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Sexologia_01

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AN02FREV001/REV 4.0 
 1 
PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA 
Portal Educação 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
SEXOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aluno: 
 
EaD - Educação a Distância Portal Educação 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 2 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO DE 
SEXOLOGIA 
 
 
 
 
 
 
MÓDULO I 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este 
Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição 
do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido 
são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 3 
 
SUMÁRIO 
 
 
MÓDULO I 
1 INTRODUÇÃO 
2 CONCEITO DE SEXOLOGIA 
2.1 A SEXOLOGIA 
3 SEXO 
3.1 CONCEITOS BÁSICOS 
3.2 MASTURBAÇÃO 
3.3 SEXO ANAL 
3.4 SEXO ORAL 
3.5 SEXO HOJE 
4 SEXO NAS DIFERENTES IDADES 
4.1 PRAZER NA INFÂNCIA 
4.2 SEXO NA ADOLESCÊNCIA 
4.3 SEXO NA IDADE ADULTA 
4.4 SEXO NA TERCEIRA IDADE 
5 PRIMEIRA EJACULAÇÃO (POLUÇÃO NOTURNA) 
6 PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO (MENARCA) 
7 ANATOMIA MASCULINA 
7.1 TESTÍCULOS E ESCROTO 
7.2 EPIDÍDIMOS 
7.3 DUCTO DEFERENTE E DUCTO EJACULATÓRIO 
7.4 URETRA E VESÍCULAS SEMINAIS 
7.5 PRÓSTATA 
7.6 PÊNIS, CORPOS CAVERNOSOS E CORPO ESPONJOSO 
8 ANATOMIA FEMININA 
8.1 OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS 
8.2 ÚTERO 
8.3 VAGINA E MAMAS 
9 SAÚDE PÚBLICA E O SEXO 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 4 
 
MODULO II 
10 SEXUALIDADE 
10.1 A SEXUALIDADE E SEU SIGNIFICADO 
10.2 UM POUCO DE HISTÓRIA 
10.3 RELIGIÃO E SEXO 
10.4 COLONIZAÇÃO NAS AMÉRICAS 
10.5 DA PÓS-COLONIZAÇÃO ATÉ DIAS ATUAIS 
11 EMOÇÕES RELACIONADAS AO SEXO 
11.1 O QUE SENTIMOS 
11.2 ANSIEDADE 
11.3 MEDO 
11.4 AMOR E PRAZER 
12 PARCEIRO SEXUAL 
13 MITOS SOBRE O SEXO 
14 EXAMES FEMININOS 
14.1 CITOLOGIA ONCÓTICA 
14.2 EXAME CLÍNICO DAS MAMAS E MAMOGRAFIA 
14.3 AUTOEXAME DAS MAMAS 
15 EXAMES MASCULINOS 
15.1 PSA 
15.2 TOQUE RETAL 
 
MÓDULO III 
16 CAMISINHA 
16.1 CONCEITOS 
16.2 PRESERVATIVO MASCULINO 
16.3 PRESERVATIVO FEMININO 
17 DIU 
18 ANTICONCEPCIONAIS 
18.1 ANTICONCEPCIONAIS ORAIS 
18.2 ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 
18.3 PÍLULA ANTICONCEPCIONAL DE EMERGÊNCIA 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 5 
18.4 ADESIVOS 
19 TABELINHA 
20 MUCO CERVICAL 
21 TEMPERATURA BASAL 
22 COITO INTERROMPIDO 
23 ESPERMICIDAS 
24 ABORTO 
24.1 ABORTO PROVOCADO 
24.2 ABORTO ESPONTÂNEO 
24.3 A LEI 
25 DIÁLOGO NO RELACIONAMENTO 
 
MÓDULI IV 
26 DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS 
26.1 DISFUNÇÃO ERÉTIL 
26.2 EJACULAÇÃO PRECOCE 
27 DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS 
27.1 SECURA VAGINAL E DISPAREUNIA 
27.2 VAGINISMO 
28 FETICHISMO 
28.1 FANTASIAS SEXUAIS 
28.2 FETICHE 
29 PEDOFILIA 
30 COMPULSÃO SEXUAL 
31 EXIBICIONISMO 
32 FROTTEURISMO 
33 MASOQUISMO 
34 ORIENTAÇÃO SEXUAL EGODISTÔNICA 
35 SADISMO 
36 VOYERISMO 
CONSIDERAÇÕES FINAIS 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 6 
 
 
MÓDULO I 
 
 
1 INTRODUÇÃO 
 
 
Este material propõe-se a ajudá-lo a entrar no mundo da sexologia, trazendo 
uma visão geral do assunto desmistificando, trabalhando os aspectos mais 
importantes e acima de tudo lhe ajudando a encontrar-se sexualmente. 
O Módulo I irá direcioná-lo a respeito da sexologia, sexo, anatomia, menarca 
a polução noturna, saúde pública para que seu entendimento e novo conhecimento 
lhe tragam novas formas de autoconhecimento e isto lhe ajude a se conhecer e 
conhecer os outros para que suas futuras relações sejam mais proveitosas e 
realmente íntimas. Este módulo irá abranger de forma objetiva assuntos cotidianos, 
mas pouco abordados, pela nossa cultura, pela falta de conhecimento e pela 
vergonha que circula o assunto. 
Quando se fala sobre sexo são necessários muitos cuidados, cada um tem 
sua maneira de se entregar e falar sobre o assunto. Em sua maioria somos 
ensinados a não falar sobre o assunto, muitas vezes nos prendendo a dúvidas, 
valores próprios e pela falta de conhecimento, deixando de alcançar o prazer por 
completo. Por isso o objetivo deste primeiro módulo é mostrar e abordar questões 
que muitos desconhecem temas que são necessários para o alcance do sexo 
saudável. 
O Módulo II destina-se a transportá-lo ao mundo emocional que está 
relacionado ao sexo, ao parceiro sexual e a falar sobre os mitos que o sexo traz 
consigo. Como o assunto é envolvido por crenças e proibições nosso objetivo será 
com que você saia sem dúvidas, conhecendo o que é real e os limites do bom e do 
ruim. Isto lhe trará mais segurança para passar pelas barreiras que podem lhe 
atrapalhar. 
O Módulo III trata dos mais diferentes métodos anticoncepcionais, para que 
você esteja pronta(o) a escolher, se informar e informar os amigos sobre quais 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 7 
existem e quais são os melhores para seu caso, adaptação e para que seu conforto. 
Trata também esta unidade do diálogo tão necessário a uma boa relação entre duas 
pessoas ou porque não dizer mais de duas pessoas! 
O Módulo IV irá mostrar as diferentes formas possíveis relacionadas com o 
sexo, formas de amar dolorosas para uns, estranhas para outros e prazerosas a 
muitas pessoas, este material é um convite para o conhecimento, para o estudo do 
sexo e para que o prazer esteja presente com você daqui para frente. 
 
 
2 CONCEITO DE SEXOLOGIA 
 
 
2.1 A SEXOLOGIA 
 
 
A sexologia tem sido mencionada na sociedade há pouco tempo, no entanto, 
já é assunto de muitas discussões com amigos, em consultórios médicos e até no 
âmbito familiar. Mas afinal o que é a sexologia? O que ela estuda? 
A sexologia, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009), é a 
ciência que tem por objetivo o estudo da sexualidade e dos problemas fisiológicos 
ou psíquicos a ela relacionados. E de acordo com o minidicionário Amora (2008), é a 
ciência que trata das questões relativas à sexualidade. 
A sexologia traz consigo a grande tarefa de descobrir os problemas 
referentes à sexualidade, tema que será abordado no Módulo II, ao contato íntimo e 
ao bem-estar sexual. 
A qualidade da vida sexual reflete em como a pessoa se apresentará 
emocionalmente, quanto mais realizada estiver e maior for seu conhecimento do 
próprio corpo, dos gostos e fantasias mais feliz ela irá se apresentar, quanto maior 
desconhecimento e desprazer, mais infeliz ela será. 
Desde a Antiguidade, procura-se a qualidade e bem-estar advindos da 
relação sexual. Em alguns locais era uma busca realizada prioritariamente por 
homens, no entanto existiam localidades em que as mulheres procuravam este 
prazer e por isso recorriam à prática da masturbação ou até mesmo à prostituição 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 8 
para alcançar seus objetivos. Existiam também locais onde as mulheres eram objeto 
de barganha comercial e para procriação da sociedade, por isso deveriam 
permanecer virgens e casar-se cedo para que apresentassem grande valor moral 
diante da sociedade e do esposo. 
A sexologia estuda tudo referente à prática do sexo, e este quando praticado 
em sua maioria vem acompanhado de mitos, verdades, problemas, depravações, 
culpa e práticas consideradas ilegais em muitos locais. Cada um apresenta uma 
vivência própria quando se trata do assunto, não há generalização quando se 
realizam comparações entre culturas, pois ao longo dos séculos cada sociedade 
buscou o que julgava melhor e mais adequado e para aqueles que não se 
adequavam, estes criaram os próprios grupos de escape sexual como prova disso 
citamos neste momento os grupos de swing, que são conhecidos por realizarem a 
troca de casais ou o sexo grupal. 
 
 
3 SEXO 
 
 
3.1 CONCEITOS BÁSICOS 
 
 
O sexo é uma palavra que pode ser facilmente usada para distinguir um 
homem de uma mulher, ou seja, sexo masculino e sexo feminino. No entanto, tal 
palavra também pode ser usada quando se trata de órgãos sexuais ouda prática de 
atividades sexuais (HOUAISS, 2009). 
Hoje muitas relações implicam na discussão do sexo, relações como o 
namoro, o ficar, o casamento e até mesmo a masturbação, que é uma relação de 
autoconhecimento. 
As pessoas que praticam o sexo carregam para si a responsabilidade de 
muitas vezes assumir consequências que ele pode apresentar como a geração de 
uma nova vida e a transferência de doenças sexualmente transmissíveis para o 
parceiro. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 9 
O sexo tem o significado de um ato de amor para alguns, enquanto para 
outros é uma simples satisfação do prazer. Segundo o Ministério da Saúde, a média 
do início da atividade sexual da população brasileira é aos 15 anos, este 
comportamento sexual muitas vezes vem acompanhado da curiosidade, da falta de 
informação, de transmissões de doenças e da gravidez. Faz-se necessário que a 
cada dia a orientação sobre o assunto seja realizada para evitar descuidos, no 
entanto de quem é a responsabilidade para que estas informações cheguem às 
pessoas que necessitam dela? É necessário que essa atividade educativa seja 
realizada em conjunto entre pais, professores e Estado. 
O sexo implica no conhecimento fisiológico do corpo humano. Desde os 
tempos antigos se sabia que o corpo também era uma forma em que se encontrava 
facilmente o prazer. Por isso surgiram estudos mais amplos e profundos sobre o 
corpo humano como objeto de prazer. Não existem muitos escritos sobre o assunto, 
somente alguns manuais escritos em locais como China e Índia. Existem ainda 
técnicas hindus e tântricas para o bom desenvolvimento sexual. 
Existem diferentes formas de praticar o sexo a seguir iremos estudar cada 
uma delas. 
 
 
3.2 MASTURBAÇÃO 
 
 
A masturbação é uma forma de 
descobrir o corpo e também uma forma 
de sentir prazer que pode ser realizada 
individualmente ou em dupla. Muitas 
vezes é usada como tratamento para a 
falta de orgasmo para que se conheça 
melhor o corpo e saiba exatamente as 
áreas de maior prazer sexual e que 
devem ser ativadas durante a relação. 
 
 
FIGURA 1 - CRIANÇAS DESCOBRINDO 
SUAS INTIMIDADES 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: 
<http://www.terceiromilenionline.com.br/artigos/m
asturbacao-infantil>. Acesso em: 06 nov. 2012. 
 
http://www.terceiromilenionline.com.br/wp-content/files_mf/da882c64f0ab13f1ab89a4094b0da3f37608d6f3.jpeg
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 10 
Alguns familiares tendem a inibir as crianças de se tocar e perceber o 
próprio corpo, pois se sentem desconfortáveis com a situação. No entanto, este fato 
pode atrapalhar o desenvolvimento da criança ou gerar a culpa por esta achar que 
está fazendo algo errado ou incomum. 
Por ser algo pouco comentado, a masturbação pode vir acompanhada do 
sentimento de culpa, de dúvidas e de mitos. Há quem diga que a masturbação faz 
com que o pênis fique mais fino, que ela pode acarretar a cegueira, causar aumento 
de pelos, que as meninas que se masturbam sofrem de algum distúrbio e que este 
ato pode gerar espinhas, etc. Esses são alguns mitos propagados de pessoas a 
pessoas, para a inibição do prazer. 
A masturbação antigamente era aceitável como forma de prazer, no entanto, 
a capacidade de entendimento dessa forma de prazer demorou a ser descoberta 
primeiramente em função da reprovação bíblica, que durou por muito tempo. Em 
alguns casos, a masturbação era punida com a morte, por isso durante muito tempo 
se pregava que algumas doenças eram causadas pela masturbação, inclusive a 
deficiência mental. Na idade média, a ejaculação masculina só era aceitável para a 
procriação por isso o ato de manuseio do próprio órgão sexual para obtenção de 
prazer estava fora de questão. Alguns médicos e padres chegaram a escrever 
manuscritos e artigos explicando sobre os males da masturbação, como ela deveria 
ser evitada e contida, inclusive com aplicação de gelo nos órgãos sexuais dos 
meninos e a cauterização do clitóris feminino (LINS, 1997). 
Hoje em dia ainda permanecem algumas crenças de que a masturbação é 
algo errado, por isso muitas pessoas carregam a culpa. Há apenas alguns anos, o 
assunto foi tratado mais abertamente e desmistificado. 
Algumas famílias e religiões continuam divulgando as crenças antigas, ou 
não conversam sobre o assunto trazendo mais dúvidas. Outras famílias por 
desconhecerem o assunto e outras por apresentarem vergonha ao ver o filho ou 
algum parente tocando o próprio corpo, acabam inibindo a criança e esta fica com o 
pensamento de que está realizando algo errado. 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 11 
 
 
3.3 SEXO ANAL 
 
 
Existem manuscritos que descrevem o sexo realizado entre homens, talvez 
estes sejam as primeiras descrições do sexo anal. De qualquer forma, o sexo anal 
sempre foi praticado, ele implica também em uma forma de prazer, na antiguidade já 
foi usado como forma de anticoncepção e praticado naturalmente, em outras 
culturas era forma de manter a virgindade e em outras era prática criminosa punível 
com a morte (LINS, 1997). 
Na China, os casos entre homens eram considerados românticos e viravam 
motivo de poesia. Existia a referência ao sexo anal como dividir o pêssego, como 
dois homens dividindo a mesma fruta em um ato de amor (STEARNS, 2010). 
O ânus é talvez uma das partes do corpo menos falada em diálogos sociais, 
ele muitas vezes é motivo de vergonha, por isso causa muitas discussões quando 
inserido em uma conversa. 
O sexo anal é uma prática que agrada a muitos homens, porque o ânus é 
um local mais apertado que a vagina. Agrada também a mulheres quando 
devidamente realizado, no entanto há que ter cuidado na penetração, porque 
diminuta lubrificação e movimentos bruscos podem levar a prejuízos (LINS, 1997). 
Há estudos que comprovam que homens sendo heterossexuais ou não 
também aprovam a estimulação anal realizada neles. O ânus possui terminações 
nervosas que se estimuladas corretamente podem levar ao orgasmo, feminino e 
masculino (LINS e BRAGA, 2005). 
 
Você sabia? 
 
Que existe, segundo Stearns 2010, um mito datado de 2600 a.C, que 
existia um Deus do sol de nome Atum que se masturbou na água e sua 
ejaculação criou o Rio Nilo? 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 12 
Para a realização do sexo anal deve haver consentimento de ambos, é a 
melhor maneira de se obter resultado mais prazeroso. Medidas de precaução 
precisam ser tomadas: 
 
 Uso de camisinha para evitar a contaminação; 
 Higienização do pênis; 
 Troca de camisinha anterior à realização do sexo vaginal – se isso 
ocorrer após a realização do sexo anal, a fim de evitar contaminação 
de bactérias, presentes no reto, na vagina e pênis e causando um 
problema posterior. 
 
 
3.4 SEXO ORAL 
 
 
O sexo oral é realizado por muitas pessoas. Existe inclusive uma posição 
muito comentada em rodas sociais chamada de 69, certamente porque quando 
ocorre o posicionamento da cabeça do homem na vulva e da cabeça da mulher no 
pênis, os corpos parecem realmente formar tal número. 
O sexo oral já é praticado há muitos anos e assim como o sexo anal e a 
masturbação foi e ainda é motivo de vergonha e condenação. É uma forma de 
obtenção de prazer e também de estimulação. Há pessoas que o praticam em busca 
de evitar a penetração e assim manter a virgindade de suas parceiras e há pessoas 
que fazem em busca de incrementar a relação sexual e aumentar o prazer. 
Muitas pessoas realizam o sexo oral sentindo culpa ou desconforto, 
apresentando inclusive sensação de falta de higiene (LINS, 1997). Porém, se a 
limpeza foi realizada de forma adequada em ambos os locais não há motivo para 
temer aspectos higiênicos. 
Essa prática deve ser realizada com a concordância de ambos, deve ser 
realizada de maneira sutil para que não ocorram desconfortos e a maneira ideal de 
alcançar o prazer e conforto é conversando sobre o assunto. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 13 
 
 
Que tal? 
 
Propor aoparceiro um banho mais erótico a fim de que higiene esteja em dia na 
hora de experimentar ou praticar este ato sexual. 
 
 
 
3.5 SEXO HOJE 
 
 
Hoje em dia o sexo vem sendo enfatizado em programas televisivos, 
comerciais, programas de rádio, livros e consequentemente na boca popular. 
Gerando dúvidas sobre o que é adequado ou não, inclusive, alertando sobre as 
doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez e inserindo o tema em discussões 
escolares e também religiosas, dividindo opiniões. Muitas pessoas asseguram que o 
sexo está sendo banalizado a cada dia e que este assunto não deveria ser tratado 
de maneira tão aberta. 
A busca pelo prazer sempre existiu e acompanha a formação e a evolução 
mundial, trazendo novas descobertas e novas formas de amor. Porém, para que 
esta evolução continue é necessário que a informação seja repassada por meio de 
pesquisas, conhecimento íntimo e, porque não dizer, discussões saudáveis sobre o 
assunto. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 14 
 
4 SEXO NAS DIFERENTES IDADES 
 
 
4.1 PRAZER NA INFÂNCIA 
 
 
A crença de que as pessoas após certa idade não têm mais motivos para 
realizar a atividade sexual é muito comum entre todas as idades. Mas afinal se o 
sexo é realizado não somente em busca da procriação, mas em busca do prazer dos 
envolvidos na relação, os idosos devem e podem praticar o sexo. 
Existia no período da agricultura uma crença de que a atividade sexual 
deveria ser inibida após a menopausa, já que esta seria realizada em vão, dado o 
fato de que a mulher não poderia mais gerar filhos e, portanto o sexo deveria ser 
praticado com pessoas mais jovens para que estas pudessem gerar os filhos. 
O desenvolvimento sexual ocorre desde o momento que iniciamos nossa 
formação durante ao período gestacional de nossas mães. Existem algumas teorias 
do desenvolvimento, trabalharemos então com a teoria psicanalítica / psicossocial 
que descreve o desenvolvimento do ser humano sob o olhar e da personalidade, do 
pensamento e do comportamento (POTTER e PERRY, 2005). 
Freud, grande estudioso, médico e psicanalista foi o primeiro a realizar uma 
teoria sobre o desenvolvimento da personalidade. Ele descrevia que duas forças 
biológicas movimentavam a mudança psicológica: a energia sexual e a energia 
agressiva. O seu modelo de desenvolvimento apresentava cinco estágios de 
desenvolvimento que veremos a seguir como Potter e Perry (2005) nos apresentam. 
 
 Fase Oral – Do nascimento aos 18 meses: a satisfação oral iniciada 
com a amamentação, que se torna vital e também prazerosa. 
 Fase Anal - Dos 18 meses até os 2 anos: a sua satisfação da 
amamentação passa a ser centralizada na zona anal, por meio do 
aprendizado do uso do banheiro que lhe proporciona prazer pelos 
resultados de seus esforços em seguir o que os pais e a sociedade 
esperam dele. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 15 
 Fase Fálica - Dos 3 a 6 anos: também conhecida pela fase do 
complexo de Édipo, os órgãos genitais são o foco da satisfação, o 
menino se preocupa e interessa por seu pênis e a menina entende que 
não tem pênis e fica com inveja por não ter um, a criança geralmente 
monta fantasias com os pais, reconhecendo o sexo oposto ao seu com 
interesse amoroso, no final do período as crianças reduzem este 
período identificando-se com o pai se for menino e com a mãe se for 
menina. 
 Fase de Latência – Dos 6 aos 12 anos: período de repreensão pela 
parte da criança de seus impulsos do estágio de Édipo e os canaliza 
para atividades sociais. 
 Fase Genital – Puberdade até a maioridade: é o estágio final colocado 
por Freud, caracterizado pelo período em que os primeiros impulsos 
sexuais despertam novamente e são direcionados para indivíduos que 
não são seus parentes. 
 
Verificamos então que desde pequenos sentimos o prazer mesmo que 
inconscientemente e demonstramos isso abertamente aos nossos familiares, porém 
ao longo do tempo vamos diminuindo a demonstração desses prazeres e aos 
poucos nos encaixando nos modelos sociais. Com novas ideias, descobertas e 
idealizações, muitas vezes, esses períodos na infância não são trabalhados de 
maneira adequada o que pode causar alguns problemas na vida adulta. Certamente 
a sexualidade e o prazer permanecem ao longo da nossa vida, e como isso é visto 
em cada fase de nossa vida também depende de cada um de nós. 
 
 
4.2 SEXO NA ADOLESCÊNCIA 
 
 
A adolescência é um período cercado de mudanças e desafios, 
caracterizado de acordo com Potter e Perry (2005), por um período de 
desenvolvimento durante o qual o indivíduo realiza a transição da infância para a 
fase adulta normalmente entre os 13 e os 20 anos de idade. 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 16 
As experiências sexuais passaram a ser comuns entre os adolescentes. A 
iniciar pela masturbação, que é realizada por meninos e meninas, podendo ser 
iniciada em razão da curiosidade, expectativas sociais e mudanças fisiológicas e 
emocionais (POTTER e PERRY, 2005). Normalmente suas consequências, quando 
este público não está bem orientado, são as doenças sexualmente transmissíveis e 
a gravidez. No Brasil, a primeira relação sexual tem sua média aos 15 anos, e já 
pode ser admitida como uma tendência generalizada (BORGES e SCHOR, 2005). 
O maior perigo dessas relações precoces envolve a falta de uso de 
preservativo na primeira relação sexual. Tal fato persiste também em relação aos 
que já têm relacionamento estável e também é algo verificado entre os que têm 
relações sexuais de forma casual. As medidas governamentais de distribuição de 
camisinhas e explicações sobre seu uso promoveram, ao longo de anos de 
investimento, um aumento significativo do uso de preservativos em certas 
populações, mas a diminuição dessa ocorrência em praticantes sexuais com menos 
de 14 anos (PAIVA et al., 2008). 
A primeira relação sexual para a maioria dos jovens está ocorrendo com 
pessoas mais velhas, mas as meninas continuam em sua maioria se guardando 
para ter sua primeira relação com relacionamentos mais duradouros. Percebeu-se 
também que a prática sexual ocorre cada vez mais cedo pelo aumento de mulheres 
no mercado de trabalho, esse aspecto alicerça e desenvolve o poder de liberdade 
sexual dos adolescentes – livres da vigilância materna e incentivados à autonomia e 
relativa independência – e traz para a organização social novo parâmetro para a 
iniciação sexual e reafirma as opções por diferentes medidas contraceptivas que 
distanciam o prazer da concepção (BORGES e SCHOR, 2005). 
Para que o sexo na adolescência venha realmente acompanhado de prazer 
e também de segurança é necessário o diálogo aberto entre pais e filhos e 
preparação psicológica desta pessoa que dará um grande passo para sua vida 
futura. 
 
 
 
 
 AN02FREV001/REV 4.0 
 17 
 
4.3 SEXO NA IDADE ADULTA 
 
 
O sexo na idade adulta ou na idade madura, apesar de envolvido pela 
experiência, necessita também do uso de métodos contraceptivos, de cuidados que 
foram desenvolvidos ao longo dos tempos. Apresenta e requer também um 
conhecimento maior do corpo, da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos. 
Os direitos reprodutivos são colocados como os direitos de livre escolha 
sobre ter ou não filhos, por isso a informação sobre o uso de contraceptivos são 
ideais, e os direitos sexuais são aqueles em que cada pessoa pode e deve 
expressar livremente a sexualidade sem imposições nem discriminações 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). 
Enganam-se os que pensam que esta fase é livre de dúvidas, medos e 
também culpas. Na verdade, é uma fase também de descobertas, de dificuldades e 
de estigma social da hora do casamento e da procriação, voltando novamente ao 
pensamento de que o sexo será obrigatório para a procriação. 
 
 
 
Reflita: 
 
O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. 
O amor é sonho dos solteiros. Sexo é sonho dos casados. 
Arnaldo Jabor 
 
FONTE: Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/poema_de_sexo/>.Acesso em: 02 nov. 2012. 
 
 
 
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 18 
 
4.4 SEXO NA TERCEIRA IDADE 
 
 
FIGURA 2 - SEXO NA TERCEIRA IDADE 
 
FONTE: Disponível em: <http://estereotipos.net/tag/velhice/>. Acesso em: 06 nov. 2012. 
 
 
Nos dias atuais, os idosos estão aumentando a cada dia; frequentam grupos 
para a terceira idade, realizam viagens, conhecem outras pessoas, muitos têm uma 
vida ativa e sem nenhuma anormalidade, outros apresentam algumas dificuldades 
carecendo de ajuda para certas atividades e outros vivem em casas de saúde para 
idosos, podendo ser eles debilitados ou não, dividir o quarto com outras pessoas ou 
não. 
Novos estudos apontam para o aumento de doenças sexualmente 
transmissíveis na população idosa, isto com certeza revela a atividade sexual na 
terceira idade. A relação sexual na terceira idade está relacionada com muitos 
fatores, dentre eles aspectos físicos e psicológicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). 
O que fazer então com os sentimentos, os preconceitos vividos durante a 
terceira idade, com a chegada da menopausa para as mulheres e com a diminuição 
do tempo de ereção pelos homens? A resposta está no trabalho psicológico e na 
qualidade de vida trabalhada nos últimos anos com esta população em crescimento. 
 
 
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 19 
Segundo o Ministério da Saúde (2008), o envelhecimento sexual é um dos 
fatores mais frequentemente apontados como fonte de angústia para mulheres e 
homens nessa fase da vida. Algumas mulheres sentem a diminuição da vontade em 
ter relações e outras passam por momentos em que esta vontade pode aumentar 
significativamente, tudo em função das mudanças hormonais. Estas mulheres 
podem apresentar diminuição da lubrificação vaginal, o que irá requerer maior 
estímulo sexual ou até mesmo o uso de um lubrificante, para isso, existem também 
alguns tratamentos que podem ajudá-la neste período, um deles é a reposição 
hormonal. No entanto, é de muita importância que a mulher também conheça a nova 
forma de agir do seu corpo, converse com o parceiro e reaqueça a vida amorosa. 
Já os homens na andropausa, período de declínio hormonal masculino, 
também podem realizar tratamentos medicamentosos e até cirúrgicos, quando estes 
são indicados para que sua atuação sexual seja satisfatória de ambos os lados. É 
importante acima de tudo que ambos conversem e conheçam seu corpo, usem 
métodos preventivos, alguns por estarem solitários e buscando novos 
relacionamentos tendem a sair com diferentes pessoas e não é incomum certo 
descuido em relação a isso. 
Muitos idosos cresceram com a ideia de que o sexo era somente para a 
procriação, com o tempo foram entendendo que ele servia como forma de prazer. 
Hoje esta população, em grande maioria, procura um parceiro para continuar 
sentindo prazer sem carregar qualquer tipo de culpa. 
É importante ressaltar aqui que cada um apresentará uma resposta sexual 
na terceira idade e esta deve ser trabalhada e respeitada, nunca é tarde para 
aprender e fazer diferente. 
 
 
Dica de Leitura: 
 
Leia o artigo: 
Causas das doenças sexualmente transmissíveis na população idosa: 
Atuação do Enfermeiro. 
 
Disponível em: <http://www.artigocientifico.com.br/uploads/artc_1312294467_61.pdf>. 
 
 
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 20 
 
 
5 PRIMEIRA EJACULAÇÃO (POLUÇÃO NOTURNA) 
 
 
A adolescência se refere ao período de evolução psicológica, já a puberdade 
está relacionada com a possibilidade reprodutiva de uma pessoa. As mudanças 
hormonais que ocorrer neste período refletem diretamente na imagem do futuro 
adulto (POTTRER e PERRY, 2005). Ocorrem nesta fase mudanças na voz, 
crescimento de pelos, mudança da postura, na forma de pensar e também de agir, a 
percepção de si mesmo se modifica e consequentemente as responsabilidades. 
Neste momento, em função das mudanças hormonais, os espermatozoides 
são formados no testículo, 120 milhões a cada dia, eles têm seu desenvolvimento 
graças à testosterona, ao hormônio luteinizante, ao hormônio folículo estimulante, 
aos estrógenos e ao hormônio do crescimento e podem permanecer armazenados 
com a capacidade de fertilidade por pelo menos um mês (GUYTON e HALL, 2006). 
Ocorrem então alguns acontecimentos marcantes, que para uns podem ser 
motivo de vergonha e medo. Um desses acontecimentos é a primeira ejaculação, 
saída de espermatozoide do pênis, também conhecida como semenarca que ocorre 
em média aos 12 anos (SILVA, 2009). A partir desse momento o menino já está apto 
a engravidar alguém, por isso a semenarca é um momento especial na vida de um 
menino e deve ser tratada com responsabilidade, não se esquecendo de procurar o 
prazer, mas também o conhecimento. 
Após a ejaculação podem ocorrer também episódios de polução noturna que 
é caracterizada pela ejaculação involuntária. Esta ocorre quando os adolescentes 
estão dormindo, normalmente apresentando os sonhos de conotação erótica 
(MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Esse acontecimento pode fazer com que o menino 
acorde com a sensação de estar molhado, e causar-lhe constrangimento perante os 
familiares e até amigos, caso esteja hospedado na casa de algum. 
Os dois acontecimentos são motivos para que o adolescente assuma 
grandes responsabilidades, contribuindo para o seu desenvolvimento emocional e 
social. É importante conhecer o próprio corpo para que este não seja um motivo de 
vergonha, preocupação ou restrições relacionadas com a sexualidade. É adequada 
 
 
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 21 
nessa fase a orientação do adolescente para que as dúvidas sejam todas sanadas e 
eventuais problemas sejam resolvidos. 
 
 
6 PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO (MENARCA) 
 
 
Enquanto os meninos sentem-se homens e passam por alguns momentos 
de desconforto, as meninas também têm um grande motivo de orgulho não só para 
elas. Em algumas famílias o momento do qual iremos falar é motivo de festa e 
preocupação, talvez porque o momento signifique um rito de passagem e também a 
chance da procriação, consequentemente, manutenção e ampliação da árvore 
genealógica. 
Durante o seu desenvolvimento, na adolescência, as meninas passam por 
algumas mudanças como aumento dos quadris, aumento das mamas, aumento dos 
pelos, um aumento do crescimento corporal, mudanças hormonais e comumente o 
aumento do suor em algumas áreas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). 
Nessa fase, além de todas essas mudanças, ocorre a primeira menstruação 
chamada também de menarca, esse período é marcante para todas as meninas e 
deve ser anotado, ele significa que a menina já é capaz de gerar filhos. 
Por volta dos oito anos de idade de uma garota, ocorre o aumento gradual 
de um hormônio chamado gonadotrópico, culminando na primeira menstruação por 
volta dos 11 e 16 anos, mas com média geral aos 13 anos (GUYTON e HALL, 
2006). 
Quando não ocorre a gravidez, o óvulo, fundamental para a formação do 
feto, se desprende do útero que está revestindo esses dois elementos – o 
revestimento e o óvulo – são eliminados e chamados de fluxo menstrual (PINOTTI e 
GENNARI, 2008). 
Nessa fase é fundamental o acompanhamento ginecológico e controle dos 
dias da menstruação para verificação do ciclo hormonal e seu controle, o aumento 
da responsabilidade que recai sobre a adolescente, nesse momento devem ser 
discutidas precauções adequadas para que se evitem problemas futuros. 
 
 
 
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7 ANATOMIA MASCULINA 
 
 
A anatomia masculina é composta pelos testículos, epidídimo, ducto 
deferente, ducto ejaculatório, uretra, pênis, vesículas seminais, próstata, corpos 
cavernosos e corpo esponjoso do pênis. 
 
 
7.1 TESTÍCULOS E ESCROTO 
 
 
Os testículos são as glândulas sexuais masculinas, possuem 
aproximadamente cinco centímetros de comprimento e se localizam dentro do 
escroto entre as coxas. São as únicas glândulas endócrinas localizadas fora do 
corpo (MANUAL ILUSTRADO DE ANATOMIA, 1986). 
Os testículos produzem, além de hormônios, os espermatozoides.Eles são 
formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento do feto vão em 
direção ao escroto, para lá permanecerem definitivamente (DANGELO e FATTINI, 
2004). Normalmente, a pele do escroto é enrugada e nela existem pequenas veias 
visíveis (BARROS e Cols., 2002). O escroto é uma estrutura em forma de saco 
dividida internamente em duas metades cada um possui um testículo, um epidídimo 
e um vaso deferente que vai até o anel inguinal (POTTER e PERRY, 2005). 
 
 
 
 
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 23 
 
7.2 EPIDÍDIMOS 
 
 
FIGURA 3 - APARELHO GENITAL MASCULINO 
 
 
 
 
FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-reprodutor-masculino.htm>. 
Acesso em: 06 nov. 2012. 
 
 
Os epidídimos podem ser encontrados na margem posterior do testículo. 
Têm uma estrutura em forma de C, lá ocorre o armazenamento do espermatozoide 
que requer muitos dias para passar através do túbulo do epidídimo (DANGELO e 
FATTINI, 2004; GUYTON e HALL, 2006). 
 
 
7.3 DUCTO DEFERENTE E DUCTO EJACULATÓRIO 
 
 
Esta é a continuação do epidídimo, é responsável pela condução dos 
espermatozoides para o ducto ejaculatório (DANGELO e FATTINI, 2004). 
 
 
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 24 
O ducto ejaculatório é a junção do ducto deferente com o ducto da vesícula 
seminal. Ele vai se juntar a uma parte chamada de parte prostática da uretra 
(DANGELO e FATTINI, 2004). 
 
 
7.4 URETRA E VESÍCULAS SEMINAIS 
 
 
Através da uretra é comum a ejaculação e também a saída de urina. Possui 
aproximadamente 20 centímetros. As vesículas seminais são bolsas que ficam na 
parte inferior da bexiga, a sua secreção faz parte do líquido seminal e tem papel na 
ativação dos espermatozoides (DANGELO e FATTINI, 2004). 
Cada vesícula seminal é um tubo que secreta material mucoso e 
substâncias nutritivas. Durante o processo de ejaculação, cada vesícula seminal 
esvazia o seu conteúdo (GUYTON e HALL, 2006). 
 
 
7.5 PRÓSTATA 
 
 
A próstata é um órgão situado abaixo da bexiga, a secreção da próstata se 
junta à secreção emitida pelas vesículas seminais para constituir o líquido seminal 
(DANGELO e FATTINI, 2004). Ela é responsável por secretar um líquido fino e 
leitoso (GUYTON e HALL, 2006). A próstata tem formato arredondado e mede de 
2,5 a 4 centímetros, normalmente é firme (POTTER e PERRY, 2005). 
 
 
7.6 PÊNIS, CORPOS CAVERNOSOS E CORPO ESPONJOSO 
 
 
É um órgão masculino normalmente flácido, no entanto quando seus tecidos 
se enchem de sangue, transforma-se em um órgão mais rígido, este fato é chamado 
de ereção. O pênis é formado pelos corpos cavernosos e pelo corpo esponjoso, o 
 
 
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corpo esponjoso apresenta duas dilatações uma que é a glande do pênis e a outra 
que é o bulbo do pênis. No corpo do pênis se localizam os corpos cavernosos 
(DANGELO e FATTINI, 2004). Os corpos esponjosos e cavernosos se enchem de 
sangue no momento da ereção transformando o pênis em um órgão mais rígido e 
pronto para a penetração (GUYTON e HALL, 2006). 
 
 
8 ANATOMIA FEMININA 
 
 
A anatomia feminina é composta por ovários, tubas uterinas, útero, vagina e 
mamas. 
 
 
8.1 OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS 
 
 
Os ovários são duas pequenas glândulas que possuem aproximadamente 
três centímetros de comprimento por dois de largura, localizados à direita e à 
esquerda do útero (CIVITA, 1986). 
Além de produzirem dois hormônios, o estrógeno e a progesterona, eles 
possuem a função de produzir os óvulos femininos também conhecidos como 
gameta. Produzem também hormônios que entre muitas funções controlam o 
mecanismo de implantação do óvulo no útero. Na velhice, os ovários diminuem o 
seu tamanho (DANGELO e FATTINI, 2004; CIVITA, 1986). 
As tubas uterinas são as responsáveis pelo transporte dos óvulos dos 
ovários até o útero, por elas passam os espermatozoides e ocorre a fecundação 
(DANGELO e FATTINI, 2004). 
 
 
 
 
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8.2 ÚTERO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O útero é o órgão que irá receber o embrião até o seu nascimento, tem a 
forma de uma pera invertida, dividido em quatro partes: fundo, corpo, istmo e cérvix 
(DANGELO e FATTINI, 2004). 
O corpo está ligado às tubas e acima delas fica o fundo e o istmo, que é a 
parte estreita mais abaixo. O cérvix é normalmente uma superfície brilhante, rosada, 
lisa e arredondada (DANGELO e FATTINI, 2004; POTTER e PERRY, 2005). 
 
 
FIGURA 4 - APARELHO GENITAL FEMININO 
 
 
 
 
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 27 
 
8.3 VAGINA E MAMAS 
 
 
A vagina é um tubo no qual suas paredes estão normalmente juntas se 
tocando, e em seu superior está o útero. Antes da vagina encontramos os órgãos 
genitais externo, o monte púbico, os lábios maiores, os lábios menores e a glande 
clitóris (DANGELO e FATTINI, 2004). 
As mamas são em sua maioria compostas por tecido glandular, são 
compostas externamente por mamilo e aréola, sua consistência varia de mulher para 
mulher (POTTER e PERRY, 2005). 
As mamas são constituídas de gordura, tecido conectivo e tecido glandular 
que contém lóbulos e ductos. Os lóbulos são as estruturas anatômicas onde o leite é 
produzido. Uma rede de ductos conecta os lóbulos ao mamilo (MINISTÉRIO DA 
SAÚDE, 2006). 
 
 
9 SAÚDE PÚBLICA E O SEXO 
 
 
A saúde pública é o conjunto de ações para montar e direcionar medidas de 
prevenção acerca das necessidades sociais de saúde (CASTIEL, s.d). O sexo desde 
o seu início é um assunto que concerne controle social, primeiramente pelas 
doenças que pode transmitir, é necessária a divulgação de métodos preventivos e 
seguros para que o crescimento populacional não se altere tanto nos anos que se 
seguem, o que pode acarretar outros prejuízos sociais. 
Surge a cada ano a realização de novas medidas de prevenção: 
 
 Cartilhas educativas direcionadas a adolescentes, às mulheres, aos 
homens, aos idosos e à população homossexual; 
 Cartilhas explicando sobre o direito de reprodução e sobre o 
planejamento familiar; 
 Propagandas sobre o uso de métodos de contracepção; 
 
 
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 E palestras nas Unidades Básicas de Saúde para que as 
necessidades sociais sejam atendidas da melhor maneira possível. 
 
Em consequência do aumento de idosos ativos na relação sexual, aumentou 
também o número de idosos portadores de AIDS. Esse fato é gerado, pois esta 
população não estava acostumada ao uso de medidas preventivas em virtude do 
sexo com um parceiro fixo, e percebeu-se que ao longo do tempo, principalmente 
após a morte de um dos parceiros, o outro segue em busca de novas amizades e 
também do namoro que culminará no sexo desprotegido, já que não se pensa em 
risco de gravidez nesta fase. Desse fato, surgiu a necessidade de investidas no 
âmbito de saúde pública para o controle das doenças e medidas educativas para o 
uso de camisinhas. 
Existe hoje a preocupação com a idade em que as pessoas iniciam a vida 
sexual por isso medidas educativas para jovens e adolescentes também foram 
adotadas. 
Medidas sobre a violência sexual também são realizadas pela saúde pública, 
orientando sobre o que fazer e onde recorrer. Estudos sobre o comportamento 
sexual são realizados para que a cada dia melhores e maiores medidas sejam 
direcionadas a todos os cidadãos. 
A Saúde Pública torna-se importante a cada pessoa, pois, apesar de ainda 
não ter a dimensão geral, isto é, não assegura a todos a compreensão dos 
benefícios de sua atuação e potencial educador, traz incentivos para que o sexo seja 
sim realizado, porém de uma maneira prazerosa e segura. 
 
 
 
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Amor E Sexo 
Rita Lee 
Amor é um livro 
Sexo é esporte 
Sexo é escolha 
Amor é sorte... 
Amor é pensamento 
Teorema 
Amor é novela 
Sexo é cinema. 
(...) 
O amor nos torna 
Patéticos 
Sexo é uma selva 
De epiléticos... 
Amor é cristão 
Sexo é pagão 
Amor é latifúndio 
Sexo é invasão 
Amor édivino 
Sexo é animal 
Amor é bossa nova 
Sexo é carnaval 
Oh! Oh! Uh! 
(...) 
 
Disponível em: <http://letras.mus.br/rita-lee/74440/> 
 
 
 
FIM DO MÓDULO I 
http://letras.mus.br/rita-lee/

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