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JOSÉ VIRGÍNIA HERCULANO RESUMO GERAL DOS CONTEÚDOS DA CADEIRA DE MÉTODOS DE ESTUDO MASSINGA 2020 2 JOSÉ VIRGÍNIA HERCULANO RESUMO GERAL DOS CONTEÚDOS DA CADEIRA DE MÉTODOS DE ESTUDO Trabalho de Investigação Científica, a ser apresentado na Unisave-Massinga, Departamento de Ciências Naturais e Exactas, Curso de Licenciatura em Física, para efeitos de avaliação final na cadeira de Métodos de Estudos. Docente: MSc. Osvaldo dos Santos Gouveia MASSINGA 2020 3 Índice CAPITULO I..............................................................................................................................4 1. Introdução...........................................................................................................................4 1.1. Objectivo Geral..........................................................................................................4 1.2. Objectivos Específicos...............................................................................................4 1.3. Metodologias..............................................................................................................4 CAPITULO II............................................................................................................................5 1. Responsabilidades do estudante no ensino superior...........................................................5 2. Autonomia do estudante no ensino superior.......................................................................5 3. Importância da planificação do estudo...............................................................................6 4. Condições ambientais e psicológicas para o estudo...........................................................6 5. Gestão do tempo/horários de estudo...................................................................................7 6. O estudo pela leitura trabalhada..........................................................................................7 7. O sublinhado como técnica de estudo.................................................................................8 8. As anotações na margem do texto como técnica de estudo................................................9 9. A elaboração de resumos como técnica de estudo..............................................................9 10. Elaboração de notas e esquematização.........................................................................10 11. Aprender decor..............................................................................................................10 12. Documentação...............................................................................................................11 13. O trabalho em grupo como técnico de estudo...............................................................11 14. Objectivos da leitura.....................................................................................................11 15. Elementos da leitura......................................................................................................12 16. Fases da leitura..............................................................................................................13 17. Leitura e suas técnicas...................................................................................................13 18. Aproveitamento da leitura.............................................................................................13 19. Compreensão do texto...................................................................................................14 20. Ficha de leitura..............................................................................................................14 4 21. Ficha de transcrição.......................................................................................................14 22. Ficha de comentário......................................................................................................15 23. Ficha analítica...............................................................................................................15 24. Ficha de resumo............................................................................................................15 25. Artigo científico............................................................................................................16 26. Ensaio............................................................................................................................16 27. Resenha.........................................................................................................................16 28. Relato de experiência....................................................................................................17 29. Relatório científico........................................................................................................17 30. Monografia....................................................................................................................17 31. Dissertação....................................................................................................................17 32. Tese...............................................................................................................................18 33. Comunicações científicas..............................................................................................18 34. Trabalhos didácticos: os manuais e os textos de apoio.................................................19 35. Revistas e jornais científicos.........................................................................................19 36. Livros científicos...........................................................................................................19 CAPITULO III.........................................................................................................................20 1. Conclusão..........................................................................................................................20 2. Bibliografia.......................................................................................................................21 5 CAPITULO I 1. Introdução No ensino superior, o estudante se depara com novas exigências, novas posturas diante de novas tarefas, visto que, os resultados do processo da sua formação dependem exclusivamente do seu desempenho como estudante. Sendo assim, a cadeira de Métodos de Estudo é de extrema importância para o estudante do ensino superior, pois aborda desde o estudo do regulamento académico, até as principais regras de produção científica, fornecendo uma melhor compreensão sobre a sua natureza e objectivos, podendo auxiliar para melhorar a produtividade e a qualidade das suas produções, bem como as diferentes formas e técnicas de estudo a serem usados para o sucesso da sua carreira estudantil. Entretanto, é a partir do explicado no parágrafo anterior que interessamo-nos em efectuar este presente resumo de modo a deixar de forma mais objectiva e clara possível o resumo dos diferentes conteúdos debatidos durante as aulas da cadeira de Métodos de Estudo. São vários os objectivos que suscitaram na elaboração do presente trabalho, de entre as quais destacamos: 1.1. Objectivo Geral Resumir todos os conteúdos discutidos nas aulas presenciais da cadeira de Métodos de Estudo. 1.2. Objectivos Específicos Identificar os conteúdos discutidos nas aulas; Compreender cada conteúdo discutido nas aulas; Resumir cada conteúdo discutido nas aulas; Efectuar a leitura aprofundada de cada conteúdo discutido nas aulas. 1.3. Metodologias Para tornar possível a elaboração do presente resumo, recorreu-se a diversas pesquisas bibliográficas de diversos autores e consultas virtuais, onde foi necessário efectuar uma leitura e síntese da informação de modo a fazer constar neste trabalho.6 CAPITULO II 1. Responsabilidades do estudante no ensino superior ALMEIDA (2007), afirma que a entrada e a permanência bem-sucedida na universidade exigem o desenvolvimento dos sensos de autonomia, autodisciplina e auto-organização pelo estudante considerando-se que há menor controlo relativo à sua presença nas aulas, bem como menor acompanhamento, pelo professor, daquilo que ele aprende e sabe. Sendo assim, são várias as responsabilidades do estudante no ensino superior, de entre as quais destacamos: Uma das principais responsabilidades do estudante universitário é a de ser capaz de responder às principais exigências do seu tempo; O estudante deve assumir a postura real de estudante universitário, o que implica participar de modo efectivo nas aulas; Assumir o seu papel de estudante nos moldes tradicionais, isto é, ser pontual, estar em silêncio, estar concentrado, ser participante e, assim, transformar-se em um possível revolucionário; Ser um individuo íntegro, comprometido e evoluir na tomada de atitudes de estudo positivas, críticas e providas de iniciativa, as quais são exigidas e valorizadas tanto pelo Ensino Superior quanto pelo próprio mercado de trabalho; O estudante deve entender que a sua formação e a sua futura acção profissional têm como finalidade, a transformação social. Em sumo, as responsabilidades que o estudante possui enquanto cursista do ensino superior se resumem em ter a capacidade de ampliar o modo de enxergar a própria vida e o mundo em que se está inserido, e assim, perceber que o empenho pelo bem comum, implica uma mudança de pensamento e acção no processo formativo e de futura acção profissional. 2. Autonomia do estudante no ensino superior No ensino superior, os estudantes aprendem em seu próprio ritmo e interesse, procurando meios e técnicas suficientes e adequadas para descrever as suas necessidades actuais de conhecimento. A partir do período em que o estudante escolhe a área ou o curso pelo qual pretende formar-se, já está implícito a necessidade de colocar para si os próprios objectivos e procurar alcança-los, o que significa configurar um processo de desenvolvimento da autonomia. 7 Assim, não se trata de criar significados no isolamento, mas sim trabalhar em rede. Deste modo, é preciso não confundir autonomia com aprendizado solitário, visto que o aprendizado pressupõe dedicação, esforço, iniciativa, mas, tais atitudes, todas relacionadas com autonomia, não terão sentido, se considerar-se um indivíduo isolado. Daqui é possível inferir que ao se pensar a autonomia do estudante no Ensino Superior, não podemos nos olvidar do aspecto relacional. Contudo, fica latente o aspecto relacional e dialógico do processo educativo e de promoção a autonomia, ou seja, a autonomia não é apenas uma conquista individual, mas pressupõe o diálogo, o contacto com o diferente, a exposição e a escolha (PAULO FREIRE, 2006). 3. Importância da planificação do estudo A planificação dos estudos é uma das componentes de extrema importância na vida académica, pois é o processo através do qual o estudante faz a preparação, previsão e organização do desenvolvimento das suas actividades, em conformidade com as normas, procedimentos e/ou legislação que orientam a área a planificar, estabelecendo para o efeito, as respectivas metas e prazos. A planificação dos estudos é muito fundamental, pois ajuda o estudante na: Organização do trabalho em função do papel educativo e normativo da disciplina; Reflexão dos conteúdos e métodos de trabalho e materiais mais adequados à aprendizagem; Controlo e ajustes de acordo com as necessidades e interessem; Divisão do tempo de acordo com as metas de aprendizagem que se pretende atingir. Portanto, para que haja um bom rendimento escolar, é fundamental que o aluno interiorize a necessidade de gerir o seu tempo, planificando-o de acordo com a actividade que desenvolve ao longo do dia, quer ela seja de lazer, ou relacionadas com a escola. 4. Condições ambientais e psicológicas para o estudo O local de estudo deve ser um espaço tranquilo, sem ruídos nem interrupções, ter iluminação adequada, temperatura agradável, ventilação agradável e mobiliário adequado, de modo que seja fácil para o estudante concentrar-se nas suas tarefas. Por outro lado, este espaço deve ser sempre o mesmo, pa r a q ue o estudante não seja sujeito a novos estímulos que poderiam levar à uma possível distracção durante a realização da sua tarefa. 8 As condições psicológicas favoráveis para o estudo são: ter um bom nível de auto-estima, espírito entusiasta e curioso, atitude sociável, espírito de grupo e entreajuda. Factores como a frustração, o desinteresse, o desânimo, a preocupação com problemas pessoais, etc., podem afectar negativamente o estudo e consequentemente o seu rendimento escolar. 5. Gestão do tempo/horários de estudo CHIAVENATO (2004), afirma que o primeiro passo para quem quer estudar consiste em organizar a vida de maneira a abrir espaço para estudar e planejar melhor o aproveitamento possível do seu tempo. Contudo, a elaboração de horários deve ser acompanhada da planificação das actividades de estudo (aulas, trabalhos, estudo privado), para que assumam- se como ferramentas poderosas para o desenvolvimento de competências autorregulatórias. Para a gestão adequada do tempo de estudos, devem ser tidas em conta questões como: o ritmo pessoal de trabalho, as dificuldades de cada disciplina, as horas apropriadas para o estudo e os tempos dedicadas ao lazer. Para além disso, alguns princípios como: fazer um plano semanal e um plano diário, não gastar o tempo todo de estudo numa só disciplina, certificando que todas sejam contempladas no plano, bem como as tarefas dentro de cada disciplina (trabalhos de casa, pesquisa, etc.) criar o hábito de utilizar uma agenda, que será de grande utilidade para ir registando a data das avaliações. Cada pessoa tem os seus próprios hábitos e como tal terá de elaborar o seu próprio horário. No entanto terá que ter em conta as dificuldades que inicialmente poderá enfrentar, tais como: o esquecimento, tarefas numerosas, carência da produtividade, cansaço e indecisão. 6. O estudo pela leitura trabalhada A leitura é uma das ferramentas muito importante para o sucesso nos estudos. E não basta ler muito ou pouco, é preciso buscar o máximo de conhecimento possível. A leitura trabalhada se divide em dois grupos: leitura literal primária (que enfatiza a leitura dos dados de maneira explicita) e a leitura literal em profundidade (que enfatiza na compreensão daquilo que se lê). Para que a tarefa de leitura seja realizada com sucesso, é preciso que o estudante seja capaz de localizar informações explícitas em um texto; distinguir um facto da opinião relativa a esse 9 facto; estabelecer relações lógico-discursivas presentes no texto e inferir o sentido de uma palavra ou expressão. Segundo CABRAL (1986), o processo de leitura obedece, pelo menos, quatro etapas, numa visão psicolinguística, que são: A descodificação – é a fase de descodificar os símbolos escritos. É uma leitura superficial que, apesar de incompleta, é essencial fazê-la mais de uma vez num mesmo texto. É o momento em que o eleitor deve anotar as palavras desconhecidas para achar um sinónimo, passo importante para passar para a próxima etapa de leitura, a compreensão do que foi lido. A compreensão – é a fase em que o leitor procura captar o sentido do texto lido. Procura saber do que se trata no texto, qual a tipologia usada, compreender o que o autor pretendeu passar e ser capaz de resumir em duas ou três frases a essência do texto. A interpretação - nesta etapa da leitura, o leitor procura interpretar uma sequência de ideias ou acontecimentos que estão implícitas no texto. A retenção - nessa última etapa, o leitor deve sercapaz de reter as informações trabalhadas nas etapas anteriores e aplicá-las: fazendo analogias, comparações, reconhecendo o sentido de linguagens figuradas ou subentendidas, e o principal, aplicar em outros contextos reflectindo sobre a importância do que foi lido fazendo um paralelo com seu quotidiano, aprendendo com isso, a fazer suas próprias análises críticas. 7. O sublinhado como técnica de estudo O sublinhado é uma técnica de estudo indispensável para elaborar esquemas, resumos, ressaltar as ideias importantes de um texto, com finalidades de estudo, revisão ou memorização do assunto. O requisito fundamental para sublinhar é a compreensão do assunto. Sem isso é inviável a identificação das ideias principais e secundárias, que permite a selecção do que é indispensável e do que pode ser omisso, sem prejuízo do entendimento do texto. Antes de tudo, para estar apto a sublinhar correctamente o texto, é preciso ler bastante o texto e com muita atenção. O ideal é que o leitor tenha repassado o conteúdo ao menos duas ou três vezes antes de sublinhar, para ter a ideia real de quais são as ideias-chave do texto. 10 Só devem ser sublinhadas as partes fundamentais, geralmente que compõem a ideia principal do texto. Também é importante destacar as palavras técnicas ou específicas do tema e qualquer dado relevante que contribuía para a compreensão. 8. As anotações na margem do texto como técnica de estudo A técnica das anotações na margem do texto durante a leitura é muito vantajosa, pois consiste em anotar na margem do texto, palavras-chave relativas a um personagem do texto ou comentários e perguntas sobre o conteúdo. Efectuar anotações durante a leitura é muito importante em muitas situações tais como: para resumir o texto posteriormente, para escolher ideias, para reter algo na memória, etc. Para que as anotações sejam úteis e verdadeiras, é preciso que o leitor siga de entre várias, as seguintes indicações: Escrever de forma legível; Escrever um título no topo da folha em que vais escrever as suas anotações. Usar palavras-chave de modo a não fazer frases completas; Anotar apenas o que for realmente importante; Dependendo do tema, pode ser conveniente ordenar as anotações por diversos subtemas; Utilizar abreviaturas, setas, símbolos e ou esquemas. As anotações são uma das tácticas mais eficazes para potencializar os estudos, acelerar o aprendizado e potencializar a memorização, mesmo que não constem todas informações do texto, elas facilitam o leitor na recordação do que foi lido. 9. A elaboração de resumos como técnica de estudo Resumo é a ordenação sistemática e breve dos diversos aspectos de um tema. Exige cuidados leitura do texto para se identificar com a máxima precisão as ideias e pensamentos do autor. O resumo pode ser indicativo ou informativo. No resumo indicativo ou descritivo, descrevem-se os principais tópicos do texto original e indicam-se sucintamente seus conteúdos. Portanto, requer uma atenta leitura do texto, para que nenhum aspecto essencial seja despercebido. Quanto á extensão, não deve ultrapassar 15 ou 20linhas, com utilização de frases curtas e de sentido completo, que geralmente correspondem a cada elemento fundamental do texto, sem, contudo, limitar-se à enumeração pura e simples das partes do trabalho. No resumo informativo ou analítico, faz-se uma redacção do texto à 1/3 (um terço) ou ¼ (um quarto) do original, abolindo-se os gráficos, tabelas, citações, exemplificações 11 muito abundantes, mantendo-se, todavia, as ideias principais. Expõe as finalidades, metodologias, resultados e conclusões (MARQUES, et al., 2006). 10. Elaboração de notas e esquematização Fazer notas implica seleccionar e anotar a informação à medida que a recebe. Isso exige um considerável esforço de atenção e de capacidade de discriminar e resumir de forma rápida a informação relevante. As notas são tomadas a partir de uma exposição oral. Seu objectivo é registar e conservar a informação fundamental proporcionada pela pessoa que faz a exposição: o professor em aula, um palestrante, etc. De forma geral, as anotações são tomadas com o propósito de serem estudadas. Para que esse objectivo seja alcançado, as anotações devem ser concisas e claras, resultando em uma leitura posterior compreensível. A esquematização significa traçar um esqueleto da obra; organizar o texto com lógica, colocando em destaque a inter-relação das ideias. Um esquema ajuda o pesquisador a assimilar a matéria e levantar as ideias do texto (análise), ordenando-as (síntese). É uma forma activa de se tomar contacto com o assunto em estudo, obrigando o leitor a retirar do texto as ideias principais, os detalhes importantes e as ideias secundárias que subsidiam as ideias principais. Ao mesmo tempo reduz-se a poucas linhas ou páginas a obra estudada, estabelecendo-se relações entre os factos, as ideias e a ideia central do texto (MOTA, 2017). 11. Aprender decor Após a elaboração de resumos ou esquemas torna-se útil a memorização e decoro de alguns conteúdos. Estas estratégias são mais utilizadas nos dias que antecedem os exames, daí a importância de fazer-se o estudo prévio ao longo do semestre e deixar para os últimos dias apenas a revisão da matéria. Decor é uma das técnicas muito usada pelos estudantes em tempos de avaliações. Isso acontece caso o estudante não tenha estudado o bastante para a avaliação ou a apresentação de um trabalho. Para que a técnica de decor seja feita com maior sucesso é necessário compreender antes de decorar, fazer jogos de palavras, lembrar-se dos conteúdos em intervalos diferentes e explicar a matéria a outro colega. 12 12. Documentação A documentação como prática de trabalho científico é a forma mais adequada e sistemática de tomar apontamentos. As informações colhidas nas aulas expositivas, nos debates em grupos, nos seminários e conferências são assinaladas, num primeiro momento, de maneira precária e provisória, nos cadernos de anotações. É uma técnica eficiente para quem deseja organizar-se melhor e aprofundar os conteúdos recebidos nas aulas, ou colhidos de leituras. É também, o registo sistemático das ideias de uma obra (texto, artigo de revista, livro ou capitulo de livro). Como o investigador manipula o material bibliográfico, que em sua maior parte não lhe pertence, a documentação permite identificar as obras; conhecer seu conteúdo; fazer citações; a elaboração de resumos; a conservação dos conteúdos aprendidos, etc. 13. O trabalho em grupo como técnico de estudo LIGHT (1992) citado por FLORES (2001), sustenta que a aprendizagem colaborativa tem um papel importante nas actividades de cursos de educação superior porque os alunos trabalham juntos em pequenos grupos aplicando e sintetizando os conhecimentos apresentados. O trabalho em grupo consiste em aprender de forma conjunta, através da leitura colectiva, procurando explicar aquilo que cada membro do grupo compreendeu após ter lido um determinado texto ou conteúdo. A finalidade principal do trabalho em grupo é de obter a cooperação de todos colegas integrantes do grupo na realização de uma tarefa, e no desenvolvimento de habilidades necessárias à prática de convivência com as pessoas. 14. Objectivos da leitura A leitura como prática social é sempre um meio, nunca um fim – ler é buscar respostas a um objectivo, a uma necessidade pessoal. Assim, a formação de um leitor pressupõe um trabalho que contemple uma diversidade de géneros e suportes textuais, que estão presentes em diferentes contextos sociais. Dentre os principais objectivos da leitura, destacam-se: • Ler para obter informação precisa; 13 • Ler para obter uma informação de carácter geral; • Ler para aprender; • Ler para revisar um escrito próprio; • Ler por prazer; • Lerpara comunicar um texto a um auditório; • Ler para praticar a leitura em voz alta; • Ler para verificar o que se aprendeu; etc. Assim, diferentes objectivos exigem diferentes textos e cada qual, por sua vez, uma modalidade de leitura. Quando o objectivo da leitura é aprender, isso significa que em primeiro lugar, ler para poder se guiar num mundo em que há tanta informação que às vezes não se sabe nem por onde começar. Em segundo, significa não ficar apenas no que os textos dizem, mas incorporar o que eles trazem para transformar nosso próprio conhecimento. 15. Elementos da leitura Ler significa conhecer, interpretar, decifrar, distinguir os elementos mais importantes dos secundários e, optando pelos mais representativos e sugestivos, utilizá-los como fonte de novas ideias e do saber, através dos processos de busca, assimilação, retenção, crítica, comparação, verificação e integração do conhecimento: Por esse motivo, havendo disponíveis muitas fontes para leitura e não sendo todas importantes, impõe-se uma selecção. Na busca do material adequado para a leitura, há que identificar o texto. Para tal, existem vários elementos auxiliares da leitura, como segue: O título; A data da publicação; A contracapa; O índice ou sumário; A introdução, prefácio ou nota do autor; A bibliografia e as citações. 14 16. Fases da leitura Segundo LAKATOS & MARCONI (2003, p. 22-23), a leitura engloba várias fases ou etapas, que podem ser sintetizadas da seguinte forma: A fase do reconhecimento ou prévia; A fase da leitura exploratória ou pré-leitura; A fase da leitura selectiva; Fase reflexiva; Fase crítica; Fase interpretativa; Fase explicativa. 17. Leitura e suas técnicas Diante das dificuldades a ser enfrentada pelo leitor, faz-se necessário o estabelecimento de regras ou medidas a ser seguida. As técnicas de leitura são práticas que contribuem para melhorar a assimilação dos conteúdos lidos. Esses métodos consistem, basicamente, em posicionar o leitor de forma activa diante do texto. Dessa maneira, as técnicas de leitura auxiliam no processo de aquisição do conhecimento. As 5 práticas para melhorar a leitura e a aprendizagem são: 1. Pense sobre o que você quer aprender; 2. Identifique os pontos principais; 3. Leia em voz alta; 4. Faça anotações, grife e sublinhe; 5. Explique o que leu para outra pessoa. 18. Aproveitamento da leitura Para que possamos, enquanto leitores de um texto, colectar informações, verificando a validade de tais informações, comparando-as ao seu conjunto de referências, procurando argumentos ou outras informações para sustentar nossas posições, é preciso que estabeleçamos alguns passos a serem dados no alcance desse nível desejável de leitura que são: delimitar a unidade de leitura (selecção), identificar o tema do texto, localizar o texto no tempo e no espaço, elaborar uma síntese do texto, organizar as próprias ideias com relação aos elementos relevantes, demonstrar capacidade para interpretar dados e factos apresentados e elaborar hipóteses explicativas para fundamentar sua análise das questões tematizadas no texto. 15 Para que os passos sugeridos anteriormente sirvam para a garantia de uma boa leitura e podem ser sintetizados nos cinco elementos que todo leitor deve identificar num texto, que são: tema, problema, objectivos e ideias centrais. 19. Compreensão do texto KINTSCH (1998) distingue três níveis de representação cognitiva que adviriam da compreensão de textos escritos: 1. O código de superfície - o qual preserva o palavreado exacto e a sintaxe das orações; 2. O texto base - que contém as proposições do texto explícito numa forma que preserva o significado, mas não o palavreado ou a forma exacta do texto (inclui algumas poucas inferências necessárias para estabelecer a coerência do texto) e 3. O modelo situacional - que é uma representação mental daquilo que é explicitamente mencionado ou inferencialmente sugerido no texto (a maioria das inferências geradas na compreensão do texto são partes do modelo situacional construído. 20. Ficha de leitura É um conjunto de elementos sobre um livro. Que tem a identificação da obra (autor, titulo entre outros elementos de uma obra). Por outro lado podemos definir como um resumo das ideias de um autor contidas como objectivo preparar um trabalho de maior fôlego onde pretendemos conciliar várias fichas de leitura com as nossas conclusões em ordem a produzir um trabalho sistemático e original. 21. Ficha de transcrição A ficha de transcrição é aquela em que se passa o texto de um livro lido fidedignamente para a ficha. Com o uso de aspas no inicio e no fim, para indicar a autoria, este tipo de ficha destaca os trechos mais relevantes de uma obra. Cada trecho que foi transcrito para que as informações nele contidas sejam localizadas com facilidade. Consiste na copia de parte ou ideias centrais do texto. Conforme a leitura avance algumas ideias do autor chamam a atenção por conter algum conceito ou por conter temas centrais. Esses são transcritos de forma literal e colocado o número da página no final da transcrição. Se durante a transcrição de um parágrafo, por exemplo, o estudante achar necessário suprimir partes que integram o interior da frase ou parágrafo transcrito, essa supressão deve ser indicada com colchetes e três pontos. 16 22. Ficha de comentário A ficha de comentário é uma síntese das principais ideias centradas na obra. O leitor elabora com suas próprias palavras a interpretação do que foi dito; a explicação e interpretação crítica pessoal das ideias expressas pelo autor ao longo do seu trabalho ou parte dele. Analisar as ideias do autor, “hipóteses “, objectivo, motivo pelo qual escreveu o texto, as ideias que fundamentam o texto (MENDEIROS, 2009.p.116). A Estrutura de uma ficha de comentário é a seguinte: Cabeçalho; Referências bibliográficas; Introdução; Desenvolvimento; Conclusão. 23. Ficha analítica A ficha analítica é muito importante porque regista as ideias principais do autor que esta sendo estudado principalmente no que se refere as citações textuais, garantindo integridade e correcção da referência, para o uso nos trabalhos. Formular uma posição pessoal sobre o conteúdo e/ou forma do texto, como resultado do confronto entre o que se pensa e aquilo que e dito num texto ou enunciado. Anotar ideias que ocorram durante a leitura; Reter elementos que permitam sua selecção posterior e fácil localização no momento de necessidade. Analisar ou criticar é ter a oportunidade e capacidade de emitir juízo de valor o que está sendo lido, as anotações analíticas tem um carácter de comparação com outras obras ou podem conter opiniões, contrárias ou favoráveis, do pesquisador em relação a posição externada pela leitura. 24. Ficha de resumo A ficha de resumo é um tipo de redacção informativo e referencial que se ocupa de reduzir um texto a suas ideias principais. Em princípio, o resumo é uma paráfrase e pode-se dizer que dele não devem fazer parte comentários. Consiste então na leitura de parágrafos ou texto e na rescrição com as próprias palavras do estudante respeitando o raciocínio do autor. O resumo pode ser indicativo, informativo e resenha ou resumo crítico. 17 25. Artigo científico O artigo científico é uma publicação com autoria declarada que apresenta e discute ideias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. No artigo científico encontram-se os elementos pré-textuais, elementos textuais e elementos pós-textuais. 26. Ensaio O ensaio como género textual é um texto opinativo em que se expõe ideias, críticas, reflexões e impressões pessoais, realizando uma avaliação sobre determinado tema. Serve como um expositor opinativo, que reflectirá ideias, criticas ou impressões pessoas sobre algo/alguém. O ensaio é composto pelos seguinteselementos: Introdução, Desenvolvimento, Conclusão, Bibliografia. No ensaio é preciso escrever parágrafos curtos, entre 5 a 6 linhas, desenvolvendo cada ideia com alguns exemplos de fontes confiáveis. 27. Resenha A resenha ou resumo crítico é uma redacção técnica que avalia de forma sintética a importância de uma obra científica ou literária. Alguns autores diferem resumo crítico de resenha. A resenha deve apresentar: Pontos mais importante da obra em que o texto se baseia; Estrutura e foco da obra em estudo; Conforto de diferentes pontos de vista com informações e argumentos; Critica fundamentada sobre aspectos positivos e negativos do conteúdo original. A resenha, alem de apresentar as ideias essenciais da obra em que se baseia de forma resumida busca acrescentar um juízo de valor e argumentos sobre aspectos fundamentais de obra em estudo. Apesar de haver uma semelhança entre a resenha e o resumo, existe, no entanto uma diferença, pois um resumo apresenta os principais pontos de um texto ou conteúdo original, diferentemente da resenha. 18 28. Relato de experiência O relato de experiência é um texto que descreve precisamente uma determinada experiência realizada, que possa contribuir de forma relevante para sua área de actuação. O relato de experiência é normalmente composto por introdução, objectivos, metodologias, descrição do contexto e procedimentos, resultados observados e considerações finais. É muito importante para a vida académica, pois permite armazenar as informações obtidas através da experiencia realizada, desde os sucessos e fracassos. 29. Relatório científico O relatório científico é um documento usado muito frequentemente na ciência, para anotar procedimentos de pesquisas, para este documento ser claro e objectivo ele deve atender a uma organização para que ele possa ser avaliado por outros pesquisadores. Um relatório científico serve para comunicar os resultados finais de um trabalho laboratorial, de investigação, de um estudo ou de uma pesquisa. Deve ser acima de tudo objectivo e as ideias devem ser expostas com simplicidade e clareza. Existem alguns tópicos que devem constar sempre num relatório deste tipo: capa, índice, objectivos, introdução, parte experimental, resultados obtidos/cálculos efectuados, conclusões e bibliografia. Poderá ainda ter anexos ou apêndices, se tal for necessário. 30. Monografia E uma descrição ou tratado especial de determinada parte de uma ciência qualquer, dissertação de determinado ponto da ciência, da arte, da historia…. Ou trabalho sistemático e completo sobre um assunto particular, usualmente pormenorizado no tratamento mas não extenso em alcance. É um tipo de trabalho muito usado pelos estudantes universitários para a conclusão do curso do nível de licenciatura ou graduação. A monografia deve obedecer a seguinte estrutura: introdução, desenvolvimento e conclusão. 31. Dissertação A dissertação, é um texto em prosa estruturado de forma a expressar o ponto de vista ou a opinião de quem a escreve. Para que esse objectivo seja alcançado com sucesso, é fundamental que o autor da dissertação tenha um vasto conhecimento sobre o assunto a ser 19 exposto e que apresente uma excelente capacidade de panejamento. (MENDEIROS, 2009,p.112). Uma dissertação pode ser escrita em primeira ou em terceira pessoa. Além disso, ela pode apenas expor informações ao leitor ou tentar convencê-lo do ponto de vista do autor. Tendo em conta essas particularidades, temos alguns tipos de dissertação que são: dissertação argumentativa e dissertação expositiva. É um tipo de trabalho muito usado pelos estudantes universitários para a conclusão do curso do nível de mestrado ou pós-graduação. Para garantir uma correcta progressão textual, a dissertação deve ser estruturada em introdução, desenvolvimento e conclusão. A dissertação é um texto em prosa, ou seja, é escrito em linhas e frases contínuas. É um tipo de texto que não sofre quebras como ocorre, por exemplo, nos poemas. 32. Tese A tese é a sua opinião, o seu ponto de vista sobre o tema proposto. Ela pode ser apresentada por meio de declarações afirmativas ou negativas. Por outro lado tese, é aquilo que o investigador vai expor e defender em sua redacção através de bons argumentos, tentando convencer o leitor sobre seu ponto de vista. Porém, é importante ter em mente que a tese é um posicionamento crítico. Isso significa que você não deve se ater a ideias de senso comum. Demonstre autoria, seja crítico e reflexivo ao expor sua opinião. (MENDEIROS, 2009,p.112). É um tipo de trabalho muito usado pelos estudantes universitários para a conclusão do curso do nível de doutoramento. 33. Comunicações científicas Trata-se de registar as inovações, descobertas e avanços que o ser humano alcança através de seus estudos e pesquisas de um determinado tema. A comunicação científica visa basicamente, a disseminação de informações Existem 3 tipos de comunicação científica que são: Oral, poster, publicações; Projectos de pesquisa, publicação, seminários; 20 Tese, artigo, dissertação. A linguagem científica deve ser objectiva, precisa, isenta de qualquer ambiguidade, deve-se evitar: o meu trabalho, eu penso, na minha opinião. 34. Trabalhos didácticos: os manuais e os textos de apoio A palavra didáctico, segundo seu étimo grego, esta intimamente relacionada com a actividade de quem ensina, do pedagogo, do professor. Chamamos didáctico um trabalho direccionado a melhoria do ensino e da aprendizagem dos alunos. Trabalho didáctico é relatórios científicos de estudo realizado pelos estudantes. Os manuais São guias de intrusões que serve para uso de um dispositivo, para correcção de problemas ou para o estabelecimento de procedimentos de trabalho, são de grande importância no transmitir informação as pessoas para desenvolver-se em uma determinada situação. Textos de apoios Os textos de apoio são aqueles que aparecem no inicio da proposta de redacção, são importantes por diversas razões, além de servir como inspiração, ajudam a definir sob que perspectiva o tema deve ser abordado. 35. Revistas e jornais científicos Revista científica é uma publicação periódica destinada a promover o progresso da ciência geralmente noticiando novas pesquisas, contem artigos que já foram submetidos na revisão por pares numa tentativa de assegurar que estes artigos vão ao encontro dos padrões de qualidade e validade científica da publicação. Jornal científico é a divulgação da ciência e tecnologia pelos meios de comunicação de massa segundo os critérios e produção jornalísticos 36. Livros científicos Livro é objecto composto por páginas encadernadas, contendo texto manuscrito ou impresso e/ou imagens e que forma uma publicação unitária ou a parte principal de um trabalho literário ou cientifico, formando um volume, traduzindo o conhecimento de forma escrita. 21 CAPITULO III 1. Conclusão Depois de várias investigações baseadas em consultas de diferentes obras (já apresentadas nas referências bibliográficas) que materializaram a realização deste trabalho, conclui-se que a cadeira de Métodos de Estudo é de extrema importância para o estudante do ensino superior, pois aborda temas de extrema importância que possibilitarão ao estudante o domínio de melhores metodologias de estudo e investigação, desde o estudo do regulamento académico, até as principais regras de produção científica, fornecendo uma melhor compreensão sobre a sua natureza e objectivos, podendo auxiliar para melhorar a produtividade e a qualidade das suas produções, bem como as diferentes formas e técnicas de estudo a serem usados para o sucesso da sua carreira estudantil. Os objectivos que impulsionaram a realização deste presente resumo foram alcançados com sucesso.22 2. Bibliografia 2.1. ALMEIDA, L. S. Transição, adaptação académica e êxito escolar no Ensino Superior. Revista Galego-Portuguesa de Psicoloxía e Educación, v. 15, n. 2, p. 203-215, 2007. Disponível em: Acesso em: 01 jun. 2017. 2.2. ANASTASIOU, Lea das Graças. Ensinar, aprender, apreender e processos de ensino. In: ANASTASIOU, Lea das Graças; ALVES, LeoniorPassate. Processos de Ensino na Universidade. Joinville: UNIVILE, 2003, p. 11-38. 2.3. ASSOCIACAO BRASILEIRA DE NORMAS TECNICAS. NBR 6029: resumos: procedimento. Rio de Janeiro, 2003. 2.4. BERBEL, Neusi, Aparecida Navas. As metodologias activas e a promoção da autonomia de estudantes. Seminário: Ciências Sociais e Humanas, Londrina, v. 32, n. 1, p. 25-40, 2012. 2.5. FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia. São Paulo: Paz e Terra, 2006. 2.6. Medeiros. João Bosco. Redacção científica; a prática de fichamentos, resumo, resenhas.11.ed. São Paulo: atlas, 2009. 2.7. RUIZ, J. A. Metodologia Científica: guia para eficiência nos estudos. São Paulo: Atlas, 1996. 2.8. LOPES, Luís Fernando etal.Autonomia do Estudante noEnsino Superior. Curitiba: UNINTER, 2012. Projecto de Pesquisa. Disponível em: http://www.uninter.com/web/pesquisa/wpcontent/uploads/2013/05/Autonomia-do- estudante-naEduca%C3%A7%C3%A3o-Superior-a-Dist%C3%A2ncia.pdf Acesso em: 27/03/2020. CAPITULO I 1. Introdução 1.1. Objectivo Geral 1.2. Objectivos Específicos 1.3. Metodologias CAPITULO II 1. Responsabilidades do estudante no ensino superior 2. Autonomia do estudante no ensino superior 3. Importância da planificação do estudo 4. Condições ambientais e psicológicas para o estudo 5. Gestão do tempo/horários de estudo 6. O estudo pela leitura trabalhada 7. O sublinhado como técnica de estudo 8. As anotações na margem do texto como técnica de estudo 9. A elaboração de resumos como técnica de estudo 10. Elaboração de notas e esquematização 11. Aprender decor 12. Documentação 13. O trabalho em grupo como técnico de estudo 14. Objectivos da leitura 15. Elementos da leitura 16. Fases da leitura 17. Leitura e suas técnicas 18. Aproveitamento da leitura 19. Compreensão do texto 20. Ficha de leitura 21. Ficha de transcrição 22. Ficha de comentário 23. Ficha analítica 24. Ficha de resumo 25. Artigo científico 26. Ensaio 27. Resenha 28. Relato de experiência 29. Relatório científico 30. Monografia 31. Dissertação 32. Tese 33. Comunicações científicas 34. Trabalhos didácticos: os manuais e os textos de apoio 35. Revistas e jornais científicos 36. Livros científicos CAPITULO III 1. Conclusão 2. Bibliografia
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