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Como faço a produção de material didático?
Site: Moodle - IFSC
Curso: Câmpus Canoinhas - Sala de Conteúdos (2018)
Livro: Como faço a produção de material didático?
Impresso por: Usuário visitante
Data: quinta, 24 Jun 2021, 16:46
https://moodle.ifsc.edu.br/
Índice
Apresentação
1. Introdução
2. Preparação para escrever o conteúdo
3. O processo e construção textual
4. Estrutura do material
5. Métricas material EaD
6. Elementos Instrucionais
7. Linguagem dialógica
8. Critérios para desenvolvimento textual
Apresentação
Olá docente,
A produção de material didático de EaD, especialmente no desenvolvimento textual possui
especificidades que reservam qualidade ao processo de aprendizagem. Neste material apresentamos
algumas diretrizes e dicas para auxiliar na sua produção textual, mas que podem ser seguida na hora
de pensar no material para o AVEA também.
O objetivo é apresentar pequenos textos explicativos para serem acessados conforme interesse. Para
visualizar cada informação, siga pelo sumário ao lado que encontra-se no canto superior esquerdo de
seu monitor:
 
 
Desejamos um ótimo trabalho!
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1781
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1782
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1783
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1784
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1785
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1786
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1787
http://moodle.ifsc.edu.br/mod/book/view.php?id=34839&chapterid=1788
 
1. Introdução
O material didático para modalidade EaD é preparado para que o estudante
acompanhe seu curso contando com recursos de apoio a seus estudos, tais como
videoaulas, ambiente virtual de ensino-aprendizagem e livro didático.
A intenção do projeto gráfico e instrucional de cursos é manter uma identidade única,
inovadora, em consonância com os avanços tecnológicos atuais, integrando os vários
meios disponibilizados. 
 
 
Neste material vamos apresentar a você algumas questões essenciais para a elaboração de material
didáticos para Educação a Distância, levando em consideração as especificidades da elaboração material
textual para atender as necessidade do estudo na modalidade a distância. 
Entre os assuntos a serem estudados estão os seguintes:
Preparação para escrever o conteúdo
O processo e construção
Estrutura do material
Métricas material EaD
Elementos Instrucionais
Linguagem dialógica
Critérios para desenvolvimento textual
Cada um destes assuntos terá seu detalhamento o e quando indicado será ainda apresentado
elementos práticos para dar mais visibilidade e entendimento da aplicação a especificidade.
Confira!
 
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
2. Preparação para escrever o conteúdo
A elaboração do material didático utilizado na EaD apresenta algumas particularidades que devem ser
levadas em consideração para que o aluno se sinta motivado de modo a facilitar a construção do
conhecimento e mediar a interlocução entre estudante e professor (BRASIL, 2007).
 
 vv
Silva e Spanhol (2014) apontam que um material didático de qualidade que assuma o
papel de facilitador, mediador e motivador no processo de construção do conhecimento
na EaD deve ser planejado em quatro dimensões: linguagem, forma, conteúdo e
atividades de aprendizagem. 
Somente a experiência com cursos presenciais não garante a qualidade da produção de
materiais adequados para a educação a distância, dadas suas singularidades, o que,
segundo os Referenciais de Qualidade para Educação Superior a Distância, exige a
necessidade de uma equipe multidisciplinar (BRASIL, 2007).
A partir dessas considerações iniciais sobre a importância do material didático podemos dar início à
escrita e seleção do conteúdo, para isto é necessário conhecer e analisar as necessidades de
aprendizagem, a primeira etapa do planejamento é conhecer os seguintes pontos: perfil dos possíveis
alunos, ementa da UC, habilidades e competências previstas na UC, bibliografia básica da UC e carga
horária da UC.
.
Na prática deve-se inicialmente desenvolver o plano instrucional, que é o documento onde se organiza a
metodologia de aplicação de trabalho. Neste documento deve conter: 
Unidades de estudo
Objetivos
Conteúdos a serem abordados
Atividades avaliativas
Ferramentas e recursos
É como propor um mapa de apresentação e aplicação da UC de forma que se possa organizar o
pensamento sistêmico para direcionar a produção do conteúdo.
Dica
Neste momento de preparação e organização de um curso ou de uma unidade curricular - UC, é
interessante propor que cada unidade de estudo, tenha seu objetivo de aprendizagem, assim pode-se
direcionar a confecção a unidade atender o objetivo proposto com o conteúdo.
 
IMPORTANTE:
Para visualizar a proposta na prática disponibilizando exemplos de documentos de organização.
Modelo no formato de Matriz, clique aqui e confira.
Modelo no formato Descritivo, clique aqui e confira. 
 
https://moodle.ifsc.edu.br/pluginfile.php/56700/mod_book/chapter/2093/Matriz_Intrucional.odt
https://moodle.ifsc.edu.br/pluginfile.php/56700/mod_book/chapter/2093/Plano%20Instrucional%20Descritivo.odt
3. O processo e construção textual
 
Ao escrever o conteúdo de um curso ou unidade curricular, é necessário pensar em formas que
forneçam maior abrangência ao acesso cognitivo do estudante. A escrita do conteúdo precisa ocorrer de
forma lógica e organizada, para aumentar o entendimento e motivação do leitor.
Alguns estudiosos propõem métodos de apresentação de conteúdos, uma deles é Robert Gagné, ele
traz um modelo de estrutura e aponta estratégias para usar em cada momento.
O quadro a seguir apresenta uma estrutura de organização de texto vista como bastante positiva,
confira:
Quadro 1 – Estrutura de Apresentação de livro texto
Fase/etapa Função
Introdução
Ativar a atenção do aluno;
Informar os objetivos de aprendizagem; e
Apresentar uma visão geral da unidade.
Processo ou
desenvolvimento
Recuperar conhecimentos prévios;
Apresentar informações novas e exemplos;
Focar a atenção do aluno;
Utilizar estratégias de aprendizagem;
Proporcionar a prática e orientá-la; e
Fornecer feedback.
Conclusão e Avaliação
Revisar e sintetizar o conteúdo
Transferir a aprendizagem;
Avaliar a aprendizagem; e
Fornecer complementação da aprendizagem.
Fonte: Manual do Conteudista - CEAJUD 
A seguir confira a descrição de cada uma dessas etapas.
 .
2.1 Primeira etapa - Introdução
Inciamos o processo de construção do livro texto Ativando a atenção e motivando o estudante –
este momento serve para convidar e instigar o estudante para o estudo do conteúdo, para isto pode-se
usar questões provocativas ou problemas reais de interesse comum ao estudo.
O segundo passo é Informar os objetivos de aprendizagem – é interessante apresentar os
objetivos de maneira desafiadora e com detalhamento necessário para o entendimento do que deve ser
alcançado. 
Outro fator importante na introdução é Apresentação geral da unidade – para este fim é
interessante apresentar o percurso a ser trilhado para chegar ao objetivo proposto.
 .
2.2 Segunda etapa - Desenvolvimento
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
Nesta etapa pode-se iniciar com a Recuperar conhecimentos prévios - propicie um momento de
recuperação de conhecimentos que estejam vinculados ou sejam requisito para a unidade em curso. Na
prática pode-se na primeira unidade do livro texto, apresentar algum conhecimento inicial e se tratando
de unidades posteriores pode-se fazer resgate da unidade anterior.
Posteriormente deve-se Apresentar informações novas e exemplos – nesta parte o conteúdo pode
ser apresentado de forma expositiva, descoberta ou exemplos e análise de situações. Lembre utilizando
linguagemadequada, esta será detalhada em tópico posterior.
Considera-se importante Focar na atenção – se efetiva utilizando realces no texto, indicando para faze
reflexões, realizar anotações, pesquisas. É interessante convidar o estudante nas interações de texto.
Deve-se pensar nas Estratégias de aprendizagem – elas devem seguir as estratégias pedagógicas do
curso e valorizar o estudante e sua aprendizagem.
Outro ponto é Proporcionar a prática e orientá-la – dar oportunidade de acesso a prática permitindo
a reflexão em cima de exemplos.
Por fim, é importante Fornecer feedback – durante o estudo deve-se acompanhar o desempenho do
estudante em relação a proposição dos objetivos da unidade.
.
2.3 Terceira Etapa - Conclusão e Avaliação
Nesta etapa final é interessante convidar o estudante a Revisar e sintetizar o conteúdo do curso, para
isso se apresenta uma síntese do que foi estudo.
O próximo passo na conclusão é realizada a Transferência da aprendizagem – para isto se faz
aplicação do conhecimento previsto no objetivo da aprendizagem da unidade.
Realiza-se também a Avaliação de aprendizagem – buscando avaliar o nível de aprendizagem
alcançado, defendo haver coerência com os objetivos propostos.
Por fim é importante Fornecer complementação da aprendizagem – deve-se fazer análise dos
resultados da avaliação de aprendizagem, para os estudantes que ficaram abaixo conhecimento
previsto deve-se pensar em novas atividades ou conteúdos complementares.
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
4. Estrutura do material
Na organização do texto do seu material didático é importante apresentar conceitos essenciais à
compreensão crítica do conteúdo adequados à concepção pedagógica e estabelecidos na ementa da UC,
bem como apresentar as informações mínimas que permitam a visão geral do conteúdo e que
contemplem conhecimento prévio trazido pelo estudante (SILVA; SPANHOL, 2014). 
.
Buscando contribuir com a organização do seu material, apontamos, a seguir, os elementos essenciais
no processo de desenvolvimento do livro didático. 
Sumário: organize o sumário de sua UC indicando apenas nomes das
unidades de aprendizagem. 
Apresentação da UC: faça uma breve apresentação da sua UC,
preferencialmente em uma página.
Unidades de estudo: cada unidade deve ter um nome e estar organizada
com subtítulos para uma melhor distribuição do conteúdo a ser discutido.
Página inicial da unidade: escreva um texto introdutório à unidade
mencionando as competências a serem desenvolvidas nesta unidade pelo
aluno. Esta apresentação guiará você, professor autor, na organização dos
conteúdos.
Organização do conteúdo: cada unidade será composta por título e
subtítulos. É indicado que se use até dois níveis hierárquicos de subtítulos:
subtítulo 1 e subtítulo 2. Procure distribuí-los de maneira homogênea em cada
unidade. 
Ao longo da produção da unidade, é importante a utilização de recursos
instrucionais, elementos que diferenciam e destacam partes do conteúdo. Mais
detalhes podem ser acessado no item específico.
 
 
Considerações finais: escreva um texto breve fazendo um fechamento para o livro, retomando os pontos importantes que
foram abordados em todas as unidades. Pode-se fazer uma reflexão crítica, descrevendo ao aluno como ele poderá aplicar
esses conhecimentos em sua carreira profissional. Você pode, inclusive, elaborar uma mensagem de estímulo para o aluno.
Referências: é importante seguir com rigor as normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), principalmente
a 6.023/2002 (referências) e a 10.520/2002 (citações). No site das bibliotecas do IFSC (http://
www.ifsc.edu.br/ensino/biblioteca), há um link para a ABNT (http://www. abntcolecao.com.br/). Neste último, uma senha é
requerida. Informe-se mais a respeito na biblioteca do seu câmpus. Outra fonte de consulta sobre as normas é o site da
Biblioteca Universitária (BU) da UFSC (www. bu.ufsc.br). Na página inicial, clique no item “Normalização de documentos”.
Sobre o autor: nesse item, elabore um minicurrículo. Em caso de obra coletiva, com mais de um autor, deve ser elaborado um
minicurrículo por autor.
A estrutura apresentada serve de base para o direcionamento dos itens necessários na produção de material textual, nem sempre o
docente opta por utilizar todos os elementos, de qualquer forna é bom conhecer um pouco dos detalhes de cada uma das partes.
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
5. Métricas material EaD
As métricas citadas aqui se referem a quantidade de conteúdo a ser apresentada para o estudo. Esta é
sempre uma preocupação na EaD, como o aluno está distante é necessário fazer a previsão de tudo que
será abordado na unidade curricular, antes mesmo do estudo iniciar. Sendo assim, o tamanho do texto
deve ser pensado e preparado seguindo a carga horária prevista para a UC.
Por exemplo, se o aluno tem uma UC com 30 horas, deve ser previsto um material para realizar o
estudo destas horas, sendo que o conteúdo não deve se exceder, o aluno deve ser capaz de estudar o
conteúdo nas horas previstas.
Após experiências com produção de conteúdo em diferentes locais, estudiosos como Laaser (1997),
propõem uma métrica sugerindo a média de duas páginas por hora-aula, podendo variar para mais em
até 30% do tamanho do conteúdo. Veja a exemplificação de carga horária e tamanho de texto no
quadro a seguir:
 Quadro1: Previsão de páginas para material didático EaD
Carga Horária da UC Previsão do Número de unidades Previsão do Número de Páginas
60 horas 6 unidades Entre 120 e 160 páginas de texto
45 horas 4 unidades Entre 90 e 130 páginas de texto
30 horas 3 unidades Entre 60 e 90 páginas de texto
25 horas 2 unidades Entre 50 e 75 páginas de texto
 Fonte: do autor, baseado em Laaser (1997)
A estimativa do número de páginas do livro didático, pode variar em função da quantidade de imagens,
quadros, gráficos e tabelas. É interessante utilizar elementos visuais como imagens, tabelas, quadros,
infográficos, entre outros, para facilitar ou reforçar o entendimento do conteúdo que está sendo
apresentado. Por outro lado é importante também ressaltar que as propostas de imagens devem estar
em consonância com o texto.
.
Forma de contagem das páginas de conteúdo
Os conteúdos na EaD podem ser organizados em diferentes formas de apresentação. O docente no
momento de planejar uma UC pode organizar os conteúdos a serem apresentados de forma em que os
mesmos podem ser escritos pelo docente, ou podem ser materiais de pesquisa, prontos e selecionados
para incorporar os materiais de estudo, entre as possibilidade de uso estão: livros ou capítulos de
livros, artigos, revistas, entre outras fontes. 
.
Importante:
Na organização e seleção do material é fundamental que toda leitura considerada obrigatória esteja
prevista na carga horária da UC, seja em forma de livro didático escrito pelo docente ou indicações de
leitura.
.
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
Veja no quadro a seguir exemplos de contagem de páginas de conteúdo, considerando a utilização de
diferentes materiais, para atender a carga horária de uma UC.
 Quadro2: Exemplos de organização de material didático
Carga Horária da UC
Previsão do Número de Páginas
de Livro didático
Previsão do Número de Páginas 
indicada para leituras 
de materiais prontos
60 horas 60 páginas escritas pelo docente
1 artigo de 30 páginas
1 capítulo de livro de 45 paginas
30 horas 35 páginas escritas pelo docente 
1 artigo de 15 páginas
2 artigos de 20 páginas
25 horas 10 páginas com resumos escrita pelo docente 
1 capítulo de livro de 35 páginas
2 artigos de 15 páginas
 Fonte: do autor, baseado em Laaser (1997)
Estes são exemplos de organização de material para uso como conteúdos da UC, o objetivonesta
apresentação é de mostrar que não uma regra de uso, o tipo de material a ser utilizado fica a critério da
seleção do docente, e este precisa ter a consciência para basear a média de páginas a ser entregue ao
estudante como leitura obrigatória dentro da UC ou de um curso. Já quando as leituras não obrigatórias
conhecidas como Saiba Mais, podem ser indicadas a vontade, só não devem ser contabilizadas na carga
horária do curso e ainda, não devem ser cobradas nas atividades avaliativas.
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36105
6. Elementos Instrucionais
Continuamos falando de material didático, neste momento focamos nos elementos ou recursos
instrucionais. Para o desenvolvimento de material didático na EaD, é preciso desenvolver textos que
interajam com o estudante que se encontra em local geograficamente distinto. 
Uma leitura leve, de qualidade, com elementos que saltem ao texto trazendo informações diferenciadas
e dicas direcionadoras do estudo, é fundamentais para o bom intendimento e interesse do estudante.
Para atender a esta necessidade é indicado que o texto composto também de recursos instrucionais que
são: "elementos iconográficos inseridos ao longo do texto, e compõem o conteúdo com o
objetivo de contribuir com sua compreensão, tornando a aprendizagem mais interativa e
instigante para o aluno". (SILVA e SILVA, 2015. p.26)
CERFEaD
 
 
 
Normalmente os recursos instrucionais a serem utilizados no material didático de
um curso, são previstos por equipes pedagógicas que estão envolvidas no grupo
multidisciplinar de desenvolvimento.
No caso do IFSC, mais especificamente do CERFEaD, já se tem uma definição de
possibilidades de elementos instrucionais que visam estimular a reflexão e outras
situações de aprendizagem.
A seguir você terá a possibilidade de conhecer os elementos que vem sendo utilizados e qual o objetivo
de cada um deles dentro da apresentação do conteúdo.
Estes são os elementos instrucionais indicados para serem usados no desenvolvimento da escrita
textual, cabe ao docente desenvolvedor do conteúdo indicar o uso do elemento instrucional e a equipe
de produção de material didático ao fazer a edição do conteúdo no ambiente, poderá fazer a aplicação
da identidade recurso.
.
É possível fazer a indicação do recurso de forma simples, basta colocar o nome do elemento instrucional
entre "colchetes" antes do parágrafo do texto, veja exemplo na imagem a seguir:
Outro detalhe a ser lembrado é de que o objetivo dos elementos instrucionais são usados para ressaltar
informações fazer pausas, lembrar, ressaltar conteúdos importantes e direcionar o estudo, sendo assim
eles devem se utilizados com moderação em meio ao texto que normalmente compõe a maior parte do
material textual que está sendo desenvolvido. 
7. Linguagem dialógica
 
A Linguagem Dialógica é a forma característica da comunicação utilizada na educação a distância, ela
surge da união dos termos Linguagem, que é a capacidade humana de manifestar expressões de
sentimentos, desejos, opiniões e troca de informações em diferentes culturas. Juntamente do termo
Dialógica, que carrega em sua essência o significado de dialogismo, consistindo na construção e
reflexão sob a forma de diálogo.
Para Mikhail Bakhtin (1999), filósofo russo pesquisador da comunicação humana, a dialogicidade
favorece a aquisição do conhecimento pela interação já que a linguagem media a ação do sujeito sobre
o objeto, desempenhando a função mediadora. Piva, Freitas e Miskulin também contribuem colocando
alguns fatores que influenciam na dialogicidade:
 
 
É através da interação com o outro e seus enunciados individuais que ocorre a assimilação da
expressividade conferida às palavras e enunciados. Todo enunciado tem um autor. Ele é
elaborado visando uma compreensão responsiva ativa do destinatário. Para facilitar a
compreensão responsiva de um enunciado, alguns fatores como o grau de informação do
destinatário e o seu conhecimento especializado na área, devem ser considerados. Isso
se deve a que são esses fatores os determinantes na escolha do gênero e do estilo do
enunciado. (Piva, Freitas e Miskulin, 2009, p.5).
Na EaD a dialogicidade é pensada em todos os momentos do curso, seja na apresentação do material
didático ou nas interações. Deve-se pensar em material que proporcione apoio ao estudo oferecendo
condições para o desenvolvimento da aprendizagem dos alunos, mesmo realizando estudo individual e a
distância.
No desenvolvimento de materiais é aplicada com a chamada Linguagem Dialógica Instrucional, onde os
conteudistas escrevem seu material de modo a estarem continuamente conversando com o aluno, em
um diálogo amigável e encorajador. "Esse diálogo deve incluir aconselhamento a respeito do que fazer,
ou seja, deve servir de encorajamento para os alunos, reforço e incentivo". (Laaser, 1997, p. 76).
A seguir você pode observar um exemplo apresentado por Piva, Freitas e Miskulin, onde se mostra o
Texto 1a de forma comum e o Texto 2a, caracterizando dialogicidade, confira a imagem a seguir:
Fonte: Piva, Freitas e Miskulin (2009, p.8).
Este é um exemplo de uso de linguagem dialógica na apresentação textual, seja na versão para
impressão, leitura em PDF ou conteúdos online com links interativos, cada docente tem sua forma de
escrever e se expressar, mas todos tem a possibilidade de incluir dialogicidade em sua construção
textual.
[SAIBA MAIS]
Você pode estudar mais sobre a produção de material didático utilizando Linguagem Dialógica e
produção de material didático, acessando o artigo: Produção de conteúdos para EaD: Planejamento,
Execução e Avaliação, que busca discutir uma proposta de produção e análise de materiais didáticos
para uso em cursos na modalidade EaD. Confira!
http://www.ileel.ufu.br/anaisdosielp/wp-content/uploads/2014/07/volume_2_artigo_203.pdf
8. Critérios para desenvolvimento textual
 
Outro ponto a ser pensado na produção textual e na elaboração de materiais didáticos são os critérios
que elevam a qualidade da produção e seu reflexo no processo de aprendizagem. A organização de
critérios resulta não só em uma padronização na forma de elaborar e validar materiais didáticos, como
também contribuem para que o material entregue aos alunos cumpra com seus objetivos no processo
de aprendizagem.
Para trabalhar os critérios vamos contar com o estudo de especialistas em produção de material
didático, como Arétio, que nos ajuda na definição de critérios a serem seguidos durante a produção de
material didático. Este autor define três classes de critérios de qualidade, entre elas: qualidade de
conteúdo, qualidade de linguagem e qualidade de estética. Observe a seguir o detalhamento de cada
uma das classes.
.
8.1 Critérios de qualidade de conteúdo
Conforme estudo apresentado por Aretio (2002), os critérios de qualidade de conteúdo compreendem
questões didático-pedagógicas como adequação entre teoria, metodologia e recursos tecnológicos
utilizados para ofertar o curso. Confira os critérios listados por Aretio no quadro a seguir:
 
Critérios de qualidade para escrita de conteúdos
Um bom texto deve ajudar o leitor a identificar as ideias fundamentais expostas.
Estrutura lógica-formal dos textos, nível de dificuldade.
Objetividade e que sejam adequados a situações reais.
Atualidade, pertinência com as necessidades detectadas.
Exemplos representativos e fundamentais.
Adequação ao desenvolvimento cognitivo do aluno, seus interesses e necessidades.
Significatividade apoiada em saberes anteriores e que realmente signifiquem algo para o
aluno.
Oferecer nos títulos pistas para recordar.
Recorrer a organizadores internos: encabeçamento, quadros, tabelas, diagramas, resumos,
notas de margem e rodapé etc.
Solicitação de resposta do estudante mediante perguntas, exercícios e aplicações
intercaladas no texto.
Intercalar reforços motivadores ao longodo texto.
Seleção cuidadosa de exemplos e contraexemplos que estimulem a imaginação e aclarem as
ideias.
Destaque claro de quais são as ideias principais.
Ligar os novos conceitos com outros anteriores.
Fragmentar o texto em quantos separadores, porções ou ideias fundamentais sejam
necessário.
Manutenção de uma ordem lógica e da relação entre as diferentes frases e parágrafos.
Funcionalidade que sirva para algo agora e para o futuro.
Fonte: Manual do Conteudista - CEAJUD
 
8.2 Critérios de qualidade de linguagem
Quando falamos em linguagem é importante relembrar que a dialogicidade deve estar presente em
todos os momentos, neste contexto de escrita de conteúdos segue-se a mesma premissa. A linguagem
com qualidade permite uma comunicação mais clara e efetiva com o estudante, resultando também em
resultados positivos na aprendizagem. A seguir será apresentado um quadro baseado no estudo de
Aretio, confira!
.
Critérios de qualidade para linguagem
Cuidar extremamente das regras e normas ortográficas e sintáticas da linguagem.
Utilizar o vocabulário mais apropriado para os destinatários e as tarefas que tem de
aprender.
Utilizar palavras: curtas, concretas, cheias de sentido, familiares, utilizadas no uso
coloquial, indicadores de ação, com significado constante.
Evitar as palavras desnecessárias e difíceis de entender.
Definir os novos termos e enviar o estudante ao glossário em suas futuras aparições.
Utilizar de forma equilibrada metáforas, analogias, repetições e comparações.
Escrever com estilo pessoal, como se estivesse conversando com o estudante, sem chegar
a vulgarizar o conteúdo.
Propor sempre frases: curtas, bem estruturadas e conectadas entre si.
Não abusar de excessiva informação em uma só frase.
Escrever verbos de ação, em voz ativa e preferencialmente no presente.
Cuidar o texto entre as classes gramaticais (gênero, número, tempo, etc.).
Usar pronomes pessoais.
Evitar o uso de verbos substantivados.
Não economizar conectivos entre palavras e frases.
Realizar frequentes enumerações de condições, prescrições, escritas separadamente.
Evitar duplas negações.
Fonte: Manual do Conteudista - CEAJUD
 
Salienta-se que é interessante o conteudista se imaginar estando no lugar do leitor e lembrar que
normalmente o estudante estará sozinho no momento de leitura, então uma apresentação de texto com
linguagem fluida e amigável facilita o entendimento e a qualidade do estudo.
.
8.3 Critérios de Qualidade de Estética
A apresentação ou entrega do conteúdo aos estudantes é outra responsabilidade da produção, o texto
desenvolvido pelo conteudista pode ser impresso ou online, independente do formato é necessário que
desperte o interesse visual do estudante e mostre o texto com clareza e complementos visuais. A seguir
veja o detalhamento de como proceder seguindo os critérios do estudo de Aretio.
 
Critérios de qualidade para estética 
https://moodle.ifsc.edu.br/mod/page/view.php?id=36116
Utilizar técnicas de realce (tamanho e grossura das letras, maiúscula, negra, itálica, sublinhada,
cor, sombreada etc.).
Diante de ícones e imagens indicar o que deve fazer o estudante no momento determinado do
estudo: escrever, responder, ver um vídeo, consultar Internet etc.
Chamar a atenção sobre a importância do texto posterior.
Recorrer a sinais ou indicativos que numeram ou ordenam espacialmente as ideias.
As ilustrações bem utilizadas são melhores que as palavras.
Complementar o texto com ilustrações, tabelas, gráficos, esquemas, quadros, organogramas,
mapas, desenhos e fotografias.
Recordar que as ilustrações devem ser claras, atrativas, chamativas, estéticas e fáceis de
entender.
Acompanhar todas as ilustrações com explicações e clarear acrescentando informações
valiosas.
Cuidar para que as ilustrações formem estreita unidade com o texto e que apareçam ligadas ao
mesmo tempo.
Evitar o visual meramente decorativo.
Utilizar caracteres de corpo não inferiores a 8.
Escolher linhas de texto que não sejam muito largas nem excessivamente curtas.
Não esquecer de determinar numeração que identifique claramente a ilustração.
 Fonte: Manual do Conteudista - CEAJUD
 [Saiba Mais]
Para visualizar outros itens interessantes que resultam na qualidade textual assista o vídeo e confira!

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