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Apostila Manutenção de elevadores

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Curso à Distância em Manutenção de Edificações 
 
Manutenção de elevadores 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 - SUMÁRIO: 
 
• 1 - Objetivo; 
• 2 - Funcionamento dos elevadores; 
• 2.1 - Introdução; 
• 2.2 - Dispositivos de segurança; 
• 2.3 - Tipos de elevadores (aplicações especiais) 
• 3 - Importância da manutenção de elevadores; 
• 3.1 - Riscos provenientes da falta de manutenção em elevadores; 
• 3.2 - Mau funcionamentos de menor gravidade; 
• 3.3 - Mau funcionamentos de maior gravidade; 
• 4 - Manutenções periódicas a serem executadas; 
• 4.1 - Plano de manutenção periódica preventiva; 
• 5 - Modernizações; 
• 6 - Legislação; 
• 7 - Conclusão; 
• 8 - Referências bibliográficas; 
• 9 - Currículo resumido do autor; 
• 10 - Colaboradores. 
 
 
 
 1 - OBJETIVO: 
 
 Descrever a importância da correta manutenção periódica de elevadores, 
evitando possíveis acidentes, otimizando seu funcionamento e atendendo as 
legislações vigentes. 
 
2. - Funcionamento dos elevadores: 
 
2.1 - Introdução 
 
 Os elevadores mais comumente encontrados em edificações são os do tipo 
tracionados por cabos, neste tipo de construção os passageiros são 
transportados em uma cabina que se desloca verticalmente dentro de uma 
“caixa” acessando os diversos pavimentos do edifício. Dentro da caixa e 
apoiados em guias se movem, em sentidos opostos, a cabina e um contra peso 
(o que reduz a energia necessária para a operação) o movimento dos mesmos 
se dá por uma máquina de tração, situada na casa de máquinas acima da 
“caixa”, a referida máquina é composta por um motor elétrico ligado a um 
redutor do tipo “coroa e sem fim”, que desloca um conjunto de cabos de aço 
ligados em uma extremidade à cabina e em outra ao contra peso (balanceado 
de acordo com a capacidade do equipamento). Ao receber os comandos de 
dentro da cabina ou de alguma das botoeiras de pavimento, um painel elétrico 
instalado na casa de máquinas, comanda a máquina de tração sendo que, ao 
deslocar-se dentro da “caixa” a cabina aciona diversos sensores elétricos 
(chamados limites), o que enviará ao painel elétrico sinais da posição da cabina 
permitindo que sua velocidade diminua e pare na posição correta e nivelada ao 
pavimento. 
 As cabinas dos elevadores possuem duas portas de acesso uma delas esta 
fixada na própria cabina se movendo com a mesma e é acionada por um 
operador de porta elétrico, já a segunda é a porta de pavimento que pode ser 
de dois tipos a de “eixo vertical”, que é semelhante a uma porta residencial 
onde o próprio usuário precisa abri-la manualmente ou a “porta de correr” que é 
acionada pelo próprio operador de porta da cabina, a segunda é muito mais 
segura, uma vez que não pode, em caso de mal funcionamento, ser aberta 
pelo próprio usuário sem que a cabina esteja no andar. 
 
2.2 - Dispositivos de segurança: 
 
 Obviamente um equipamento que transporta pessoas a grandes alturas 
necessita de dispositivos de segurança extremamente confiáveis, sendo assim 
Independentemente do fabricante e da idade do elevador ele sempre terá três 
componentes básicos de segurança que impedem a queda da cabina: 
 
 I - O freio da máquina de tração: 
 Instalado na máquina de tração, geralmente entre o motor e o redutor, o freio 
possui sapatas com lonas, que quando acionadas, atritam em contato com uma 
espécie de tambor ligado ao eixo, o que impede o movimento do mesmo, do 
conjunto coroa e sem fim, da polia e conseqüentemente do cabo de aço. 
 É importante citar também que o freio da máquina de tração funciona 
normalmente fechado, ou seja, permanece travando o movimento da mesma 
através do efeito de uma mola, sendo liberado eletromagnéticamente apenas 
no momento em que o motor entra em funcionamento, o que garante que em 
caso de falha ou falta de energia o mesmo permaneça travado e impedindo o 
movimento da cabina. 
 
 
 
Maquina de tração com freio eletromagnético 
 
 II - O freio da cabina: 
 Em torno da cabina do elevador é montada uma armação que a sustenta 
apoiando-a por seu piso (tambem chamado de plataforma), esta armação 
também sustenta as corrediças (peças que entram em contato com as guias), e 
é nela, sob a cabina, que esta montado o seu freio. 
 O freio da cabina tem ação sobre suas guias fechando um conjunto de garras 
sobre elas, o que através de atrito irá parar a cabina. 
 O acionamento das garras do freio de cabina se dá pela ação do limitador de 
velocidades, que é um equipamento instalado na casa de máquinas (junto da 
máquina de tração) com uma polia, por onde corre um cabo de aço, preso a 
cabina, mais especificamente no acionamento do freio, conforme a mesma 
sobe ou desce o cabo se movimenta junto e gira a polia do limitador, caso este 
detecte uma velocidade maior do que a normal para a operação do elevador 
ele travará o cabo e, uma vez que a cabina continua a se movimentar, o freio é 
acionado. 
Motor elétrico 
Freio eletromagnético 
Sapata de freio 
Polia 
 Vale citar que caso este sistema entre em operação, muito provavelmente as 
guias da cabina sofrerão grandes danos ao suportar este esforço, sendo 
necessários reparos e até a sua substituição no trecho onde a cabina foi 
freada. 
 
 
 
 
 
 
 
 III - O pára-choque no fundo caixa: 
 Instalado no poço do elevador (área inferior da “caixa”), os elevadores 
possuem um pára-choque que tem como função amortecer um possível 
impacto da cabina. Na prática no caso de uma queda de curta distância 
(quando a cabina esta muito próxima dos andares mais baixos) existe a 
possibilidade de que o freio da cabina não tenha tempo ou espaço para freia-la, 
neste momento entra em ação o pára-choque que amortecerá um possível 
impacto desta natureza. 
 O pára-choque pode ser constituído de um conjunto de molas, elastômeros 
ou até mesmo por amortecedores hidráulicos. 
 
Limitador de velocidades 
Longarina da armação 
da cabina 
Garras 
do freio 
Acionamento 
das garras 
 
 
Pára-choque no fundo do poço 
 
 Segue abaixo uma ilustração mostrando alguns dos componentes citados 
entre outros que compõem um elevador residencial. 
 
 
Pára-choques 
de molas 
 
2.3 - Tipos de elevadores (aplicações diferenciadas): 
 
 Algumas variações de elevadores deste mesmo conceito são encontradas 
em aplicações específicas, que podem ser considerados elevadores de tipos 
diferentes, são eles: 
 - Elevadores panorâmicos, são aqueles cuja “caixa” esta instalada na 
extremidade do edifício ou fora dele, ou seja, tem uma ou mais faces abertas, o 
que permite que a cabina tenha uma janela panorâmica. Os elevadores 
panorâmicos podem ser externos, (instalados do lado de fora do edifício) ou 
internos (instalados dentro dos prédios em átrios ou em salões de shopping 
centers). 
 
 - Elevadores Hospitalares, cujas dimensões são adaptadas para transporte de 
macas e equipamentos hospitalares. 
 - Elevadores de carga, estes equipamentos são projetados para ter grande 
capacidade de peso e tem dimensões compatíveis com sua finalidade, como 
por exemplo, elevadores para automóveis. 
 - Elevadores de alta velocidade, que são usados em edifícios mais altos, 
facilitando o acesso aos andares superiores, em geral esses equipamentos 
possuem sistemas de tração mais eficientes. 
 
 
3 - Importância da manutenção de elevadores 
 
 Levando em consideração os riscos envolvidos na operação dos elevadores 
é óbvio que a manutenção do mesmo é de extrema importância, e quando não 
é feita corretamente pode causar: 
 - Mau funcionamento do equipamento, 
 - Danos ao mesmo, 
 - Redução de sua vida útil e, 
 - O mais grave de todos, acidentes com vitimas. 
 
3.1 - Riscos provenientes da falta de manutenção em 
elevadores 
 
 A falta de manutenção nos elevadores pode causar diversos mau 
funcionamentos, alguns de menor outros de maior gravidade(estes inclusive 
com riscos de acidentes), entretanto mesmo os de menor gravidade devem ser 
analisados e reparados uma vez que podem ser indícios de que uma falha 
mais grave possa acontecer a curto prazo, são os chamados “sintomas”. 
 
3.2 - Mau funcionamentos de menor gravidade: 
 - A falta de nivelamento da cabina em relação ao pavimento: 
 A falta de nivelamento da cabina pode ser o indício de falhas nos sensores 
elétricos (os limites) que enviam sinais ao painel elétrico, ou do próprio painel, 
o que poderia causar uma serie de sinais falsos, alterando o funcionamento do 
elevador. 
 - Ruídos ou “trancos” durante o movimento da cabina: 
 Os ruídos durante o movimento da cabina podem ser indícios de 
componentes atritando, ou se chocando com partes móveis do equipamento, 
ou até de desgaste em componentes de tração como cabos de aço, guias, 
polias, máquinas de tração entre outros, qualquer uma destas possíveis causas 
dos ruídos pode acarretar danos maiores ao elevador com o passar do tempo e 
até mesmo acidentes. 
 
 3.3 - Mau funcionamentos de maior gravidade 
 
 I - Abertura da porta do pavimento sem que a cabina esteja 
naquele andar, 
 Uma das causas mais comuns de acidentes com elevadores é sem dúvida a 
falha no trinco da porta de pavimento. Esta estatística mudou ha alguns anos a 
legislação para elevadores proibindo a fabricação de equipamentos com portas 
de eixo vertical nos pavimentos, ou seja, atualmente todos os elevadores 
devem ter portas de pavimento do tipo “de correr”. O acidente acontece pois 
quando a porta é de eixo vertical, o usuário deve abri-la manualmente no 
momento em que a cabina chega no pavimento, sendo que o único dispositivo 
que impede a abertura da porta é o seu trinco, este em situações extremas 
pode ser danificado por falha mecânica, como uma quebra, falta de 
lubrificação, uso indevido, oxidação entre outros, com a porta destravada, 
muitos usuários distraídos tentam entrar na cabina sem olhar, e não percebem 
que a mesma não encontra-se no andar, caindo dentro da “caixa”, geralmente 
em grandes alturas, se ferindo gravemente ou até mesmo vindo a óbito. 
 Desta forma é de extrema importância a inspeção e lubrificação regular dos 
trincos de portas a fim de detectar quaisquer mau funcionamentos no 
dispositivo, reparando-o ou substituindo quando necessário. 
 
 
 
 
 
 
Trinco que impede a abertura da porta de pavimento sem que o elevador esteja 
no andar 
 
 II - Queda da cabina, 
 O pior tipo de acidente possível com um elevador é a queda da cabina dentro 
da “caixa” o que, sem dúvida, causaria ferimentos gravíssimos aos ocupantes, 
porém, como vimos anteriormente o equipamento possui diversos dispositivos 
de segurança que impedem que isso aconteça e é por este motivo que as 
quedas de cabina são bastante raras. Entretanto em casos extremos de falta 
de manutenção, isto pode acontecer, desde que diversas falhas ocorram 
simultaneamente, tais como quebra do cabo de aço e falha no freio da cabina. 
 
 
Trincos da porta de pavimento 
do tipo eixo vertical 
 Indícios de problemas nos cabos de aço e no freio da cabina devem ser 
observados com a máxima atenção nas vistorias periódicas a fim de detecta-
los logo no início, substituindo cabos e reparando os freios a fim de evitar 
acidentes. 
 Vale lembrar que durante a substituição dos cabos de aço do elevador, os 
mesmos devem ser apropriados para o uso em elevadores e terem certificado 
de qualidade do fornecedor. 
 
 
 
 
 
Cabo de aço 
danificado (com 
uma de suas 
pernas desfiada) 
Freio da cabina 
danificado por falta 
de manutenção 
 
 
Exemplos de possíveis danos a cabos de aço 
 
 III - Panes no funcionamento do elevador com parada da 
cabina, 
 Outra falha comum em elevadores acontece quando usuários ficam presos 
dentro da cabina entre dois pavimentos, o que pode ser causado por 
problemas elétricos, mecânicos ou até por causas mais comuns, como falta de 
energia. 
 O grande risco de acidentes neste tipo de pane não esta especificamente 
ligado a parada da cabina, mas sim a atitude do usuário frente ao problema, 
uma vez que por desinformação ou pânico eles podem tentar sair da cabina por 
conta própria, forçando a abertura da porta, esta prática é bastante perigosa 
uma vez que o equipamento pode voltar a funcionar no exato momento em que 
a pessoa esta saindo pela porta ferindo-se com gravidade. 
 Apesar do que os usuários possam pensar a cabina não corre o risco de cair 
por estar parada, danificada ou sem energia e, na verdade, ficar dentro da 
mesma, chamar ajuda através do botão de emergência, pelo interfone ou até 
usando telefones celulares é a atitude mais segura nessa situação, uma vez 
que o resgate de passageiros presos deve ficar a cargo de pessoal habilitado. 
 
Possíveis causas de panes elétricas com parada da cabina 
 
 
 
 
 
4 - Manutenções periódicas a serem executadas 
 
 A vida útil de um elevador assim como a durabilidade de seus componentes e 
freqüência de manutenções esta muito ligada ao uso, cuidados e ambiente a 
que ele é submetido, fatores como o excesso de peso, limpeza, lubrificação, 
ambiente onde esta instalado (exposto a oxidação) podem fazer grande 
diferença em sua vida útil e conservação. 
Sensores elétricos (ou 
limites) danificados e com 
instalação precária 
Instalação elétrica sobre a 
cabina improvisada de 
forma precária 
 Desta forma é extremamente importante (alem de atender a exigências 
normativas que veremos mais a diante) que o elevador passe por vistorias 
mensais, testando e revisando diversos itens importantes ao seu 
funcionamento e segurança a qualquer sinal de desgaste. 
 
4.1 - Plano de manutenção periódica preventiva 
 
 Manutenção periódica é a palavra chave para manter um elevador residencial 
em boas condições de uso, e é por isso que as empresas que executam estes 
tipos de serviço devem ter um plano de manutenções periódico, com um 
cronograma de atividades a serem realizadas em cada visita a fim de manter 
todos os componentes sempre checados e em perfeitas condições de 
funcionamento. 
 Segue um exemplo de manutenção preventiva com vistorias mensais para 
verificação dos componentes básicos e revisões periódicas para os 
manutenções dos componentes mais complexos: 
 
 
 
Local Descrição Frequência 
CABINA: 
Cabina 
Checar: nivelamento - aceleração - retardamento - (sinalização) MENSAL 
Verificar: rampa - coxins - polias - lubrificação - limpeza BIMESTRAL 
 intercomunicador - ventilador - iluminação - alarme - sub teto BIMESTRAL 
Porta da Cabina 
Testar: carretilhas - grafos - perfil TRIMESTRAL 
Verificar: barras de portas - corrediças TRIMESTRAL 
CASA DE 
MÁQUINAS 
Painel / Quadro de Comando 
Checar: contatores - reles - disjuntores TRIMESTRAL 
Inspeção: contatos - laminas - reles de segurança MENSAL 
Verificar: janelas - iluminação - extintor MENSAL 
Testar: limites - atuação ( superiores / inferiores) MENSAL 
 
 
 
 
 
 
Local Descrição Frequência 
CASA DE 
MÁQUINAS 
Máquina de Tração 
Checar: nível do óleo - vazamento MENSAL 
Verificar: rolamentos - acoplamento - vibrações MENSAL 
Freio da Máquina de Tração 
Checar: sapata - lona - tambor - pinos - disco - pressão da mola MENSAL 
Verificar: livre movimentação MENSAL 
Limitador de Velocidade 
Testar: contatos - limpeza e lubrificação MENSAL 
CAIXA: 
Botoeira de Manobra 
Testar: botoeira de manobra MENSAL 
Sobre a Cabina 
Checar: Equalização dos cabos - Polia Intermediária - Sensores de Poço MENSAL 
Limpeza: Geral - Teto da cabina BIMESTRAL 
Lubrificar: Guias da Cabina - Guias do Contrapeso - Polia Intermediária MENSAL 
Contra Peso 
Checar: Tirantes - Polia Intermediária - Coxins BIMESTRAL 
Limpeza: Geral TRIMESTRAL 
Verificar: Situação das Pedras - Alinhamento TRIMESTRAL 
Operador de Porta/ Porta da Cabina 
Checar: Movimentação - Recolhimento - Rampa - Rampa Retrátil - Arraste MENSAL 
Limpeza / Lubrificar: Geral / Roldanas e Articulações BIMESTRAL 
Verificar: Alinhamento - Faceamento - Livre Movimentação - Folha de Porta BIMESTRAL 
 Correia - Corrente - Cabinho de Aço - Excêntrico - Corrediça - Roldanas BIMESTRAL 
Porta de Pavimento 
Checar: Desgaste - Quebras - Cabos - Cordão de Nylon - Gancho da Porta MENSAL 
Testar: Trinco (Fecho Eletromecânico) - Mola Hidráulica (Fecho Hidráulico) MENSAL 
Verificar: Carretilhas - Garfos - Perfil MENSAL 
POÇO: 
Poço 
Limpeza: Geral BIMESTRAL 
Checar: Movimentação - Contatos de segurança - Polia Tensora MENSAL 
Testar: Botoeira de PAP - Contatos e Limites Eletromecânicos MENSAL 
Verificar: Para Choques - Integridade - Nível de Óleo - Vazamentos BIMESTRAL 
 
5 - Modernizações 
 
 Assim como qualquer equipamento o elevador pode ter sua vida útil 
prolongada de acordo com o uso e a manutenção periódica, podendo chegar a 
vários anos se bem conservado, entretanto, com o passar do tempo seja pelo 
desgaste normal do elevador, mau uso ou até mesmo vandalismo, os seus 
componentes vão se desgastando e as manutenções começam a ficar mais 
freqüentes e caras. 
 Para os equipamentos nesta condição diversas empresas oferecem pacotes 
de atualizações para elevadores mais antigos são as chamadas 
Modernizações. 
 A modernização de um elevador antigo pode ser feita de duas maneiras, 
somente funcional (substituindo os componentes eletro-mecânicos do elevador) 
ou completa (substituindo também seus itens de aparência), conforme descrito 
abaixo: 
Modificações executadas em modernizações funcionais: 
 - Substituição dos sistemas de tração, incluindo maquina de tração completa e 
cabos de aço; 
 - Substituição dos comandos eletro-eletrônico, como o painel de comando, 
sensores elétricos (ou limites), operadores de porta, botoeiras de cabina e 
pavimento; 
 - Adequação do elevador as normas atuais, conforme veremos adiante as 
legislações mais modernas exigem uma série de itens de proteção aos 
usuários e técnicos que não eram obrigatórios no passado e estes itens podem 
ser acrescentados durante a modernização; 
 - Substituição dos sistemas de segurança, como freios da máquina de tração, 
cabina e limitadores de velocidades. 
 
Aspecto de uma casa de máquinas modernizada 
 
 
 ANTES DEPOIS 
 
Modificações executadas em modernizações completas: 
 - As mesmas descritas anteriormente; 
 - Modificações estéticas, estas visam modernizar visual do elevador 
adequando-o, inclusive, a reformas feitas no edifício, estas modificações 
consistem na troca da própria cabina (ou de seu revestimento interno), 
batentes e portas de pavimento e demais revestimentos visíveis aos usuários. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Com a substituição de vários dos componentes principais do elevador por 
outros novos e que agregam inovações tecnológicas indisponíveis na época da 
fabricação do elevador original, este se torna mais confiável, seguro, e com 
menor probabilidade de quebras, alem de estar de acordo com as novas 
legislações vigentes. 
 Estas modernizações acabam por compensar o seu investimento financeiro 
com a redução do custo de manutenção e economia de energia, em até trinta 
porcento, uma vez que as máquinas de tração mais modernas são muito mais 
eficientes . 
 
 
 
 
 
 
 
 
6 - Legislação 
 
 Diversas normas regulamentam as atividades relativas a elevadores, tratando 
de Manutenção, Responsabilidade técnica, recolhimento de ARTs, itens 
necessários em equipamentos mais modernos e acessibilidade e algumas 
delas em especial, devem ser citadas por sua relevância. 
 
 I - Segundo a Decisão Normativa n. 36 de 31 de julho de 1991 do Confea os 
serviços de manutenção de elevadores serão executados sob responsabilidade 
técnica de profissional ou empresa registrado no CREA e este serviço será de 
atribuição do profissional habilitado no nível superior na área de mecânica 
resolução n. 218/73 (Engenheiro Mecânico) ou profissional habilitado na 
resolução 278/83. 
 
 II - Segundo a mesma resolução anterior os contratos de manutenção de 
elevadores estão sujeitos a ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) com 
recolhimento de sua taxa, sendo que no caso de contratos com duração 
superior a um ano, será recolhida a taxa anualmente com parcelas 
proporcionais ao período do contrato. 
 
 III - Segundo a Deliberação Normativa do CREA DN-24/2000 do CEEMM 
cada profissional de nível superior poderá ser responsável técnico pela 
manutenção de no máximo 150 elevadores por ano e que cada uma delas 
deverá passar por uma vistoria mensal e uma inspeção trimestral. 
 
 
 
 IV - Segundo a ABNT em sua norma NBR 15597 de 19 de setembro de 2008, 
levando em consideração a norma de segurança em máquinas e equipamentos 
NR-12, tornou obrigatórios para todos os elevadores os seguintes itens de 
segurança descritos abaixo: 
 
- Protetor para polia de tração e demais elementos móveis: 
 Segundo a NR-12 todos os elementos móveis de máquinas devem ter 
proteções a fim de evitar lesões por contato, isso se aplica aos elevadores, na 
casa de máquinas, à máquina de tração e ao limitador de velocidades. 
 
 
 
 
 
 - Tapa vista sob a cabina: 
 Normalmente quando se efetua o resgate de passageiros presos em cabinas 
de elevadores, é necessário abrir as porta do equipamento (porta da cabina e 
de pavimento) com a cabina parada entre dois andares, o que pode ser 
potencialmente perigosos tanto para a equipe de resgate como para os 
resgatados, uma vez que as pessoas envolvidas podem escorregar no piso do 
pavimento e cair no vão debaixo da cabina e por dentro da “caixa” do elevador 
Máquina de tração com 
proteção em sua polia 
Limitador de velocidades 
com proteção em sua polia 
 
ferindo-se gravemente. Para evitar acidentes como este a cabina do elevador 
deve ter um tapa vista abaixo do seu piso voltado para a porta que quando o 
elevador para entre dois andares tapa a fresta que dá acesso ao poço 
protegendo assim os usuários e caso de resgate. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Porta de pavimento protegida 
pelo tapa vista impedindo o 
acesso ao poço por debaixo da 
cabina 
Vista esquemática do tapa vista 
(posição 29 no desenho) 
montado debaixo da cabina e 
voltado para sua porta 
 
 - Etiquetas braile nas botoeiras: 
 A fim de garantir a acessibilidade à pessoas com deficiência visual, torna-se 
obrigatória para elevadores a instalação de etiquetas braile nas botoeiras de 
cabina e pavimento. 
 
 
 
 
 
 - Botoeira do tipo “caixa de inspeção” sobre a cabina: 
 Durante a manutenção os técnicos de elevadores, devem ter acesso a 
diversos componentes tais como sensores elétricos (ou limites) que estão 
instalados dentro da caixa, e a única forma de fazer isso é posicionar-se sobre 
a cabina e opera-la manualmente dali, para facilitar essa manobra tornou-se 
obrigatória a instalação de botoeiras sobre a mesma, através das quais o 
técnico utiliza a própria cabina para mover-se verticalmente até o componente 
em manutenção. 
Etiquetas braile a serem 
coladas nas botoeiras 
Botoeira mais nova já com 
a etiqueta incorporada 
 
 
 
 
 - Chave PAP no poço do elevador: 
 Uma vez acessando o poço do elevador o técnico de manutenção pode se 
deparar com a cabina descendo em sua direção, o que caso, fuja de seu 
controle, pode causar-lhe ferimentos graves, para isso a norma exige a chave 
PAP que nada mais é do que um botão de parada de emergência para o 
movimento da cabina. 
 
 
Botoeira do tipo “caixa de 
inspeção” instalada sobre a cabina 
Técnicos posicionados sobre a 
cabina e operando-a manualmente 
 
- Escada marinheiro: 
 Em muitos casos o acesso ao poço do elevador possui umdesnível 
considerável o que dificulta o acesso ao mesmo podendo causar acidentes 
com os técnicos durante a sua manutenção, para evitar isso a norma obriga a 
instalação de uma escada do tipo marinheiro (vertical) para acessar esta área 
. 
 
 
 - Guarda corpo sobre a cabina: 
 Como foi explicado anteriormente, em muitos momentos os técnicos de 
manutenção devem se posicionar sobre a cabina para manobra-la, usando o 
equipamento para chegar até componentes do elevador inacessíveis de outra 
forma, sendo assim a norma obriga a instalação de um guarda corpo sobre a 
cabina para protege-los durante o movimento da mesma. 
 
 
 
 
Escada marinheiro 
para acesso ao 
poço do elevador 
 
 
 
 - Iluminação do passadiço: 
 O poço do elevador é um ambiente geralmente escuro e sujeito a acidentes 
pela falta de visão, para evitar isto, a norma exige a instalação de iluminação 
em seu passadiço. 
 
 
 
 
 
Guarda corpo 
protegendo os 
técnicos durante a 
manutenção 
 
 - Interfone dentro da cabina: 
 A maioria dos acidentes com usuários de elevadores acontece em função do 
medo e nervosismo envolvido em estar-se preso dentro do equipamento, para 
minimizar esta sensação a norma exige a instalação de um interfone dentro da 
cabina ligado a portaria, a fim de que no caso de falha do equipamento os 
passageiros possam pedir ajuda. 
 
 
 
 - Iluminação de emergência dentro da cabina: 
 Pelos mesmos motivos descritos no item anterior as luzes de emergência 
tornaram-se obrigatórias através da norma 
 
 
 - Placas de sinalização e advertência nas portas de pavimento: 
 A fim de evitar acidentes causados por atitudes inseguras por parte dos 
usuários a norma obriga a sinalização dos pavimentos com avisos de 
segurança 
 
 
 
 - Nivelamento preciso da cabina: 
 Para evitar acidentes como “tropeços” ao entrar na cabina a norma exige que 
a mesma fique precisamente nivelada como o pavimento durante sua parada. 
 
 - Aviso sonoro informando o andar: 
 Tambem voltado para a acessibilidade de pessoas com deficiência visual a 
norma exige um aviso sonoro informando o andar onde o elevador estiver 
parado. 
 
 Vale lembrar que diversos itens descritos nesta norma referem-se a 
segurança dos técnicos de manutenção o que também deve ser observado 
uma vez que os condomínios também são co-responsáveis pela segurança de 
terceiros em suas instalações. 
 
 7 - Conclusão 
 
Através do que foi exposto durante o treinamento fica claro a 
importância e responsabilidade envolvidas na manutenção preventiva e 
corretiva dos elevadores e os riscos de trabalhos feitos de forma 
incorreta e em desacordo com a legislação vigente, o que visa acima de 
tudo a segurança dos usuários neste tão difundido meio de transporte 
vertical. 
 
8 - Referências bibliográficas 
 
- NBR15597: Requisitos de segurança para construção e instalação de 
elevadores; 
 - NBR NM207: Elevadores elétricos de passageiros requisitos de segurança 
para construção e instalação; 
 - Arquitetura um olhar vertical Editora Antonio Bellini; 
 - Manuais de utilização e segurança de fabricantes de elevadores e escadas 
rolantes; 
 - Decisão Normativa n. 36 de 31 de julho de 1991 do CONFEA; 
 - Deliberação Normativa do CREA DN-24/2000 do CEEMM 
 
 
 
 
 
9 - Currículo resumido do autor 
 
• Autor: Roberto Leonessa 
• Currículo resumido: 
• Graduado em Engenharia Mecânica pela Universidade Mackenzie em 
São Paulo (1998), 
• Atuando, a quatorze anos, em diversas Empresas nas áreas de 
Engenharia de Processos (inclusive na fabricação de elevadores), 
Produtividade, Projetos de sistemas de ar condicionado residencial e 
automotivo, refrigeração automotiva e manufatura em Indústrias 
metalúrgicas. 
• Contato: roberto.leonessa@bol.com.br 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
10 - Colaboradores 
 
Para a elaboração deste trabalho foi fundamental o auxilio de dois 
colaboradores, bastante envolvidos na área de manutenção de 
elevadores: 
 Leandro Cariz 
 Atuando a 33 anos no ramo de transportes verticais em indústrias de 
grande porte do ramo, assessoria e consultoria 
 Contato: cariz@sercomtel.com.br 
 Aurélio Muller da Rocha 
 Sócio proprietário de uma empresa de assistência técnica a 
elevadores em Londrina PR 
 Contato: contato@transvert.com.br

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