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trab. ciências politicas PR2-1

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FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL
CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZONIA
BACHARELADO EM DIREITO
DISCENTES:
ADRIANO BARRADA ALVES
FERNANDA SOBRAL DE LIMA
KAREN ALVES LEITE
LUCILANA DE ANDRADE SOUSA
MARILDAESTUMANO POMPEU 
INSERÇÃO DA MULHER QUILOMBOLA NO MERCADO DE TRABALHO A PARTIR DA PERSPECTIVA EDUCACIONAL
Tucuruí – PA
2022
FACULDADE DE TEOLOGIA, FILOSOFIA E CIÊNCIAS HUMANAS GAMALIEL
CENTRO EDUCACIONAL E CULTURAL DA AMAZONIA
BACHARELADO EM DIREITO
INSERÇÃO DA MULHER QUILOMBOLA NO MERCADO DE TRABALHO A PARTIR DA PERSPECTIVA EDUCACIONAL
Trabalho apresentado ao Curso de Bacharel em Direito, da Faculdade de Teologia, Filosofia e Ciências Humanas Gamaliel-Fatefig, como requisito parcial para a nota do trabalho para PR2da disciplina deCiências Políticas e Teoria Geral do sob a orientação da Profª.Mestranda. JenniferRanieri.
Tucuruí – PA
2022
INTRODUÇÃO
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
CAP 1 MULHERES QUILOMBOLAS E SUA REALIDADE EDUCACIONAL
As políticas educacionais do Estado voltadas para os grupos tradicionais no Brasil visam estabelecer equidade no acesso as garantias fundamentais desses grupos com as demais parcelas da sociedade, tendo em vista que historicamente grupos como os quilombolas, figuram as margens da sociedade enfrentando percalços no tocante ao acesso à Direitos básicos, como a educação.
Sabe-se que de modo geral as comunidades quilombolas têm um progresso acadêmico significativamente inferior ao que sem tem como ensino básico no Brasil. Contudo essa problemática ganha contornos ainda mais danosos quando a ótica volta-se para a população quilombola feminina.
O cenário educacional atual a qual pertencem essas mulheres é considerado uma realidade primitiva, tendo em vista que em parcela majoritária essas mulheres precariamente concluem o ensino fundamental. São vários, os fatores que contribuem para o enrijecimento do desempenho acadêmico das quilombolas, dentre eles podem ser citados os padrões sociais estabelecidos pelo patriarcalismo, que serão responsáveis pela manutenção da submissão feminina, desse modo além da precariedade das políticas educacionais por parte do Estado, o fator axiológico contribui com as estruturas que mantem essas mulheres às margens do cenário educacional básico no Brasil.
É conhecimento geral que esses grupos tradicionais são historicamente desvalorizados, nesse sentido entende-se que a efetivação de políticas que reafirme a cultura desses grupos é emergente, contudo as políticas não devem atuar só no panorama de valoração cultural, mas sim oferecer mecanismos materiais que possibilitem o acesso desses indivíduos a uma vida escolar. Desse modo, é latente a concepção de que o ingresso escolar é responsável por acarretar a dificuldade dessas quilombolas em trabalhos formais e até mesmo com condições mínimas.
Diante desse cenário, é necessária a valorização cultural, de modo que as mulheres que vivem essa realidade tenham condições de vivência escolar, para que a partir disso a realidade acerca do assunto em epígrafe no terceiro capítulo possa adquirir novos contornos. Além do mais, a condição material a que tais mulheres têm por realidade é o fator principal para a evasão escolar nos primeiros anos de ensino, tendo que logo cedo acontece a exposição a trabalhos exaustivos e ainda queem diversas comunidades os horários de aula não favorecem a frequência efetiva desse grupo.
Capítulo 2
Frente a isto, realizou-se em Brasília o I Seminário Nacional de Educação Quilombola, em novembro de 2010, objetivando a construção do Plano Nacional de Educação Quilombola, que contribuiria ao CONAE para produção das Diretrizes Curriculares Nacionais para Educação Escolar Quilombola. Com isso, foi publicada a Resolução nº 7 do Conselho Nacional de Educação – Educação/Câmara de Educação Básica – CNE/CEB –, que incluiu as especificidades da Educação Escolar Quilombola:
Art. 39 – A Educação Escolar Indígena e a Educação Escolar Quilombola são, respectivamente, oferecidas em unidades educacionais inscritas em suas terras e culturas e, para essas populações, estão assegurados direitos específicos na Constituição Federal que lhes permitem valorizar e preservar as suas culturas e reafirmar o seu pertencimento étnico.
 É difícil ser mulher em qualquer parte do mundo, ser mulher e quilombola é a maior conquista de luta e resistência nesse país visto que a educação escolar quilombola e o retrato educacional estão longe da perspectiva da legislação e a realidade. A situação das mulheres quilombolas que na sua maioria não ultrapassam as séries iniciais de escolarização, e muitas delas não chegam a ingressar nas escolas por diferentes motivos que pode ser o trabalho pela própria sobrevivência e a própria condição de acesso entre as comunidade quilombolas e as escolas e as intensivas formas de trabalho dentro da própria comunidade como fator que impede o ingresso escolar. A garantia do direito a educação específica aos quilombolas existe, mas a efetividade dessas políticas está longe de atingir a realidade.
Na maioria da vezes a comunidade quilombolas sequer conhece os direitos que tem a respeito da educação. A falta de profissionais qualificados e a necessidade políticas educacionais que contemplem a formação de professores em educação étnico-racial e em direitos humanos conforme preconiza a legislação vigente e a materialização de políticas transversais de gênero, raça/etnia a fim de contemplar as demandas das mulheres quilombolas, considerando sua territorialidade
CAP 3 RELAÇÃO MULHER QUILOMBOLA E MERCADO DE TRABALHO 
A inclusão das mulheres no mercado de trabalho trouxe muitas experiências, sabe-se que desde a antiguidade a mulher foi ensinada a restringir sua vida e suas atividades aos cuidados da família e do lar, como cozinhar, cuidar da casa, lavar, passar, e até mesmo servir ao homem. 
Historicamente a mulher quilombola tem grande participação na mão de obra da principal atividade econômica desse povo, trata-se de quintais produtivos, ou seja, cultivo de hortas e pequenas criações de animais. A mulher é a responsável pela mão de obra secundaria, além disso atua também na comercialização dos produtos cultivados.
Desse modo, a mão de obra executada por tais mulheres é primordial para o desempenho socioeconômico dessas comunidades, contudo por fatores ligados ao gênero, essa participação é vista apenas como auxílio e por conta disso não gera participação direta nos lucros financeiros.
A mulher quilombola participa diretamente do grupo populacional que sofre com as desigualdades sociais implantadas no campo socioeconômico, além de sofrer com diversas formas de discriminação e preconceito. 
A maioria dessas mulheres são subordinadas no mercado de trabalho, reflexão das desigualdades de gênero que estão bastante presentes na sociedade, além da desigualdade étnico-racial. Vale ressaltar que enquanto classe trabalhadora, a mulher costuma ser mais explorada que o homem, principalmente a mulher quilombola que é vista pela classe capitalista como um meio para aumentar sua riqueza, em troca da mão de obra barata. Grossi (2018) fala em seu artigo a respeito da exploração sofrida pela mulher quilombola e os diversos preconceitos enfrentados por elas. 
A exploração, expropriação e alienação da classe que vive do trabalho incidem de maneira desigual na vida dos diferentes sexos e etnias, onde a mulher negra e quilombola, além de todo este processo de exploração material por meio da apropriação de seu trabalho nas esferas produtiva e reprodutiva, vivencia ainda, a dominação e opressão ideológica próprias do patriarcado, capitalismo e racismo.
CAP 4 PERSPECTIVA ENTRE ESCOLARIDADE E ATIVIDADES PROFISSIONAIS DE MULHERES QUILOMBOLAS
Conforme evidenciado a atividade profissional é consonante ao acesso à educação, ou seja, a medida que a frequência escolar se restringetorna-se obsoleto a atividade profissional desenvolvida pelas quilombolas. 
Tendo esse entendimento, o estado tem desempenhado políticas educacionaisvoltadas para essa classe, a exemplo, às cotas raciais que alcançam efetivamente os jovens quilombolas, a ampliação da educação infantil nessas comunidades, a implementação das escolas técnicas, além disso ações culturais de desconstrução de padrões históricos tem participação direta nesse processo. 
Diante disso, nota-se através da educação jovens mulheres quilombolas tem alcançado níveis educacionais mais significativos, chegando as universidades públicas e ocasionando um processo de identificação cultural em jovens desses grupos.
Através da elevação acadêmica a participação política dessas mulheres vem tendo destaques significativos, assumindo papeis de liderança como o da engenheira agrônoma Francileia Paula de Castro que atualmente compõe a equipe de transição do atual governo eleito, onde irá compor o grupo de trabalho e desenvolvimento agrário. Em reportagem ao Gazeta Digital Cuiabá MT, ela relata a importância de sua participação nesse processo
Este novo governo vem trazendo esse desenho de retomada, incluindo a política agrária. E minha atuação vai ser na representação das comunidades quilombolas e na defesa desses sistemas agrícolas tradicionais, agroecológicos, que produzem alimentos saudáveis, livres de agrotóxicos, transgênicos e outros produtos químicos, mas que também são sistemas muito resilientes a mudanças climáticas, tendo uma contribuição muito positiva para o planeta como um todo.
Ainda tratando da participação da mulher quilombola na política a partir da sua perspectiva educacional destaca-se a participação significativa do número de quilombolas que pleitearam vagas eletivas nas eleições de 2022, conforme destaca o veículo de comunicação Estado Minas:
Minas Gerais tem quatro candidaturas quilombolas para cargos de deputada estadual e federal nas eleições de 2022. Todas são mulheres e concorrem por partidos de esquerda (PT, PSOL e PDT) para tentar ocupar, pela primeira vez na história da democracia brasileira, as esferas de maior poder institucional. No Brasil, foram mapeadas candidaturas quilombolas em apenas 13 das 27 unidades federativas.
Além do meio político, e agrário, as mulheres quilombolas estão ativamente preenchendo espaços de liderança acadêmica que contribui efetivamente para a valorização e inserção dessa cultura no âmbito cientifico e político. À exemplo, a professora, ativista social e doutora em sociologia, Silviane Ramos Lopes, que desenvolve pesquisas relacionando o contexto histórico e atual dessas mulheres, considerando sua decência direita da ativista quilombola Tereza de Benguela, que contribuiu com a visibilidade da mulher negra no Brasil
.
	Em matéria do Jornal Digital Gazeta Digital (Cuiabá MT), destaca-se a importância da participação de Silviane no processo social de reafirmação cultural e criação de políticas públicas voltas para esses grupo.
Valneide Nascimento, presidente da nacional, destaca que Silviane faz parte da quinta geração de descendente de Tereza de Benguela e que é um legado de alinhamento com as pautas do povo preto. É capacitada, comprometida e sua história ativista valoriza a importância da mulher negra em espaços estratégico.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS
OBS:
Introdução [contendo contextualização do tema, objetivo, método de pesquisa (poderá pesquisar métodos de pesquisa de acordo com alguns autores, Ex. Como Sampieri, Antônio Carlos Gil ou Joaquim Severino) e autores principais que embasaram a pesquisa]
Fundamentação Teórica [consiste na seleção das leituras que se referem ao assunto abordado no estudo e na capacidade de interpretar, discutir e de dialogar com os autores daquela área, na tentativa de compreender melhor o fenômeno estudado. (no mínimo 3 páginas)];
 Considerações finais [um resumo do aprendizado da equipe diante do tema pesquisado, evite citações, é o momento das impressões do grupo (digital)];
Referências (as fontes de pesquisa utilizadas pela equipe: sites, revistas, livros, etc. As referências bibliográficas devem conter
data/hora de acesso além do nome do site pesquisado. Se for livro deverá
conter nome do livro, autor, editora, edição e ano.

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