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Relação de Coordenação e Subordinação entre Orações

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Aula 4 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Relação de Coordenação e Subordinação entre Orações 
Professor: Albert Iglésia 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 4 – Relação de Coordenação e Subordinação entre Orações 
Prof. Albert Iglésia 
 
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Na aula de hoje, darei continuidade ao estudo sobre a sintaxe da 
oração e do período, agora com o foco voltado para a relação existente 
entre as orações. Será preciso lançar mão de conceitos sobre o que é uma 
oração e o que é um período. Lembra-se de que na aula anterior iniciei minhas 
explicações esclarecendo o que é uma oração e o que é um período? Se você 
ainda tem dúvidas de reconhecê-los, deve reler o material do nosso último 
encontro. 
Tenho notado que muitos alunos sentem dificuldades de responder 
às questões de provas sobre orações porque não compreendem seus valores 
semânticos, muita vezes explicitados logo pela conjunção introdutória, e suas 
corretas nomenclaturas. Mas devo dizer que sou contra aquele tipo de 
“decoreba” a que normalmente nos sujeitamos durante os tempos escolares. É 
possível, por exemplo, que uma conjunção tipicamente adversativa introduza 
uma oração de valor semântico aditivo, e vice-versa – o que mudará, 
obviamente, a classificação da conjunção e, por consequência, da própria 
oração. 
Admito, porém, que há significativa importância nos estudos 
“cartesianos” das orações. Alguns professores tornam esse assunto mais difícil 
de ser compreendido porque partem do princípio de que seus alunos já vão 
para a sala de aula sabendo classificar cada oração, reconhecendo suas 
características e valores semânticos. Não pretendo incorrer em equívoco 
semelhante, por isso iniciarei explicando cada uma delas separada e 
detalhadamente. 
De início, você deve observar que as orações surgem organizadas 
em períodos. Um período pode ser classificado em simples ou composto. 
Será simples quando contiver apenas uma oração (um verbo ou uma locução 
verbal), caso em que a oração será dita oração absoluta. 
 
Vive-se um momento social delicado. 
Os alunos continuam estudando. 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 4 – Relação de Coordenação e Subordinação entre Orações 
Prof. Albert Iglésia 
 
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Será composto quando nele houver mais de uma oração, caso em 
que as orações estarão articuladas em uma relação de igualdade 
(coordenação) ou dependência (subordinação) sintáticas. 
 
Eu vou à escola; você, à praia. 
 
A primeira observação a ser feita sobre o exemplo acima é que o 
verbo da segunda oração – “você, à praia” – foi substituído pela vírgula, já que 
esta é uma das funções desse sinal de pontuação. A segunda, perceba, é que 
as orações se equivalem sintaticamente, o que caracteriza a coordenação 
entre elas. Note que na palavra “coordenação” existe o elemento “co-”, que 
traduz a ideia de igualdade, nivelamento. Em outras palavras, não há o 
exercício de uma função sintática (sujeito, objeto, adjunto adnominal, adjunto 
adverbial etc.) por qualquer das orações do período. 
 
É necessário que vocês estudem. 
 
A respeito da frase anterior, podemos dividi-la em duas orações: “É 
necessário” e “que vocês estudem”. Você já deve ter percebido que a primeira 
oração é constituída por um verbo de ligação (“é”) e por um termo 
(“necessário”) que confere um atributo ao sujeito desse verbo. Mas onde está 
o sujeito dele? Se você percebeu que o sujeito é a segunda oração (“que vocês 
estudem”) está de parabéns! Caso contrário, sugiro que coloque a frase na 
ordem direta: 
 
Que vocês estudem é necessário. 
 
Ficou melhor? Não?! Tente usar um velho e bom artifício: substitua 
a oração “Que vocês estudem” pelo pronome ISSO, assim: 
 
Isso é necessário. 
 
 
 
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Notou agora a função sintática de sujeito sendo exercida pela 
oração “Que vocês estudem”? Pois é, quando uma oração desempenha alguma 
função sintática na outra, dizemos que a relação entre elas é de 
subordinação. Note que no vocábulo “subordinação” existe o prefixo 
“sub-”, tradutor da noção de posição abaixo, dependência. 
Às vezes, em um mesmo período, as orações que o compõem 
articulam-se de forma coordenada e, também, subordinada. 
Eu disse que trabalho e estudo. 
As duas últimas orações (“que trabalho e estudo”) 
subordinam-se sintaticamente à primeira (“Eu disse”), complementando o 
significado do verbo “disse” (o que?), exercendo a função sintática de objeto 
direto (isso). Não obstante, entre si mesmas, as duas últimas orações 
estabelecem uma relação sintática coordenada. A terceira oração soma-se à 
segunda para, juntas, indicarem o que foi dito. Logo, o período é misto, ou 
seja, composto por subordinação e coordenação ao mesmo tempo. 
 
1. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) 
(...) São numerosas oportunidades perdidas que se multiplicarão, se a 
economia brasileira continuar com seu impulso de crescimento – e a 
qualidade da educação continuar baixa.(...) 
A respeito da composição do período acima, analise as afirmativas a 
seguir: 
I. Há uma oração principal. 
II. Há duas orações subordinadas adverbiais. 
III. O período é composto por coordenação e subordinação. 
Assinale: 
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas 
(B) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas 
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas 
 
 
 
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(D) se nenhuma alternativa estiver correta 
(E) Se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas 
Comentário – Sugiro que você sublinhe ou circule os verbos, pois eles 
representam a quantidade de orações: “São”, “multiplicarão”, “continuar” e 
“continuar” (ele se repete mesmo). Temos, portanto, quatro orações, assim 
constituídas: 
1 – “São numerosas oportunidades perdidas” 
2 – “que se multiplicarão” 
3 – “se a economia brasileira continuar com seu impulso de 
crescimento” 
4 – “e a qualidade da educação continuar baixa.” 
Agora temos que analisar a relação existente entre elas. A 
primeira oração é principal em relação à segunda. Esta é subordinada 
(adjetiva) à primeira porque funciona como adjunto adnominal restritivo (o 
“que” é pronome relativo e substitui a expressão “numerosas oportunidades 
perdidas”). Mas a segunda oração é também principal em relação à terceira e 
à quarta. Repare que estas exprimem as condições para que as numerosas 
oportunidades perdidas se multipliquem. Sendo assim, a terceira e a quarta 
oração equivalem-se a adjuntos adverbiais condicionais e são verdadeiras 
orações subordinadas adverbiais. Finalmente, a relação entre as duas 
últimas orações é de coordenação; ambas são independentes sintaticamente 
falando. Note que as ideias expressas por elas se somam e não dependem 
uma da outra (a conjunção coordenativa “e” ajuda a evidenciar essa relação). 
Conclui-se, então, que existem duas orações principais, duas 
orações subordinadas adverbiais e que o período é composto por subordinação 
e coordenação (período misto). 
Resposta – E 
 
2. (FGV/PREFEITURA DE ANGRA DOS REIS-RJ/FISCAL DE RENDAS/2010) 
 
 
 
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(...) Da mesma forma, diarreias epidêmicas, parasitoses intestinais e 
outras enfermidades transmissíveis por meio da água contaminada têm 
sua incidência aumentada, tanto por causa das dificuldadesde 
saneamento nas secas, quanto por contaminação com esgotos, lixo e 
dejetos de animais durante as enchentes.(...) 
O período acima 
(A) é composto por coordenação. 
(B) é composto por subordinação. 
(C) é composto por coordenação e subordinação. 
(D) é simples. 
(E) apresenta orações reduzidas. 
Comentário – Esta questão é bem mais simples, não é mesmo? Porém é 
possível que alguém se impressione por causa do tamanho do enunciado. 
Saiba que tamanho não é documento! Conte quantos verbos ou locuções 
verbais aparecem no período. E aí? Só um: “têm”, conjugado na terceira 
pessoa do plural do presente do indicativo! Então só existe uma oração, que é 
chamada de absoluta, e o período é simples. 
Resposta – D 
 
3. (FGV/TRE-PA/TÉCNICO JUDICIÁRIO/2011) Minha proposta é a de que o 
fundo partidário seja composto por uma quantia mínima para o partido 
manter uma estrutura básica. (L.29-31) 
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. O período poderia ser redigido, sem incorrer em inadequação gramatical 
ou semântica, da seguinte maneira: Minha proposta é que o fundo 
partidário seja composto por uma quantia mínima para o partido manter 
uma estrutura básica. 
II. O período é composto por três orações. 
III. No período há uma oração reduzida de particípio. 
 
 
 
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Assinale 
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(C) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(D) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(E) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas 
Comentário – Afirmativa I: correta, pois a retirada da expressão “a de” não 
prejudica a correção gramatical nem o sentido da frase. Em questões 
semelhantes, a melhor maneira de averiguarmos a veracidade do que o 
examinador diz é reescrever a passagem do jeito proposto – o que a banca já 
fez! Você notou algum problema? Nem eu. 
Afirmativa II: correta. O número de verbos (ou de locuções 
verbais) é igual ao número de orações. No período, temos: “é” (= oração 1); 
“seja composto” (= oração 2 – esta estrutura é uma locução verbal); 
“manter” (= oração 3). 
Afirmativa III: incorreta. Você sentiu dificuldade para analisar 
este item? É natural, pois ainda não expliquei as diferenças entre oração 
desenvolvida e oração reduzida. Por favor, leia o que está escrito na seção 
destinada às orações subordinadas adverbiais. Então, ficou fácil agora? Pois é, 
o verbo “manter” está no infinitivo, o que caracteriza uma oração reduzida de 
infinitivo, e não de particípio. Sabe qual foi a maldade da banca? Ela se 
aproveitou da locução verbal “seja composto”, em que o verbo principal 
encontra-se no particípio. Mas aqui vai uma dica importantíssima: nas locuções 
verbais, você precisa olhar para o verbo auxiliar para notar o tempo e o 
modo. O principal sempre estará numa forma nominal (infinitivo, particípio ou 
gerúndio), mas o auxiliar sofrerá as flexões de tempo e modo. É o auxiliar que 
determina se a oração é reduzida ou desenvolvida (o verbo “seja” está 
desenvolvido, conjugado no modo subjuntivo). 
Resposta – E 
 
 
 
 
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4. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Também é certo, por outro 
lado, que, ao aumentarem a transparência do processo de tomada de 
decisões, as empresas adquirem o respeito das pessoas e comunidades 
que são impactadas por suas atividades e são gratificadas com o 
reconhecimento e engajamento dos seus colaboradores e a preferência 
dos consumidores, em consonância com o conceito de responsabilidade 
social, o qual, é sempre bom lembrar, está se tornando cada vez mais 
fator de sucesso empresarial e abrindo novas perspectivas para a 
construção de um mundo economicamente mais próspero e socialmente 
mais justo. (L.27-39) 
O período acima é composto por 
(A) seis orações. 
(B) oito orações. 
(C) nove orações. 
(D) sete orações. 
(E) dez orações. 
Comentário – Basta contar o número de verbos (ou de locuções verbais) para 
chegar á resposta certa. Vamos lá: Também é certo, por outro lado, que, ao 
aumentarem a transparência do processo de tomada de decisões, as 
empresas adquirem o respeito das pessoas e comunidades que [são 
impactadas] por suas atividades e [são gratificadas] com o reconhecimento 
e engajamento dos seus colaboradores e a preferência dos consumidores, em 
consonância com o conceito de responsabilidade social, o qual, é sempre bom 
lembrar, [está se tornando] cada vez mais fator de sucesso empresarial e 
abrindo novas perspectivas para a construção de um mundo economicamente 
mais próspero e socialmente mais justo. 
Resposta – C 
 
Bem, já que falamos na relação coordenada entre orações, 
precisamos agora estudar as classificações e os valores semânticos de cada 
uma delas. Além disso, devemos notar se essa articulação coordenada se dá 
 
 
 
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por meio de um conectivo ou não. Sendo a resposta afirmativa, teremos uma 
coordenação sindética (o vocábulo síndeto significa conjunção) entre 
orações. Caso a resposta seja negativa, estaremos diante de uma 
coordenação assindética (sem conjunção). 
 
5. (FGV/2013/TCE-BA/Agente Público) Em todos os segmentos do texto 
abaixo destacados há uma união de termos por meio da conjunção “e”. O 
segmento em que os termos por ela unidos apresentam-se 
gramaticalmente diferentes dos outros é: 
a) “A Igreja Católica denuncia a amoralidade e o materialismo pelo vazio 
espiritual da moderna civilização”. 
b) “A decomposição das famílias, a violência, a corrupção, as drogas, a 
dissolução dos costumes e a falta de solidariedade com os menos 
afortunados seriam sintomas de um mundo sem fé”. 
c) “São ainda condenados a esgrimir com a ética e a moralidade cristã até 
mesmo os ateus”, observa o historiador Fernand Braudel”. 
d) “Humanistas prisioneiros de métodos científicos, desamparados pela fé, 
celebram também com o Papa Francisco ‘o Natal como anúncio de alegria, 
esperança e ternura’”. 
e) “O historiador Paul Johnson argumenta que ‘a ascensão cristã não foi 
acidental, mas sim o atendimento de uma ampla, urgente e mal 
formulada necessidade de um culto monoteísta no mundo grego’”. 
Comentário – Vamos analisar esta interessante questão envolvendo uma 
conjunção coordenativa antes de estudarmos as orações coordenadas. 
Repare bem que o conectivo “e” liga elementos gramaticalmente 
classificados como substantivos: “amoralidade” e “materialismo” na letra 
A; “decomposição”, “violência”, “corrupção”, “drogas”, “dissolução” e 
“falta” na letra B; “ética” e “moralidade” na letra C; e “alegria”, 
“esperança” e “ternura” na letra D. Porém isso não se repete na última 
alternativa. “ampla e urgente” são adjetivos, e “mal” é advérbio (não 
confunda com mau – com “u” –, que é adjetivo). 
 
 
 
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Resposta – E 
 
Orações Coordenadas Assindéticas e Sindéticas 
As orações coordenadas que se ligam uma às outras sem 
conjunção são chamadas assindéticas. Diferentemente, as orações 
coordenadas sindéticas são conectadas por uma conjunção que recebe nome 
semelhante ao da oração. 
 
Lá estava, lá fiquei. (coordenada assindética, sem conjunção) 
Sentou e olhou ao redor. (coordenada sindética,com conjunção) 
Estudou, mas não passou. (coordenada sindética, com conjunção) 
 
ATENÇÃO! 1 – Costuma-se chamar coordenada inicial a primeira oração de 
um período composto por coordenação. 
2 – O mesmo período pode ser composto por orações coordenadas 
assindéticas e sindéticas. 
“Vi, vim e venci.” (a segunda oração – “vim” – coordena-se à 
primeira sem conjunção; a terceira – “e venci” – articula-se por meio da 
conjunção “e”). 
• CLASSIFICAÇÃO DAS ORAÇÕES COORDENADAS SINDÉTICAS 
 
a) Aditivas – indicam fatos sequenciais, dando a ideia de soma, de 
acrescentamento ao que já foi dito. 
 
Ela falava, e eu ouvia. 
Nossas crianças não fumam nem bebem. 
Ele não só passou no concurso, mas também tirou o primeiro 
lugar. (esta é uma estrutura aditiva enfática) 
b) Adversativas – exprimem fatos com valores semânticos de 
oposição, ressalva, adversidade em relação ao que se declarou 
antes; a ideia é de contraste. 
 
 
 
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Apressou-se, contudo não chegou a tempo. 
 
Principais conjunções e locuções: mas, porém, todavia, entretanto, no 
entanto, não obstante, contudo. 
 
6. (FGV/SEFAZ-AP/FISCAL DE RENDAS/2010) 
(...) Em qualquer lugar (mesmo que seja um ônibus, por exemplo), 
sempre há alguém falando sobre a crise na saúde, a crise na educação e, 
inclusive, a crise ética na política brasileira. 
Contudo, é preciso notar também que, muitas vezes, enquanto cidadãos, 
nós mesmos raramente decidimos fazer alguma coisa pela transformação 
da realidade (...) 
A conjunção Contudo conecta: 
(A) a oração subordinada aditiva à oração principal: sempre há alguém 
falando. 
(B) os parágrafos um e dois, introduzindo valor de consequência entre os 
fatos. 
(C) os parágrafos um e dois, apresentando uma conclusão acerca do que se 
disse. 
(D) a oração subordinada subjetiva à principal: é preciso notar. 
(E) os parágrafos um e dois, informando contraste entre as ideias expostas. 
Comentário – O exercício comprava a minha explicação. Quando era de se 
esperar um engajamento dos cidadãos para mudar a realidade, veio a 
constatação de que isso raramente acontece. Portanto a ideia introduzida pelo 
conectivo “Contudo” contraria a anterior. 
Algumas observações são importantes: 
– não existe oração subordinada aditiva (letra A); 
– a conjunção contudo jamais introduz uma consequência 
(letra B) ou uma conclusão (letra C); 
 
 
 
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– essa conjunção integra o rol das conjunções coordenativas, 
por isso não pode introduzir oração subordinada (letra D). 
Resposta – E 
 
7. (FGV/BADESC/ANALISTA DE RISCO DE CRÉDITO/2010) A natureza do 
Estado é naturalmente coercitiva; porém, no caso brasileiro, é inadequada 
à realidade individual. 
A respeito do uso do vocábulo porém no fragmento acima, é correto 
afirmar que se trata de uma conjunção: 
(A) subordinativa que estabelece conexão entre a oração principal e a 
adverbial concessiva. 
(B) integrante que estabelece conexão entre períodos coordenados com valor 
de consequência. 
(C) coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo oração 
de valor adversativo. 
(D) integrante que estabelece conexão entre a oração principal e a oração 
objetiva direta. 
(E) coordenativa que estabelece conexão entre as orações introduzindo oração 
com valor explicativo. 
Comentário – Esta questão é parecida com a anterior. A conjunção “porém” 
articula orações coordenadas; o sentido da segunda se opõe ao da primeira. 
Resposta – C 
 
 
 
 
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8. (FGV/2014/TJ-AM/Juiz) A respeito do emprego do vocábulo contudo no 
segundo parágrafo do texto, assinale a afirmativa correta. 
a) Na qualidade de conjunção aditiva, seu conteúdo introduz apenas uma 
informação nova a respeito do direito à liberdade de expressão. 
b) Como advérbio, modifica o sentido do verbo impor, que acarreta a 
expansão da liberdade de expressão, não obstante os limites que devem 
garantir o respeito ao outro. 
c) Na qualidade de conjunção adversativa, seu conteúdo sinaliza a oposição 
entre a presença de sociedades múltiplas e o pleno exercício do respeito 
ao outro. 
d) Na qualidade de conjunção aditiva, seu conteúdo sinaliza a oposição entre 
o direito à liberdade de expressão e os limites dessa liberdade que 
garantam o respeito ao outro. 
e) Na qualidade de conjunção adversativa, seu conteúdo sinaliza a oposição 
entre o direito à liberdade de expressão e os limites dessa liberdade que 
garantam o respeito ao outro. 
Comentário – Vimos que contudo é uma típica conjunção adversativa. No 
trecho em que é empregada, ela sinaliza a oposição entre o direito à liberdade 
de expressão e os limites dessa liberdade que garantam o respeito ao outro, 
de acordo com o contexto. 
Resposta – E 
 
 
 
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c) Alternativas – exprimem fatos que se alternam ou se excluem 
mutuamente. 
Ora respondia, ora ficava mudo. 
Estarei lá, quer você permita, quer você não permita. 
 
ATENÇÃO! Embora a conjunção apareça na oração coordenada inicial, ela não 
é classificada como sindética alternativa. 
Principais conjunções: ou... ou...; ora... ora...; já... já...; quer... quer...; 
seja... seja... 
 
d) Conclusivas – expressam uma conclusão lógica que é obtida a 
partir dos fatos expressos na oração anterior. 
Ele estuda; passará, pois. 
 
ATENÇÃO! A conjunção pois tem valor semântico conclusivo quando aparece 
após o verbo da oração em que surge. Antes dele, porém, ela integra oração 
de cunho explicativo. 
 Principais conjunções e locuções: logo, pois, portanto, por 
conseguinte, por isso, de modo que, em vista disso. 
 
e) Explicativa – expressam a justificativa de uma ordem, suposição, 
sugestão etc. 
Fique calmo, pois ele já vem. 
Choveu durante a noite, porque as ruas estão molhadas. 
 
ATENÇÃO! Não devemos confundir explicação com causa, isto é, orações 
coordenadas sindéticas explicativas com orações subordinadas 
adverbiais causais. Uma explicação é sempre posterior ao fato que a gerou; 
uma causa é sempre anterior à consequência gerada. Além disso, as orações 
explicativas normalmente aparecem após frases imperativas ou optativas. 
 
 
 
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 Principais conjunções: que, porque, porquanto, pois (antes do 
verbo da oração explicativa). 
 
9. (FGV/SEFAZ-RJ/FISCAL DE RENDAS/2009) 
(...) A sociedade não tem lado de fora. O que está fora da sociedade seria 
desumano, pois ela nada mais é que a relação entre os humanos.(...) 
A respeito do uso do vocábulo pois no fragmento acima, pode-se afirmar 
que se trata de: 
(A) uma conjunção subordinativa que estabelece conexão entre as orações 
introduzindo valor de explicação. 
(B) uma preposição que estabelece conexão entre períodos coordenativos 
introduzindo valor de consequência. 
(C) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações 
introduzindo valor de alternância. 
(D) um pronome relativo que introduz a oração relativa explicativa, retomando 
a expressão sociedade. 
(E) uma conjunção coordenativa que estabelece conexão entre as orações 
introduzindovalor de explicação. 
Comentário – Não existe conjunção subordinativa explicativa (letra A); isso é 
uma pegadinha do examinador para ver se você conhece a correta 
classificação das orações. O vocábulo pois não se apresenta como preposição 
(letra B) nem como conjunção alternativa (letra C). Classificá-la como 
pronome relativo é outro absurdo. 
Enfim, note que ela surgiu antes do verbo da oração da qual é 
parte integrante: “pois ela nada mais é que a relação entre os humanos”. 
Resposta – E 
 
OBSERVAÇÕES – 1 – “Não se deve classificar uma oração considerando 
apenas a conjunção que a introduz. 
 
 
 
 
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Pediu-lhe a filha em casamento, e logo se arrependeu. 
 
Apesar da conjunção ‘e’ ser normalmente aditiva, percebe-
se que a segunda oração é coordenada sindética adversativa; pois, nesse 
contexto, a conjunção ‘e’ apresenta valor de contraste, de oposição.” (João 
Domingues Maia) 
2 – “Para a Nomenclatura Gramatical Brasileira, no entanto, 
vale a forma. A conjunção ‘e’ é aditiva e fim. (...) felizmente, essa visão 
limitada já está fora de moda. A classificação leva em conta o sentido efetivo.” 
(Ulisses Infante e Pasquale Cipro Neto) 
3 – “Há orações coordenadas assindéticas que possuem 
claramente valor de sindéticas, porque apresentam um conectivo 
subentendido. 
Fiz o possível para previnir-lhes o perigo; ninguém me ouviu. 
Fale baixo: não sou surdo. 
A terceira oração do primeiro período (‘ninguém me ouviu’) e a segunda do 
segundo período (‘não sou surdo’), apesar de formalmente assindéticas, já que 
não apresentam conjunção, têm sentidos bem marcados: a primeira tem valor 
semântico adversativo (equivale a ‘mas ninguém me ouviu’); a segunda, 
explicativo (equivale a ‘pois não sou surdo’). 
Por isso convém insistir em que você se preocupe mais com o 
uso efetivo das estruturas linguísticas do que com discussões às vezes 
intermináveis sobre questões de mera nomenclatura.” (Ulisses Infante e 
Pasquale Cipro Neto, com adaptações). 
 
TEXTO 2 – A REALIDADE PERCEBIDA PELOS ANIMAIS 
É difícil imaginar como pode ser o mundo de um animal considerando que não 
só sua inteligência, mas também seus sistemas sensoriais são diferentes dos 
nossos. Todavia, os animais captam estímulos que nós não captamos. O 
ornitorrinco, por exemplo, percebe com seu bico, parecido com o dos patos, as 
 
 
 
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descargas elétricas produzidas pelos camarões, a um metro de distância. As 
abelhas percebem as alterações elétricas causadas por uma tempestade 
distante e voltam para a colmeia; as serpentes detectam o calor de suas 
vítimas; os morcegos percebem o eco dos sons que lançam. 
O biólogo alemão Von Uexküll assinalou que cada espécie animal vive em um 
mundo próprio, ao que chamou Umwelt. 
10. (FCC/2014/TJ-RJ/Analista Judiciário) O segundo período do texto 2 se 
inicia pela conjunção “todavia”; sobre esse emprego, a afirmação correta 
é: 
a) pode ser substituída adequadamente por “porém”; 
b) deve ser alterada para “pois”; 
c) necessita ser trocada por “embora”; 
d) pode modificar-se para “logo”; 
e) deve ser mantida, já que mostra correção. 
Comentário – Há uma pista importante nesta questão. Você deve estar 
atento. Se a primeira alternativa estiver correta, então a última também 
poderá estar, já que ambém as conjunções estabelecem relação de 
adversidade. 
A ideia contida no segundo período justifica o que foi 
mencionado anteriormente. Portanto tem natureza explicativa. Repare que, na 
segunda opção, o examinador não questiona o emprego da vírgula depois do 
conectivo, apenas propõe a substituição de um por outro. A correção 
gramatical não está sendo questionada. 
Resposta – B 
 
Antes de passar adiante e tratar das orações subordinadas, quero 
exemplificar o que foi dito anteriormente com mais um exercício. 
 
 
 
 
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11. Marque a alternativa em que se observa a mesma relação de sentido de 
adição que se verifica entre as orações coordenadas em “Não nos 
deixeis cair em tentação, mas livrai-nos do mal”. 
(A) Tem olhos, e não vê. 
 Tem boca, e não fala. 
(B) — Você pode viajar sozinha, mas apenas por uma semana. 
(C) Qualquer passo em falso, e você colocará tudo a perder! 
(D) A nova secretária era competente, mas principalmente responsável. 
Comentário – Na alternativa A, as orações coordenadas introduzidas pela 
conjunção “e” possuem claro valor semântico adversativo. Em B, a oração 
“mas apenas por uma semana” expressa a condição para que o fato 
mencionado anteriormente seja levado a efeito. A terceira alternativa 
apresenta oração coordenada que traduz a consequência imediata da 
realização do fato mencionado antes. Finalmente, é na última alternativa em 
que encontramos oração coordenada (“mas principalmente responsável”) com 
a mesma relação de sentido aditivo existente também na oração “mas livrai-
nos do mal”, no comando da questão. 
Resposta – D 
Como você pode perceber, não devemos nos limitar à análise fria e 
tradicional das conjunções durante o processo de classificação das orações. É 
fundamental, antes, perceber a relação semântica existente entre elas. Mas é 
bom trazer na mente os sentidos mais frequentes de alguns conectivos. 
CONECTIVOS COORDENATIVOS 
adição 
e, nem, mas, também, mas ainda, como também, bem 
como, além disso, além do mais, ademais etc. 
adversidade 
e, mas, porém, todavia, contudo, entretanto, senão, ao 
passo que, antes (= pelo contrário), no entanto, não 
obstante, apesar disso, em todo caso etc. 
 
 
 
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alternância ou, ou... ou, ora... ora, já... já, quer... quer 
conclusão 
logo, portanto, por conseguinte, pois (após verbo), por 
isso 
explicação que, porque, porquanto, pois (antes de verbo) 
 
12. (FGV/CAERN/ADMINISTRADOR/2010) Ademais, como o mundo é obra de 
um arquiteto universal (não exatamente o Deus judaico-cristão, mas uma 
divindade criadora mesmo assim), desvendar os segredos do mundo 
equivale a desvendar a "mente de Deus". 
O termo destacado no trecho acima pode ser substituído, sem prejuízo de 
sentido, por 
(A) Além do mais 
(B) Entretanto 
(C) Conquanto 
(D) Portanto 
(E) Consequentemente 
Comentário – De acordo com o quadro acima, há correspondência entre os 
conectivos aditivos ademais e além do mais. Os outros comunicam as 
seguintes ideias: 
– entretanto: oposição, ressalva, adversidade; 
– conquanto: concessão; 
– portanto, conclusão 
– consequentemente: consequência. 
Resposta – A 
 
13. (FGV/CODESP/ADMINISTRADOR/2010) (...) Mas, simultaneamente a essa 
premência de curto prazo, espera-se que a cadeia de ensino no país, da 
pré-escola à universidade, acelere ou implante programas que 
possibilitem um substancial salto de qualidade.(...) 
 
 
 
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Assinale a alternativa que NÃO pode substituir o termo grifado no período 
acima, sob pena de alteração de sentido. 
(A) Não obstante 
(B) Entretanto 
(C) Porquanto 
(D) Contudo 
(E) No entanto 
Comentário – O conectivo “Mas” imprime ao segmento o sentido de 
adversidade.Entre as conjunções relacionadas nas alternativas, somente 
porquanto não é capaz de comunicar a mesma ideia. Porquanto pode exprimir 
causa ou explicação. 
Resposta – C 
 
A partir de agora, trataremos das orações subordinadas, que 
podem exercer funções típicas de substantivos, advérbios e adjetivos. 
Antes de estudarmos suas características e valores semânticos, apresentarei 
um quadro-resumo delas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orações Subordinadas 
Substantivas 
 
1 – Subjetiva 
2 – Predicativa 
3 – Objetiva Direta 
4 – Objetiva Indireta 
5 – Completiva Nominal 
6 - Apositiva 
Adverbiais 
 
1 – Causal 
2 – Consecutiva 
3 – Condicional 
4 – Concessiva 
5 – Comparativa 
6 – Conformativa 
7 – Temporal 
8 – Proporcional 
9 – Final 
Adjetivas 
 
1 – Explicativa 
2 – Restritiva 
 
 
 
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Orações Subordinadas Substantivas 
São aquelas que desempenham funções típicas de substantivos no 
período simples. Elas podem surgir em duas formas: 
1. desenvolvidas � ligam-se à oração principal por meio das conjunções 
subordinativas integrantes que e se, ou ainda por meio de um pronome 
ou advérbio interrogativo. 
 
É importante que estudemos com afinco. (conjunção integrante) 
Perguntamos se voltará hoje. (conjunção integrante) 
Ele quer saber que horas são. (pronome interrogativo) 
Ele indagou quando será a prova. (advérbio interrogativo) 
 
2. reduzidas � apresentam verbo no infinitivo e podem ser introduzidas 
por preposição. 
É importante estudar com afinco. 
Pensou em omitir o fato, mas se arrependeu. 
 
14. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO – 
ADMINISTRAÇÃO/2008) “Aqueles com aptidão a ajudá-los, se não 
estimulados por cenários competitivos, estarão fadados a não encontrar 
motivação para o exercício de suas funções.” 
A respeito do período acima, analise os itens a seguir: 
I. O período é composto por quatro orações. 
II. Há três orações reduzidas. 
III. Há uma oração coordenada. 
Assinale: 
(A) se todos os itens estiverem corretos. 
(B) se somente o item II estiver correto. 
(C) se somente o item III estiver correto. 
(D) se somente o item I estiver correto. 
 
 
 
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(E) se nenhum item estiver correto. 
Comentário – Item I: certo. Para saber a quantidade de orações é preciso 
contar quantos verbos e locuções verbais existem no período. São eles: 
ajudar (em “ajudá-los”), ser (em “se não [forem] estimulados”) – note que 
ele foi ocultado, mas pode ser facilmente entendido no contexto –, estar 
(“estarão fadados” e encontrar (em “encontrar motivação”). 
Item II: errado. De fato, apenas dois verbos estão na forma 
nominal: “ajudar” e “encontrar” (infinitivo), os outros estão flexionados no 
futuro do subjuntivo (“se não [forem] estimulados”) e no futuro do presente do 
indicativo (“estarão”). 
Item III: errado. Não há oração coordenada no período. 
Resposta – D 
 
• Subjetiva (equivale-se ao sujeito da oração principal) 
É fundamental a sua opinião sobre o assunto. 
É fundamental que você opine sobre o assunto. 
É fundamental você opinar sobre o assunto. 
O primeiro exemplo constitui-se de período simples. Nele há 
apenas uma oração (um só verbo), cujo sujeito é a expressão a sua opinião 
sobre o assunto. Colocando-se a frase na ordem direta, é mais fácil perceber 
isso: A sua opinião sobre o assunto é fundamental. 
Nos dois últimos exemplos, há períodos compostos, pois a 
expressão inicial foi transformada em duas orações: uma na forma 
desenvolvida (com a conjunção integrante que); outra na forma reduzida 
(verbo opinar no infinitivo). 
ATENÇÃO! Quando ocorre oração subordinada substantiva subjetiva, o verbo 
da oração principal sempre fica na terceira pessoa do singular. 
 
Estruturas típicas da oração principal nesse caso são: 
 
 
 
 
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1. verbo de ligação + predicativo � é bom...; é conveniente...; é claro...; 
está comprovado...; parece certo ...; fica evidente... etc. 
 
É preciso que se adotem providências eficazes.. 
Parece estar provado que soluções mágicas não funcionam.. 
 
2. verbo na voz passiva sintética ou analítica � sabe-se...; soube-se...; 
comenta-se...; dir-se-ia...; foi anunciando...; foi dito... etc. 
 
Sabe-se que a prova está próxima. 
Foi dito que a prova será adiada. 
 
3. verbos como cumprir, convir, acontecer, importar, ocorrer, suceder, 
parecer, constar, urgir etc. conjugados na terceira pessoa do singular. 
Convém estarmos aqui. 
Urge que tomemos uma decisão. 
 
15. (FGV/2013/Conder/Advogado) “É necessário conter o espraiamento e 
estimular o adensamento demográfico; privilegiar o transporte público de 
alto rendimento em redes multimodais; criar novas centralidades, 
oferecendo as condições dos bairros se tornarem autossuficientes; reduzir 
o passível ambiental urbanizando as cidades informais; e modernizar os 
instrumentos de governança e de planejamento das cidades”. 
Nesse segmento do texto, se substituirmos as formas reduzidas 
sublinhadas por formas verbais desenvolvidas, ocorre um erro em: 
a) conter / que se contenha 
b) estimular / que se estimule 
c) privilegiar / que se privilegie 
d) criar / que se crie 
e) reduzir / que se reduza 
 
 
 
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Comentário – Excelente questão! Olhe para o verbo “criar”. Ele, como os 
outros verbos destacados, está no infinitivo impessoal e constitui a oração 
subjetiva, isto é, o sujeito do verbo da oração principal “É necessário...”. A 
mudança, além de flexioná-lo no modo subjuntivo, emprega o pronome “se”, 
que é apassivador nesse caso. Então, surge a voz passiva sintética. Toda voz 
passiva tem sujeito com o qual o verbo deve concordar. Assim sendo, eis a 
correção: É necessário... que se criem novas centralidades...”. O termo 
negritado funciona como sujeito (paciente) da forma verbal em vermelho. Caso 
você queira, pode transformar a voz passiva sintética em analítica para facilitar 
sua análise: “É necessário... que novas centralidades sejam criadas...”. 
Resposta – D 
 
16. (FGV/2013/MPE-MS/Analista) “É necessário tratar a questão de formo 
equilibrada”. Assinale a alternativa que indica a forma desenvolvida 
adequada da oração reduzida sublinhada desse período. 
a) Que se tratasse a questão de forma equilibrada. 
b) Que fosse tratada a questão de forma equilibrada. 
c) Que se trate a questão de forma equilibrada. 
d) Que haja o tratamento da questão de forma equilibrada. 
e) Que ocorresse tratamento da questão de forma equilibrada. 
Comentário – Não é adequado empregar deliberadamente outros verbos na 
transformação da forma reduzida para a forma desenvolvida. O ideal é 
mantermos o mesmo verbo que foi usado na versão original. Isso nos faz 
descartar as letras D e E. As letras A e B ferem a correlação verbal, pois 
empregam verbos (“tratasse” e “fosse”) num tempo e modo (pretérito 
imperfeito do subjuntivo) incoerentes com o contexto. Portanto sobra apenas a 
terceira opção, que apresenta adequadamente a forma desenvolvida do verbo 
original, mesmo ele estando flexionado na voz passiva sintética. 
Resposta – C 
 
 
 
 
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• Objetiva Direta 
 
Complementa o valor semântico do verbo transitivo direto da 
oração principal, articulando-se com ela sem o intermédio de preposição 
obrigatória. 
Ressalte-se que, nas frases interrogativas indiretas, as orações 
subordinadas substantivas objetivas diretas podem ser introduzidas pelas 
conjunções subordinativas integrantes se ou que e, ainda, por pronomes 
ou advérbios interrogativos. 
Tome cuidado porque as bancas examinadoras podem perguntar, 
por exemplo, se “as palavras em destaque nos trechos abaixo possuem a 
mesma classificação gramatical” e sublinhar, maliciosamente, dois vocábulos 
introdutores de orações subordinadas substantivas objetivas diretas. Partindo 
da ideia comum de que elas são iniciadas por conjunções integrantes, é 
possível que algum candidato mais afoito diga “sim”, sem se dar conta de que 
pode estar diante de uma conjunção integrante e um pronome interrogativo. 
Todos sabemos que ele aceitará o convite. 
como as coisas funcionam aqui. 
onde fica a farmácia. 
quanto custa o remédio. 
quando acabam as aulas. 
qual é a matéria da prova. 
 
ATENÇÃO! Com os verbos deixar, mandar fazer (causativos), ver, sentir e 
ouvir (sensitivos), ocorre um tipo especial de oração subordinada 
substantiva objetiva direta: 
Ouvi-os bater. 
Deixe-me entrar. 
 As orações em destaque são reduzidas de infinitivo. E o mais 
interessante é que os pronomes oblíquos átonos os e me são os sujeitos dos 
 
 
 
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verbos no infinitivo. Na Língua Portuguesa, esse é o único caso em que tais 
pronomes desempenham tal função sintática. 
 
17. (FGV/CODESP/TÉCNICO EM INFORMÁTICA/2010) Em 1994, foi criado o 
Conselho Nacional de Desenvolvimento Econômico e do Trabalho (National 
Economic Development and Labour Council – NEDLAC), cujo principal 
objetivo consistia em promover a integração entre governo, empresários e 
trabalhadores, tornando as decisões econômicas mais abrangentes para 
promover as metas do crescimento econômico e da igualdade social. 
Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. O período é composto por quatro orações. 
II. Há duas ocorrências de predicativo do objeto. 
III. Há um caso de oração subordinada substantiva objetiva direta. 
Assinale 
(A) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas 
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas 
(C) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas 
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas 
Comentário – Item I: errado. É melhor prestar atenção na quantidade de 
verbos e locuções verbais: “foi criado” (locução), “consistia”, “promover”, 
“tornando”, “promover”. Verifica-se, assim, que existem cinco orações, duas 
desenvolvidas e três reduzidas. 
Item II: errado. Só existe uma ocorrência de predicativo do 
objeto, a qual se encontra na oração “tornando as decisões econômicas mais 
abrangentes”. O verbo tornar é transobjetivo, isto é, seu sentido requer, além 
de um complemento-objeto, uma qualificação para esse complemento (= 
predicativo do objeto). Na citada oração, o objeto direto é o termo “as decisões 
econômicas” e o termo “abrangentes” é o predicativo dele. 
 
 
 
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Item III: errado. O que existe e recebe designação parecida 
com a que foi usada pelo examinador é oração subordinada substantiva 
objetiva indireta. A oração “em promover a integração entre governo, 
empresários e trabalhadores” complementa o sentido do verbo transitivo 
indireto consistir (quem consiste consiste em algo). 
Resposta – D 
 
18. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) Voto consciente é aquele em 
que o cidadão pesquisa o passado dos candidatos, avalia suas histórias de 
vida e analisa se as promessas e os programas eleitorais são coerentes 
com as práticas dos candidatos e de seus partidos. (L.76-81) 
A respeito do período acima, analise a afirmativa a seguir: 
Há somente uma conjunção integrante. 
Comentário – Você notou que o verbo “analisa” (quem analisa analisa algo) é 
transitivo direto? Se já percebeu isso, então não há dificuldade de entender 
que o complemento dele é um objeto direto, certo? Esse objeto direto é 
representado pela seguinte oração: “se as promessas e os programas eleitorais 
são coerentes com as práticas dos candidatos e de seus partidos”. Ora, o 
vocábulo se que introduz oração subordinada substantiva é denominado 
conjunção integrante. 
Você deve estar se perguntando que classificação recebe o 
vocábulo “que” na oração “em que o cidadão pesquisa o passado dos 
candidatos”. Ele é um pronome relativo, pois introduz oração subordinada 
adjetiva – esta nunca é introduzida por conjunção integrante. Na seção 
específica desta aula, darei mais detalhes sobre orações adjetivas. Aguarde. 
Resposta – Afirmativa certa. 
 
• Objetiva Indireta 
 
 
 
 
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adjetivo 
advérbio 
substantivo 
Completa o sentido de um verbo transitivo indireto da oração 
principal. Normalmente vem introduzida por preposição, mas esta pode ser 
omitida. 
 
Lembro-me de que fizemos muitas visitas. (Mário Donato) 
Meu Deus, só agora me lembrei que a gente morre. (Clarice Lispector) 
 
• Completiva Nominal 
 
Liga-se a um nome (substantivo abstrato, adjetivo ou 
advérbio) da oração principal completando seu significado. É introduzida por 
preposição (como todo complemento nominal). Aqui, o emprego da 
preposição não é facultativo. A omissão dela implica erro de regência e revela 
falta de coesão. 
Tenho a impressão de estar sempre no mesmo lugar. 
 
A nova metodologia é útil para diminuir a margem de erro. 
 
Está perto de fazermos a prova. 
 
 
19. (FGV/TRE-PA/ANALISTA JUDICIÁRIO/2011) É importante desmistificar a 
ideia de que política é uma sujeira só e sem utilidade. (L.52-54) 
Em relação ao período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. É possível deslocar o vocábulo “só” para antes do verbo sem provocar 
alteração de sentido. 
II. Há uma oração subjetiva. 
III. Há uma oração completiva nominal. 
Assinale 
 
 
 
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(A) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(B) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(C) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
(D) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(E) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
Comentário – Afirmativa I: incorreta. Não é possível fazer o tal deslocamento 
sem que o sentido da frase seja alterado. Na posição em que está, o vocábulo 
“só” tem valor adjetivo e qualifica o substantivo “sujeira”, assim como a 
locução adjetiva “sem utilidade”. Veja como ficaria com a mudança de posição 
do vocábulo: ...política só é uma sujeira... Agora, “só” tem valor adverbial e 
exprime ideia de exclusão (= apenas, somente). 
Afirmativas II e III: corretas. Vamos proceder à análise das 
orações e confirmar a existência das orações subjetiva e completiva nominal: 
É importante = oração principal (o verbo dela é de ligação; o 
adjetivo importante funciona como predicativo do sujeito – mas qual é o 
sujeito?); 
desmistificar a ideia... = oração subordinada substantiva 
subjetiva (normalmente, estetipo de oração surge deslocada, depois da 
oração principal, a qual possui um verbo de ligação – veja tudo de outra 
maneira: Desmistificar a ideia... é importante); 
de que política é uma sujeira só e sem utilidade = oração 
subordinada substantiva completiva nominal (estas orações sempre vêm 
introduzidas por preposição e completam o sentido de um nome – no caso, o 
substantivo abstrato ideia). 
Resposta – A 
 
• Predicativa 
Funciona como um predicativo do sujeito da oração principal; seu 
valor semântico caracteriza, especifica, determina o sujeito dela. É de se notar 
também a presença de um verbo de ligação na oração principal. 
Nosso desejo era encontrares o teu caminho. 
 
 
 
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O triste é que não era uma planta qualquer. 
 
20. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO – 
ADMINISTRAÇÃO/2008) “Mas o fato é que transparência deixou de ser um 
processo de observação cristalina para assumir um discurso de políticas 
de averiguação de custos engessadas que pouco ou quase nada retratam 
as necessidades de populações distintas.”. 
A oração grifada no trecho acima classifica-se como: 
(A) subordinada substantiva predicativa. 
(B) subordinada adjetiva restritiva. 
(C) subordinada substantiva subjetiva. 
(D) subordinada substantiva objetiva direta. 
(E) subordinada adjetiva explicativa. 
Comentário – Observe que o verbo de ligação “é” relaciona o sujeito (“o 
fato”) à sua respectiva característica (“que transparência deixou de ser um 
processo de observação cristalina”). Se você preferir, substitua a oração 
predicativa pelo pronome isso: Mas o fato é isso. Creio que assim ficou melhor. 
Resposta – A 
 
• Apositiva 
 
Atua como aposto de um termo da oração principal e é marcada 
pela pontuação (vírgula, dois pontos). Seu significado amplia, explica, 
desenvolve, resume o conteúdo da oração principal. 
O boato, de que o presidente renunciaria, espalhou-se 
rapidamente. 
Só resta uma alternativa: encontrar o culpado. 
 
Orações Subordinadas Adverbiais 
� Características 
 
 
 
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I. Têm valor semântico de advérbio (causa, tempo, condição, 
finalidade etc.) e exercem função de adjunto adverbial em relação à oração 
principal; 
II. Desenvolvidas: possuem verbo no modo indicativo ou subjuntivo e 
são introduzidas por conjunção; 
III. Reduzidas: possuem verbo na forma nominal (infinitivo, gerúndio, 
particípio) e ausência de conjunção. 
 
21. (FGV/2014/BNB/Analista Bancário) “Sim, teremos uma Copa do Mundo 
para exorcizar o gol de Alcides Gighia”. A forma desenvolvida adequada 
da oração reduzida sublinhada é: 
a) para exorcizarmos o gol de Alcides Gighia; 
b) para que exorcizemos o gol de Alcides Gighia; 
c) para que exorcizássemos o gol de Alcides Gighia; 
d) para o exorcismo do gol de Alcides Gighia; 
e) para a exorcização do gol de Alcides Gighia. 
Comentário – Observe as características da oração reduzida sublinhada: 
verbo na forma nominal (“exorcizar” = infinitivo) e ausência de conjunção 
(“para” = preposição). Veja agora a segunda alternativa. Ela apresenta a 
conjunção integrante “que” e verbo conjugado no subjuntivo: “exorcizemos”. 
Item A: não há conjunção e o verbo pode ser entendido como 
infinitivo flexionado, ou seja, também numa forma nominal. Item C: apesar da 
conjunção, o uso do pretérito imperfeito do subjuntivo é inadequado. Itens D e 
E: não são orações, pois não apresentam verbo. 
Resposta – B 
 
� Classificações 
 
I. Causal: expressa a causa do que se diz na oração principal. 
 
 
 
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Como não haviam combinado, uns cantavam em inglês e outros em 
português. (Clarice Lispector) 
 
22. (FGV/SENADO FEDERAL/POLÍCIA LEGISLATIVA/2008) “Em julho de 1898, 
temendo por sua saúde, escreveu um testamento, deixando para Carolina, 
sua esposa, entre outros bens, 7.000 contos em títulos da dívida pública 
do empréstimo nacional de 1895.” 
No período acima, a oração destacada tem valor: 
(A) condicional. 
(B) concessivo. 
(C) causal. 
(D) consecutivo. 
(E) conformativo. 
Comentário – O que motivou o marido a escrever um testamento? O temor 
por sua saúde, ideia que foi apresentada sob a forma de oração reduzida, com 
verbo no gerúndio. 
Resposta – C 
 
II. Consecutiva: apresenta a consequência do que se diz na oração 
principal. 
Fiquei tão alegre com esta ideia que ainda agora me treme a pena na 
mão. (Machado de Assis) 
 
23. (FGV/2014/TJ-RJ/Analista Judiciário) “Se um problema atravessa nossas 
vidas, / nos sentimos impossibilitados de estar plenamente livres”; o 
segundo segmento desse trecho do texto 1, em relação ao primeiro, 
funciona como sua: 
a) explicação; 
b) conclusão; 
 
 
 
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c) condição; 
d) consequência; 
e) concessão. 
Comentário – Por favor, tenha muita calma aqui. Não se precipite, pois a 
questão é de uma sutiliza inteligentíssima. Imagine que a condição 
mencionada inicialmente se concretize, ou seja, que o problema de fato 
atravesse nossas vidas. O que acontecerá em seguida, ou qual será a 
consequência disso? Resposta: aquilo que foi mencionado no segundo 
segmento. 
Resposta – D 
 
III. Condicional: estabelece uma condição para que o fato expresso na 
oração principal se realize. 
Eu cantarei, se as Musas me ajudarem, a verdadeira história de 
Elpenor. (Augusto Meyer) 
 
IV. Concessiva: expressa um fato que deveria impedir o acontecimento 
do que se declara na oração principal, que serve como um empecilho, uma 
objeção. 
(...) descobri-me, embora estivessem muitas pessoas na sala. 
(Graciliano Ramos) 
 
Biblioteca da infância 
[...] 
 Passo quase todos os dias em frente à Franco Giglio e 
 observo o abandono. No início achei que era por causa das 
 obras da rua, mas logo se vê que aquela casinha de 
 sonhos, tombada, está jogada à própria sorte. Não temos 
 mais Suzanas e Roselis, apaixonadas por livros, crianças e cultura... 
 
 
 
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 Temos pessoas que cumprem seu horário de trabalho. 
 É certo que o mundo mudou e as crianças não andam mais 
 sozinhas pelas ruas, que as pesquisas são feitas em casa, 
 na internet. Mas a vocação de encontro e de lazer desses 
 espaços públicos jamais deve ser perdida. [...] 
(Cláudia Serathiuk) 
24. (FGV/FBN/Assistente Administrativo/2013) "É certo que o mundo mudou e 
as crianças não andam mais sozinhas pelas ruas, que as pesquisas são 
feitas em casa, na internet". Esse segundo período do último parágrafo 
tem valor 
(A) concessivo. 
(B) adversativo. 
(C) explicativo. 
(D) comparativo. 
Comentário – Bela questão! Ela nos permite compreender que a relação 
estabelecida entre as orações nem sempre se evidencia quando elas 
pertencem ao mesmo período. 
Seguindo a linha argumentativa do texto, nota-se que o 
enunciador faz considerações sobre a condição atual das bibliotecas públicas. 
Ele se reporta à sua infância (como podemos perceber já no título), tentando 
estabelecer uma espécie de comparação com a atualidade. 
O segundo período do último parágrafo tem valor concessivo 
porque expressauma objeção ao fato de ainda haver pessoas que cumprem 
tradicionalmente seu horário de trabalho nas bibliotecas. Em outras palavras, a 
ideia é a seguinte: embora o mundo tenha mudado desde a época da infância 
do enunciador e, por exemplo, as crianças façam agora pesquisas em suas 
próprias casas, usando a internet, ainda existem pessoas trabalhando em 
bibliotecas, prontas para auxiliar os usuários dos métodos tradicionais e que 
resistem ao abandono desses espaços públicos. 
Resposta – A 
 
 
 
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V. Comparativa: indica o segundo elemento de uma comparação. 
Ele saiu da vida como quem sai de uma festa. (Cassiano Ricardo) 
 
Atenção! Muitas vezes, o verbo da oração subordinada adverbial comparativa 
está oculto. 
As ideias marinhavam-lhe no cérebro, como em hora de temporal 
(...). (Machado de Assis) 
Além disso, a oração à qual se subordina a oração comparativa 
pode apresentar expressões como: mais, menos, pior, tal, tanto. 
 
VI. Conformativa: a ideia expressa nela está de acordo com a que é dita 
na oração principal. 
Conforme nos mandara o sargento, ficamos passando um pelo outro. 
(Mário Donato) 
 
VII. Proporcional: expressa um fato que se realiza proporcionalmente ao 
que se diz na oração principal. 
Quanto mais uma civilização é artista, mais ela se afasta da natureza. 
(Graça Aranha) 
 
VIII. Final: indica a finalidade do que se diz na oração principal. 
O fuzil foi passado de mão em mão, para que todos aprendessem os 
quatro movimentos. 
 
25. (FGV/TJ-RJ/Analista Judiciário/2014) “Como se vê, não faltam razões para 
o debate do tema.” 
Substituindo o termo sublinhado por uma oração desenvolvida, a forma 
correta e adequada seria: 
 
 
 
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a) para que se debatesse o tema; 
b) para se debater o tema; 
c) para que se debata o tema; 
d) para debater-se o tema; 
e) para que o tema fosse debatido. 
Comentário – Já que o examinador quer uma oração desenvolvida, você deve 
descartar logo as alternativas B e D, pois elas são reduzidas de infinitivo. 
Descarte também as alternativas A e E, pois ferem a correlação verbal. O 
pretérito imperfeito do subjuntivo (“debatesse” e “fosse”) não se harmoniza 
com o presente do indicativo (“faltam”). Sobrou apenas a letra C, cujo verbo 
está no presente do subjuntivo, isto é, numa forma desenvolvida. Repare 
ainda o conectivo “que” e a natureza dessa oração: adverbial final. 
Resposta – C 
 
IX. Temporal: expressa o tempo em que ocorre o que se diz na oração 
principal. 
Quando o semáforo abriu, ele tentou arrancar na bicicleta (...). 
(Lourenço Diaféria) 
Observe que as três orações subordinadas abaixo apresentam 
estruturas diferentes das anteriores. Nelas não há verbos desenvolvidos 
(conjugados no modo indicativo ou subjuntivo) nem conjunções. Agora, os 
verbos assumem uma das formas nominais (gerúndio, infinitivo e 
particípio). 
Ao abrir o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (infinitivo) 
Aberto o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (particípio) 
Abrindo o semáforo, ele tentou arrancar na bicicleta. (gerúndio) 
 
26. (FGV/PC-RJ/Perito Legista/2011) “Na dúvida, deve-se optar pela 
segurança de não consumir álcool usando medicamentos”. A oração 
 
 
 
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reduzida de gerúndio – usando medicamentos – pode ser adequadamente 
substituída por: 
(A) depois de usar medicamentos. 
(B) quando se usam medicamentos. 
(C) antes de usar medicamentos. 
(D) apesar de usar medicamentos. 
(E) logo que se usam medicamentos. 
Comentário – A oração reduzida de gerúndio expressa o momento 
concomitante do consumo de álcool e do uso de medicamentos. Portanto a 
transformação dela em oração desenvolvida deve preservar essa noção 
temporal. Logo a opção adequada é a segunda. 
As letras A e C claramente destoam desse sentido, 
indicando momentos antes e depois do uso. A letra D expressa ideia 
concessiva e também se afasta do sentido original. Perigosa é a última 
alternativa, pois expressa um período de tempo muito próximo ao tempo de 
consumo de álcool (“logo que”), mas não exatamente no mesmo período 
temporal, ou seja, não há necessariamente ações simultâneas. 
Resposta – B 
 
Uma vez estudadas as características e os valores semânticos das 
orações subordinadas adverbiais, convém agora apontar as principais 
conjunções que fazem a articulação entre elas e sua principal. 
Causais 
Porque; como; que; pois; porquanto; visto que; dado 
que; já que; uma vez que; na medida em que; etc. 
Consecutivas Que, de forma que, de maneira que, de modo que etc. 
Comparativas 
Que; (do) que; quanto; como; assim como; bem como; 
etc. 
Concessivas 
Ainda que; embora; mesmo que; posto que; por mais 
que; se bem que; por pouco que; nem que; conquanto 
etc. 
 
 
 
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Condicionais 
Se; caso; sem que; contanto que; salvo se; desde que; 
a menos que; a não ser que; que; etc. 
Conformativas Conforme; como; segundo; consoante; etc. 
Finais Para que; a fim de que; que; etc. 
Proporcionais 
À medida que; à proporção que; ao passo que; quanto 
mais... mais; quanto menos... menos; quanto maior... 
maior; etc. 
Tempo 
Quando; enquanto; antes que; depois que; desde que; 
logo que; assim que; até que; que; apenas; mal; 
sempre que; tanto que; etc. 
 
27. (FGV/TCM-PA/AUDITOR/2008) “Como foi a primeira perda desde o 
lançamento de suas ações na Bolsa, em 1994, o resultado teve efeito de 
um terremoto financeiro, nos já violentamente traumatizados EUA.” 
Assinale a alternativa em que o termo indicado não poderia substituir o 
termo destacado no trecho acima sob pena de provocar alteração 
gramatical e semântica. 
(A) Já que 
(B) Uma vez que 
(C) Por que 
(D) Dado que 
(E) Visto que 
Comentário – A conjunção destacada possui valor semântico causal (ela 
integra segmento que traduz a razão ou o motivo do efeito do resultado), 
assim como já que, uma vez que, dado que e visto que. O detalhe fica por 
conta da expressão Por que, escrita separadamente. Sendo conjunção causal, 
a escrita correta não permite separação: Porque. 
Resposta – C 
 
 
 
 
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Dizem que se conselho fosse bom ninguém daria, mesmo assim eu 
arrisco um: não confunda as locuções conjuntivas à medida que e na 
medida em que. A primeira introduz oração subordinada tradutora de valor 
semântico de proporcionalidade; a segunda inicia oração subordinada que 
expressa a causa de um fato. Já vi muito candidato bom “derrapar” por falta 
de atenção a esse detalhe. 
 
28. (FGV/SENADO FEDERAL/TÉCNICO LEGISLATIVO – 
ADMINISTRAÇÃO/2008) “Isso tem sua lógica, na medida em que essas 
sociedades se preocupam também com os custos, mas se acostumaram a 
lidar com dados sobre os quais quase nada é debatido por parte de nossos 
mandatários da esfera política.” 
Assinale a alternativa que poderia substituir a estrutura grifada, sem 
incorrer em alteração semântica. 
(A) à proporção que 
(B) já que 
(C) à medida que 
(D) conforme 
(E) ao ponto em que 
Comentário – Gostou do primeiro conselho? Repare que, traiçoeiramente,o 
examinador relacionou nas alternativas as locuções conjuntivas proporcionais à 
proporção que e à medida que. 
A locução conjuntiva na medida em que é bem característica 
de circunstância adverbial de causa, assim como a locução já que. 
Conforme exprime circunstância de conformidade; e ao 
ponto em que pode traduzir consequência: “As universidades públicas 
federais foram sucateadas ao ponto em que faltou dinheiro até mesmo para 
pagar as contas de luz, como foi o caso na UFRJ.” 
Resposta – B 
 
 
 
 
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Quer outro conselho? Não confunda oração subordinada 
adverbial causal com oração coordenada sindética explicativa! Em 
alguns momentos, elas podem apresentar semelhanças que dificultam a 
análise correta. Por exemplo, ambas admitem as conjunções pois, que, 
porque, porquanto. Porém, um pouco de atenção para os aspectos que vou 
assinalar pode ser de grande utilidade: 
[Ele pegou a doença] [porque 
andava descalço.] 
[Não ande descalço,] [porque 
você vai pegar uma doença.] 
1. Há uma relação de causa e 
consequência entre as duas orações. 
1. Não há relação de causa e 
consequência: apenas é dado o 
motivo para que não se ande 
descalço. 
2. A conjunção que introduz a 
oração causal não pode ser eliminada. 
2. Pode-se eliminar a conjunção 
coordenativa explicativa: Não ande 
descalço, você vai pegar uma 
doença. 
3. A oração adverbial pode ser 
transformada em oração reduzida de 
infinitivo: Ele pegou a doença por 
andar descalço. 
3. Não se pode transformar a oração 
coordenada em oração reduzida. 
4. O verbo da oração principal não 
expressa dúvida ou hipótese. 
4. A oração anterior à explicativa 
geralmente possui verbo no 
imperativo ou tem caráter hipotético. 
De outro modo, poderíamos dizer: Ele 
deve ter andado descalço, pois 
pegou uma doença. 
Orações Subordinadas Adjetivas 
As orações subordinadas adjetivas podem equivaler-se, 
semanticamente, a adjetivos, ou seja, caracterizar um substantivo, 
atribuindo-lhe qualidade, estado ou modo de ser. Sintaticamente, podem 
 
 
 
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Oraç. Subord. Adj. Restritivas 
Oraç. Subord. 
Adj. Explicativas 
exercer a função de adjunto adnominal de um termo da oração principal. 
Observem: 
Deve-se investir em soluções definitivas. 
Deve-se investir em soluções que resolvam definitivamente os 
problemas. 
 
Comparando os dois exemplos acima, é fácil perceber que, no 
segundo, a oração “que resolvam definitivamente os problemas” 
discrimina o substantivo “soluções” e restringe o seu alcance semântico. Além 
disso, exerce função idêntica à do adjetivo “definitivas” no primeiro exemplo: 
ambas as expressões são adjuntos adnominais do substantivo “soluções”, 
que é núcleo do objeto indireto. 
 
• ORAÇÕES ADJETIVAS RESTRITIVAS E EXPLICATIVAS 
Na relação que estabelecem com o termo a que se referem, as 
orações subordinadas adjetivas podem atuar de duas maneiras distintas: 
restringindo e individualizando esse termo ou simplesmente explicando, 
realçando, amplificando uma informação sobre ele. 
 
O jovem que estuda passa. 
O homem que luta vence. 
 
O homem, que é mortal, almeja a vida eterna. 
Cristo, que é filho de Deus, morreu por nós. 
 
No primeiro caso, as orações adjetivas equiparam-se a verdadeiros 
adjetivos restritivos (aqueles cujos valores semânticos não constituem um 
atributo inerente a todo e qualquer ser de mesma natureza): nem todo jovem 
passa (apenas o que estuda); nem todo homem vence (somente o que luta). 
Elas funcionam como adjuntos adnominais e não podem ser separadas do 
substantivo por vírgulas. 
 
 
 
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sujeito 
sujeito 
No segundo caso, as orações adjetivas têm valor semântico 
explicativo, pois expressam uma característica intrínseca, essencial ao termo a 
que se referem: todo homem é mortal; Cristo é filho de Deus. Por não 
influenciarem o significado do termo a que se referem, podem ser retiradas da 
frase ou ficarem separadas do substantivo pela pontuação sem implicar 
alteração semântica. Sendo assim, elas se assemelham a um aposto 
explicativo. 
Note que as conexões entre as orações subordinadas adjetivas 
apresentadas até aqui e suas orações principais são feitas pelo pronome 
relativo que. Esse pronome, além de conectar (ou relacionar – daí o nome 
relativo) os dois tipos de orações, também desempenha uma função sintática 
na oração subordinada que introduz. No desempenho dessa função, o pronome 
relativo ocupa o papel que seria exercido pelo termo que ele substitui (o 
antecedente). 
 
Deve-se investir em soluções. Essas soluções devem resolver 
definitivamente os problemas. 
 
Deve-se investir em soluções [que resolvam definitivamente os 
problemas.] 
 
Quando as orações subordinadas adjetivas são introduzidas por 
um pronome relativo e apresentam verbo no modo indicativo ou subjuntivo 
(forma finita), elas são chamadas de desenvolvidas. E quando não são 
introduzidas por um pronome relativo (podem ser introduzidas por preposição) 
e apresentam verbo numa das formas nominais (infinitivo, gerúndio e 
particípio), elas são chamadas de reduzidas. 
Essas são as ideias tão valorizadas por ele. 
Via-se um cartaz comunicando a falência. 
Nosso argumento foi o primeiro a cair. 
 
 
 
 
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29. (FGV/2011/SEFAZ-RJ/AUDITOR FISCAL DA RECEITA ESTADUAL) Na 
Espanha, por exemplo, a recentíssima reforma do Código Penal – que 
atende diretivas da União Europeia sobre o tema – trouxe, no artigo 31 
bis, não só a possibilidade de responsabilização penal da pessoa jurídica 
(por delitos que sejam cometidos no exercício de suas atividades sociais, 
ou por conta, nome, ou em proveito delas), mas também estabelece 
regras de como essa responsabilização será aferida nos casos concretos 
(ela será aplicável [...], em função da inoperância de controles 
empresariais, sobre atividades desempenhadas pelas pessoas físicas que 
as dirigem ou que agem em seu nome). (L.31-42) 
A respeito do período acima, analise as afirmativas a seguir: 
I. Há uma oração coordenada sindética aditiva e uma oração coordenada 
sindética alternativa. 
II. Há três orações na voz passiva, mas somente uma com agente da passiva 
explícito. 
III. Há quatro orações subordinadas adjetivas desenvolvidas e uma oração 
subordinada adjetiva reduzida. 
Assinale 
(A) se apenas as afirmativas I e II estiverem corretas. 
(B) se apenas as afirmativas II e III estiverem corretas. 
(C) se apenas as afirmativas I e III estiverem corretas. 
(D) se nenhuma afirmativa estiver correta. 
(E) se todas as afirmativas estiverem corretas. 
Comentário – Aqui, é preciso ter atenção em dobro! Esta é uma das questões 
mais difíceis desta aula. 
Afirmativa I: certa. A oração coordenada sindética aditiva é 
introduzida pela expressão “mas também” (“...mas também estabelece 
regras...”), que forma uma série aditiva enfática em relação à expressão 
anterior “não só” (“...trouxe, no artigo 31 bis, não só a possibilidade...”). A 
oração coordenada sindética alternativa é mais fácil de ser identificada, pois 
 
 
 
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surge introduzida por sua conjunção característica: “...ou que agem em seu 
nome”. Um detalhe deve ser ressaltada aqui: ela é coordenada aditiva 
alternativa em relação à oração anterior: “...que as dirigem...”. 
Afirmativa II: certa. Eis as orações com verbos na voz passiva: 
– “...por delitos que sejam cometidos...”; 
– “...essa responsabilização será aferida...”; e 
– “...sobre atividades desempenhadas por pessoas 
físicas...”. 
Repare que o agente da passiva (grifado por mim) está 
explícito apenas na última oração. 
Afirmativa III: certa. Apontarei primeiro as orações adjetivas 
desenvolvidas, aquelas que surgem introduzidas por um pronome relativo: 
– “...que atende diretivas...”; 
– “...que sejam cometidos...”; 
– “...que as dirigem...; e 
– “...que agem...”. 
Eis agora a adjetiva reduzida: “...atividades desempenhadas 
pelas pessoas físicas...”. Observe a ausência de pronome relativo e o verbo 
desempenhar no particípio. 
Resposta – E 
 
30. (FGV/2015/Pref. de Florianópolis-SC/Fiscal de Serviços Públicos) “Nesses 
casos, o que pode existir é um transtorno de conduta”; esse segmento do 
texto 4 apresenta: 
a) duas orações, sendo uma subordinada; 
b) três orações, sendo uma reduzida; 
c) quatro orações, sendo uma coordenada; 
d) uma só oração, sendo absoluta; 
e) três orações, sendo uma coordenada. 
 
 
 
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Comentário – A primeira coisa a ser observada é o emprego do pronome 
relativo “que” retomando o antecedente “o”. Ele não é artigo, é pronome 
demonstrativo (“aquilo”). Pronome relativo introduz oração subordinada 
adjetiva (“que pode existir”). A segunda é a presença da locução verbal “pode 
existir”, que caracteriza apenas uma oração. Finalmente, o verbo “é” indica a 
existência de outra oração (a principal). Portanto há duas orações no 
segmento indicado, sendo subordinada uma delas. 
Resposta – A 
 
Agora você já pode resolver as questões do simulado. Elas estão 
logo a seguir. 
 
 
 
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Lista das Questões Comentadas 
 
Gosto de olhar as capas das revistas populares no supermercado nestes 
tempos de corrida do ouro da classe C. A classe C é uma versão sem neve e de 
biquíni do Yukon do tio Patinhas quando jovem pato. Lembro do futuro 
milionário disneyano enfrentando a nevasca para obter suas primeiras patacas. 
Era preciso conquistar aquele território com a mesma sofreguidão com que se 
busca, agora, fincar a bandeira do consumo no seio dos emergentes 
brasileiros. 
Em termos jornalísticos, é sempre aquela concepção de não oferecer o 
biscoito fino para a massa. É preciso dar o que a classe C quer ler – ou o que 
se convencionou a pensar que ela quer ler. Daí as políticas de didatismo nas 
redações, com o objetivo de deixar o texto mastigado para o leitor e tornar 
estanque a informação dada ali. Como se não fosse interessante que, ao não 
compreender algo, ele fosse beber em outras fontes. 1Hoje, com a Internet, é 
facílimo, está ao alcance da vista de quase todo mundo. 
Outro aspecto é seguir ao pé da letra o que dizem as pesquisas na hora 
de confeccionar uma revista popular. Tomemos como exemplo a pesquisa feita 
por uma grande editora sobre “a mulher da classe C” ou “nova classe média”. 
Lá, ficamos sabendo que: a mulher da classe C vai consumir cada vez mais 
artigos de decoração e vai investir na reforma de casa; que ela gasta muito 
com beleza, sobretudo o cabelo; que está preocupada com a alimentação; e 
que quer ascender social e profissionalmente. É com base nestes números que 
2a editora oferece o produto – a revista – ao mercado de anunciantes. Normal. 
Mas no que se transformam, para o leitor, estes dados? Preocupação 
com alimentação? Dietas amalucadas? A principal chamada de capa destas 
revistas é alguma coisa esdrúxula como: “perdi 30 kg com fibras naturais”, 
“sequei 22 quilos com cápsulas de centelha asiática”, “emagreci 27 kg com 
florais de Bach e colágeno”, “fiquei magra com a dieta da aveia” ou “perdi 20 
quilos só comendo linhaça”. Pelo amor de Deus, quem é que vai passar o dia 
comendo linhaça? 3Estão confundindo a classe C com passarinho, só pode. 
Simulado 
 
 
 
 
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Quer reformar a casa? Nada de dicas de decoração baratas e de bom 
gosto. O objetivo é ensinar como tomar empréstimo e comprar móveis em 
parcelas. Ou então alguma coisa “criativa” que ninguém vai fazer, 4tipo uma 
parede toda de filtros de café usados. Juro que li isso. A parte de ascensão 
profissional vem em matérias como “fiquei famosa vendendo bombons de 
chocolate feitos em casa” ou “lucro 2500 reais por mês com meus doces”. 
Falar das possibilidades de voltar a estudar, de ter uma carreira ou se 
especializar para ser promovido no trabalho? Nada. 5Dicas culturais de leitura, 
filmes, música, então, nem pensar. 
Cada vez que vejo pesquisas dizendo que a mídia impressa está em 
baixa penso nestas revistas. A internet oferece grátis à classe C um cardápio 
ainda pobre, mas bem mais farto. Será que a nova classe média quer 
realmente ler estas revistas? A vendagem delas é razoável, mas nada 
impressionante. São todas inspiradas nas revistas populares inglesas, cuja 
campeã é a “Take a Break”. A fórmula é a mesmade uma “Sou + Eu”: dietas, 
histórias reais de sucesso ou escabrosas e distribuição de prêmios. Além deste 
tipo de abordagem também fazem sucesso as publicações de fofocas de 
celebridades ou sobre programas de TV –aqui, as novelas. 
Sei que deve ser utopia, mas gostaria de ver publicações para a classe C 
que ensinassem as pessoas a se alimentar melhor, que mostrassem como a 
obesidade anda perigosa no Brasil porque se come mal. Atacando, inclusive, 
refrigerantes, redes de fast food e guloseimas, sem se preocupar em perder 
anunciantes. Que priorizassem não as dietas, mas a educação alimentar e a 
importância de fazer exercícios e de levar uma vida saudável. Gostaria de ver 
reportagens ensinando as mulheres da classe C a se sentirem bem com seu 
próprio cabelo, muitas vezes cacheado, em vez de simplesmente copiarem as 
famosas. Que mostrassem como é possível se vestir bem gastando pouco, sem 
se importar com marcas. 
Gostaria de ler reportagens nas revistas para a classe C alertando os pais 
para que vejam menos televisão e convivam mais com os filhos. Que falassem 
da necessidade de tirar as crianças do computador e de levá-las para passear 
 
 
 
Língua Portuguesa para o IBGE (Teoria e Exercícios) 
Aula 4 – Relação de Coordenação e Subordinação entre Orações 
Prof. Albert Iglésia 
 
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ao ar livre. Que tivessem dicas de livros, notícias sobre o mundo, ciências, 
artes –é possível transformar tudo isso em informação acessível e não apenas 
para conhecedores, como se a cultura fosse patrimônio das classes A e B. 
Gostaria, enfim, de ver revistas populares que fossem feitas para ler de 
verdade, e que fizessem refletir. Mas a quem interessa que a classe C tenha 
suas próprias ideias? 
(Cynara Menezes, 15/07/2011, em: http://www.cartacapital.com.br/politica/o-que-quer-a-classe-c) 
1. Considere as seguintes afirmações relativas a aspectos sintático-
semânticos do texto: 
I. A chamada “perdi 20 quilos só comendo linhaça” foi interpretada como 
“perdi 20 quilos comendo só linhaça”. 
II. Nos dois últimos parágrafos, há recorrência de períodos fragmentados em 
que faltam as orações

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