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Fabiana Menezes e Milenia Costa P E R C E P Ç Ã O C O N S C I Ê N C I A E M O Ç Ã O Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Cerebelo As fibras que penetram no cerebelo se dirigem ao córtex e são de dois tipos: fibras musgosas (terminação dos demais feixes de fibras) e fibras trepadeiras (axônios de neurônios situados no complexo olivar inferior). As conexões intrínsecas do cerebelo: circuito formado pela união das células granulares com as células de Purkinje é modulado pela ação de células inibitórias (as células de Golgi, as células em cesto e as células estreladas), agem através da liberação de ácido gama-amino- butírico (GABA). Célula granular: única célula excitatória do córtex cerebelar, tem como neurotransmissor o glutamato. A célula de Purkinje recebe sinapses diretamente das fibras trepadeiras e indiretamente das fibras musgosas. CITOARQUITETURA DO CÓRTEX CEREBELAR No córtex cerebelar, da superficie para o interior distinguem-se as seguintes camadas: a) camada molecular: é formada por fibras de direção paralela (fibras paralelas) e contém dois tipos de neurônios, as células estreladas e as células em cesto. b) camadas de células de Purkinje: constituída principalmente pelas células granulares. c) camada granular: há células de Golgi CONEXÕES INTRÍNSECAS DO CEREBELO NÚCLEOS CENTRAIS E CORPO MEDULAR DO CEREBELO a) núcleo denteado: o maior dos núcleos centrais do cerebelo; b) núcleo emboliforme; c) núcleo globoso; d) núcleo fastigial. O corpo medular do cerebelo é constituído de substância branca e formado por fibras mielínicas, que são: a) fibras aferentes ao cerebelo - penetram pelos pedúnculos cerebelares e se dirigem ao córtex, onde perdem a bainha de mielina; b) fibras formadas pelos axônios das células de Purkinje - dirigem-se aos núcleos centrais e, ao sair do córtex, tomam-se mielínicas. Estrutura Morfofuncional do SNC DIVISÃO FUNCIONAL DO CEREBELO a) vestíbulocerebelo - compreende o lobo floculonodular e tem conexões com o núcleo fastigial e os núcleos vestibulares; b) espinocerebelo - compreende o vérmis e a zona intermédia dos hemisférios e tem conexões com a medula; c) cerebrocerebelo - compreende a zona lateral e tem conexões com o córtex cerebral. Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Cerebelo Estrutura Morfofuncional do SNC VESTIBULOCEREBELO Conexões aferentes: As fibras aferentes chegam ao cerebelo pelo fascículo vestibulocerebelar, têm origem nos núcleos vestibulares e se distribuem ao lobo floculonodular; Conexões eferentes: As células de Purkinje do vestibulocerebelo projetam-se para os neurônios dos núcleos vestibulares medial e lateral; controlam os movimentos oculares e coordenam os movimentos da cabeça e dos olhos através do fascículo longitudinal medial. espinocerebelar anterior e espinocerebelar posterior penetram no cerebelo respectivamente pelos pedúnculos cerebelares superior e inferior e terminam no córtex das zonas medial e intermédia. Conexões eferentes: os impulsos que vão para o tálamo seguem para as áreas motoras do córtex cerebral (via interpósito- tálamo-cortical), onde se origina o trato corticoespinhal, o qual junto com trato rubroespinhal exerce sua influência sobre os neurônios motores da medula. Conexões aferentes: As fibras pontinas têm origem nos núcleos pontinos, penetram no cerebelo pelo pedúnculo cerebelar médio, distribuindo- se ao córtex da zona lateral dos hemisférios. Fazem parte da via córtico-ponto-cerebelar. Conexões eferentes: axônios das células de Purkinje da zona lateral do cerebelo fazem sinapse no núcleo denteado, onde se origina o trato corticoespinhal e também participa da atividade motora CONEXÕES EXTRÍNSECAS 1. 2.ESPINOCEREBELO Os axônios das células de Purkinje da zona medial fazem sinapse nos núcleos fastigiais, de onde sai o trato fastigiobulbar com dois tipos de fibras: fastígio- vestibulares e fastígio-reticulares. 3. CEREBROCEREBELO Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Cerebelo Estrutura Morfofuncional do SNC MANUTENÇÃO DO EOUllÍBRIO E DA POSTURA: vestíbulo- cerebelo, que promove a contração adequada dos músculos axiais e proximais dos membros. CONTROLE DO TÔNUS MUSCULAR: núcleos dendeado e interposto mantêm, mesmo na ausência de movimento, certo nível de atividade espontânea. CONTROLE DOS MOVIMENTOS VOLUNTÁRIOS: mecanismo através do qual o cerebelo controla o movimento envolve duas etapas: urna de planejamento do movimento e outra de correção do movimento já em execução APRENDIZAGEM MOTORA: o cerebelo participa desse processo através das fibras olivocerebelares, que chegam ao córtex cerebelar como fibras trepadeiras e fazem sinapses diretamente com as células de Purkinje. FUNÇÕES NÃO MOTORAS: conexões do cerebelo com a área pré-frontal do córtex. ASPECTOS FUNCIONAIS 1. 2. 3. 4. 5. Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Cerebelo O fómix permite dividir o hipotálamo em uma área medial e outra lateral. A área lateral do hipotálamo é percorrida pelo feixe prosencefálico medial. Pode ainda ser dividido por três planos frontais: hipotálamo supraóptico compreende o quiasma óptico e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. hipotálamo tuberal compreende o túber cinéreo (ao qual se liga o infundíbulo) e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. hipotálamo mamilar compreende os corpos mamilares com seus núcleos e as áreas das paredes do III ventrículo, que se encontram acima deles, até o sulco hipotalâmico. Posição anatômica: O hipotálamo é parte do diencéfalo e se dispõe nas paredes do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, que o separa do tálamo. Lateralmente é limitado pelo subtálamo, anteriormente pela lâmina terminal e posteriormente pelo mesencéfalo. DIVISÕES E NÚCLEOS DO HIPOTÁLAMO 1. 2. 3. Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Hipotálamo CONEXÕES COM O SISTEMA LÍMBICO: CONEXÕES COM A ÁREA PRÉ-FRONTAL CONEXÕES VISCERAIS Conexões viscerais aferentes: fibras solitário-hipotalâmicas; Conexões viscerais eferentes: fibras hipotálamo-espinhais. CONEXÕES COM A HIPÓFISE: CONEXÕES SENSORIAIS CONTROLE DO SISTEMA NERVOSO AUTÔNOMO REGULAÇÃO DA TEMPERATURA CORPORAL REGULAÇÃO DO COMPORTAMENTO EMOCIONAL REGULAÇÃO DO EOUllÍBRIO HIDROSSALINO E DA PRESSÃO ARTERIAL REGULAÇÃO DA INGESTÃO DE ALIMENTOS REGULAÇÃO DO SISTEMA ENDÓCRINO CONEXÕES DO HIPOTÁLAMO a) hipocampo; b) corpo amigdaloide; c) área septal. 1. 2. a) Trato hipotálamo-hipofisário; b) Trato túbero-infundibular. FUNÇÕES DO HIPOTÁLAMO 1. 2. 3. 4. 5. 6. Relações do hipotálamo com a neuro-hipófise e adeno-hipófise. Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Hipotálamo Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Tálamo, Subtálamo e Epitálamo ESTRUTURA E FUNÇÕES DO TÁLAMO Posição anatômica: O tálamo está situado no diencéfalo, acima do sulco hipotalâmico. É constituído de duas grandes massas ovoides de tecido nervoso, com uma extremidade anterior pontuda, o tubérculo anterior do tálamo, e outra posterior, bastante proeminente, o pulvinar do tálamo. NÚCLEOS DO TÁLAMO 1.GRUPO ANTERIOR Compreende núcleos situados no tubérculo anterior do tálamo, sendo limitados posteriormente pela bifurcação em Y da lâmina medular interna. 2. GRUPO POSTERIOR Situado na parte posterior do tálamo, compreende o pulvinar e os corpos geniculados lateral e medial. 3.GRUPO MEDIANO São núcleos localizados próximo ao plano sagital mediano, na aderência intertalâmica ou na substância cinzenta periventricular. 4.GRUPO MEDIAL Compreende os núcleos situados dentro da lâmina medular interna (núcleos intralaminares) e o núcleo dorsomedial, situado entre essa lâmina e os núcleos do grupo mediano. O núcleo dorsomedial recebe fibrasprincipalmente do corpo amigdaloide e tem conexões recíprocas com a parte anterior do lobo frontal. 5.GRUPO LATERAL Este grupo é o mais importante e o mais complicado. São mais importantes os núcleos do subgrupo ventral, ou seja: a) núcleo ventral anterior (VA) b) núcleo ventral lateral (VL) c) núcleo ventral posterolateral d) núcleo ventral posteromedial e) núcleo reticular Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Tálamo, Subtálamo e Epitálamo FUNÇÕES DO TÁLAM RELACIONAM-SE: a) com a sensibilidade- as funções sensitivas do tálamo são as mais conhecidas e as mais importantes. Todos os impulsos sensitivos, antes de chegar ao córtex, param em um núcleo talâmico, fazendo exceção apenas os impulsos olfatórios. b) com a motricidade - através dos núcleos ventral anterior e ventral lateral, interpostos, respectivamente, em circuitos palidocorticais e cerebelocorticais; c) com o comportamento emocional - através do núcleo dorsomedial com suas conexões com a área pré-frontal; d) com a memória - através do núcleo do grupo anterior e suas conexões com os núcleos mamilares do hipotálamo; e) com a ativação do córtex - através dos núcleos talâmicos inespecíficos e suas conexões com a formação reticular fazendo parte do Sistema Ativador Reticular Ascendente (SARA). Estrutura Morfofuncional do SNC Fabiana Menezes e Milenia Costa Estrutura e Funções do Tálamo, Subtálamo e Epitálamo É uma pequena área situada na parte posterior do diencéfalo na transição com o mesencéfalo, limitando- se superiormente com o tálamo, lateralmente com a cápsula interna e medialmente com o hipotálamo. núcleo subtalâmico tem conexões nos dois sentidos com o globo pálido através do circuito pálido-subtálamo-palidal, importante para a regulação da motricidade somática. GLÂNDULA PINEAL: A pineal é uma glândula endócrina compacta constituída de um estrema de tecido conjuntivo contendo também neuróglia e de células secretoras denominadas pinealócitos. Estas células são ricas em serotonina que é utilizada para a síntese do hormônio da pineal, a melatonina. ESTRUTURA E INERVAÇÃO Função antigonadotrópica Sincronização do ritmo circadiano de vigília-sono Regulação da glicemia Regulação da morte celular por apoptose Ação antioxidante Regulação do sistema imunitário ESTRUTURA E FUNÇÕES DO SUBTÁLAMO ESTRUTURA E FUNÇÕES DO EPITÁLAMO - A pineal é muito vascularizada e seus capilares têm fenestrações. Devido a isto ela não possui barreira hematoencefálica, enquadrando-se entre os órgãos circuventriculares. - A inervação da pineal se dá por fibras simpáticas pós- ganglionares, oriundas do gânglio cervical superior que entram no crânio pelo plexo carotídeo e terminam em relação com os pinealócitos e com os vasos. FUNÇÕES DA PINEAL: 1. 2. 3. 4. 5. 6. Referência Fabiana Menezes e Milenia Costa MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Estrutura e Funções do Cerebelo. In: MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2014, p. 206-216. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Estrutura e Funções do Hipotálamo. In: MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2014, p. 217-227. MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Estrutura e Funções do Tálamo, Subtálamo e Epitálamo. In: MACHADO, Angelo; HAERTEL, Lucia Machado. Neuroanatomia Funcional. 3. ed. Rio de Janeiro: Atheneu, 2014, p. 227-234.
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