaque exponencial para a economia nacional, visto que reveste o país de condições reais
no quesito de concorrência significativa no âmbito do comércio exterior e, por isso, se
afastaria a possibilidade de se utilizar o termo “entreguismo” no cenário da economia
internacional.
O protecionismo comercial pode ser ocasional e sujeito a lobbies setoriais que fazem
pressão pela defesa de empregos em determinadas antidumping ou dos direitos
compensatórios – ou institucionalizado e sistemático, como no caso da política agrícola
comum” da União Europeia, baseadaem mecanismos complexos de proteção à produção
local - via subsídios à produção e restrições quantitativas, como quotas e picos tarifários
contra  as importações - complementada pela competição desleal no comércio externo,
mediante subvenções ilegais às exportações (ALMEIDA , 2002, p.52).
Figura 8 – Ciclo protecionismo Comercial
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Após o protecionismo dos anos 30, o comércio internacional cresceu a ritmos sustentados
no pós-guerra, atuando com intuito de modernização tecnológicos e definidos de
competividade. De fato, o ritmo de expansão do comércio internacional, nesse período,
apresentou taxas consistentemente superiores ao crescimento do produto global,
evidenciando o aumento da especialização, a diminuição dos custos de transportes e uma
estratégia de Market share por parte das empresas transnacionais (ALMEIDA, 2002, p.52).
Economia internacional no século X
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Desde o século XIX, o sistema econômico internacional tomou contornos distintos, já que se
revestiu de um caráter eminentemente cooperacional, tendo em vista a intermediação das
organizações internacionais. Assim, percebe-que a existência de órgãos internacionais em
várias áreas que fomentaram a igualdade entre as nações, visando, tão somente, o bem-
estar social indistintamente.
A Conferência das Nações Unidas sobre comércio e desenvolvimento tentou consagrar
formas mais avançadas de relacionamento comercial, financeiro e tecnológico entre países
ricos e pobres que pudessem institucionalizar, por meio de acordos multilaterais, o princípio
do tratamento diferencial e em favor dos últimos, mas os primeiros sempre manifestaram
preferências por arranjos mais flexíveis (ALMEIDA, 2002, p.52).
Destaca-se, também, a sedimentação de blocos econômicos que visam a priorização da
proximidade geográfica, ou seja, o fortalecimento regional das relações de comércio.
Existem autores que remetem essas condições ao protecionismo econômico, visto que, as
diretrizes de funcionamento do comércio regional serão mais favoráveis do que as diretrizes
aplicadas aos demais países da sociedade internacional.
Ao diminuir as prevenções nacionalistas e as tendências estatizantes em muitos países
periféricos, eles também foram gradualmente incorporados aos fluxos crescentes de IDE em
proveniência majoritária das potências industriais avançadas (ALMEIDA, 2002, p.53).
Como consequência, as organizações internacionais foram responsáveis no processo de
integralização de acordos multilaterais de comércio, com o objetivo de tentar estabilizar e
harmonizar as relações comerciais de todos os países participantes do acordo,
independentemente de sua situação social, política ou econômica. A Organização Mundial
de Comércio é, de fato, o órgão comercial que se encontra direcionado ao sistema de
proteção econômica de todos os países, de maneira igualitária.
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Finalizando a Unidade 
Nesta Unidade, você estudou sobre o funcionamento da economia internacional na
perspectiva do liberalismo, nacionalismo e marxismo. Com intuito de ampliar sua
compreensão acerca do tema e suas aplicabilidades, foram apresentadas as
características de todas as teorias, os aspectos de viabilidade de cada uma, como
também as dificuldades ocorridas em cada época do desenvolvimento da economia
mundial, inclusive no que se refere aos conflitos armados e à queda da bolsa de
valores de 1929.
Discutiu-se, também, a inserção da globalização no âmbito do mercado, destacando
questões relacionadas às organizações internacionais.
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Dica do Professor 
Leia mais em:
ALMEIDA, Paulo Roberto de. Os primeiros anos do século XXI: O Brasil e as relações
internacionais contemporâneas. Paz e Terra. Rio de Janeiro. 2002.
BRESSER-PEREIRA, Luis Carlos. Economia e Sociedade. Campinas, v. 27, n. 3 (64), p.
853-874, setembro-dezembro 2018.
https://www.scielo.br/pdf/ecos/v27n3/1982-3533-ecos-27-03-0853.pdf
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Saiba Mais 
Para saber um pouco mais sobre o sistema político internacional e sua relação com o
marxismo, leia o artigo: O marxismo e o sistema econômico soviético de JORGE
MIGLIOLI.
https://www.ifch.unicamp.br/criticamarxista/arquivos_biblioteca/artigo9Artigo2.pdf
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Referências 
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bem pensado. http://www.iea.usp.br/noticias/entrevista-bresserpereira. Acesso em:
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ESPINOSA, A. R. A Sombra dos Leviatãs – um estudo crítico dos desencontros entre
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http://www.iea.usp.br/noticias/entrevista-bresserpereira
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FALCETTI, Bruno M. O Marxismo e a crítica da Política Internacional: um estudo sobre
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16/06/2021 Versão para impressão - INSTITUIÇÕES, VALORES E ATORES POLÍTICOS E ECONÔMICOS
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INSTITUIÇÕES,
VALORES E ATORES
POLÍTICOS E
ECONÔMICOS
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Apresentação 
Olá, seja muito bem-vindo (a)!
Nesta Unidade, são realizadas abordagens e reflexões teóricas sobre as instituições
políticas, a estrutura institucional da economia internacional, a macroeconomia e
microeconomia. Sendo assim, torna-se fundamental discutir a importância dessas
instituições, sua relação com a política e seus valores no sistema econômico.
São apresentados, também, os atores políticos e econômicos do sistema comercial e as
especificações próprias da microeconomia e da macroeconomia e o impacto no sistema
comercial. Dessa maneira, a presente unidade possibilitará ao aluno perceber a economia de
maneira mais prática.
Na primeira unidade será apresentado o funcionamento e importância de algumas
instituições econômicas no mercado comercial, destacando  seus valores políticos e
jurídicos no sistema econômico. Para que seja possível compreender o comportamento das
instituições econômicas, o aluno compreenderá quem seria os agentes atuantes do
mercado econômico.
Na sequência o estudo irá apresentar as diferenças existentes em micro e macroeconomia
para que seja possível compreender a importância de cada indicador no funcionamento da
econômica, nomeadamente, inflação e  taxa de câmbio. Nesta perspectiva, o estudo ainda
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irá apresentar a importância do consumidor nesta relação que se apresenta no mercado de
produção.
A Unidade está organizada em quatro seções que abordam, na sequência, os seguintes
conteúdos:
Instituições políticas.
A estrutura institucional da economia internacional.
Macroeconomia.
Microeconomia.
Objetivos
Compreender o funcionamento das instituições políticas e econômicas.
Reconhecer a importância dos valores políticos e econômicos no âmbito do mercado.
Conhecer quem são os atores políticos e econômicos no sistema comercial.
Definir as especificações próprias da microeconomia e da macroeconomia e o impacto
no sistema comercial.
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Desafio 
Leia o artigo Teletrabalho nem sempre é uma opção viável para os pobres, os jovens e as
mulheres.
Após a leitura, produza uma resenha, com extensão mínima de 05 (cinco) a 10 (dez) linhas,
apresentado a importância da renda família no âmbito da microeconomia. Ao final, poste o
material selecionado no AVA, no espaço indicado, identificando a fonte de onde foi extraído,
segundo as normas da ABNT.
https://valor.globo.com/mundo/blog-do-fmi/post/2020/07/o-teletrabalho-nem-sempre-e-uma-opcao-viavel-para-os-pobres-os-jovens-e-as-mulheres.ghtml
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Conteúdo 
Instituições políticas
As relações interpessoais e econômicas que são realizadas entre os países sempre
demandaram a necessidade de uma espécie de regras devidamente formalizada. Essa
necessidade é bastante antiga e remonta ao período em que os conflitos armados eram
eventos constantes nas relações interestatais. Por isso, em virtude da ausência de um
sistema normativo que pudesse proteger as atividades jurídicas entre as nações, os
conflitos armados se tornaram o instrumento mais utilizado para dirimir as diferenças.
Como consequência, os conflitos, as relações políticas e econômicas que surgiam entre os
países eram banhadas de tensão e apreensão.
Apenas com o renascimento é que houve uma mudança significativa no estilo de vida da
sociedade e, portanto, o sistema social começou a se reorganizar a partir de uma
perspectiva política, cultural, econômica, jurídica e social.
Nesse período, a população passou a ter acesso à informação, à produção científica, de
forma que o tratado de Vestfália surge como instrumento importantíssimo de
equacionamento dos interesses entre os países, pois estabelecia a igualdade jurídica entre
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os Estados. Tal situação cria muita estabilidade jurídica e econômica, ou seja,
desenvolvimento para os países envolvidos em relações comerciais, culturais ou políticas
(MELO , 2018, p.6).
A modernização das regras de comportamento entre os países se transformou em
instrumento essencial para harmonização e consolidação do comércio, da política e das
relações internacionais. A construção de regras internacionais atravessou caminhos de
incertezas, mais especificamente, no período que decorreu entre as duas guerras mundiais,
todavia, a consolidação pode ser identificada após a Segunda Guerra Mundial, com a criação
da Organização das Nações Unidas (MELO, 2018, p.6).
No que se refere ao processo de administração do sistema político do país encontra-se o
Estado como ponto principal dessa relação, pois deverá desempenhar um papel relevante no
sentido de suprir as necessidades de sua população, não podendo se omitir em políticas que
motivem o desenvolvimento em suas variadas vertentes, conforme estabelece o artigo 1º §
3º da Declaração do Direito ao Desenvolvimento que se encontra disponibilizado da seguinte
maneira:
Artigo 3º. §1. Os Estados têm a responsabilidade primária pela criação das
condições nacionais e internacionais favoráveis à realização do direitoao
desenvolvimento.
Nessa perspectiva de responsabilidade Estatal, Amartya Sen especifica os tipos de
atribuições que o Estado deve ter para que haja harmonia em seu funcionamento possa
encontrar o desejado Estado do Welfare State (bem-estar social).
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“Mas as liberdades dependem também de outros determinantes, como as
disposições sociais e econômicas (por exemplo, os serviços de educação e saúde)
e os direitos civis (por exemplo, a liberdade de participar de discussões e
averiguações públicas). De forma análoga, a industrialização, o progresso
tecnológico ou a modernização social podem contribuir substancialmente para
expandir a liberdade humana, mas ela depende também de outras influências (...)
a privação de liberdade vincula-se estreitamente à carência de serviços públicos e
assistência social, como, por exemplo, a ausência de programas epidemiológicos,
de um sistema bem planejado de assistência médica e educação ou de instituições
eficazes para a manutenção da paz e da ordem locais” (SEN , 2010, p.16).
Sendo atribuição do Estado fomentar o Welfare State, observa-se que o sistema estatal, no
seu processo de organização, utiliza de algumas instituições que podem ser políticas e
econômicas para alcançar o referido objetivo.
Destaca-se que o estudo das instituições como instrumentos capazes para o Estado de
bem-estar social não é novo, visto que desde Platão e Aristóteles já existia certa reflexão
sobre a temática quando se discutia qual seria a melhor instituição política a favorecer o
desenvolvimento da sociedade como um todo.
Mesmo que o processo social esteja devidamente pautado na consecução do objetivo
comum, não se pode deixar de suscitar a possibilidade de um indivíduo atuar de maneira
individual em conflitos para que o seu pleito seja atendido.
Portanto, as instituições serviriam como ponto balizador das diferenças existentes nesse
sistema. Não se fala aqui de um processo supressor de direitos e obrigações, mas de um
sistema capaz de organizar as intenções que beneficiem os interesses da coletividade,
prioritariamente. Nesse sentido, Olson  (1999) observa que:
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Mesmo que os membros de um grande grupo almejem racionalmente uma
maximização do seu bem-estar pessoal, eles não agirão para atingir seus
objetivos comuns ou grupais a menos que haja alguma coerção para forçá-los a
tanto, ou a menos que algum incentivo à parte, diferente da realização do objetivo
comum ou grupal, seja oferecido aos membros do grupo individualmente com a
condição de que eles ajudem a arcar com os custos ou ônus envolvidos na
consecução desses objetivos grupais (OLSON, 1999, p.130).
Torna-se fácil compreender que o surgimento das instituições serviria de base para
estruturar não apenas a economia política, mas também o funcionamento da justiça, visto
que com o enquadramento de diretrizes restritivas e proibitivas seria essencial para
promover bons resultados de ética social. Diante disso, é possível entender que o sistema de
construção das instituições serve de base para a proteção dos interesses oriundos de uma
sociedade e como instrumento expresso de defesa da democracia.
Partindo desse pressuposto, tem-se a compreensão de que a coordenação das atividades de
um grupo de pessoas que se encontra em determinado local é base do processo de
funcionamento institucional. E é, nesse contexto que o trabalho de mediação a ser realizado
por uma instituição política é importante, tanto para o processo governamental como para o
sistema econômico.
Portanto, compreende-se como instituições políticas as organizações que estruturam o
sistema político e, ainda, as regras que surgem dessas instituições e aí encontram-se os
partidos políticos, o arranjo federativo, as agências estatais, o legislativo, o executivo e o
judiciário. Ademais, não se pode deixar de lado a referência a outros elementos que são
enquadrados no sistema de instituições políticas, como é o caso do conjunto normativo de
um determinado estado e, ainda, das políticas públicas.
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Percebe-se, nesse momento, que o processo apresentado pelas instituições induz, tão
somente, a uma mudança de comportamento para que o sistema funcione de maneira
adequada. No que se refere ao fundamento da economia política, Sen (2009, p.106) observa
que:
A economia política foi baseada em sua compreensão do papel das instituições,
tanto na política bem-sucedida como no desempenho econômico eficiente , e ele
viu as características institucionais, incluindo as restrições e proibições, como
importantes fatores de boa conduta e como restrições necessárias à licença
comportamental. (SEN, 2009, p.106),
Esta questão corrobora com o que é apresentado por Tsebelis  (1998) ao defender que os
resultados políticos e sociais são positivos quando há, de maneira específica, um sistema
que estabelece um comportamento eminentemente direcionado para a fluidez do processo,
ou seja, a massa populacional não tem outra alternativa que não a de cumprimento social e,
em caso de descumprimento, haverá a punição inerente a sua condição.
Destaca-se a importância de não restringir os aspectos conceituais das instituições, em
virtude da variedade que existe no sistema social. Vejamos, portanto, o caso da função
social de um partido político que é conceder subsídio válido para a candidatura a um cargo
político. Significa dizer que muito embora exista o direito de ser votado no âmbito da
Constituição Federal, não se pode exercer esse direito sem que seja por intermédio do
partido político.
Os partidos políticos podem existir tanto em regimes políticos democráticos como também
em regimes políticos autoritários. A estrutura atual do partido político foi especificada em
meados do século XIX e, no Brasil, a especificação normativa foi dada no artigo 17 da
Constituição Federal e, ainda na Lei 9096/95.
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Outro exemplo seria a de uma lei que tipifica determinada conduta como crime, para que
haja o cumprimento das questões iniciais do inquérito policial e da materialização do caso
legal, faz-se necessária a presença da polícia para dar o encaminhamento inicial em todo o
processo.  Por isso, não se pode afirmar que as instituições têm valor individual, pois para
que isso ocorra, torna-se imperativa a presença de um outro ator para executar as diretrizes
estabelecidas.
O gráfico abaixo representa o processo de funcionamento das instituições políticas nos
países.
Figura 1 - Processo de funcionamento das instituições políticas
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
No que se refere aos efeitos econômicos, os defensores das virtudes do mercado sustentam
que mesmo dando a todos iguais possibilidades de participar na orientação da vida
econômica, o mercado é a base de um autêntico governo democrático da economia, indo a
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alguns ao extremo de afirmar que a economia de livre empresa é a outra face da democracia
(NUNES , 2013, p.144).
Dentro dessa conjuntura de instituições políticas, é importante destacar os valores políticos
que seriam aqueles elementos construídos durante a sua formação como pessoa crítica,
que no âmbito prático servem como instrumentos para compreender e aplicar a política
como um processo essencial para transformação da sociedade.
Salienta-se que é justamente a partir desses valores construídos no âmbito da formação do
caráter do indivíduo que se observará as diretrizes essenciais para o desenvolvimento das
atividades econômicas de um país.
A depender dos valores arraigados no sistema político é preciso observar o tipo de
direcionamento trabalhado no âmbito econômico. A depender do direcionamento valorativo
no âmbito político, o posicionamento econômico poderá ter como objetivo o liberalismo,
nacionalismo (protecionismo) e o marxismo. 
Como forma de aplicar as determinações especificadas no âmbito político, identifica-se a
figura dos atores políticos econômicos que irão realizar os atos específicos das operações
com valor econômico. No Brasil, um exemplo de atores políticos econômicos seria o
presidente do Banco Central e, ainda, o Ministro da Economia.
Figura 2 – Atores Políticos Econômicos
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
É possível identificar a figura dos agentes econômicos como parte do processo do
desenvolvimento econômico de determinado país. Entretanto, para identificar tais agentes,
faz-se necessário observar o modo de funcionamento da economia, se é capitalista ou
centralizada, pois nos casos em que a economia é eminentemente capitalista os agentes
econômicos são as empresas, as famílias e  o governo e, no caso da segunda espécie
econômica, o agente econômico é o governo que, a partir de então, realizará a formulação de
técnicas adequadas para a aplicação da técnica econômica.
A estrutura institucional da economia internacional
Da mesma maneira que a ordem econômica nacional possui uma estrutura institucional, o
sistema econômico internacional também possui e remete ao período especificado no
século XIX. Essa estrutura tem uma composição específica de organismos
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intergovernamentais cooperativos em diversas áreas, por exemplo, transportes,
comunicação, regulação industrial, sociais, comércio, jurídica, educação, entre outras. Nessa
estrutura percebe-se que os referidos órgãos auxiliam no processo de construção e
desenvolvimento do comércio mundial de bens e serviços.
A Figura 3 exemplifica a importância das organizações intergovernamentais no âmbito do
comércio internacional e apresenta as organizações internacionais como um instrumento
essencial de equalização dos interesses e valores.
Figura 3 – Importância das Organizações Intergovernamentais
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
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Inicialmente, o sistema internacional de comércio era mais restrito, e como consequência, os
países mais desenvolvidos eram mais beneficiados, já que poderiam impor determinadas
regras de funcionamento aos países em desenvolvimento.
Posteriormente, o sistema multilateral de comércio (por meio de organismos internacionais)
foi apresentado de forma alternativa para a realização das atividades comerciais. Nesse
sentido, Almeida  (2002, p. 60) especifica que:
o comércio se fazia ao abrigo dos acordos bilaterais de comércio, amizade e
navegação, que geralmente continham a cláusula de nação mais favorecida
(NMF), mas muitas vezes sob a forma condicional e restrita, o que certamente
suscitou a necessidade de sua uniformização multilateral, obtida tão somente a
partir do GATT-1947. (ALMEIDA 2002, p. 60)
Sendo assim, as organizações intergovernamentais se apresentaram e, ainda se
apresentam, como foro de discussão para os países-membros, auxiliando-os nas
dificuldades que surgem na área econômica. Nesse contexto, muitas reuniões ministeriais
são realizadas no intuito de discutir as dificuldades e apresentar propostas adequadas ao
plano conjunto.
De acordo com Moreira  (1999), as diretrizes estabelecidas no âmbito das organizações
internacionais só poderão ter validade para os países-membros quando da anuência de
todos os membros do sistema intergovernamental. Por isso, a participação dos países no
âmbito do sistema intergovernamental é eminentemente voluntária, de maneira a
caracterizar o referido processo dentro de uma dinâmica jurídica imperfeita e,
consequentemente, como um sistema de geometria variável.
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No sentido de embasar a importância do processo de continuidade no âmbito do sistema
estrutural das organizações intergovernamentais, indica-se o estabelecido por Moreira
(1999):
Os casos de abandono são cada vez mais raros, sinal de que a interdependência
crescente aconselha os Estados a manterem a filiação. É claro que isto não
significa que se possa obrigar o Estado-membro a participar na atividade da
organização, e a URSS paralisou o Conselho de Segurança da ONU pelo simples
facto de não comparecer. Todavia, a doutrina inclina-se no sentido de que a
liberdade de não exercer os direitos não afeta a obrigação de cumprir os deveres,
por exemplo, financeiros (MOREIRA,1999, p.339).
Entretanto, muito embora se perceba que no contexto internacional, o sistema da
cooperação seja importante para cumprir as diretrizes estabelecidas no âmbito das
organizações intergovernamentais, o que se visualiza é um alto grau de liberdade dos
Estados em favor da cooperação.
Mesmo que se visualize, na perspectiva internacional, um sistema eminentemente de
fragilização no cumprimento das diretrizes jurídicas, políticas e econômicas em virtude da
voluntariedade participativa, não se pode deixar de evidenciar os esforços envidados para a
construção de um sistema funcional de desenvolvimento entre os países.
Portanto, a concepção de modelo econômico internacional que se baseie no equilíbrio
econômico entre os parceiros comerciais, pode não fazer sentido como estratégia de curto
prazo: a possibilidade de um estado eximir-se da obrigação de aplicação desse modelo,
decorrente de violação essencial de disposição deste, por outro estado, não é simples risco
teórico (CASELLA , 2011, p.114)
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A referida questão passa a ter sentido quando for estruturada a partir de um modelo
comercial estratégico para que seja possível estabelecer um padrão de continuidade e,
portanto, durabilidade nas relações comerciais que irão se basear nos aspectos de
reciprocidade de direitos e obrigações.
Percebe-se que a partir da inserção dessa estratégia, uma nova perspectivapoderá surgir,
nomeadamente, equilíbrio das relações comerciais a partir de uma condição humana, visto
que há possibilidade de se criar uma base mais justa nas relações.  Para que essa equidade
ocorra, torna-se essencial um devido planejamento em sua organização, com uma
participação direta do poder público e, ainda, dos demais órgãos representativos do sistema
internacional.
Macroeconomia
O sistema econômico apresenta formas distintas de estudar o seu funcionamento. Sento
assim, torna-se fundamental compreender que a macroeconomia analisa as atividades
econômicas no âmbito geral . Mas, quais são as políticas que devem ser adotadas
globalmente?
O sistema apresentado pela macroeconomia inclui toda a sociedade e, por isso, não pode
ser estruturado de maneira independente. Analisando as questões apresentadas no estudo
da macroeconomia é possível perceber que o sistema econômico nacional está atento ao
que ocorre no âmbito global, ou seja, a economia internacional.
Figura 4 – Equilíbrio entre Comércio Internacional e Macroeconomia
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Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
Como consequência desse processo de análise do sistema internacional, algumas variáveis
surgem para entender o processo de produção econômica, por exemplo, o câmbio, os
juros, a inflação, o produto interno bruto, a balança comercial, etc. Contudo, para obter os
resultados significativos no que se refere à produção econômica, os dados que decorrem
desses elementos devem ser analisados amplamente.
Inflação
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Muito se fala sobre inflação e pouco se sabe sobre essa variável. Sendo assim, algumas
questões surgem, nomeadamente, existem índices para medir a inflação? Como ela pode
influenciar no cotidiano?
A inflação é uma taxa que se refere à aplicação do aumento de preços, em determinado
período, nos bens de consumo. Por isso, ela é perceptível nas ações diárias. A Figura 5
exemplifica o funcionamento da variável econômica da inflação.
Figura 5 - Funcionamento da Variável Econômica da Inflação
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
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Observe, nesta figura, que a inflação encarece o produto a ser consumido pelo indivíduo.
Isso significa dizer que quando os valores nos bens de consumo aumentam,
consequentemente, o poder de compra do consumidor diminui, caso não exista reposição
salarial acima do valor da inflação. Por isso, é que se percebe o prejuízo substancial da
ocorrência da inflação na economia da sociedade. 
Convém salientar que a diminuição do poder de compra do indivíduo não é o único prejuízo
da inflação. Portanto, outros malefícios estão relacionados a essa situação, como o
desemprego, aumento da taxa de juros, desvalorização da moeda, etc.
Existem algumas formas de medir a inflação, mas é mais comum utilizar o Índice de Preços
ao Consumidor Amplo (IPCA) que é a representação da média de uma cesta de consumo. O
IPCA é uma média, e não a situação real do país no que se refere ao consumo das pessoas.
Para saber o valor exato do custo da inflação, basta calcular os valores gastos.
Na contramão da inflação é possível observar a deflação, que é o aumento do poder de
compra da população em um curto espaço de tempo. Com a deflação, o aumento do poder
de compra da população só ocorrerá, caso não haja redução do salário.
É importante salientar que a deflação representa queda nos preços, mas nem sempre é algo
positivo, visto que pode acarretar no desaceleramento do consumo e, consequentemente,
prejuízo significativo para a economia.
Taxa de juros
Para realizar adequadamente uma política monetária, o Banco Central utiliza a taxa de juros.
Sendo assim, quando o BACEN tem por objetivo estimular a economia, será realizada a baixa
de juros e, consequentemente, haverá redução dos valores trabalhados, tanto nos
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empréstimos como nos financiamentos, favorecendo a contratação de novos projetos.
Figura 6 – Equilíbrio entre inflação e taxa de juros
Fonte: Elaborado pelo autor, 2020.
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Entretanto, o processo apresentado na taxa de juros nem sempre traz benefícios, visto que
em determinados casos, a diminuição da taxa de juros poderá aumentar a inflação. Portanto,
o equilíbrio entre taxa de juros e inflação é sempre necessário para que a economia esteja
sempre motivada.
PIB (Produto interno bruto)
O Produto Interno Bruto (PIB) é o acúmulo de todas as riquezas produzidas num país e o seu
índice poderá indicar a real situação da economia de determinado país. Para estruturação do
PIB será levado em conta apenas os bens e serviços finais, portanto, todos os bens de
consumos intermediários são retirados dessa contagem para evitar a dupla contagem.
Convém ressaltar que o valor do PIB no cenário internacional é elevado, pois quanto maior
for o PIB de um país, melhor será a reputação econômica no âmbito internacional.
Embora durante muito tempo tenha se trabalhado com a questão da indicação do PIB como
um instrumento indicativo do desenvolvimento social, não se pode afastar os novos
parâmetros observados de caracterização do desenvolvimento que estão sendo colocados
e, portanto, se afasta do critério econômico e se aproxima da especificação do IDH (MELO,
2018, p.250).
Ainda, no que se refere ao PIB observa-se duas vertentes, uma que está relacionada com o
valor dos preços atuais e o segundo com o calor constante. E para que seja possível definir
os dois tipos de PIB é necessário utilizar o deflator do PIB que é mensurada pela média do
PIB nominal com o real e, posteriormente, multiplicado por cem. 
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A Taxa de Câmbio
A moeda é o meio de toda a troca internacional e o objetivo desta troca pode ser financeiro,
consistindo na operação numa compra ou numa venda de títulos de propriedade ou de
crédito. Esse objeto pode ser também comercial: a moeda é então trocada por um bem ou
serviço.
Pode enfim ser monetário, quando uma moeda é trocada por outra moeda. A territorialidade
de cada moeda quer que toda a troca financeira ou comercial tenha sido precedida ou
seguida, de uma maneira ou de outra, por uma troca monetária (DINH , 2003, p.1095)
Como cada país possui uma moeda própria, torna-se necessário que seja formalizada a
relação econômica entre eles. Esta equalização é dada por meio de uma taxa de câmbio. E,
portanto, assim como as moedas são diferentes, existe, também, uma variação de valores
de

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