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Alfred Wegener acreditava que as massas continentais da Terra estavam em constante movimentação sobre o fundo oceânico, unindo-se na formação de um supercontinente denominado Pangeia, teoria explicada ao analisar suas formas (sugeriam um possível encaixe entre eles) e os fósseis (exemplo: o fóssil de uma determinada planta foi encontrado na América e na Antártica). Todavia, ao dizer que os continentes boiavam no mar, a teoria não poderia ser comprovada. Comprovava a teoria da deriva continental com o fenômeno do Tectonismo, responsável pela movimentação das placas tectônicas (crosta terrestre/litosfera). Ao se moverem, um espaço era aberto no fundo do oceano, por onde extravasava magma. Ao chegar na superfície, esse magma se resfria, dando origem a uma nova formação/fenda rochosa denominada Dorsal Meso-Oceânica. O magma é proveniente do núcleo, rico em NiFe (níquel+ferro), cujos núcleos dos átomos sofrem explosões (ocasionadas pela pressão externa) que movimentam o manto terrestre. Os sentidos nos quais as placas tectônicas se deslocam estabelecem diferentes limites entre elas, representando áreas de grande instabilidade geológica, relacionadas a distintas dinâmicas na superfície da Terra, como a ocorrência de terremotos, vulcanismo e a formação do relevo Passiva → se abre; Borda construtiva, pois à medida que se separa e há a liberação do magma, ele se resfria e se solidifica, criando novas rochas; Um rifte (por onde sai o magma) corresponde a uma linha de fratura da litosfera onde duas placas se movem em sentidos opostos, apresentando limites divergentes. Nas zonas de rifte, há o surgimento de uma nova formação rochosa; Movimento convectivo ascensional do manto. Ativa → há penetração de uma placa na outra; Uma zona de subducção (mergulho de uma placa pra baixo da outra) corresponde a um local de colisão entre placas litosféricas, que apresentam limites convergentes. Nesta zona, verifica-se uma contínua destruição da litosfera; Associado à formação de cordilheiras montanhosas e das fossas tectônicas; Movimento convectivo descensional do manto. Placas tectônicas apenas deslizam lateralmente uma em relação à outra, não havendo encontro ou afastamento entre elas; Associado a ocorrência de falhas tectônicas, como a falha de San Andreas, na Califórnia (EUA). Mohorovicic (entre a crosta e o manto): sua profundidade depende do local, pois a espessura da crosta varia entre 5 e 10 km (para a crosta oceânica) e entre 35 e 70 km (para a crosta continental); separa materiais silicáticos (Si) com maior participação do Al (a crosta) dos materiais também silicáticos (Si) com menor participação de Al e maior de Fe e Mg (o manto); Gutenberg (entre o manto e o núcleo externo; 2900 km de profundidade): separa materiais silicáticos (Si) do manto dos materiais metálicos (Fe e Ni) do núcleo externo; Lehman (entre o núcleo externo e o núcleo interno; 5100 km de profundidade): marca a mudança de estado físico dentro do núcleo; a parte externa, líquida, é composta por Fe e Ni, com participação de elementos químicos mais leves, como O, Na, Mg e S; a parte interna, sólida, é constituída por Fe e Ni. Os limites entre as camadas principais na divisão Geoquímica são chamados descontinuidades e caracterizam mudanças relativamente bruscas de composição química, que ocasionam modificação no comportamento das ondas sísmicas, refletindo também o estado físico do material submetido a pressões e temperaturas crescentes no interior da Terra. As principais descontinuidades estabelecidas são as seguintes: A partir do Cambriano, surgem os primeiros fósseis em que são possíveis realizar análises mais completas acerca da Terra. Eon Hadeano (de 4,6bi há 3,8bi anos): o Formação dos astros e do planeta Terra; o Um astro do tamanho de Marte colidiu com a Terra, originando a Lua. Eon Arqueano (de 3,8bi há 2,8bi anos): o Resfriamento e consolidação da crosta terrestre (litosfera), originando as estruturas geológicas (composição de um terreno) denominadas escudos cristalinos, onde é possível encontrar jazidas de minerais metálicos – rochas cristalinas originadas a partir da cristalização do magma incandescente - (mais antigos); o No início, havia pequenas placas tectônicas, que conseguiam se movimentar facilmente, formando grandes sistemas vulcânicos; Eon Proterozoico (de 2,8bi há 545mi anos): Período de intenso tectonismo: movimento que o interior do planeta causava na superfície; Houve a formação dos primeiros cinturões orogênicos (dobramentos antigos). Eon Fanerozoico (de 545mi até hoje): o Era Paleozoica: ▪ Gigantes florestas de pteridófitas, que captavam enorme quantidade de CO2. Essa elevada captação de CO2 diminuiu radicalmente o efeito estufa, iniciando um longo período de glaciação. Com o passar dos anos, a decomposição dos vegetais passou a liberar metano para a atmosfera, que fez com que o efeito estufa retornasse e permitisse novamente a vida no planeta; ▪ Houve a formação das primeiras estruturas geológicas sedimentares. Os sedimentos provenientes do desgaste das rochas cristalinas preencheram áreas mais rebaixadas, originando as bacias sedimentares, compostas por rochas sedimentares. ▪ Os vegetais mortos (matéria orgânica) foram se sedimentando, dando origem às primeiras bacias sedimentares carboníferas (que, futuramente, originarão o carvão mineral), durante o Período Carbonífero. • Como antigamente a região onde hoje se encontra o Brasil era um imenso deserto (não havia florestas), nosso território não possui reservas de carvão mineral. ▪ Nessa era, os continentes eram todos unidos (Pangeia). Nesse contexto, a região onde hoje se encontra o Brasil se encontrava no meio do supercontinente, sendo, portanto, um local com baixa umidade e com a presença de desertos. O solo arenoso dos desertos permitiu o escoamento da água das chuvas que caiam sobre eles, originando diversos aquíferos, como o Aquífero Guarani. o Era Mesozoica: ▪ Houve a deriva continental e separação da Pangeia, havendo a formação do Oceano Atlântico e das Dorsais Meso-Oceânicas nesse processo; • A grande intensidade das forças que separaram os continentes sul- americano e africano provocaram rachaduras na crosta terrestre, que foram preenchidas pelo magma do interior da Terra e acabaram extravasando em direção à superfície em algumas localidades. Esses derrames magmáticos são encontrados nas regiões Sul e Sudeste do Brasil, compostos por rochas vulcânicas basálticas. Sua evolução geológica originou formas de relevos como os cânions e as cuestas, e manchas de solo extremamente fértil (terra roxa); • Com a separação dos continentes, em diversas regiões, foram formados diversos degraus, onde diversos lagos pequenos foram se originando. Esses lagos recebiam sedimentos, os quais foram soterrando matéria orgânica marinha, dando origem às bacias sedimentares de hidrocarbonetos (que, futuramente, originarão o petróleo e o gás natural). o Era Cenozoica: ▪ Formação dos dobramentos modernos, onde se encontram as rochas metamórficas, e das bacias sedimentares quaternárias. • Exemplos de Dobramentos Modernos: Cordilheira dos Andes, Himalaia etc. São as forças responsáveis por esculpir e modelar o relevo através dos fenômenos climáticos, da hidrosfera e da biosfera. É a desagregação física e a decomposição química das rochas, promovidas pelas forças da natureza → causam a destruição do relevo. Caracteriza-se a água (em seus diferentes estados) como o maior agente intempérico do mundo, principalmente em seus estados sólido e líquido. o Intemperismo físico: agente mecânico; ocorre quebra de uma estrutura; ▪ Exemplo: deslizamentos. o Intemperismo químico: quando ocorre corrosão do terreno (alguns vegetais, cupins - ácidos);o Intemperismo biológico: ocorre quando a decomposição de restos orgânicos ou a ação de organismos vivos provoca alterações na estrutura rochosa; ▪ Exemplo: penetração das raízes de árvores no solo que provocam a fragmentação das rochas abaixo do perfil deste. É provocado pela ação mecânica da temperatura, do ar e da água, podendo causar desagregação ou fragmentação das rochas expostas na superfície. A grande variação de temperatura ao longo dos dias e das noites, por exemplo, causa fraturas nas rochas pela constante dilatação e contração de seus minerais componentes. Mais agressiva. Quando os rios congelam, o gelo se expande e o terreno “quebra”, deixando marcas de fraturas retas nas rochas; o Fiords: grande entrada de mar entre altas montanhas rochoras, originadas pela erosão glacial. Exemplo: costa da Noruega, Groenlândia etc. o Lagos glaciais: grandes lagos que se originaram a partir do peso do gelo, que vai construindo vales enormes e se derretendo. Exemplo: Canadá, EUA. Causada pela água no estado líquido, deixando o terreno arredondado (formação dos morros mamelonares – presentes na região Sudeste -, onde ocorrem os deslizamentos). o Erosão marinha forma os tabuleiros litorâneos (falésias); Causada pelos sedimentos carregados pelo vento. o Sotavento: onde o vento passa: estar “de costas para o vento”; o Barlavento: onde o vento bate: estar “de cara” para o vento. Está associado às regiões mais úmidas do planeta, vinculado à infiltração da água da chuva (ácida)nas rochas, provocando diferentes reações químicas capazes de alterar a composição mineral original da estrutura rochosa. A formação de cavernas (relevo cárstico), por exemplo, ocorre devido à dissolução de rochas, como o calcário, que, ao sofrerem intemperismo, liberam resíduos insolúveis, evidenciados no interior da caverna na forma de estalactites e estalagmites. Nesses terrenos, há a formação de rochas sedimentares. A profundidade do solo varia de acordo com as condições climáticas: em zonas temperadas, o solo é mais profundo, pois chove mais. “Água mole em pedra dura, tanto bate até que fura” deveria ser “água levemente ácida em rocha resistente tanto reage até que corrói”. Erosão: intemperismo + transporte de sedimentos resultantes do intemperismo em direção às áreas mais baixas do terreno (deposição/sedimentação). Os agentes endógenos, associados à movimentação das placas tectônicas e aos episódios vulcânicos, são responsáveis pela formação do relevo, que será posteriormente esculpido ou modelado pelos agentes endógenos, forças externas vinculadas à atuação dos fenômenos atmosféricos que influenciam a degradação das rochas e a deposição de sedimentos. É uma das principais forças endógenas desencadeadoras de profundas transformações na crosta terrestre. É causado pelo movimento convectivo do manto, gerando a movimentação da crosta terrestre. Os lentos movimentos das placas tectônicas podem causar a deformação da crosta (diastrofismo). É um exemplo de diastrofismo, associado ao movimento vertical de extensas áreas continentais, sofrendo rebaixamento, soerguimento, arqueamento ou falhamento devido a alterações no equilíbrio isostático (entre a litosfera e a astenosfera) e a tensões sofridas pela placa. As placas tectônicas estão em equilíbrio gravitacional sobre o manto (isostasia); o aumento ou a redução de peso na superfície continental pode provocar desequilíbrios. A erosão e o degelo polar, por exemplo, aliviam o peso, provocando o soerguimento em algumas áreas (epirogênese positiva). O litoral brasileiro sofre soerguimento, uma vez que a outra borda da placa tectônica (onde se localiza a Cordilheira dos Andes)) está se sobrando e concentrando cada vez mais o peso (sofre subsidência. Uma prova de que o litoral brasileiro está se levantando são as falésias; A expansão das calotas polares e a deposição de sedimentos aumentam o peso provocando a subsidência de algumas áreas (epirogênese negativa). Os constantes esforços tensionais provocados pelos movimentos epirogênicos sobre as rochas da crosta também podem provocar falhamentos. A crosta terrestre é dividida em litosfera (parte rochosa/placas tectônicas) e astenosfera (zona de transição entre as placas tectônicas e o manto, que está começando a se solidificar.). Área que recebe sedimentos → bacia sedimentar. Exemplo de graben no Brasil: Vale do Paraíba; Exemplo de horst no Brasil: Serra do Mar e Serra da Mantiqueira. Um outro exemplo de diastrofismo, que ocorre nas regiões de encontros de placas tectônicas (placas convergentes – margens ativas), formando extensos cinturões orogênicos montanhosos ou cordilheiras. Exemplos de cinturões orogênicos: cordilheira dos Andes (América do Sul) e do Himalaia (Ásia), os Alpes Suíços (Europa) e as Montanhas Rochosas (EUA). Nesses encontros de placas, o intenso calor produzido pelo magma do interior da Terra provoca a fusão total da placa, que sofre subducção, e a fusão parcial das rochas situadas na borda de outra placa, que acabam sofrendo dobramentos e falhamentos em função da constante convergência. A placa menos densa, que, nesse encontro, acaba “subindo”, sofre obducção (ganha altitude → anticlinal). A constante movimentação das placas tectônicas provoca a acumulação de tensões nas rochas componentes da crosta, que podem rachar repentinamente, liberando grande quantidade de energia. As vibrações sísmicas causadas por essa liberação de tensões se propagam em diferentes direções e intensidades, originando os terremotos, os quais são mais frequentes e intensos no encontro de placas tectônicas (margens ativas). Quando ocorrem no fundo dos oceanos são denominados maremotos. No caso de o tremor provocar o deslocamento de massa no assoalho oceânico, ocorrem os tsunamis. Camada mais superficial da placa tectônica: SiAl (silício + alumínio); menos densa. Camada mais profunda da placa: SiMa (silício + magnésio); mais densa. Placa que sofre subducção: constituída por SiMa (mais densa); perde altitude → sinclinal O hipocentro representa o lugar no interior da crosta onde ocorre a sua ruptura e a liberação das tensões acumuladas, que se projetam na superfície, no epicentro. Placa que não sofre orogênese, nem afastamento, nem falhamento → placa conservativa. Há terremotos, mas não vulcanismo. Em regiões intraplacas (cráton da placa), como é o caso do território brasileiro, a atividade sísmica é menos frequente e intensa. Embora distante da borda de placas tectônicas, o Brasil apresenta abalos sísmicos eventuais de baixa intensidade, resultantes da acomodação de diversas falhas geológicas existentes no território nacional, originadas principalmente no processo de deriva dos continentes (Era Mesozóica); O Estado do Acre apresenta grande quantidade de abalos sísmicos profundos em virtude da sua proximidade com a Cordilheira dos Andes, área de intensa atividade tectônica cenozoica. O vulcanismo corresponde a todos os episódios nos quais o magma do interior da Terra extravasa pela crosta em direção à superfície. Essas atividades foram responsáveis pela formação de cerca de 75% da superfície do planeta. Pode ocorrer tanto em limites convergentes de placas, como nos divergentes. No encontro das placas, em áreas de formação de cordilheiras, a subducção de grandes massas rochosas provoca o extravasamento de magma para a superfície, tornando a atividade vulcânica muito intensa nesses locais. Porém, ela também pode surgir nas dorsais meso- oceânicas, nas quais a separação das placas tectônicas causa o constante derrame e consolidação de magma no fundo do mar. As zonas com maior ocorrência de terremotos são as de contato entre placas tectônicas, e os abalos sísmicos de maior intensidade ocorrem onde as placas são convergentes ou transformantes.Os agentes endógenos e exógenos também estão diretamente relacionados ao processo de formação dos diferentes tipos de rochas que compõe a crosta terrestre. São as rochas formadas a partir do resfriamento ou solidificação do magma (material composto por rochas fundidas). Quando essa solidificação ocorre no interior da crosta terrestre, formam-se as rochas magmáticas intrusivas ou plutônicas; o Como o processo de solidificação no interior da crosta é mais lento, ocorre a dilatação dos minerais formando rochas com cristais mais aparentes, como o granito. Quando a solidificação ocorre na superfície, formam-se as rochas magmáticas extrusivas ou vulcânicas; o A solidificação superficial é mais rápida, originando rochas com cristais menores e aparência mais monótona, como o basalto. São as rochas formadas pela transformação ou metamorfose de outras rochas preexistentes, sob a ação de altas temperaturas e pressões, sem a ocorrência de fusões. Esse processo pode ocorrer em regiões de contato entre as placas tectônicas e a formação de dobramentos → metamorfismo dinâmico; ou em rochas muito profundas da crosta, onde o peso da camada sedimentar aumenta a pressão → metamorfismo regional; ou nas rochas que estão em contato com algum tipo de episódio magmático, onde as temperaturas são muito elevadas, causando instabilidade nos minerais das rochas envolventes à inclusão magmática. Essa instabilidade vai levar ao rearranjo estrutural dos minerais, formando novas ligações químicas, formando, então, novos minerais. → metamorfismo de contato ou termal. Podem ser classificadas em detríticas, orgânicas ou químicas. Formadas a partir de sedimentos ou pequenas partículas de rochas preexistentes que foram alteradas pelos agentes do intemperismo. A transformação dos sedimentos em rochas ocorre devido ao processo de diagênese ou litificação, que envolve a compactação e a cimentação dessas Nelas, a litificação ocorre junto a restos orgânicos, como conchas e restos de animais e vegetais. Exemplo: carvão mineral. Formam-se a partir da precipitação de sais, provenientes do intemperismo químico de outras rochas, que aparecem dissolvidos na natureza em rios, lagos e oceanos, e precipitam em função da evaporação da água. Para lembrar: o processo de litificação das rochas sedimentares ocorre em condições de temperatura e pressão mais baixas, sendo, por essa razão, mais friáveis (quebradiças), se desgastando com mais facilidade do que as rochas magmáticas e metamórficas. Essas rochas são facilmente reconhecidas por serem estratificadas e por apresentarem diferentes camadas visíveis de sedimentos. https://pt.wikipedia.org/wiki/Liga%C3%A7%C3%B5es_qu%C3%ADmicas https://pt.wikipedia.org/wiki/Minerais Em resumo: a fusão dos diferentes tipos de rocha produz o magma que, ao se cristalizar, origina as rochas magmáticas. O desgaste dos diferentes tipos de rochas produz sedimentos que, ao sofrerem litificação, originam rochas sedimentares. Qualquer tipo de rocha submetido ao aumento de pressão e temperatura pode originar rochas metamórficas.
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