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 As principais teorias que buscam explicar o surgimento do Estado são as Teorias Naturalistas e as Contrualistas. Na Teoria Naturalista a sociedade seria um fato natural e inerente ao ser humano e, portanto, o Estado seria fruto de uma formação espontânea. Aristóteles ao afirmar que “o homem é por natureza um ser social” tornou-se o antecedente mais remoto desta teoria. Para ele, o Estado seria uma instituição naturalmente necessária que decorrente da natureza humana. (LIMA, GÓES 2015 pg.40)
 Modernamente, inúmeros pensadores também se filiam a corrente essa Naturalista. DALARI (2018 pg. 22) cita em sua obra o renomado escritor italiano Ranelletti, que a partir de uma observação atenta da realidade, afirma que a necessidade de associar-se é intrínseca ao homem e é condição essencial para a vida. 
 Em contraponto aos fundamentos Naturais, temos as Teorias Contratualistas. Essas por sua vez, explicam que o surgimento do Estado se deu a partir de um instrumento racional, um acordo/contrato, pelo qual o homem sai de um estado natural e passa para um estado civil/político. Como percussores dessa teoria temos Hobbes, Locke e Rousseau.
 Para Thomas Hobbes, o homem vive inicialmente em estado de natureza (estado abstrato) marcado por inclinações inatas tais como: o egoísmo, o orgulho e a vaidade, o que acarretaria em uma “guerra de todos contra todos” e assim, nesse estado, o homem estaria em constante ameaça. Para superá-lo e preservar a sua segurança, o homem por meio da razão, percebe a necessidade de celebrar um contrato social, a fim de que se estabeleça a vida em sociedade. Dessa forma o homem, renuncia seus a direitos naturais e o transfere a um soberano para que este exerça o poder político. O Estado teria, uma tripla finalidade: representar os cidadãos, assegurar a ordem e ser a única fonte da lei. (LIMA E GÓES, 2015 pg. 45) É importante ressaltar que, nas obras de Hobbes, há uma clara sugestão ao absolutismo. (DALARI, 2018 pg. 26)
 Já para John Lockes, o estado de natureza (um estado real), era caracterizado pela existência da família, dos direitos inatos à propriedade (vida, liberdade e bens) e de uma relativa paz. No entanto, o estado de natureza não estaria livre de intercorrências relacionadas a violações desses direitos, uma vez que, o homem possuía fraquezas que o levaria a ter comportamentos contrários às leis naturais. E assim, surgiria à necessidade de um pacto social que garantisse esses direitos por meio do seu positivismo. Assim os indivíduos, confiariam o direito de justiça ao Estado. (LIMA E GÓES, 2015 pg. 48) Cabe ressaltar que esse “Pacto Social”, seria resultado de um consentimento unânime e não uma submissão dos homens ao Estado, sendo assim, o direito de insurreição seria legitimo, caso o Estado violasse os direitos dos cidadãos. 
 Na concepção de Jean Jaques Rousseau o estado de natureza (um estado abstrato) estaria pautado na paz; o homem seria essencialmente bom, honesto e moralmente reto. A divisão do trabalho e da propriedade privada é que os tornaria avaros, ambiciosos e maus, ocasionando diversos conflitos (a sociedade o corromperia). Dessa forma, surgiria a necessidade de uma Ordem Política que restabelecesse a Ordem Social justa e garantisse os direitos inerentes à liberdade e a igualdade. Então surge a concepção de contrato social, que tem como pressuposto produzir um corpo moral e coletivo – o Estado – fundamentado na soberania do popular, sua única fonte de poder. (LIMA E GÓES, 2015 pg. 53) Dessa forma, não há o que se falar em submissão do homem ao Estado e sim em uma união da coletividade em prol do bem comum. Por fim, cumpri mencionar, que atualmente diversas das ideias que constituíram a base de pensamento de Rousseau, são considerados fundamentos da democracia. (DALARI 2015, pg. 29)
Referências:
DALÁRIO, Dalmo de Abreu. Elementos da teoria Geral do Estado. 33 ed. – São Paulo: Saraiva, 2016.
LIMA, MARCELO MACHADO, GUILHERME SANDOVAL GÓES. Ciência Política. Rio de Janeiro: SESES, 2015.

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