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Fertilização O ovócito é liberado a partir da ruptura do folículo. Enquanto isso, os espermatozoides depositados no trato reprodutor feminino devem passar pela etapa de maturação final, a capacitação. Para fertilizar o ovócito, o espermatozoide deve penetrar uma camada externa de células frouxamente unidas, chamadas de células da granulosa (a corona radiata), e uma capa protetora de glicoproteínas, chamada de zona pelúcida. A fusão da membrana do espermatozoide com a membrana do ovócito inicia uma reação química, chamada de reação cortical, que impede que outros espermatozoides fecundem este ovócito. Para completar a fertilização, a parte que se fundiu das membranas do espermatozoide e do ovócito se abre, e o núcleo do espermatozoide entra no citoplasma do ovócito. Isso sinaliza para que o ovócito retome a meiose e complete a sua segunda divisão. Implantação no Endométrio Quando o embrião em desenvolvimento chega ao útero, ele consiste em uma bola oca de cerca de 100 células, denominada blastocisto. Parte da camada externa de células do blastocisto dará origem ao cório, uma membrana extraembrionária que envolverá o embrião e dará origem à placenta. A massa celular interna do blastocisto desenvolve-se, formando o embrião e três outras membranas extraembrionárias. Essas membranas incluem o âmnio, que secreta o líquido amniótico em que o embrião em desenvolvimento ficará mergulhado; o alantoide, que fará parte do cordão umbilical que une o embrião à mãe; e o saco vitelino, que se degenera no início do desenvolvimento humano. O blastocisto secreta enzimas que permitem que ele invada o endométrio, como um parasito se instalando no seu hospedeiro, enquanto isso, as células endometriais crescem ao redor do blastocisto até que ele seja completamente englobado. À medida que o blastocisto continua a se dividir e se torna um embrião, as células que se tornarão a placenta formam estruturas similares a dedos, denominadas vilosidades coriônicas, que penetram no endométrio vascularizado. As enzimas liberadas pelas vilosidades rompem as paredes dos vasos sanguíneos maternos até que as vilosidades sejam circundadas por lagos de sangue materno. Hormônios secretados pela placenta Gonadotrofina coriônica humana; Sob a influência da hCG, o corpo lúteo continua produzindo progesterona para manter o endométrio intacto. Por volta da sétima semana de desenvolvimento, a placenta assume a produção de progesterona, e o corpo lúteo não é mais necessário, o pico de produção de hCG pela placenta ocorre aos três meses de desenvolvimento e depois diminui. Uma segunda função da hCG é estimular a produção de testosterona pelo testículo em desenvolvimento em fetos masculinos. Hormônio lactogênio placentário humano (hPL); Também conhecido como somatomamotrofina coriônica humana (hSC). Provavelmente, o hPL contribui para a lactação, mas mulheres que não produzem hPL durante a gestação devido a um defeito genético também apresentam desenvolvimento das mamas e produção de leite adequados. Um segundo papel do hPL é a alteração do metabolismo da glicose e dos ácidos graxos da mãe para sustentar o crescimento fetal. Estrogênio e Progesterona; O estrogênio e a progesterona são produzidos continuamente durante a gestação. Com os altos níveis circulantes desses hormônios esteroides, a supressão por retroalimentação da adeno-hipófise continua durante toda a gestação, impedindo que outro conjunto de folículos comece a se desenvolver. Durante a gestação, o estrogênio contribui para o desenvolvimento dos ductos das mamas. A progesterona é essencial para a manutenção do endométrio e também auxilia na supressão das contrações uterinas. Parto O parto inicia com o trabalho de parto, as contrações rítmicas do útero que empurram o feto para o mundo. Os sinais que iniciam essas contrações podem começar na mãe, no feto ou em ambos. Os níveis desse hormônio não diminuem até que o trabalho de parto esteja em andamento. Um possível desencadeante do trabalho de parto é a ocitocina, um hormônio peptídico que causa a contração do músculo uterino, quando a gestação se aproxima do final, o número de receptores para ocitocina no útero aumenta. A ocitocina sintética frequentemente é utilizada para induzir o trabalho de parto nas mulheres grávidas, mas nem sempre é eficaz. Outra possibilidade para a indução do trabalho de parto é que o feto libere alguns sinais que indiquem que o seu desenvolvimento está completo, uma teoria apoiada por evidências clínicas é a de que o hormônio liberador da corticotrofina (CRH) secretado pela placenta é o sinal que começa o trabalho de parto. Nas semanas anteriores ao parto, os níveis de CRH no sangue materno aumentam rapidamente. Nos dias que antecedem o início do trabalho de parto ativo, o colo do útero torna-se mais macio (“amadurece”), e os ligamentos que mantêm os ossos pélvicos unidos se afrouxam à medida que as enzimas desestabilizam o colágeno do tecido conectivo. O controle desses processos não é claro e pode ser devido ao estrogênio ou ao hormônio peptídico relaxina, a qual é secretada pelos ovários e pela placenta. Uma vez que as contrações do trabalho de parto começam, inicia-se uma alça de retroalimentação positiva que consiste em fatores mecânicos e hormonais. No início do trabalho de parto, ele reposiciona-se sozinho na parte inferior do abdome (“o bebê desceu”) e a sua cabeça pressiona o colo do útero amolecido, o estiramento cervical desencadeia contrações uterinas que se deslocam como uma onda do topo do útero para baixo, empurrando o feto mais para dentro da pelve. A porção inferior do útero permanece relaxada, e o colo estira-se e dilata-se. O dilatamento cervical inicia um ciclo de retroalimentação positiva de contrações progressivas. As contrações são reforçadas pela secreção da ocitocina proveniente da neuro-hipófise, e o estiramento continuado do colo do útero reforça a secreção da ocitocina. As prostaglandinas são produzidas no útero em resposta à secreção de CRH e de ocitocina. As prostaglandinas são muito eficazes em causar contrações musculares uterinas. Durante o trabalho de parto e o período expulsivo do parto, as prostaglandinas reforçam as contrações uterinas induzidas pela ocitocina. À medida que as contrações do trabalho de parto se intensificam, o feto move- se para baixo através da vagina para fora do útero, ainda ligado à placenta. A placenta, então, se solta da parede uterina e é expelida pouco tempo depois.