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PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 Definição: • Compreende o conhecimento da origem das propriedades físicas e químicas, composição, ações fisiológicas, absorção, destino, excreção e uso terapêutico dos fármacos. o Como essas substâncias atuam? o Quais são os efeitos no corpo? o Resposta e mecanismo de ação. Fármaco: • Substância capaz de interagir com meu corpo e produzir uma resposta. o Substância definida que reage com receptores ou enzimas. • Qualquer substância química que afeta o protoplasma vivo • Substância quimicamente pura e de estrutura molecular definida e conhecida dotada de propriedade farmacológica. • Substâncias química que promove no organismo alterações de um (ou mais) processos (s) fisiológicos (s) ou bioquímicos (s) • É só a substância ativa capaz de interagir com meu corpo. Medicamento • Produto farmacêutico, tecnicamente obtido ou elaborada, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. • É tudo que está envolvido • Fármaco (substância ativa) • Excipientes: são substâncias inativas que não conseguem interagir com o meu corpo, mas que são necessárias para formar o medicamento. o Água (xarope) o Amido • Formas farmacêuticas: o Capsulas o Comprimido o Xarope o Em gotas Medicamento - Aspirina • Ácido acetilsalicílico (fármaco) • Excipientes (amido e celulose) • Forma farmacêutica: comprimido Fármaco Medicamentos PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 Medicamento – Dorflex: • Existem medicamentos compostos por vários fármacos diferentes • Fármacos do Dorflex: o Dipirona monoidratada o Citrato de orfenadrina o Cafeína amida • Excipiente: o Amido de milho o Amido glicolato de sódio o Talco o Estearato de magnésio • Forma farmacêutica: o Comprimido de 300 mg + 35mg + 50 mg Tipos de medicamentos: Medicamentos Genéricos: • É igual ao medicamento de referência • Se apresenta, exclusivamente, com o nome da substância ativa. • Não é permitido a utilização de nome comercial (marca). • Desde 1999, todos os medicamentos genéricos precisam comprovar a sua eficácia, segurança e qualidade através de estudos de bioequivalência com o seu originador (referência) • Genérico – cópia do medicamento referência. Medicamentos Similar: • É equivalente aos medicamentos de referência. • É todo medicamento que contém o mesmo ou os mesmos princípios ativos: o apresenta a mesma concentração o mesma forma farmacêutica o mesma via de administração o posologia o mesma indicação terapêutica • é equivalente ao medicamento de referência registrado na ANVISA • pode diferir em: o características relativas ao tamanho e forma do produto ▪ comprimido vs. oval o prazo de validade o embalagem o rotulagem o excipientes e veículo • tem um nome comercial – diferente dos genéricos. • Tem que ser identificado por nome comercial (nome) Medicamentos Referência: • É todo medicamento “originador” → inicial o Dá origem PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 • a eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente. o Eficácia: Ser bom naquilo que é proposto o Segurança: não pode me causar mais danos do que benefício. • Todo medicamento referência possui o nome comercial (marca) em suas embalagens. • Período de patente (10 anos): só aquela indústria produz o medicamento referência. Ilustração: • Referência: Antak: cloridrato de ramitidina → o Possui nome comercial • Similar: Antidin: cloridrato de ramitidina → o Possui nome comercial como o referência • Genético: cloridrato de ramitidina → o Não possui nome comercial o Nome do princípio ativo o Possui faixa amarela dizendo que é genético • ANVISA está propondo que os medicamentos equivalentes tenham uma faixinha com EQ, assim como os genéticos já tem. o Ainda não é obrigatório • hoje em dia, para diferenciar medicamento de referência por um equivalente, você precisa buscar pela internet e afins • Aplicativo – equivalente PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 Regulamentação: • Lei Nº 9.787/1999 • XXII – Medicamento de Referência – produto inovador registrado no órgão federal responsável pela vigilância sanitária e comercializado no País, cuja eficácia, segurança e qualidade foram comprovadas cientificamente junto ao órgão federal competente, por ocasião do registro; • XXIII – Produto Farmacêutico Intercambiável – equivalente terapêutico de um medicamento de referência, comprovados, essencialmente, os mesmos efeitos de eficácia e segurança; • XXIV – Bioequivalência – consiste na demonstração de equivalência farmacêutica entre produtos apresentados sob a mesma forma farmacêutica, contendo idêntica composição qualitativa e quantitativa de princípio(s) ativo(s), e que tenham comparável biodisponibilidade, quando estudados sob um mesmo desenho experimental; o Um medicamento é equivalente ao referente o Dosagem igual o Quando tomamos um medicamento genérico ou referência a ação devem ser as mesmas. • XXV – Biodisponibilidade – indica a velocidade e a extensão de absorção de um princípio ativo em uma forma de dosagem, a partir de sua curva concentração/tempo na circulação sistêmica ou sua excreção na urina." Referência, similar e genérico: • Antes disso, tomávamos medicamentos similares e não funcionam. • Os medicamentos similares devem apresentar os testes equivalência terapêutica para obtenção do registro[os que já possuem o registro: até 2014 devem comprar a equivalência terapêutica Bioequivalência – estudos: • Estudos clínicos • Estudos anafiláticos • Estudos estatísticos • “Dois medicamentos possuem o mesmo princípio ativo (fármaco), com mesma biodisponibilidade a um nível em que seus efeitos, a respeito da eficácia e segurança, possam ser esperados ser essencialmente os mesmos. RDC Nº 58/2014 • Posso comprar exclusivamente o que o médico pediu? Ou pode ser um equivalente? • Intercambialidade o Médico prescreve o medicamento de referência o Genérico é mais barato o A troca pelo genérico pelo referência pode ser feita mas depende. Não pode ser aleatória • Em 2014, por meio da RDC nº 58/2014, que definiu as medidas a serem adotadas junto à Anvisa pelos titulares de registro de medicamentos para a intercambialidade de medicamentos similares como medicamento de referência, ficou determinada a disponibilização no sítio eletrônico da Agência da relação dos medicamentos similares indicando os medicamentos de referência com os quais são intercambiáveis para fim de consulta pela população por profissionais de saúde ou qualquer outro interessado. • Todo medicamento similar intercambiável deve constar na bula a seguinte frase: Equivalente = Genético = Similar (atualmente – em tese) “Medicamento similar equivalente ao medicamento de referência” PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 • Significa que esses medicamentos fez os testes necessários e comprovaram a bioequivalência • Hoje em dia, em teoria, todo equivalente similar tem a bioequivalência Intercambialidade de medicamentos: • A troca é sempre baseada na referência • O referência pode ser trocado pelo genérico • Eu posso trocar o referência pelo similar desde que seja listado pela ANVISA (o que fala na bula) • Não pode trocar similar pelo genérico. Farmacologia: • Farmacocinética (3º período) o Estudo do caminho do medicamento no nosso corpo o Como o medicamentode dor de cabeça sabe que tem que ir para cabeça? o É o caminho que o fármaco percorre no organismo ▪ Administração ▪ Absorção ▪ Biotransformação ▪ Biodisponibilidade ▪ excreção • Farmacodinâmica o É o mecanismo de ação do fármaco e seus efeitos no organismo. o Estudos da interação do fármaco com os receptores ou alvos farmacológicos (macromoléculas) ▪ Enzimas ▪ Canais iônicos ▪ Transportadores ▪ Outros o Interação dos fármacos com os diferentes alvos farmacológicos para ter uma ação farmacológica o Se eu quero que um medicamento iniba a produção de mediadores inflamatórios ▪ Qual cascata bioquímica? Farmacologia Farmacocinética Farmacodinâmica PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 Farmacocinética: • Administração o Diferentes vias o Características das vias Vias de administração: Formas Farmacêuticas: • Sólidas: cápsulas, comprimidos (orais e vaginais), óvulos, papéis, pílulas, supositórios • Semissólidas (pastosas): cremes, pastas, pomadas, loções • Líquidas: suspensões, emulsões, soluções, gotas, xaropes, óleos medicinais. • Gasosas: sprays, aerossóis. • Especiais: adesivo trans dérmico, implantes (micro-chip) Critério para escolha da via: • Quanto ao paciente: o Patologia existentes o Nível de consciência o Impedimento físico de acesso ▪ intubação • Quanto ao medicamento: o Propriedades intrínsecas (propriedades físico- químicas) ▪ Insulina não consegue ser absorvida pela via oral o farmacocinética • Quanto ao efeito desejado: o efeito sistêmico ou localizado ▪ queimadura no braço - pomada o duração ▪ tratamento curto vs. longo Ação: • Ação local: exercem ação no local de aplicação ou próximo (ex: cremes, loções, aerossol) • Ação sistêmica: através da distribuição pela corrente sanguínea (ex: comprimidos, cápsulas, injetáveis) Vias de administração: • Uso interno: o Via oral (+ comum) o Via sublingual – absorvido pelos capilares da boca o Via nasal - bombinhas o Via retal o Via vaginal PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 • Uso externo: o Via cutânea o Via oftálmica • Uso parenteral (agulha): o Via subcutânea o Via intramuscular o Via intravenosa Uso parenteral - biodisponibilidade • Intramuscular: é administrada no musculo o Angulação da agulha • Intravenosa 100% de biodisponibilidade (?) o Ação muito rápido • Via intravenosa: o Não tem absorção o Medicamento é administrado direto na corrente sanguínea o Pode administrar grandes volumes (porque é direto) o Ação imediata – vai estar 100% disponível o Pode ser administrado no soro (mais lento) o Administradas em reações de emergência o Cautela: ▪ Profissional capacitado ▪ Ambiente que suporte isso – farmácia não pode ▪ Administrado em hospitais ou clínicas com suporte. ▪ Não pode administrar soluções oleosas, só aquosas • Via subcutânea: o Padrão de absorção rápida ou lenta (depende da solução) ▪ Solução aquosa – rápida (tanto para subcutânea quando para intramuscular) o Adequada para suspensões pouco solúveis ou implantes de liberação lenta (Na camada de gordura) o Inadequada para grandes volumes o Substâncias irritantes podem causar dor ou necrose o Ex: inslina; enoxparina • Via Intramuscular: o Adequada para volumes moderados, veículos oleosos e algumas substâncias irritantes ▪ Insulina – tanto subcutânea quanto intramuscular o Contraindicada durante o tratamento de coagulantes; ▪ Pode interferir em alguns fármacos. o Ex: Penicilina; anticoncepcionais • Via oral: o Mais utilizada o Limitações: ▪ Deglutição do paciente ▪ Biodisponibilidade pode ser baixa (variável) Via oral: • Fatores que interferem na absorção: o Fluxo sanguíneo; ▪ Sistema digestório o Estado físico do medicamento ▪ pH do TGI é variável – pode interferir na absorção do medicamento PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 o Hidrossolubilidade do fármaco ▪ Enzimas digestivas influenciam ▪ pH • Biodisponibilidade o Baixa – depende do efeito de 1ª passagem o Pode ser de 5% até 90% ▪ Depende de pH, enzimas etc. o Efeito de 1ª passagem: quando a gente administra por via oral, o medicamento é absorvido (atravessa as membranas e o sangue), vai para a corrente sanguínea e para via porta (fígado) → no fígado, ocorre a metabolização e depois vai para o corpo ▪ Alguns medicamentos, no fígado, podem ser degradados (na 1ª passagem) ▪ Isso faz com que eles sejam degradados e a quantidade que vai para os tecidos é baixa – prejudica o tratamento ▪ Biodisponibilidade variável • Vantagens o Comodidade o Menor custo operacional ▪ Depende só da pessoa o Maior segurança ▪ Elevação gradual das concentrações plasmáticas ▪ Efeitos colaterais mais graduais ▪ Vai para o TGI e leva um tempo para ir para corrente sanguínea • Processos de eliminação o Possibilidade de remoção da droga ▪ Vomito ▪ Absorção com carvão ativado ▪ Lavagem • Desvantagens: o Metabolismo de primeira passagem ▪ Biodisponibilidade baixa o Requer cooperação o Casos de patologias do TGI ▪ Diarreia por exemplo o Irritação as mucosas o Disponibilidade errática: ▪ Fármacos instáveis (Inativação) ▪ Fármacos pouco solúveis ▪ Fármacos de baixa absorção intestinal • Metabolismo de primeira passagem (metabolismo pré-sistêmico): o Metabolismo inicial no fígado que ↓ a biodisponibilidade • Como sanar: o Fazendo administração por outra via o Via intravenosa ▪ Administrada direto na circulação sistêmica (biodisponibilidade 100%) PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 • Exemplos: o Naproxeno – anti- inflamatório o Loratadina – uso em processos alérgicos Via sublingual: • Debaixo da língua, reabsorvida pelos capilares o Não pode engolir • Absorção: o Alta e rápida – mucosa de baixo da língua ricamente irrigada – apesar de superfície de absorção pequena o Vantagem ▪ Reposta rápida ▪ Evita inativação p/ sucos digestivos ▪ Não sofre metabolismo de 1ª passagem – vai para corrente sanguínea ▪ Biodisponibilidade 95% ▪ Fácil de aplicagem – não precisa de grandes estruturas o Desvantagens ▪ Absorção e pequenas quantidades • Superfície de absorção pequena ▪ Exige colaboração ▪ Maior adequação para drogas não iônicas e lipossolúveis • Exemplos: o Trinitrato de glicerina (IAM) o Trometamol – dor aguda Via Nasal: • Efeito local (maioria) ou pode ser para efeito sistêmico • Ou trato respiratório superior ou inferior • Local: o Fármacos para doenças do trato respiratório (ex. asma, bronquite, DPOC) • Sistêmico o Fármacos voláteis → alta e rápida absorção o Utilizados para anestésicos e drogas ilícitas ▪ Crianças – cirurgias ▪ Atinge a corrente sanguínea e vai para o corpo ▪ Alta e rápida absorção - voláteis ▪ Depende da característica física do fármaco. • Vantagens: o Local: menor efeito colateral sistêmico o Sistêmico: não sofre metabolismo de primeira passagem. • Desvantagens: o Cooperação o Forma de administração – paciente tem que saber bem ▪ Não pode ser deglutido o Irritação do epitélio pulmonar ▪ Alergia • Ex: fármaco inalatórios o Budesinida o Salmererol Via retal: • Não é muito comum o Utilizada por criança • Absorção: o Irregular e incompleta e alguns fármacos podem causar irritação na mucosa retal o Ação local ou sistêmica • Biodisponibilidade: o Média = 50% sofrem metabolismo de 1ª passagem – porta hepática • Desvantagem:o Pode irritar a mucosa anal o Pode desencadear o reflexo de defecação PAULA LARISSA LOYOLA SOUZA BLOCO NUTRIÇÃO E METABOLISMO SEMINÁRIO 5 o Não é uma via aceita por muitos pacientes ▪ Preconceito • Ex: o Ativo – glicerina ▪ Utilizado como laxativo o Hidrocortisona (anti- inflamatório) Via vaginal: • Não muito utilizada para fins terapêuticos sistêmicos; • É mais utilizada para ação local • Absorção: não é absorvida pelo TGI – evita metabolismo de 1ºª passagem • Ex: nistatina (candidíase vaginal) o Canetinha para aplicação o Ação local – diminui os efeitos colaterais. Via cutânea • Aplicagem direto na pele • Podem ter efeito local ou sistêmico (transdérmico) • Absorção depende da área de exposição, difusão do fármaco na derme, temperatura e estado de hidratação da pele • Formas farmacêuticas: o Solução, creme, gel, pomada (destinado a efeito local) o Adesivo trans dérmico (destinado a efeito sistêmico) • Vantagem: o Minimiza a ocorrência de efeitos colaterais (uso local) ▪ Queimadura o Evita o metabolismo de primeira passagem (uso sistêmico) • Desvantagem: o Absorção pobre e errática ▪ Só serve para ação local o Irritação local e alergias ▪ Suspender o uso o fotos sensibilidade • Ex: escopolamina o Indicado para enjoo de viagem o transdérmico • Diclofenaco dietilamônio o Anti-inflamatório de ação local Via ocular: • Aplicação do medicamento no olho • Empregado para um número distrito de fármacos • Vantagens: o Absorção mínima o Minimiza a ocorrência de efeitos colaterais (uso local) • Desvantagens: o Absorção pobre e errática o Irritação local e alergias o fotossensibilidade • Ativos: dexametasona, sulfato de neomicina, sulfato de polimixina B o Condições inflamatórias oculares que respondam aos esteroides e onde exista infecções bacteriana ocular ou ricos de infecções • D
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