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AN02FREV001/REV 4.0 1 PROGRAMA DE EDUCAÇÃO CONTINUADA A DISTÂNCIA Portal Educação CURSO DE SEXOLOGIA Aluno: EaD - Educação a Distância Portal Educação AN02FREV001/REV 4.0 2 CURSO DE SEXOLOGIA MÓDULO I Atenção: O material deste módulo está disponível apenas como parâmetro de estudos para este Programa de Educação Continuada. É proibida qualquer forma de comercialização ou distribuição do mesmo sem a autorização expressa do Portal Educação. Os créditos do conteúdo aqui contido são dados aos seus respectivos autores descritos nas Referências Bibliográficas. AN02FREV001/REV 4.0 3 SUMÁRIO MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO 2 CONCEITO DE SEXOLOGIA 2.1 A SEXOLOGIA 3 SEXO 3.1 CONCEITOS BÁSICOS 3.2 MASTURBAÇÃO 3.3 SEXO ANAL 3.4 SEXO ORAL 3.5 SEXO HOJE 4 SEXO NAS DIFERENTES IDADES 4.1 PRAZER NA INFÂNCIA 4.2 SEXO NA ADOLESCÊNCIA 4.3 SEXO NA IDADE ADULTA 4.4 SEXO NA TERCEIRA IDADE 5 PRIMEIRA EJACULAÇÃO (POLUÇÃO NOTURNA) 6 PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO (MENARCA) 7 ANATOMIA MASCULINA 7.1 TESTÍCULOS E ESCROTO 7.2 EPIDÍDIMOS 7.3 DUCTO DEFERENTE E DUCTO EJACULATÓRIO 7.4 URETRA E VESÍCULAS SEMINAIS 7.5 PRÓSTATA 7.6 PÊNIS, CORPOS CAVERNOSOS E CORPO ESPONJOSO 8 ANATOMIA FEMININA 8.1 OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS 8.2 ÚTERO 8.3 VAGINA E MAMAS 9 SAÚDE PÚBLICA E O SEXO AN02FREV001/REV 4.0 4 MODULO II 10 SEXUALIDADE 10.1 A SEXUALIDADE E SEU SIGNIFICADO 10.2 UM POUCO DE HISTÓRIA 10.3 RELIGIÃO E SEXO 10.4 COLONIZAÇÃO NAS AMÉRICAS 10.5 DA PÓS-COLONIZAÇÃO ATÉ DIAS ATUAIS 11 EMOÇÕES RELACIONADAS AO SEXO 11.1 O QUE SENTIMOS 11.2 ANSIEDADE 11.3 MEDO 11.4 AMOR E PRAZER 12 PARCEIRO SEXUAL 13 MITOS SOBRE O SEXO 14 EXAMES FEMININOS 14.1 CITOLOGIA ONCÓTICA 14.2 EXAME CLÍNICO DAS MAMAS E MAMOGRAFIA 14.3 AUTOEXAME DAS MAMAS 15 EXAMES MASCULINOS 15.1 PSA 15.2 TOQUE RETAL MÓDULO III 16 CAMISINHA 16.1 CONCEITOS 16.2 PRESERVATIVO MASCULINO 16.3 PRESERVATIVO FEMININO 17 DIU 18 ANTICONCEPCIONAIS 18.1 ANTICONCEPCIONAIS ORAIS 18.2 ANTICONCEPCIONAIS INJETÁVEIS 18.3 PÍLULA ANTICONCEPCIONAL DE EMERGÊNCIA AN02FREV001/REV 4.0 5 18.4 ADESIVOS 19 TABELINHA 20 MUCO CERVICAL 21 TEMPERATURA BASAL 22 COITO INTERROMPIDO 23 ESPERMICIDAS 24 ABORTO 24.1 ABORTO PROVOCADO 24.2 ABORTO ESPONTÂNEO 24.3 A LEI 25 DIÁLOGO NO RELACIONAMENTO MÓDULI IV 26 DISFUNÇÕES SEXUAIS MASCULINAS 26.1 DISFUNÇÃO ERÉTIL 26.2 EJACULAÇÃO PRECOCE 27 DISFUNÇÕES SEXUAIS FEMININAS 27.1 SECURA VAGINAL E DISPAREUNIA 27.2 VAGINISMO 28 FETICHISMO 28.1 FANTASIAS SEXUAIS 28.2 FETICHE 29 PEDOFILIA 30 COMPULSÃO SEXUAL 31 EXIBICIONISMO 32 FROTTEURISMO 33 MASOQUISMO 34 ORIENTAÇÃO SEXUAL EGODISTÔNICA 35 SADISMO 36 VOYERISMO CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS AN02FREV001/REV 4.0 6 MÓDULO I 1 INTRODUÇÃO Este material propõe-se a ajudá-lo a entrar no mundo da sexologia, trazendo uma visão geral do assunto desmistificando, trabalhando os aspectos mais importantes e acima de tudo lhe ajudando a encontrar-se sexualmente. O Módulo I irá direcioná-lo a respeito da sexologia, sexo, anatomia, menarca a polução noturna, saúde pública para que seu entendimento e novo conhecimento lhe tragam novas formas de autoconhecimento e isto lhe ajude a se conhecer e conhecer os outros para que suas futuras relações sejam mais proveitosas e realmente íntimas. Este módulo irá abranger de forma objetiva assuntos cotidianos, mas pouco abordados, pela nossa cultura, pela falta de conhecimento e pela vergonha que circula o assunto. Quando se fala sobre sexo são necessários muitos cuidados, cada um tem sua maneira de se entregar e falar sobre o assunto. Em sua maioria somos ensinados a não falar sobre o assunto, muitas vezes nos prendendo a dúvidas, valores próprios e pela falta de conhecimento, deixando de alcançar o prazer por completo. Por isso o objetivo deste primeiro módulo é mostrar e abordar questões que muitos desconhecem temas que são necessários para o alcance do sexo saudável. O Módulo II destina-se a transportá-lo ao mundo emocional que está relacionado ao sexo, ao parceiro sexual e a falar sobre os mitos que o sexo traz consigo. Como o assunto é envolvido por crenças e proibições nosso objetivo será com que você saia sem dúvidas, conhecendo o que é real e os limites do bom e do ruim. Isto lhe trará mais segurança para passar pelas barreiras que podem lhe atrapalhar. O Módulo III trata dos mais diferentes métodos anticoncepcionais, para que você esteja pronta(o) a escolher, se informar e informar os amigos sobre quais AN02FREV001/REV 4.0 7 existem e quais são os melhores para seu caso, adaptação e para que seu conforto. Trata também esta unidade do diálogo tão necessário a uma boa relação entre duas pessoas ou porque não dizer mais de duas pessoas! O Módulo IV irá mostrar as diferentes formas possíveis relacionadas com o sexo, formas de amar dolorosas para uns, estranhas para outros e prazerosas a muitas pessoas, este material é um convite para o conhecimento, para o estudo do sexo e para que o prazer esteja presente com você daqui para frente. 2 CONCEITO DE SEXOLOGIA 2.1 A SEXOLOGIA A sexologia tem sido mencionada na sociedade há pouco tempo, no entanto, já é assunto de muitas discussões com amigos, em consultórios médicos e até no âmbito familiar. Mas afinal o que é a sexologia? O que ela estuda? A sexologia, segundo o dicionário Houaiss da Língua Portuguesa (2009), é a ciência que tem por objetivo o estudo da sexualidade e dos problemas fisiológicos ou psíquicos a ela relacionados. E de acordo com o minidicionário Amora (2008), é a ciência que trata das questões relativas à sexualidade. A sexologia traz consigo a grande tarefa de descobrir os problemas referentes à sexualidade, tema que será abordado no Módulo II, ao contato íntimo e ao bem-estar sexual. A qualidade da vida sexual reflete em como a pessoa se apresentará emocionalmente, quanto mais realizada estiver e maior for seu conhecimento do próprio corpo, dos gostos e fantasias mais feliz ela irá se apresentar, quanto maior desconhecimento e desprazer, mais infeliz ela será. Desde a Antiguidade, procura-se a qualidade e bem-estar advindos da relação sexual. Em alguns locais era uma busca realizada prioritariamente por homens, no entanto existiam localidades em que as mulheres procuravam este prazer e por isso recorriam à prática da masturbação ou até mesmo à prostituição AN02FREV001/REV 4.0 8 para alcançar seus objetivos. Existiam também locais onde as mulheres eram objeto de barganha comercial e para procriação da sociedade, por isso deveriam permanecer virgens e casar-se cedo para que apresentassem grande valor moral diante da sociedade e do esposo. A sexologia estuda tudo referente à prática do sexo, e este quando praticado em sua maioria vem acompanhado de mitos, verdades, problemas, depravações, culpa e práticas consideradas ilegais em muitos locais. Cada um apresenta uma vivência própria quando se trata do assunto, não há generalização quando se realizam comparações entre culturas, pois ao longo dos séculos cada sociedade buscou o que julgava melhor e mais adequado e para aqueles que não se adequavam, estes criaram os próprios grupos de escape sexual como prova disso citamos neste momento os grupos de swing, que são conhecidos por realizarem a troca de casais ou o sexo grupal. 3 SEXO 3.1 CONCEITOS BÁSICOS O sexo é uma palavra que pode ser facilmente usada para distinguir um homem de uma mulher, ou seja, sexo masculino e sexo feminino. No entanto, tal palavra também pode ser usada quando se trata de órgãos sexuais ouda prática de atividades sexuais (HOUAISS, 2009). Hoje muitas relações implicam na discussão do sexo, relações como o namoro, o ficar, o casamento e até mesmo a masturbação, que é uma relação de autoconhecimento. As pessoas que praticam o sexo carregam para si a responsabilidade de muitas vezes assumir consequências que ele pode apresentar como a geração de uma nova vida e a transferência de doenças sexualmente transmissíveis para o parceiro. AN02FREV001/REV 4.0 9 O sexo tem o significado de um ato de amor para alguns, enquanto para outros é uma simples satisfação do prazer. Segundo o Ministério da Saúde, a média do início da atividade sexual da população brasileira é aos 15 anos, este comportamento sexual muitas vezes vem acompanhado da curiosidade, da falta de informação, de transmissões de doenças e da gravidez. Faz-se necessário que a cada dia a orientação sobre o assunto seja realizada para evitar descuidos, no entanto de quem é a responsabilidade para que estas informações cheguem às pessoas que necessitam dela? É necessário que essa atividade educativa seja realizada em conjunto entre pais, professores e Estado. O sexo implica no conhecimento fisiológico do corpo humano. Desde os tempos antigos se sabia que o corpo também era uma forma em que se encontrava facilmente o prazer. Por isso surgiram estudos mais amplos e profundos sobre o corpo humano como objeto de prazer. Não existem muitos escritos sobre o assunto, somente alguns manuais escritos em locais como China e Índia. Existem ainda técnicas hindus e tântricas para o bom desenvolvimento sexual. Existem diferentes formas de praticar o sexo a seguir iremos estudar cada uma delas. 3.2 MASTURBAÇÃO A masturbação é uma forma de descobrir o corpo e também uma forma de sentir prazer que pode ser realizada individualmente ou em dupla. Muitas vezes é usada como tratamento para a falta de orgasmo para que se conheça melhor o corpo e saiba exatamente as áreas de maior prazer sexual e que devem ser ativadas durante a relação. FIGURA 1 - CRIANÇAS DESCOBRINDO SUAS INTIMIDADES FONTE: Disponível em: <http://www.terceiromilenionline.com.br/artigos/m asturbacao-infantil>. Acesso em: 06 nov. 2012. http://www.terceiromilenionline.com.br/wp-content/files_mf/da882c64f0ab13f1ab89a4094b0da3f37608d6f3.jpeg AN02FREV001/REV 4.0 10 Alguns familiares tendem a inibir as crianças de se tocar e perceber o próprio corpo, pois se sentem desconfortáveis com a situação. No entanto, este fato pode atrapalhar o desenvolvimento da criança ou gerar a culpa por esta achar que está fazendo algo errado ou incomum. Por ser algo pouco comentado, a masturbação pode vir acompanhada do sentimento de culpa, de dúvidas e de mitos. Há quem diga que a masturbação faz com que o pênis fique mais fino, que ela pode acarretar a cegueira, causar aumento de pelos, que as meninas que se masturbam sofrem de algum distúrbio e que este ato pode gerar espinhas, etc. Esses são alguns mitos propagados de pessoas a pessoas, para a inibição do prazer. A masturbação antigamente era aceitável como forma de prazer, no entanto, a capacidade de entendimento dessa forma de prazer demorou a ser descoberta primeiramente em função da reprovação bíblica, que durou por muito tempo. Em alguns casos, a masturbação era punida com a morte, por isso durante muito tempo se pregava que algumas doenças eram causadas pela masturbação, inclusive a deficiência mental. Na idade média, a ejaculação masculina só era aceitável para a procriação por isso o ato de manuseio do próprio órgão sexual para obtenção de prazer estava fora de questão. Alguns médicos e padres chegaram a escrever manuscritos e artigos explicando sobre os males da masturbação, como ela deveria ser evitada e contida, inclusive com aplicação de gelo nos órgãos sexuais dos meninos e a cauterização do clitóris feminino (LINS, 1997). Hoje em dia ainda permanecem algumas crenças de que a masturbação é algo errado, por isso muitas pessoas carregam a culpa. Há apenas alguns anos, o assunto foi tratado mais abertamente e desmistificado. Algumas famílias e religiões continuam divulgando as crenças antigas, ou não conversam sobre o assunto trazendo mais dúvidas. Outras famílias por desconhecerem o assunto e outras por apresentarem vergonha ao ver o filho ou algum parente tocando o próprio corpo, acabam inibindo a criança e esta fica com o pensamento de que está realizando algo errado. AN02FREV001/REV 4.0 11 3.3 SEXO ANAL Existem manuscritos que descrevem o sexo realizado entre homens, talvez estes sejam as primeiras descrições do sexo anal. De qualquer forma, o sexo anal sempre foi praticado, ele implica também em uma forma de prazer, na antiguidade já foi usado como forma de anticoncepção e praticado naturalmente, em outras culturas era forma de manter a virgindade e em outras era prática criminosa punível com a morte (LINS, 1997). Na China, os casos entre homens eram considerados românticos e viravam motivo de poesia. Existia a referência ao sexo anal como dividir o pêssego, como dois homens dividindo a mesma fruta em um ato de amor (STEARNS, 2010). O ânus é talvez uma das partes do corpo menos falada em diálogos sociais, ele muitas vezes é motivo de vergonha, por isso causa muitas discussões quando inserido em uma conversa. O sexo anal é uma prática que agrada a muitos homens, porque o ânus é um local mais apertado que a vagina. Agrada também a mulheres quando devidamente realizado, no entanto há que ter cuidado na penetração, porque diminuta lubrificação e movimentos bruscos podem levar a prejuízos (LINS, 1997). Há estudos que comprovam que homens sendo heterossexuais ou não também aprovam a estimulação anal realizada neles. O ânus possui terminações nervosas que se estimuladas corretamente podem levar ao orgasmo, feminino e masculino (LINS e BRAGA, 2005). Você sabia? Que existe, segundo Stearns 2010, um mito datado de 2600 a.C, que existia um Deus do sol de nome Atum que se masturbou na água e sua ejaculação criou o Rio Nilo? AN02FREV001/REV 4.0 12 Para a realização do sexo anal deve haver consentimento de ambos, é a melhor maneira de se obter resultado mais prazeroso. Medidas de precaução precisam ser tomadas: Uso de camisinha para evitar a contaminação; Higienização do pênis; Troca de camisinha anterior à realização do sexo vaginal – se isso ocorrer após a realização do sexo anal, a fim de evitar contaminação de bactérias, presentes no reto, na vagina e pênis e causando um problema posterior. 3.4 SEXO ORAL O sexo oral é realizado por muitas pessoas. Existe inclusive uma posição muito comentada em rodas sociais chamada de 69, certamente porque quando ocorre o posicionamento da cabeça do homem na vulva e da cabeça da mulher no pênis, os corpos parecem realmente formar tal número. O sexo oral já é praticado há muitos anos e assim como o sexo anal e a masturbação foi e ainda é motivo de vergonha e condenação. É uma forma de obtenção de prazer e também de estimulação. Há pessoas que o praticam em busca de evitar a penetração e assim manter a virgindade de suas parceiras e há pessoas que fazem em busca de incrementar a relação sexual e aumentar o prazer. Muitas pessoas realizam o sexo oral sentindo culpa ou desconforto, apresentando inclusive sensação de falta de higiene (LINS, 1997). Porém, se a limpeza foi realizada de forma adequada em ambos os locais não há motivo para temer aspectos higiênicos. Essa prática deve ser realizada com a concordância de ambos, deve ser realizada de maneira sutil para que não ocorram desconfortos e a maneira ideal de alcançar o prazer e conforto é conversando sobre o assunto. AN02FREV001/REV 4.0 13 Que tal? Propor aoparceiro um banho mais erótico a fim de que higiene esteja em dia na hora de experimentar ou praticar este ato sexual. 3.5 SEXO HOJE Hoje em dia o sexo vem sendo enfatizado em programas televisivos, comerciais, programas de rádio, livros e consequentemente na boca popular. Gerando dúvidas sobre o que é adequado ou não, inclusive, alertando sobre as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez e inserindo o tema em discussões escolares e também religiosas, dividindo opiniões. Muitas pessoas asseguram que o sexo está sendo banalizado a cada dia e que este assunto não deveria ser tratado de maneira tão aberta. A busca pelo prazer sempre existiu e acompanha a formação e a evolução mundial, trazendo novas descobertas e novas formas de amor. Porém, para que esta evolução continue é necessário que a informação seja repassada por meio de pesquisas, conhecimento íntimo e, porque não dizer, discussões saudáveis sobre o assunto. AN02FREV001/REV 4.0 14 4 SEXO NAS DIFERENTES IDADES 4.1 PRAZER NA INFÂNCIA A crença de que as pessoas após certa idade não têm mais motivos para realizar a atividade sexual é muito comum entre todas as idades. Mas afinal se o sexo é realizado não somente em busca da procriação, mas em busca do prazer dos envolvidos na relação, os idosos devem e podem praticar o sexo. Existia no período da agricultura uma crença de que a atividade sexual deveria ser inibida após a menopausa, já que esta seria realizada em vão, dado o fato de que a mulher não poderia mais gerar filhos e, portanto o sexo deveria ser praticado com pessoas mais jovens para que estas pudessem gerar os filhos. O desenvolvimento sexual ocorre desde o momento que iniciamos nossa formação durante ao período gestacional de nossas mães. Existem algumas teorias do desenvolvimento, trabalharemos então com a teoria psicanalítica / psicossocial que descreve o desenvolvimento do ser humano sob o olhar e da personalidade, do pensamento e do comportamento (POTTER e PERRY, 2005). Freud, grande estudioso, médico e psicanalista foi o primeiro a realizar uma teoria sobre o desenvolvimento da personalidade. Ele descrevia que duas forças biológicas movimentavam a mudança psicológica: a energia sexual e a energia agressiva. O seu modelo de desenvolvimento apresentava cinco estágios de desenvolvimento que veremos a seguir como Potter e Perry (2005) nos apresentam. Fase Oral – Do nascimento aos 18 meses: a satisfação oral iniciada com a amamentação, que se torna vital e também prazerosa. Fase Anal - Dos 18 meses até os 2 anos: a sua satisfação da amamentação passa a ser centralizada na zona anal, por meio do aprendizado do uso do banheiro que lhe proporciona prazer pelos resultados de seus esforços em seguir o que os pais e a sociedade esperam dele. AN02FREV001/REV 4.0 15 Fase Fálica - Dos 3 a 6 anos: também conhecida pela fase do complexo de Édipo, os órgãos genitais são o foco da satisfação, o menino se preocupa e interessa por seu pênis e a menina entende que não tem pênis e fica com inveja por não ter um, a criança geralmente monta fantasias com os pais, reconhecendo o sexo oposto ao seu com interesse amoroso, no final do período as crianças reduzem este período identificando-se com o pai se for menino e com a mãe se for menina. Fase de Latência – Dos 6 aos 12 anos: período de repreensão pela parte da criança de seus impulsos do estágio de Édipo e os canaliza para atividades sociais. Fase Genital – Puberdade até a maioridade: é o estágio final colocado por Freud, caracterizado pelo período em que os primeiros impulsos sexuais despertam novamente e são direcionados para indivíduos que não são seus parentes. Verificamos então que desde pequenos sentimos o prazer mesmo que inconscientemente e demonstramos isso abertamente aos nossos familiares, porém ao longo do tempo vamos diminuindo a demonstração desses prazeres e aos poucos nos encaixando nos modelos sociais. Com novas ideias, descobertas e idealizações, muitas vezes, esses períodos na infância não são trabalhados de maneira adequada o que pode causar alguns problemas na vida adulta. Certamente a sexualidade e o prazer permanecem ao longo da nossa vida, e como isso é visto em cada fase de nossa vida também depende de cada um de nós. 4.2 SEXO NA ADOLESCÊNCIA A adolescência é um período cercado de mudanças e desafios, caracterizado de acordo com Potter e Perry (2005), por um período de desenvolvimento durante o qual o indivíduo realiza a transição da infância para a fase adulta normalmente entre os 13 e os 20 anos de idade. AN02FREV001/REV 4.0 16 As experiências sexuais passaram a ser comuns entre os adolescentes. A iniciar pela masturbação, que é realizada por meninos e meninas, podendo ser iniciada em razão da curiosidade, expectativas sociais e mudanças fisiológicas e emocionais (POTTER e PERRY, 2005). Normalmente suas consequências, quando este público não está bem orientado, são as doenças sexualmente transmissíveis e a gravidez. No Brasil, a primeira relação sexual tem sua média aos 15 anos, e já pode ser admitida como uma tendência generalizada (BORGES e SCHOR, 2005). O maior perigo dessas relações precoces envolve a falta de uso de preservativo na primeira relação sexual. Tal fato persiste também em relação aos que já têm relacionamento estável e também é algo verificado entre os que têm relações sexuais de forma casual. As medidas governamentais de distribuição de camisinhas e explicações sobre seu uso promoveram, ao longo de anos de investimento, um aumento significativo do uso de preservativos em certas populações, mas a diminuição dessa ocorrência em praticantes sexuais com menos de 14 anos (PAIVA et al., 2008). A primeira relação sexual para a maioria dos jovens está ocorrendo com pessoas mais velhas, mas as meninas continuam em sua maioria se guardando para ter sua primeira relação com relacionamentos mais duradouros. Percebeu-se também que a prática sexual ocorre cada vez mais cedo pelo aumento de mulheres no mercado de trabalho, esse aspecto alicerça e desenvolve o poder de liberdade sexual dos adolescentes – livres da vigilância materna e incentivados à autonomia e relativa independência – e traz para a organização social novo parâmetro para a iniciação sexual e reafirma as opções por diferentes medidas contraceptivas que distanciam o prazer da concepção (BORGES e SCHOR, 2005). Para que o sexo na adolescência venha realmente acompanhado de prazer e também de segurança é necessário o diálogo aberto entre pais e filhos e preparação psicológica desta pessoa que dará um grande passo para sua vida futura. AN02FREV001/REV 4.0 17 4.3 SEXO NA IDADE ADULTA O sexo na idade adulta ou na idade madura, apesar de envolvido pela experiência, necessita também do uso de métodos contraceptivos, de cuidados que foram desenvolvidos ao longo dos tempos. Apresenta e requer também um conhecimento maior do corpo, da saúde e dos direitos sexuais e reprodutivos. Os direitos reprodutivos são colocados como os direitos de livre escolha sobre ter ou não filhos, por isso a informação sobre o uso de contraceptivos são ideais, e os direitos sexuais são aqueles em que cada pessoa pode e deve expressar livremente a sexualidade sem imposições nem discriminações (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2005). Enganam-se os que pensam que esta fase é livre de dúvidas, medos e também culpas. Na verdade, é uma fase também de descobertas, de dificuldades e de estigma social da hora do casamento e da procriação, voltando novamente ao pensamento de que o sexo será obrigatório para a procriação. Reflita: O amor sonha com a pureza. Sexo precisa do pecado. O amor é sonho dos solteiros. Sexo é sonho dos casados. Arnaldo Jabor FONTE: Disponível em: <http://pensador.uol.com.br/poema_de_sexo/>.Acesso em: 02 nov. 2012. AN02FREV001/REV 4.0 18 4.4 SEXO NA TERCEIRA IDADE FIGURA 2 - SEXO NA TERCEIRA IDADE FONTE: Disponível em: <http://estereotipos.net/tag/velhice/>. Acesso em: 06 nov. 2012. Nos dias atuais, os idosos estão aumentando a cada dia; frequentam grupos para a terceira idade, realizam viagens, conhecem outras pessoas, muitos têm uma vida ativa e sem nenhuma anormalidade, outros apresentam algumas dificuldades carecendo de ajuda para certas atividades e outros vivem em casas de saúde para idosos, podendo ser eles debilitados ou não, dividir o quarto com outras pessoas ou não. Novos estudos apontam para o aumento de doenças sexualmente transmissíveis na população idosa, isto com certeza revela a atividade sexual na terceira idade. A relação sexual na terceira idade está relacionada com muitos fatores, dentre eles aspectos físicos e psicológicos (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2008). O que fazer então com os sentimentos, os preconceitos vividos durante a terceira idade, com a chegada da menopausa para as mulheres e com a diminuição do tempo de ereção pelos homens? A resposta está no trabalho psicológico e na qualidade de vida trabalhada nos últimos anos com esta população em crescimento. AN02FREV001/REV 4.0 19 Segundo o Ministério da Saúde (2008), o envelhecimento sexual é um dos fatores mais frequentemente apontados como fonte de angústia para mulheres e homens nessa fase da vida. Algumas mulheres sentem a diminuição da vontade em ter relações e outras passam por momentos em que esta vontade pode aumentar significativamente, tudo em função das mudanças hormonais. Estas mulheres podem apresentar diminuição da lubrificação vaginal, o que irá requerer maior estímulo sexual ou até mesmo o uso de um lubrificante, para isso, existem também alguns tratamentos que podem ajudá-la neste período, um deles é a reposição hormonal. No entanto, é de muita importância que a mulher também conheça a nova forma de agir do seu corpo, converse com o parceiro e reaqueça a vida amorosa. Já os homens na andropausa, período de declínio hormonal masculino, também podem realizar tratamentos medicamentosos e até cirúrgicos, quando estes são indicados para que sua atuação sexual seja satisfatória de ambos os lados. É importante acima de tudo que ambos conversem e conheçam seu corpo, usem métodos preventivos, alguns por estarem solitários e buscando novos relacionamentos tendem a sair com diferentes pessoas e não é incomum certo descuido em relação a isso. Muitos idosos cresceram com a ideia de que o sexo era somente para a procriação, com o tempo foram entendendo que ele servia como forma de prazer. Hoje esta população, em grande maioria, procura um parceiro para continuar sentindo prazer sem carregar qualquer tipo de culpa. É importante ressaltar aqui que cada um apresentará uma resposta sexual na terceira idade e esta deve ser trabalhada e respeitada, nunca é tarde para aprender e fazer diferente. Dica de Leitura: Leia o artigo: Causas das doenças sexualmente transmissíveis na população idosa: Atuação do Enfermeiro. Disponível em: <http://www.artigocientifico.com.br/uploads/artc_1312294467_61.pdf>. AN02FREV001/REV 4.0 20 5 PRIMEIRA EJACULAÇÃO (POLUÇÃO NOTURNA) A adolescência se refere ao período de evolução psicológica, já a puberdade está relacionada com a possibilidade reprodutiva de uma pessoa. As mudanças hormonais que ocorrer neste período refletem diretamente na imagem do futuro adulto (POTTRER e PERRY, 2005). Ocorrem nesta fase mudanças na voz, crescimento de pelos, mudança da postura, na forma de pensar e também de agir, a percepção de si mesmo se modifica e consequentemente as responsabilidades. Neste momento, em função das mudanças hormonais, os espermatozoides são formados no testículo, 120 milhões a cada dia, eles têm seu desenvolvimento graças à testosterona, ao hormônio luteinizante, ao hormônio folículo estimulante, aos estrógenos e ao hormônio do crescimento e podem permanecer armazenados com a capacidade de fertilidade por pelo menos um mês (GUYTON e HALL, 2006). Ocorrem então alguns acontecimentos marcantes, que para uns podem ser motivo de vergonha e medo. Um desses acontecimentos é a primeira ejaculação, saída de espermatozoide do pênis, também conhecida como semenarca que ocorre em média aos 12 anos (SILVA, 2009). A partir desse momento o menino já está apto a engravidar alguém, por isso a semenarca é um momento especial na vida de um menino e deve ser tratada com responsabilidade, não se esquecendo de procurar o prazer, mas também o conhecimento. Após a ejaculação podem ocorrer também episódios de polução noturna que é caracterizada pela ejaculação involuntária. Esta ocorre quando os adolescentes estão dormindo, normalmente apresentando os sonhos de conotação erótica (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Esse acontecimento pode fazer com que o menino acorde com a sensação de estar molhado, e causar-lhe constrangimento perante os familiares e até amigos, caso esteja hospedado na casa de algum. Os dois acontecimentos são motivos para que o adolescente assuma grandes responsabilidades, contribuindo para o seu desenvolvimento emocional e social. É importante conhecer o próprio corpo para que este não seja um motivo de vergonha, preocupação ou restrições relacionadas com a sexualidade. É adequada AN02FREV001/REV 4.0 21 nessa fase a orientação do adolescente para que as dúvidas sejam todas sanadas e eventuais problemas sejam resolvidos. 6 PRIMEIRA MENSTRUAÇÃO (MENARCA) Enquanto os meninos sentem-se homens e passam por alguns momentos de desconforto, as meninas também têm um grande motivo de orgulho não só para elas. Em algumas famílias o momento do qual iremos falar é motivo de festa e preocupação, talvez porque o momento signifique um rito de passagem e também a chance da procriação, consequentemente, manutenção e ampliação da árvore genealógica. Durante o seu desenvolvimento, na adolescência, as meninas passam por algumas mudanças como aumento dos quadris, aumento das mamas, aumento dos pelos, um aumento do crescimento corporal, mudanças hormonais e comumente o aumento do suor em algumas áreas (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2009). Nessa fase, além de todas essas mudanças, ocorre a primeira menstruação chamada também de menarca, esse período é marcante para todas as meninas e deve ser anotado, ele significa que a menina já é capaz de gerar filhos. Por volta dos oito anos de idade de uma garota, ocorre o aumento gradual de um hormônio chamado gonadotrópico, culminando na primeira menstruação por volta dos 11 e 16 anos, mas com média geral aos 13 anos (GUYTON e HALL, 2006). Quando não ocorre a gravidez, o óvulo, fundamental para a formação do feto, se desprende do útero que está revestindo esses dois elementos – o revestimento e o óvulo – são eliminados e chamados de fluxo menstrual (PINOTTI e GENNARI, 2008). Nessa fase é fundamental o acompanhamento ginecológico e controle dos dias da menstruação para verificação do ciclo hormonal e seu controle, o aumento da responsabilidade que recai sobre a adolescente, nesse momento devem ser discutidas precauções adequadas para que se evitem problemas futuros. AN02FREV001/REV 4.0 22 7 ANATOMIA MASCULINA A anatomia masculina é composta pelos testículos, epidídimo, ducto deferente, ducto ejaculatório, uretra, pênis, vesículas seminais, próstata, corpos cavernosos e corpo esponjoso do pênis. 7.1 TESTÍCULOS E ESCROTO Os testículos são as glândulas sexuais masculinas, possuem aproximadamente cinco centímetros de comprimento e se localizam dentro do escroto entre as coxas. São as únicas glândulas endócrinas localizadas fora do corpo (MANUAL ILUSTRADO DE ANATOMIA, 1986). Os testículos produzem, além de hormônios, os espermatozoides.Eles são formados na cavidade abdominal e durante o desenvolvimento do feto vão em direção ao escroto, para lá permanecerem definitivamente (DANGELO e FATTINI, 2004). Normalmente, a pele do escroto é enrugada e nela existem pequenas veias visíveis (BARROS e Cols., 2002). O escroto é uma estrutura em forma de saco dividida internamente em duas metades cada um possui um testículo, um epidídimo e um vaso deferente que vai até o anel inguinal (POTTER e PERRY, 2005). AN02FREV001/REV 4.0 23 7.2 EPIDÍDIMOS FIGURA 3 - APARELHO GENITAL MASCULINO FONTE: Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia/sistema-reprodutor-masculino.htm>. Acesso em: 06 nov. 2012. Os epidídimos podem ser encontrados na margem posterior do testículo. Têm uma estrutura em forma de C, lá ocorre o armazenamento do espermatozoide que requer muitos dias para passar através do túbulo do epidídimo (DANGELO e FATTINI, 2004; GUYTON e HALL, 2006). 7.3 DUCTO DEFERENTE E DUCTO EJACULATÓRIO Esta é a continuação do epidídimo, é responsável pela condução dos espermatozoides para o ducto ejaculatório (DANGELO e FATTINI, 2004). AN02FREV001/REV 4.0 24 O ducto ejaculatório é a junção do ducto deferente com o ducto da vesícula seminal. Ele vai se juntar a uma parte chamada de parte prostática da uretra (DANGELO e FATTINI, 2004). 7.4 URETRA E VESÍCULAS SEMINAIS Através da uretra é comum a ejaculação e também a saída de urina. Possui aproximadamente 20 centímetros. As vesículas seminais são bolsas que ficam na parte inferior da bexiga, a sua secreção faz parte do líquido seminal e tem papel na ativação dos espermatozoides (DANGELO e FATTINI, 2004). Cada vesícula seminal é um tubo que secreta material mucoso e substâncias nutritivas. Durante o processo de ejaculação, cada vesícula seminal esvazia o seu conteúdo (GUYTON e HALL, 2006). 7.5 PRÓSTATA A próstata é um órgão situado abaixo da bexiga, a secreção da próstata se junta à secreção emitida pelas vesículas seminais para constituir o líquido seminal (DANGELO e FATTINI, 2004). Ela é responsável por secretar um líquido fino e leitoso (GUYTON e HALL, 2006). A próstata tem formato arredondado e mede de 2,5 a 4 centímetros, normalmente é firme (POTTER e PERRY, 2005). 7.6 PÊNIS, CORPOS CAVERNOSOS E CORPO ESPONJOSO É um órgão masculino normalmente flácido, no entanto quando seus tecidos se enchem de sangue, transforma-se em um órgão mais rígido, este fato é chamado de ereção. O pênis é formado pelos corpos cavernosos e pelo corpo esponjoso, o AN02FREV001/REV 4.0 25 corpo esponjoso apresenta duas dilatações uma que é a glande do pênis e a outra que é o bulbo do pênis. No corpo do pênis se localizam os corpos cavernosos (DANGELO e FATTINI, 2004). Os corpos esponjosos e cavernosos se enchem de sangue no momento da ereção transformando o pênis em um órgão mais rígido e pronto para a penetração (GUYTON e HALL, 2006). 8 ANATOMIA FEMININA A anatomia feminina é composta por ovários, tubas uterinas, útero, vagina e mamas. 8.1 OVÁRIOS E TUBAS UTERINAS Os ovários são duas pequenas glândulas que possuem aproximadamente três centímetros de comprimento por dois de largura, localizados à direita e à esquerda do útero (CIVITA, 1986). Além de produzirem dois hormônios, o estrógeno e a progesterona, eles possuem a função de produzir os óvulos femininos também conhecidos como gameta. Produzem também hormônios que entre muitas funções controlam o mecanismo de implantação do óvulo no útero. Na velhice, os ovários diminuem o seu tamanho (DANGELO e FATTINI, 2004; CIVITA, 1986). As tubas uterinas são as responsáveis pelo transporte dos óvulos dos ovários até o útero, por elas passam os espermatozoides e ocorre a fecundação (DANGELO e FATTINI, 2004). AN02FREV001/REV 4.0 26 8.2 ÚTERO O útero é o órgão que irá receber o embrião até o seu nascimento, tem a forma de uma pera invertida, dividido em quatro partes: fundo, corpo, istmo e cérvix (DANGELO e FATTINI, 2004). O corpo está ligado às tubas e acima delas fica o fundo e o istmo, que é a parte estreita mais abaixo. O cérvix é normalmente uma superfície brilhante, rosada, lisa e arredondada (DANGELO e FATTINI, 2004; POTTER e PERRY, 2005). FIGURA 4 - APARELHO GENITAL FEMININO AN02FREV001/REV 4.0 27 8.3 VAGINA E MAMAS A vagina é um tubo no qual suas paredes estão normalmente juntas se tocando, e em seu superior está o útero. Antes da vagina encontramos os órgãos genitais externo, o monte púbico, os lábios maiores, os lábios menores e a glande clitóris (DANGELO e FATTINI, 2004). As mamas são em sua maioria compostas por tecido glandular, são compostas externamente por mamilo e aréola, sua consistência varia de mulher para mulher (POTTER e PERRY, 2005). As mamas são constituídas de gordura, tecido conectivo e tecido glandular que contém lóbulos e ductos. Os lóbulos são as estruturas anatômicas onde o leite é produzido. Uma rede de ductos conecta os lóbulos ao mamilo (MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2006). 9 SAÚDE PÚBLICA E O SEXO A saúde pública é o conjunto de ações para montar e direcionar medidas de prevenção acerca das necessidades sociais de saúde (CASTIEL, s.d). O sexo desde o seu início é um assunto que concerne controle social, primeiramente pelas doenças que pode transmitir, é necessária a divulgação de métodos preventivos e seguros para que o crescimento populacional não se altere tanto nos anos que se seguem, o que pode acarretar outros prejuízos sociais. Surge a cada ano a realização de novas medidas de prevenção: Cartilhas educativas direcionadas a adolescentes, às mulheres, aos homens, aos idosos e à população homossexual; Cartilhas explicando sobre o direito de reprodução e sobre o planejamento familiar; Propagandas sobre o uso de métodos de contracepção; AN02FREV001/REV 4.0 28 E palestras nas Unidades Básicas de Saúde para que as necessidades sociais sejam atendidas da melhor maneira possível. Em consequência do aumento de idosos ativos na relação sexual, aumentou também o número de idosos portadores de AIDS. Esse fato é gerado, pois esta população não estava acostumada ao uso de medidas preventivas em virtude do sexo com um parceiro fixo, e percebeu-se que ao longo do tempo, principalmente após a morte de um dos parceiros, o outro segue em busca de novas amizades e também do namoro que culminará no sexo desprotegido, já que não se pensa em risco de gravidez nesta fase. Desse fato, surgiu a necessidade de investidas no âmbito de saúde pública para o controle das doenças e medidas educativas para o uso de camisinhas. Existe hoje a preocupação com a idade em que as pessoas iniciam a vida sexual por isso medidas educativas para jovens e adolescentes também foram adotadas. Medidas sobre a violência sexual também são realizadas pela saúde pública, orientando sobre o que fazer e onde recorrer. Estudos sobre o comportamento sexual são realizados para que a cada dia melhores e maiores medidas sejam direcionadas a todos os cidadãos. A Saúde Pública torna-se importante a cada pessoa, pois, apesar de ainda não ter a dimensão geral, isto é, não assegura a todos a compreensão dos benefícios de sua atuação e potencial educador, traz incentivos para que o sexo seja sim realizado, porém de uma maneira prazerosa e segura. AN02FREV001/REV 4.0 29 Amor E Sexo Rita Lee Amor é um livro Sexo é esporte Sexo é escolha Amor é sorte... Amor é pensamento Teorema Amor é novela Sexo é cinema. (...) O amor nos torna Patéticos Sexo é uma selva De epiléticos... Amor é cristão Sexo é pagão Amor é latifúndio Sexo é invasão Amor édivino Sexo é animal Amor é bossa nova Sexo é carnaval Oh! Oh! Uh! (...) Disponível em: <http://letras.mus.br/rita-lee/74440/> FIM DO MÓDULO I http://letras.mus.br/rita-lee/
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