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Aula 6 - Língua Brasileiras De Sinais - LIBRAS

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Língua Brasileira de 
Sinais - Libras
Aula 6
Língua Brasileira de 
Sinais - Libras
Aula 6
Sumário
1	 Legislação	Específica	 4
1.1 Legislação na Antiguidade 4
1.2 Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e a 
Constituição Brasileira 4
1.3	 Lei	de	Oficialização	da	Libras	nº	10.436	 6
1.4	 Decretos	e	Leis	que	Antecederam	a	 
Oficialização	da	Lei	de	Libras	 8
1.5	 Decreto	5.626	de	22	de	Dezembro	de	200	 9
1.6	 Os	Profissionais	Intérpretes	da	 
Língua de Sinais 14
1.6.1	 Exame	Prolibras	 21
1.6.2	 Projeto	de	Lei	que	Reconhece	a	 
Profissão	de	Intérprete	 23
1.7	 Acessibilidade	 25
1.8	 Símbolo	Internacional	de	Surdez	 26
4
1 Legislação Específica
1.1 Legislação na Antiguidade
Os	 surdos	 na	 antiguidade,	 não	 tinham	 direito	 a	 receber	
herança,	 não	 tinham	 direito	 a	 educação	 e	 nem	 ao	 voto,	 logo,	
eram	excluídos	da	sociedade,	sendo	considerados	pessoas	com	
doenças	contagiosas,	representando	assim,	uma	ameaça	a	saúde	
da	população.
Rômulo, o fundador de Roma, por volta de 753 a.C. decre-
tou que todos os surdos recém-nascidos e crianças até aos 
três anos de idade teriam de ser inseminadas, porque eram 
um peso e problema para o Estado?
(RADUTZKY	apud	STROBEL	(2006,	p.	46)
Apenas	 após	 os	 trabalhos	 do	 americano	William	Stokoe	
em	1960,	comprovando	e	conferindo	a	língua	de	sinais	o	status	
de	língua,	é	que	muitos	países	passam	a	se	comprometer	legal-
mente	com	a	educação	dos	surdos.
1.2 Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e a 
Constituição Brasileira
Aqui	no	Brasil,	em	1961,	a	Lei	de	Diretrizes	e	Bases	da	
Educação	Nacional	 (LDB)	 em	 seus	 artigos	 88	 e	 89,	 assegura	
os	direitos	a	educação	das	pessoas	excepcionais.	No	artigo	89,	
declara	que	o	governo	se	compromete	em	ajudar	as	organizações	
não	governamentais	(ONGs)	a	prestarem	serviços	aos	deficien-
tes,	entre	eles	os	surdos	(STROBEL,	2006).
5
Segundo	 Strobel	 (2006,	 p.	 47),	 “na	 Constituição	
brasileira	de	1967,	há	também	alguns	artigos	asseguran-
do	aos	surdos	o	direito	de	receber	educação.	Do	mesmo	
modo,	a	atual	Constituição	datada	de	1988,	abre	espaço	a	
nossos	direitos	à	educação	diferenciada	uma	vez	que	asse-
gura o direito à diferença cultural”.
Segue	o	texto	da	constituição	atual	datada	de	1998,	onde	
um	de	seus	artigos	refere-se	sobre	a	cultura.
Art. 215. O Estado garantirá a todos o pleno exercício dos 
direitos culturais e acesso às fontes da cultura nacional, e 
apoiará e incentivará a valorização e a difusão das manifes-
tações culturais.
§ 1º - o Estado protegerá as manifestações das culturas 
populares, indígenas e afro-brasileiras, e das de outros gru-
pos participantes do processo civilizatório nacional.
§ 2º - a lei disporá sobre a fixação de datas comemorativas 
de alta significação para os diferentes segmentos étnicos 
nacionais.
A	Lei	de	Diretrizes	e	Bases	da	Educação	Nacional	(LDB)	
de	1996,	no	capítulo	V,	descreve	as	modalidades	de	educação	
oferecidas	 aos	 portadores	 de	 necessidades	 educacionais	 espe-
ciais.	Defende	que,	de	preferência,	 a	educação	dessas	pessoas	
deve	acontecer	na	escola	regular.	Assegura	que	é	dever	do	es-
tado	a	oferta	de	educação	infantil	na	faixa	etária	de	0	a	6	anos	
e	 confere	 que	devam	existir	 ainda	métodos,	 técnicas	 e	 profis-
sionais	adequados	com	vistas	a	atender	as	especificidades	das	
pessoas	especiais.
6
1.3 Lei de Oficialização da Libras nº 10.436
A	Língua	de	Sinais	Brasileira	 -	Libras,	a	 língua	materna	
do	surdo	brasileiro,	foi	oficializada	através	da	lei	nº	10.436	de	
24	de	abril	de	2002,	pelo	ex-presidente	da	república	Fernando	
Henrique	Cardoso,	 como	meio	 de	 comunicação	 legal	 e	 como	
segunda	língua	do	Brasil.	Esta	lei	foi	regulamentada	através	do	
decreto	nº	5.626	de	22	de	dezembro	de	2005.
Convido	 você	 a	 fazer	 uma	 leitura	 minuciosa	 da	 lei	 nº	
10.436,	a	fim	de	que	você	possa	compreender	melhor	o	assunto	
que	estamos	estudando.
Lei nº 10.436 de 24 de abril de 2002
Dispõe	sobre	a	Língua	Brasileira	de	Sinais	-	Libras	e	dá	
outras	providências.
O Presidente da República
Faço	saber	que	o	Congresso	Nacional	decreta	e	eu	sancio-
no a seguinte Lei:
Art.	1º	É	reconhecida	como	meio	legal	de	comunicação	e	
expressão	a	Língua	Brasileira	de	Sinais	-	Libras	e	outros	recur-
sos	de	expressão	a	ela	associados.	Parágrafo	único.	Entende-se	
como	Língua	Brasileira	 de	 Sinais	 -	 Libras	 a	 forma	 de	 comu-
nicação	e	expressão,	em	que	o	sistema	linguístico	de	natureza	
visual-motora,	 com	 estrutura	 gramatical	 própria,	 constitui	 um	
sistema	linguístico	de	transmissão	de	ideias	e	fatos,	oriundos	de	
comunidades	de	pessoas	surdas	do	Brasil.
Art.	2º.	Deve	ser	garantido,	por	parte	do	poder	público	em	
7
geral	e	empresas	concessionárias	de	serviços	públicos,	 formas	
institucionalizadas	de	apoiar	o	uso	e	difusão	da	Língua	Brasileira	
de	Sinais	-	Libras	como	meio	de	comunicação	objetiva	e	de	utili-
zação	corrente	das	comunidades	surdas	do	Brasil.
Art.	3º.	As	instituições	públicas	e	empresas	concessioná-
rias	de	serviços	públicos	de	assistência	à	saúde	devem	garantir	
atendimento	e	tratamento	adequado	aos	portadores	de	deficiên-
cia	auditiva,	de	acordo	com	as	normas	legais	em	vigor.	
Art.	4º.	O	sistema	educacional	federal	e	os	sistemas	edu-
cacionais	estaduais,	municipais	e	do	Distrito	Federal	devem	ga-
rantir	a	inclusão	nos	cursos	de	formação	de	Educação	Especial,	
de	Fonoaudiologia	e	de	Magistério,	em	seus	níveis	médio	e	su-
perior,	do	ensino	da	Língua	Brasileira	de	Sinais	-	Libras,	como	
parte	integrante	dos	Parâmetros	Curriculares	Nacionais	-	PCNs,	
conforme	legislação	vigente.
Parágrafo	único.	A	Língua	Brasileira	de	Sinais	-	Libras	não	
poderá	substituir	a	modalidade	escrita	da	língua	portuguesa.
Art.	5º	Esta	Lei	entra	em	vigor	na	data	de	sua	publicação.
Brasília,	24	de	abril	de	2002;	181º	da	Independência	e	114º	
da	República.
Fernando Henrique Cardoso 
Paulo Renato Souza
8
1.4 Decretos e Leis que Antecederam a 
Oficialização da Lei de Libras
Art. 1º - A Lei nº 9.394, de 20 de dezembro de 1996, passa 
a vigorar acrescida do seguinte art. 26-B:
“Art. 26-B - Será garantida às pessoas surdas, em todas 
as etapas e modalidades da educação básica, nas redes 
públicas e privadas de ensino, a oferta da Língua Brasileira 
de Sinais - LIBRAS, na condição de língua nativa das pes-
soas surdas”.
Art. 2º - Esta Lei entra vigor na data de sua publicação.
É	importante	ressaltar	que,	antes	disso,	o	decreto	9.394	de	
20	de	dezembro	de	1996,	já	assegurava	o	direito	à	comunicação	
através	da	língua	de	sinais	em	seus	artigos	26	e	27.
Em	pouco	tempo	depois	do	decreto	9.394	de	1996,	surgiu	
o	Projeto	de	Lei	do	Senado	nº	180,	DE	2004	que	alterou	a	Lei	
nº	9.394,	de	20	de	dezembro	de	1996,	que	estabeleceu	as	diretri-
zes	e	bases	da	educação	nacional,	fazendo	o	enquadramento	no	
currículo	oficial	da	Rede	de	Ensino	à	obrigatoriedade	da	oferta	
da	Língua	Brasileira	de	Sinais	-	LIBRAS	-	em	todas	as	etapas	e	
modalidades	da	educação	básica	(STROBEL,	2006,	p.	50).
Hoje,	graças	à	efetivação	da	lei	de	Libras	e	da	regulamen-
tação	do	decreto,	as	comunidades	surdas	espalhadas	por	todo	o	
Brasil	podem	se	expressar	 livremente	através	da	 língua	de	 si-
nais,	sem	mais	repressão	como	aconteceu	ao	longo	da	história	
em	anos	anteriores.	A	Lei	de	Libras	foi	uma	conquista	e	um	mar-
co	fundamental	na	vida	dos	surdos	brasileiros.
9
Vejamos	agora	o	que	o	decreto	nº	5.626	que	regulamenta	a	
lei	10.436,	conhecida	como	lei	de	Libras,	institui	sobre	as	con-
quistas	que	contribuíram	para	a	liberdade	de	expressão	do	surdo	
através	do	uso	da	língua	de	sinais.
1.5 Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 200
O	decreto	inicia	em	seu	artigo	segundo,	descrevendo	que	a	
pessoa	surda,	é	aquela	que	tem	perda	auditiva,	compreende	e	in-
terage	com	o	mundo	por	meio	de	experiências	visuais,	manifes-
tando	sua	cultura	principalmente	pelo	uso	da	Língua	Brasileira	
de	Sinais	-	Libras.
Audiometria: exame da audição realizado por meio de 
instrumentos e avaliação da capacidade para apreender 
os diferentes sons da fala e de classificação de surdez em 
vários graus.Considera	como	deficiência	auditiva	a	perda	bilateral,	par-
cial	ou	 total,	de	quarenta	e	um	decibéis	 (dB)	ou	mais,	aferida	
por	 audiograma	nas	 frequências	de	500Hz,	1.000Hz,	2.000Hz	
e	3.000Hz.
O	artigo	3º,	aponta	para	a	inclusão	da	Libras	como	discipli-
na	curricular	obrigatória	nos	cursos	de	formação	de	professores	
para	o	exercício	do	magistério	em	nível	médio	e	superior,	e	nos	
cursos	de	Fonoaudiologia,	de	instituições	de	ensino,	públicas	e	
privadas,	do	sistema	federal	de	ensino	e	dos	sistemas	de	ensino	
dos	Estados,	do	Distrito	Federal	e	dos	Municípios.
A	inclusão	de	Libras	como	disciplina	curricular,	torna-se	
10
um	ponto	extremamente	relevante,	em	face	da	necessidade	cru-
cial	de	termos	profissionais	capacitados	em	Libras	para	o	ensino,	
atendimento	e	interpretação	da	libras	para	língua	portuguesa	e	
vice-versa,	objetivando	promover	a	inclusão	efetiva	do	surdo	na	
sociedade.
Sobre	 a	 formação	 desses	 profissionais,	 é	 imprescindível	
que	você	conheça	de	que	forma	deve	acontecer	essa	formação,	
quem	são	esses	profissionais	e	qual	o	tempo	previsto.	Para	tanto,	
convido	você	a	fazer	uma	leitura	minuciosa	de	alguns	 trechos	
do	decreto	5.626;	um	dos	mais	importantes	para	a	comunidade	
surda	brasileira.
Capítulo III
Da Formação do Professor de Libras e do Instrutor de 
Libras
Art.	4º.	A	formação	de	docentes	para	o	ensino	de	Libras	
nas	séries	finais	do	ensino	fundamental,	no	ensino	médio	e	na	
educação	superior	deve	ser	realizada	em	nível	superior,	em	cur-
so	de	graduação	de	licenciatura	plena	em	Letras:	Libras	ou	em	
Letras:	Libras/Língua	Portuguesa	como	segunda	língua.
Parágrafo	 único.	As	 pessoas	 surdas	 terão	 prioridade	 nos	
cursos	de	formação	previstos	no	caput.
Art.	5º.	A	formação	de	docentes	para	o	ensino	de	Libras	na	
educação	infantil	e	nos	anos	iniciais	do	ensino	fundamental	deve	
ser	realizada	em	curso	de	Pedagogia	ou	curso	normal	superior,	
em	que	Libras	e	Língua	Portuguesa	escrita	tenham	constituído	
línguas	de	instrução,	viabilizando	a	formação	bilíngue.
11
§1º.	Admite-se	como	formação	mínima	de	docentes	para	
o	ensino	de	Libras	na	educação	infantil	e	nos	anos	 iniciais	do	
ensino	fundamental,	a	formação	ofertada	em	nível	médio	na	mo-
dalidade	normal,	que	viabilizar	a	formação	bilíngue,	referida	no	
caput.
§2º.	As	pessoas	surdas	terão	prioridade	nos	cursos	de	for-
mação	previstos	no	caput.
§1º.	A	formação	do	instrutor	de	Libras	pode	ser	realizada	
também	por	organizações	da	 sociedade	civil	 representativa	da	
comunidade	surda,	desde	que	o	certificado	seja	convalidado	por	
pelo	menos	uma	das	instituições	referidas	nos	incisos	II	e	III.
§2º.	As	pessoas	surdas	terão	prioridade	nos	cursos	de	for-
mação	previstos	no	caput.
Art.	9º	A	partir	da	publicação	deste	Decreto,	as	instituições	
de	ensino	médio	que	oferecem	cursos	de	formação	para	o	magis-
tério	na	modalidade	normal	e	as	instituições	de	educação	supe-
rior	que	oferecem	cursos	de	Fonoaudiologia	ou	de	formação	de	
professores	devem	incluir	Libras	como	disciplina	curricular,	nos	
seguintes	prazos	e	percentuais	mínimos:
I.	 até	três	anos,	em	vinte	por	cento	dos	cursos	da	instituição;
II.	 até	 cinco	 anos,	 em	 sessenta	 por	 cento	 dos	 cursos	 da	
instituição;
III.	até	sete	anos,	em	oitenta	por	cento	dos	cursos	da	instituição;
IV.	dez	anos,	em	cem	por	cento	dos	cursos	da	instituição.
Parágrafo	único.	O	processo	de	inclusão	da	Libras	como	
disciplina	 curricular	 deve	 iniciar-se	 nos	 cursos	 de	 Educação	
12
Especial,	 Fonoaudiologia,	 Pedagogia	 e	 Letras,	 ampliando-se	
progressivamente	para	as	demais	licenciaturas.
Art.	10.	As	instituições	de	educação	superior	devem	incluir	
a	Libras	como	objeto	de	ensino,	pesquisa	e	extensão	nos	cursos	
de	formação	de	professores	para	a	educação	básica,	nos	cursos	
de	Fonoaudiologia	e	nos	cursos	de	Tradução	e	Interpretação	de	
Libras-Língua	Portuguesa.
Da Garantia do Direito à Educação das Pessoas Surdas 
ou com Deficiência Auditiva
Art.	 22.	As	 instituições	 federais	 de	 ensino	 responsáveis	
pela	educação	básica	devem	garantir	a	inclusão	de	alunos	surdos	
ou	com	deficiência	auditiva,	por	meio	da	organização	de:
I.	 escolas	e	classes	de	educação	bilíngue,	abertas	a	alunos	sur-
dos	e	ouvintes,	com	professores	bilíngues,	na	educação	in-
fantil	e	nos	anos	iniciais	do	ensino	fundamental;
II.	 escolas	bilíngues	ou	escolas	comuns	da	rede	regular	de	ensi-
no,	abertas	a	alunos	surdos	e	ouvintes,	para	os	anos	finais	do	
ensino	fundamental,	ensino	médio	ou	educação	profissional,	
com	docentes	das	diferentes	áreas	do	conhecimento,	cientes	
da	 singularidade	 linguística	 dos	 alunos	 surdos,	 bem	 como	
com	a	presença	de	tradutores	e	intérpretes	de	Libras	-	Língua	
Portuguesa.
§1º.	 São	 denominadas	 escolas	 ou	 classes	 de	 educação	
bilíngue	 aquelas	 em	 que	 a	 Libras	 e	 a	 modalidade	 escrita	 da	
Língua	Portuguesa	sejam	línguas	de	instrução	utilizadas	no	de-
senvolvimento	de	todo	o	processo	educativo.
13
§2º.	Os	alunos	têm	o	direito	à	escolarização	em	um	turno	
diferenciado	ao	do	atendimento	educacional	especializado	para	
o	desenvolvimento	de	complementação	curricular,	com	utiliza-
ção	de	equipamentos	e	tecnologias	de	informação.
§3º.	As	mudanças	decorrentes	da	implementação	dos	inci-
sos	I	e	II	implicam	a	formalização,	pelos	pais	e	pelos	próprios	
alunos,	de	sua	opção	ou	preferência	pela	educação	sem	o	uso	de	
Libras.
§4º.	O	disposto	no	§2º	deste	artigo	deve	ser	garantido	tam-
bém	para	os	alunos	não	usuários	da	Libras.
Art.	 23.	As	 instituições	 federais	 de	 ensino,	 de	 educação	
básica	e	superior,	devem	proporcionar	aos	alunos	surdos	os	ser-
viços	de	tradutor	e	intérprete	de	Libras	-	Língua	Portuguesa	em	
sala	de	aula	e	em	outros	espaços	educacionais,	bem	como	equi-
pamentos	e	tecnologias	que	viabilizem	o	acesso	à	comunicação,	
à	informação	e	à	educação.
§1º.	Deve	ser	proporcionado	aos	professores	acesso	à	lite-
ratura	e	informações	sobre	a	especificidade	linguística	do	aluno	
surdo.
§2º.	As	instituições	privadas	e	as	públicas	dos	sistemas	de	
ensino	federal,	estadual,	municipal	e	do	Distrito	Federal	busca-
rão	 implementar	as	medidas	 referidas	neste	artigo	como	meio	
de	 assegurar	 aos	 alunos	 surdos	 ou	 com	deficiência	 auditiva	 o	
acesso	à	comunicação,	à	informação	e	à	educação.	
Art.	24.	A	programação	visual	dos	cursos	de	nível	médio	
e	superior,	preferencialmente	os	de	formação	de	professores,	na	
14
modalidade	de	educação	à	distância,	deve	dispor	de	sistemas	de	
acesso	à	 informação	como	 janela	com	tradutor	e	 intérprete	de	
Libras	-	Língua	Portuguesa	e	subtitulação	por	meio	do	sistema	
de	legenda	oculta,	de	modo	a	reproduzir	as	mensagens	veicula-
das	às	pessoas	surdas,	conforme	prevê	o	Decreto	nº	5.296,	de	2	
de	dezembro	de	2004.
1.6 Os Profissionais Intérpretes da 
Língua de Sinais
Sinal	retirado	do	Dicionário	Enciclopédico	Ilustrado	Trilíngue	da	Língua	de	
Sinais	Brasileira.	Capovilla	e	Raphael	(2000).	Volume	I	-	Sinais	de	A	a	L	e	
Volume	II	-	Sinais	de	M	a	Z.	(Ilustradora:	Silvana	Marques)
Os	profissionais	intérpretes	de	libras	são	responsáveis	pela	
tradução	e	interpretação	simultânea,	da	língua	portuguesa	para	
língua	de	sinais	e	de	língua	de	sinais	para	língua	portuguesa.	Ele	
deve	ser	fluente	em	Libras	e	em	língua	portuguesa	e	deve	inter-
pretar	fielmente	a	informação	oral	transmitida.
Existem	 profissionais	 intérpretes	 de	 língua	 de	 sinais	 em	
todo	mundo.	Aqui	 no	 Brasil,	 o	 aparecimento	 de	 profissionais	
intérpretes	 em	 instituições	 religiosas	 iniciou-se	 em	 1980.	 Em	
1988,	aconteceu	o	I	Encontro	Nacional	de	Intérpretes	de	Línguas	
de	Sinais	organizado	pela	Feneis	para	promover	o	encontro	entre	
os	intérpretes	do	Brasil	e	a	discussão	sobre	temas	relevantes.
15
Dos	 anos	 90	 em	 diante,	 muitas	 unidades	 de	 intérpretes	
foram	 formadas,	 filiadas	 aos	 escritórios	 regionais	 da	 Feneis.	
Em	2000,	foi	criada	a	página	dos	intérpretes	de	língua	de	sinais	
www.interpretels.hpg.com.br.	 Também	 foi	 aberto	 um	 espaço	
para	participação	dos	intérpretes	através	de	uma	lista	de	discus-são	via	e-mail	(Quadros,	2004).
Em	2001,	 em	Montevidéu	no	Uruguai,	 foi	 realizado	um	
encontro	internacional	sobre	a	formação	de	intérpretes	de	língua	
de	sinais	com	o	apoio	da	Federação	Mundial	de	Surdos.	
A	 seguir	 são	 apresentadas	 as	principais	 conclusões	 e	 re-
comendações	 feitas	 por	 ocasião	deste	 encontro	 respeitando	 as	
características	e	 situação	de	cada	um	dos	países	participantes,	
conclui-se	em	primeiro	lugar	que	é	necessário,	principalmente	
(Quadros,	2004,	p.	44):
 � a.	Que	 a	 comunidade	 de	 pessoas	 surdas	 seja	 consciente	 da	
importância	de	sua	própria	língua	e	dos	Intérpretes	profissionais;	
 � b.	Que	as	associações	e	federações	de	pessoas	surdas	sejam	
fortalecidas	em	todos	os	aspectos,	por	si	mesmas,	e	com	o	apoio	
de	organismos	públicos	e	internacionais;
 � c.	Que	em	todos	os	países	se	reconheça	a	Língua	de	Sinais	a	
nível;
 � d.	 Que	 exista	 reconhecimento	 da	 profissão	 e	 titulação	 de	
Intérprete	de	Língua	de	Sinais;
 � e.	Que	exista	reconhecimento	da	profissão	e	titulação	de	for-
mador	de	Intérpretes	de	Língua	de	Sinais.
16
E	logo,	no	terreno	da	capacitação	e	formação:
 ● Que	 se	 dê	 importância	 equivalente	 à	 Língua	 de	 Sinais	 e	 à	
Língua	Oficial	do	país;
 ● Que	os	programas	deformação	incluam	um	estudo	sistemáti-
co	de	ambas	as	línguas;
 ● Que	se	estimule	e	favoreça	a	garantia	à	primeira	língua;
 ● Que	se	destine	maior	 tempo	à	 investigação	 linguística	com	
respeito	à	Língua	de	Sinais;
 ● Que	a	comunidade	de	pessoas	surdas	assuma	um	papel	prota-
gônico	nos	processos	de	investigação,	junto	com	os	especialistas;
 ● Que	exista	um	 trabalho	conjunto	ente	 intérpretes	 e	pessoas	
surdas	na	formação	de	futuros	intérpretes	e	de	futuros	formado-
res	de	intérpretes;
 ● A	elaboração,	execução	e	avaliação	dos	programas	de	forma-
ção	devem	ser	conceitualmente	interculturais	e	interdisciplinares;
 ● Que	os	centros	de	formação	de	intérpretes	façam	o	intercâm-
bio	de	suas	metodologias	e	experiências,	dinamicamente;
 ● Preferivelmente	as	federações	ou	Associações	deveriam,	em	
função	de	sua	capacidade	e	interesse,	liderar	os	cursos;
 ● Que	exista	uma	base	de	lineamentos	gerais	para	planejar	um	
curso	de	Língua	de	Sinais	como,	por	exemplo:
 � a.	objetivos;
 � b.	conteúdos;
 � c.	tempo;
 � d.	metodologia;
 � e.	atividades;
17
 � f.	materiais	e	recursos;
 � g.	avaliação;
 � h.	continuação	e	prática;
 ● Que	 os	 quatro	 países	 que	 atualmente	 dispõem	 de	 cursos	
de	Língua	 de	Sinais	 e	 de	 formação	 de	 intérpretes	 (Argentina,	
Brasil,	Colômbia	e	Uruguai)	prestem	seu	apoio	aos	países	que	
ainda	 não	 contam	 com	estes	 cursos	 (Bolívia,	 Paraguai,	Chile,	
Equador,	Peru	e	Venezuela)	para	o	qual	cada	um	dos	primeiros	
quatro	designará	a	duas	pessoas:	uma	ouvinte	e	outra	surda	espe-
cialistas	em	formação,	que	sirvam	como	formadores,	assessores	
e	 consultores	 dos	 futuros	 agentes	multiplicadores	 de	 cada	um	
dos	 seis	 países.	Os	 critérios	 para	 selecionar	 os	 agentes	multi-
plicadores	 deverão	 ser	 desenvolvidos.	 A	 Federação	 Mundial	
de	Surdos	designará	um	especialista	que	será	o	coordenador	de	
todo	esse	processo;
 ● Os	agentes	multiplicadores,	com	a	ajuda	do	especialista	co-
ordenador,	 contribuirão	para	o	estabelecimento	de	um	progra-
ma	de	capacitação	em	Língua	de	Sinais	e	outro	de	Formação	de	
Intérpretes	em	cada	país.	Estes	programas	poderão	aplicar-se	de	
forma	sequencial	(primeiro	um	depois	o	outro)	ou	paralelamente	
(ambos	os	programas	de	uma	vez,	considerando	que,	por	exem-
plo,	os	intérpretes	empíricos	sejam	os	primeiros	alunos	dos	cur-
sos	de	Formação	de	Intérpretes).	O	acompanhamento	deste	pro-
cesso	se	dará	entre	os	quatro	países	e	o	especialista	coordenador;
 ● Os	usuários	devem	conhecer	o	código	ético	pelo	qual	se	rege	
a	interpretação;
 ● Que	 a	 Federação	Mundial	 de	 Surdos	 continue	 respaldando	
estes	processos.
18
Segundo	 o	 código	 de	 ética	 dos	 intérpretes	 (documento	
orientador	da	profissão),	os	intérpretes	de	libras	devem	ter	um	
alto	caráter	moral,	ser	honesto,	consciente	e	ter	equilíbrio	emo-
cional;	interpretar	fielmente	e	com	o	melhor	da	sua	habilidade,	
sempre	 transmitindo	o	pensamento,	 a	 intenção	e	o	espírito	do	
palestrante;	reconhecer	seu	próprio	nível	de	competência	e	ser	
prudente	 quanto	 a	 aceitar	 tarefas;	manter	 sempre	 uma	 atitude	
imparcial	durante	o	transcurso	da	sua	interpretação	e	adotar	uma	
conduta	adequada	de	se	vestir,	sem	adereços,	mantendo	a	digni-
dade	da	profissão,	sem	chamar	a	atenção	indevidamente	sobre	
si	mesmo.
Segue	abaixo	o	código	de	ética	dos	intérpretes	que	é	parte	
integrante	do	Regimento	Interno	do	Departamento	Nacional	de	
Intérpretes	(FENEIS).
D	 -	 Registro	 dos	 Intérpretes	 para	 Surdos	 (em	 28-29	 de	
janeiro	 de	 1965,	 Washington,	 EUA)	 Tradução	 do	 original	
Interpreting	 for	Deaf	 People,	 Stephen	 (ed.)	USA	 por	Ricardo	
Sander.	Adaptação	dos	Representantes	dos	Estados	Brasileiros	
-	Aprovado	por	ocasião	do	II	Encontro	Nacional	de	Intérpretes	-	
Rio	de	Janeiro/RJ/Brasil	-	1992	(Quadros,	2004,	p.28).
Capítulo 1 - Princípios Fundamentais
Artigo	1º.	São	deveres	fundamentais	do	intérprete:
1°.	O	intérprete	deve	ser	uma	pessoa	de	alto	caráter	moral,	
honesto,	consciente,	confidente	e	de	equilíbrio	emocional.	Ele	
guardará	informações	confidenciais	e	não	poderá	trair	confiden-
cias,	as	quais	foram	confiadas	a	ele;
19
2º.	O	intérprete	deve	manter	uma	atitude	imparcial	durante	
o	transcurso	da	interpretação,	evitando	interferências	e	opiniões	
próprias,	a	menos	que	seja	requerido	pelo	grupo	a	fazê-lo;	
3º.	O	intérprete	deve	interpretar	fielmente	e	com	o	melhor	
da	sua	habilidade,	sempre	transmitindo	o	pensamento,	a	inten-
ção	e	o	espírito	do	palestrante.	Ele	deve	lembrar	dos	limites	de	
sua	função	e	não	ir	além	de	a	responsabilidade;	
4°.	O	intérprete	deve	reconhecer	seu	próprio	nível	de	com-
petência	e	ser	prudente	em	aceitar	tarefas,	procurando	assistên-
cia	de	outros	intérpretes	e/ou	profissionais,	quando	necessário,	
especialmente	em	palestras	técnicas;	
5°.	O	intérprete	deve	adotar	uma	conduta	adequada	de	se	
vestir,	sem	adereços,	mantendo	a	dignidade	da	profissão	e	não	
chamando	atenção	indevida	sobre	si	mesmo,	durante	o	exercício	
da	função.
Capítulo 2 - Relações com o Contratante do Serviço
6°.	O	 intérprete	 deve	 ser	 remunerado	 por	 serviços	 pres-
tados	e	 se	dispor	a	providenciar	 serviços	de	 interpretação,	em	
situações	onde	fundos	não	são	possíveis;
7°.	Acordos	 em	 níveis	 profissionais	 devem	 ter	 remune-
ração	 de	 acordo	 com	 a	 tabela	 de	 cada	 estado,	 aprovada	 pela	
FENEIS.
Capítulo 3 - Responsabilidade Profissional
8°.	 O	 intérprete	 jamais	 deve	 encorajar	 pessoas	 surdas	 a	
buscarem	decisões	legais	ou	outras	em	seu	favor;	
20
9º.	 O	 intérprete	 deve	 considerar	 os	 diversos	 níveis	 da	
Língua	Brasileira	de	Sinais	bem	como	da	Língua	Portuguesa;	
20°.	Em	casos	 legais,	 o	 intérprete	deve	 informar	 à	 autoridade	
qual	o	nível	de	comunicação	da	pessoa	envolvida,	informando	
quando	a	interpretação	literal	não	é	possível	e	o	intérprete,	então	
terá	que	parafrasear	de	modo	claro	o	que	está	sendo	dito	à	pessoa	
surda	e	o	que	ela	está	dizendo	à	autoridade;
11º.	O	intérprete	deve	procurar	manter	a	dignidade,	o	res-
peito	e	a	pureza	das	línguas	envolvidas.	Ele	também	deve	estar	
pronto	para	aprender	e	aceitar	novos	sinais,	se	isso	for	necessá-
rio	para	o	entendimento;
12°.	O	intérprete	deve	esforçar-se	para	reconhecer	os	vá-
rios	tipos	de	assistência	ao	surdo	e	fazer	o	melhor	para	atender	
as	suas	necessidades	particulares.	
Capítulo 4 - Relações Com Os Colegas
13°.	Reconhecendo	a	necessidade	para	o	seu	desenvolvi-
mento	 profissional,	 o	 intérprete	 deve	 agrupar-se	 com	 colegas	
profissionais	com	o	propósito	de	dividir	novos	conhecimentos	
de	vida	e	desenvolver	suas	capacidades	expressivas	e	receptivas	
em	interpretação	e	tradução.	
Parágrafo	único.	O	intérprete	deve	esclarecer	o	público	no	
que	 diz	 respeito	 ao	 surdo	 sempre	 que	 possível,	 reconhecendo	
que	muitos	 equívocos(má	 informação)	 têm	 surgido	 devido	 à	
falta	de	conhecimento	do	público	sobre	a	área	da	surdez	e	a	co-
municação	com	o	surdo.	
É	 um	 direito	 do	 surdo	 que	 todas	 as	 instituições,	 tanto	
21
educacionais,	como	financeiras,	comerciais,	públicas	e	privadas,	
disponham	de	profissionais	intérpretes	para	intermediarem	a	co-
municação	com	os	surdos.
Infelizmente,	a	presença	do	profissional	intérprete	em	to-
das	as	instituições	brasileiras	ainda	não	é	uma	realidade.	Apesar	
de	muitas	Universidades,	escolas	e	até	mesmo	agências	bancá-
rias,	 terem	hoje	 em	 seu	quadro	de	 funcionários	 intérpretes	 de	
Libras,	para	promoverem	acessibilidade	na	comunicação	entre	
surdos	e	ouvintes,	quando	percorremos	as	instituições	e	empre-
sas,	 podemos	 facilmente	 perceber,	 que	 ainda	 falta	muito	 para	
que	a	acessibilidade	na	comunicação	através	do	intérprete	acon-
teça na sua totalidade. 
O	intérprete	de	língua	de	sinais,	além	de	ser	uma	pessoa	de	
alto	caráter	moral,	ético,	se	faz	necessário	que	possua	formação	
superior	em	nível	de	graduação	ou	pós-graduação	e	que	tenha	
sido	habilitado	 através	da	Proficiência	 em	Língua	de	Sinais	 –		
Prolibras,	exame	promovido	em	nível	nacional	que	visa	habilitar	
os	intérpretes	e	professores	para	a	profissão,	mas	que	não	substi-
tui	a	formação	em	todos	os	níveis	educacionais.
A Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) é a insti-
tuição coordenadora do Prolibras desde 2006.
1.6.1 Exame Prolibras
O	exame	Prolibras	não	substitui	a	formação	em	todos	os	
níveis	educacionais.
Vejamos	o	que	o	Decreto	nº	5.626/2005	artigos	sétimo	e	
22
oitavo	regulamentam	sobre	o	Prolibras.	Leia	com	atenção,	pois	
atualmente	esse	exame	tem	sido	uma	dos	assuntos	mais	discuti-
dos	entre	surdos	e	ouvintes.
Art.	7º.	Nos	próximos	dez	anos,	a	partir	da	publicação	des-
te	Decreto,	caso	não	haja	docente	com	título	de	pós-graduação	
ou	de	graduação	em	Libras	para	o	ensino	dessa	disciplina	em	
cursos	de	educação	superior,	ela	poderá	ser	ministrada	por	pro-
fissionais	que	apresentem	pelo	menos	um	dos	seguintes	perfis:
 � I.	 professor	 de	 Libras,	 usuário	 dessa	 língua	 com	 curso	 de	
pós-graduação	ou	com	formação	superior	e	certificado	de	pro-
ficiência	em	Libras,	obtido	por	meio	de	exame	promovido	pelo	
Ministério	da	Educação;
 � II.	instrutor	de	Libras,	usuário	dessa	língua	com	formação	de	
nível	médio	e	com	certificado	obtido	por	meio	de	exame	de	pro-
ficiência	em	Libras,	promovido	pelo	Ministério	da	Educação;
 � III.	professor	ouvinte	bilíngue:	Libras	–	Língua	Portuguesa,	
com	pós-graduação	ou	formação	superior	e	com	certificado	ob-
tido	por	meio	de	exame	de	proficiência	em	Libras,	promovido	
pelo	Ministério	da	Educação.
Art.	8º.	O	exame	de	proficiência	em	Libras,	referido	no	art.	
7º,	deve	avaliar	a	fluência	no	uso,	o	conhecimento	e	a	competên-
cia	para	o	ensino	dessa	língua.
§1º.	O	exame	de	proficiência	em	Libras	deve	ser	promo-
vido,	anualmente,	pelo	Ministério	da	Educação	e	instituições	de	
educação	superior,	por	ele	credenciadas	para	essa	finalidade.
§2º.	A	certificação	de	proficiência	em	Libras	habilitará	o	
23
instrutor	ou	o	professor	para	a	função	docente.
§3º.	O	exame	de	proficiência	em	Libras	deve	ser	realiza-
do	por	banca	examinadora	de	amplo	conhecimento	em	Libras,	
constituída	por	docentes	 surdos	 e	 linguistas	de	 instituições	de	
educação	superior.
Os	intérpretes	de	Libras	também	já	possuem	um	projeto	de	
lei	que	reconhece	a	sua	profissão.	Faça	uma	leitura	desse	projeto	
e	conheça	mais	sobre	essa	profissão.
1.6.2 Projeto de Lei que Reconhece a Profissão de 
Intérprete
Projeto de Lei nº /2004
(Da Sra. Maria do Rosário)
Reconhece	a	profissão	de	Intérprete	da
Língua	Brasileira	de	Sinais	-	Libras	 
e	dá	outras	providências.
Art.	 1.º	 Fica	 reconhecido	 o	 exercício	 da	 profissão	 de	
Intérprete	da	Língua	Brasileira	de	Sinais	–	Libras,	com	compe-
tência	para	realizar	a	interpretação	das	duas	línguas	de	maneira	
simultânea	 ou	 consecutiva	 e	 proficiência	 em	 tradução	 e	 inter-
pretação	 de	 LIBRAS	 e	 Língua	 Portuguesa,	 com	 as	 seguintes	
atribuições:
 � I.	efetuar	comunicação	entre	surdos	e	ouvintes;	surdos	e	sur-
dos;	surdos	e	surdos-cegos;	surdos-cegos	e	ouvintes,	através	da	
Língua	Brasileira	de	Sinais	para	a	Língua	Oral	e	vice-versa;
 � II.	 interpretar,	 em	 Língua	 Brasileira	 de	 Sinais	 /	 Língua	
Portuguesa,	 as	 atividades	 didático-pedagógicas	 e	 culturais,	
24
viabilizando	o	acesso	aos	conteúdos	curriculares,	desenvolvidas	
nas	instituições	de	ensino	que	ofertam	educação	fundamental,	de	
ensino	médio	e	ensino	superior;
Art.	2.º	Os	 Intérpretes	de	Libras	para	o	exercício	de	sua	
profissão	deverão	estar	devidamente	habilitados	em	curso	supe-
rior	ou	de	pós-graduação,	em	instituição	regularmente	reconhe-
cida	pelo	MEC.
Parágrafo	único.	Os	Intérpretes	de	Libras	que	exercem	a	
função	sem	a	formação	que	determina	o	‘caput’,	terão	o	prazo	
de	10	anos	para	a	sua	adequação,	podendo	atuar	neste	período	
através	de	exame	de	proficiência	em	Tradução	e	Interpretação	de	
Libras	e	Língua	Portuguesa	do	MEC.
Art.	3.º	Além	da	habilitação	definida,	o	exercício	da	profis-
são	de	intérprete	de	sinais	deverá	atender	os	seguintes	requisitos:
 � I.	domínio	da	língua	de	sinais;
 � II.	 conhecimento	das	 implicações	da	 surdez	no	desenvolvi-
mento	do	indivíduo	surdo;
 � III.	conhecimento	da	comunidade	surda	e	convivência	com	ela;
 � IV.	 filiação	 a	 órgão	 de	 fiscalização	 do	 exercício	 desta	
profissão;
 � V.	noções	de	 linguistica,	de	 técnica	de	 interpretação	e	bom	
nível	de	cultura;
 � VI.	habilitado	na	 interpretação	da	 língua	oral,	da	 língua	de	
sinais,	da	 língua	escrita	para	a	 língua	de	sinais	e	da	 língua	de	
sinais	para	a	língua	oral.
Art.	 3.º.	 Esta	 lei	 entra	 em	 vigor	 120	 dias	 após	 sua	
publicação.
25
Sala	das	Sessões,	em	dezembro	de	2004.
MARIA	DO	ROSÁRIO	NUNES
Deputada	Federal	PT/RS
Texto	disponível	em:
http://www.camara.gov.br/sileg/integras/259154.pdf
Acesso	em	26	de	dezembro	de	2009
1.7 Acessibilidade
Art. 2º. Acessibilidade: possibilidade e condição de alcan-
ce para utilização, com segurança e autonomia, dos espa-
ços, mobiliários e equipamentos urbanos, das edificações, 
dos transportes e dos sistemas e meios de comunicação, 
por pessoa portadora de deficiência ou com mobilidade 
reduzida.
É	importante	que	você	saiba	que,	outras	leis	promoveram	
para	a	efetivação	dos	direitos	da	pessoa	surda	em	âmbito	nacio-
nal.	Uma	delas	é	a	lei	de	acessibilidade	das	pessoas	portadoras	
de	deficiência	ou	com	mobilidade	reduzida,	lei	nº	10.098	de	10	
de	dezembro	de	2000.
Vejamos	primeiramente	o	conceito	de	acessibilidade	des-
crita	na	lei	acima	citada.
Em	seu	artigo	17,	lei	nº	10.098,	cita	a	promoção	da	elimi-
nação	de	barreiras	de	comunicação	e	estabelece	mecanismos	e	
alternativas	que	tornem	acessíveis	os	sistemas	de	comunicação	
e	 sinalização	 às	 pessoas	 portadoras	 de	 deficiência	 sensorial	 e	
com	dificuldade	de	comunicação,	para	garantir-lhes	o	direito	de	
acesso	à	informação,	à	comunicação,	ao	trabalho,	à	educação,	ao	
transporte,	à	cultura,	ao	esporte	e	ao	lazer.	Veja	também	o	que	
26
propõe	o	artigo	18.
Art. 18. O Poder Público implementará a formação de pro-
fissionais intérpretes de escrita em braile, linguagem de si-
nais e de guias-intérpretes, para facilitar qualquer tipo de 
comunicação direta à pessoa portadora de deficiência sen-
sorial e com dificuldade de comunicação.
Os	sistemas	de	 radiodifusão	sonora	e	de	sons	e	 imagens	
são	 também	 responsáveis	 pela	 promoção	 da	 acessibilidade	 ao	
surdo.	De	acordo	com	o	art.	19,	eles	devem	adotar	planos	de	me-
didas	técnicas	com	o	objetivo	de	permitir	o	uso	da	linguagem	de	
sinais	ou	outra	subtitulação,	a	fim	de	garantir	o	direito	de	acesso	
à	informação	às	pessoas	portadoras	de	deficiência	auditiva.
1.8 Símbolo Internacional de Surdez
Neste	tópico	você	vai	conhecer	os	símbolos	da	surdez	e	a	
sua	importância.	Eles	foram	criados	mediante	a	lei	nº	8.160	de	
janeiro	de	1991,	que	dispõe	sobre	a	caracterização	de	símbolos	
que	permitama	identificação	de	pessoas	portadoras	de	deficiên-
cia	auditiva.
Imagens	retirada	e	disponíveis	em:	http://www.detran.pe.gov.br/boletim.shtml
27
Lei No. 8.160 De Janeiro De 1991
O Presidente De República,
Faço	saber	que	o	Congresso	Nacional	decreta	e	eu	sancio-
no a seguinte lei:
Art.	 1º.	 É	 obrigatória	 a	 colocação,	 de	 forma	 visível,	 do	
“Símbolo	Internacional	de	Surdez”	em	todos	os	locais	que	pos-
sibilitem	acesso,	circulação	e	utilização	por	pessoas	portadoras	
de	deficiência	auditiva,	e	em	todos	os	serviços	que	forem	postos	
à	sua	disposição	ou	que	possibilitem	o	seu	uso.
Art.	2º.	O	“Símbolo	Internacional	de	Surdez”	deverá	ser	
colocado,	 obrigatoriamente,	 em	 local	 visível	 ao	 público,	 não	
sendo	permitida	nenhuma	modificação	ou	adição	ao	desenho	re-
produzido	no	anexo	a	esta	lei.
Art.	3º.	É	proibida	a	utilização	do	“Símbolo	Internacional	
de	Surdez”	para	finalidade	outra	que	não	seja	a	de	 identificar,	
assinalar	ou	indicar	local	ou	serviço	habilitado	ao	uso	de	pessoas	
portadoras	de	deficiência	auditiva.
Parágrafo	único.	O	disposto	no	caput	deste	artigo	não	se	
aplica	à	reprodução	do	símbolo	em	publicações	e	outros	meios	
de	comunicação	relevantes	para	os	interesses	do	deficiente	au-
ditivo,	a	exemplo	de	adesivos	específicos	para	veículos	por	ele	
conduzidos.
Art.	4º.	O	Poder	Executivo	regulamentará	esta	lei	no	prazo	
de	noventa	dias,	a	contar	de	sua	vigência.
Art.	5º.	Esta	lei	entra	em	vigor	na	data	de	sua	publicação.	
Art.
28
6º.	Revogam-se	as	disposições	em	contrário.
Brasília,	 8	 de	 janeiro	 de	 1991;	 170º	 da	 Independência	 e	
103º	da	República.
FERNANDO COLLOR
Jarbas Passarinho
Margarida Procópio
Texto	disponível	em:
http://www81.dataprev.gov.br/sislex/paginas/42/1991/8160.htm
Acesso	em	26	de	dezembro	de	2009.
	1	Legislação Específica
	1.1	Legislação na Antiguidade
	1.2	Lei de Diretrizes e Bases (LDB) e a Constituição Brasileira
	1.3	Lei de Oficialização da Libras nº 10.436
	1.4	Decretos e Leis que Antecederam a Oficialização da Lei de Libras
	1.5	Decreto 5.626 de 22 de Dezembro de 200
	1.6	Os Profissionais Intérpretes da 
Língua de Sinais
	1.6.1	Exame Prolibras
	1.6.2	Projeto de Lei que Reconhece a Profissão de Intérprete
	1.7	Acessibilidade
	1.8	Símbolo Internacional de Surdez

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