Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
São Luís 2019 CENTRO UNIVERSITÁRIO DO MARANHÃO – UNICEUMA COORDENAÇÃO DE ARQUITETURA E URBANISMO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ARQUITETURA E URBANISMO ELMO RENATO SERRA CORDEIRO FILHO ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO E FORMAÇÃO DE ATLETAS PARA JOVENS DE BAIXA RENDA São Luís 2019 2 ELMO RENATO SERRA CORDEIRO FILHO ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO E FORMAÇÃO DE ATLETAS PARA JOVENS DE BAIXA RENDA Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário do Maramhão – Uniceuma. Orientador: Prof. Agnaldo Mota 3 Cordeiro Filho, Elmo Renato Serra Anteprojeto arquitetônico de um centro de treinamento e formação de atletas para jovens de baixa renda – São Luís, 2019. Monografia (Graduação) – Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro Universitário do Maranhão - Uniceuma, 2018. Orientador: Prof. Agnaldo Mota 1. Arquitetura. 2. Esportes. 3. Inclusão Social. I. Título. 4 ELMO RENATO SERRA CORDEIRO FILHO ANTEPROJETO ARQUITETÔNICO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO E FORMAÇÃO DE ATLETAS PARA JOVENS DE BAIXA RENDA Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito para obtenção do grau de bacharel em Arquitetura e Urbanismo pelo Centro Universitário do Maranhão – Uniceuma. Orientador: Profº. Agnaldo Mota Aprovado em / / 2019. Elmo Renato Serra Cordeiro Filho Código: Prof. Msc. Agnaldo Mota Orientador Prof. Banca Avaliadora Prof. Banca Avaliadora 5 AGRADECIMENTOS Ao meu orientador Prof. Agnaldo Mota Junior pela disposição e prontidão oferecidos durante o processo de elaboralçao do trabalho. Aos meus familiares que de alguma maneira ajudaram ao longo dos últimos meses. Agradeço a Deus pela força de vontade, disposição e desafios dados a mim que me motivaram ainda mais durante todos os anos. RESUMO Tendo como referência a escassez de centros esportivos voltados à captação de jovens atletas de várias modalidades, principalmente de baixa renda visto que os lugares onde são ofertados esses tipos de serviço geralmente são voltados para o público de classe média/alta e alta, é que se propoz o projeto de um centro onde seriam disponibilizadas várias modalidades esportivas com foco em ajudar jovens de todas as classes sociais a seguir carreira esportiva, além de se tornar uma opção viável para jovens de baixa renda proporcionando acomodações e toda uma infraestrutura para a captação desses jovens e o ingresso deles no esporte profissional. Além de funcionar como meio de integração social e uma opção para crianças de comunidades carentes que por falta de recursos e/ou oportunidades acabam entrando no mundo da criminalidade como meio de sustento. 6 ABSTRACT With reference to the scarcity of sports centers aimed at attracting young athletes of various modalities, especially low-income, since the places where these types of services are offered are generally aimed at the middle / upper and upper class public, it is that proposes the design of a center where various sports would be made available with a focus on helping young people from all walks of life pursue a sporting career, as well as becoming a viable option for low-income young people by providing accommodation and infrastructure to attract these young people and their entry into professional sport. In addition to functioning as a means of social integration and an option for children in needy communities who, due to lack of resources and / or opportunities end up entering the world of crime as a means of livelihood. 8 7 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO …………………………………………………………. 1.1. Justificativa ………………………………………………………. 2. Objetivo …………………………………………………………………. 2.1 Objetivo Geral....................................................................……. 2.2 Objetivo específico…………………………………………………. 3. Metodologia ……………………………………………………………... 4. Referencial Teórico 4.1. Espaços esportivos……………………………………………. 4.2. Inclusão social…………………………………………………… 4.3. Das modalidades esportivas e infraestrutura…………………… 5. Estudo de Caso: Centro Esportivo da Faculdade IESGO com enfoque na acessibilidade …………………………………………………………………. 6. Projeto legal arquitetônico………………………………………………… 6.1 Memorial justificativo………………………………………………. 6.2 Programa de necessidades………………………………………. 6.3 Fluxograma………………………………………………………. 6.4 Partido arquitetônico…………………………………………………… 6.5 Memorial descritivo………………………………………………… 6.5.1 Terreno em estudo ……………………………………. 6.5.2 Estudo de viabilidade………………………………………… 6.5.3 Caracterização do empreendimento……………………………. 6.5.4 Acesso…………………………………………………………. 6.5.5 Implantação…………………………………………………… 6.6 Material gráfico…………………………………………………….............. 7. Considerações finais…………………………………………………… 1. INTRODUÇÃO 1.1. Justificativa O esporte como inclusão social e criador de oportunidades tem mudado as vidas de crianças que talvez não poderiam ter outra chance, fosse pela falta de uma escola pública de qualidade, fosse pela necessidade de trabalhar na infância para ajudar a família. A necessidade de um centro de captação de pessoas nessas condições é uma questão atual principalmente considerando que culturalmente o investimento em esportes chega com peso no futebol e deixa outros esportes à margem dos investimentos, ainda mais pelo retorno financeiro que este trás. “O reconhecimento do esporte como canal de socialização positiva ou inclusão social, é revelado pelo crescente número de projetos esportivos destinados aos jovens das classes populares, financiados por instituições governamentais ou privadas. Na literatura em educação física, esportes e lazer, sociologia e em outras áreas, são apresentadas indicações dos benefícios proporcionados pela prática regular de esportes, na formação moral ou da personalidade dos seus praticantes” (ELIAS; DUNNING, 1992; DANISH; NELLEN, 1997; TUBINO, 2001) Inclusão social é a mecânica de oferecer, de maneira indiscriminatória, acesso a infraestrutura, bens e serviços a todos. Ela está ligada a todas as pessoas que, de alguma maneira não tenham acesso a esses direitos basicos da vida em sociedade. Com a exclusão social se dando de várias maneiras e atigindo grupos diferentes, desde pessoas negras, homossexuais e até idosos, o trabalho tem como foco a exclusão social por baixa renda. Segundo Marcelo Neri (Centro de Politicas Sociais – FGV, 2008), a baixa renda é composta pelas classes C, D e E, esta ultima tendo uma renda igual ou inferior a R$768,00 mensais, o que a enquadraria na linha da pobreza. A proposta de criação de um centro de treinamento se fez necessária como meio de inclusão social e incentivo à prática esportiva, não só como uma possível fonte de renda e fator de integração social para pessoas com poucas condições financeiras, como também uma melhora na saúde física e mental que é proporcionada pela prática de atividades físicas. Existem estudos que comprovam que além da eficácia dos esportes na saúde ele também tem grande influência no rendimento dentro do local de trabalho e nos estudos, como dito pelo poeta romano Décimo Júnio Juvenal, Mens sana in corpore sano (uma mente sã num corpo são) derivada da Sátira X, essa expressão infere que mente e corpodevem estar em harmonia para um proporcionar uma boa qualidade de vida no âmbito da saúde. E estudos mais recentes comprovam que a mesma proteína BDNF (fator neurotrófico derivado do cérebro) responsável pela capacidade das células musculares do coração de se contrair e relaxar corretamente também são responsáveis por atuar na saúde mental — como antidepressivo, melhorando a memória e o aprendizado, nutrindo os vasos sanguíneos e estimulando o crescimento de células nervosas. Assim como em varias outras áreas do conhecimento, a arquitetura se faz presente também no meio esportivo e como uma ferramenta de aproximação das pessoas no que diz respeito ao meio em que vivemos. Portantanto este estudo tem como objetivo desenvolver essa aproximação por meio da inclusão social, a fim de desenvolver um ambiente de qualidade que proporcione desenvolvimento pessoal e em sociedade para todos os beneficiados. 2. OBJETIVOS 2.1. Objetivo Geral Este trabalho tem como principal objetivo elaborar um anteprojeto arquitetônico de um centro esportivo de formação de atletas com foco na inclusão social captando jovens de baixa renda. 2.2 Objetivos Específicos - Desenvolver um anteprojeto de arquitetura de um centro esportivo com infraestrutura para as modalidades esportivas posteriormente citadas; - Desenvolver um projeto de uma área comum dentro do centro esportivo com propósito contemplativo (praça); - Ofertar esportes que proporcionem a coletividade (futebol, futsal, vôlei, basquete, handebol), assim como esportes individuais (natação, judô, karatê, muay-thai e jiu-jitsu). 3. METODOLOGIA Essa pesquisa tem carater acadêmico e qualitativo. Para a sua realização, buscou-se entender como o esporte pode influenciar na vida das pessoas não apenas como inclusão social, como foi proposto para o projeto, mas como bem- estar e lazer, desse modo houve um maior entendimento de como abordar o projeto para que este atendence todos de maneira igualitária, também foram considerados os fundamentos legais da inclusão da pessoa com deficiência e as diretrizes projetuias da NBR 9050, garantindo um espaço acessível para todos. Também foi feita um estudo de viabilidade do terreno, visto a dimensão do projeto e como ele afetaria o seu entorno. O trabalho respeitou as etapas do processo de criação do projeto arquitetônico, sendo feito estudos bibliográficos, pesquisas sobre os esportes a serem implantados e suas necessidades de infraestrutura, estudo de caso de um centro esportivo em uma universidade em Goiás onde foi trabalhado de forma intensiva a acessibilidade para pessoas com deficiência, analise do local a ser implantado o projeto, fazendo uso de ferramentas digitais para obtenção de dados, para um melhor entendimento da infraestrutura necessária foi feito visita técnica em instalações esportivas na cidade de São Luis onde se usou como base os aspectos empregados nesses locais. A pesquisa na qual foi baseada este trabalho possibilitou o desenvolvimento do projeto a ser concebido respeitando todos os aspectos legais e conceituais previamente estabelecidos. 4. REFERENCIAL TEÓRICO 4.1. ESPAÇOS ESPORTIVOS Desde a Grécia antiga, o esporte sempre foi sinônimo de saúde e heroísmo, associando atletas a divindades, com grandes centros construídos para a pratica de esportes como atletismo, lutas e corridas. Com o passar dos anos o esporte foi tomando um importante lugar na economia e também passou a ser amparado pelo estado, ainda que na realidade brasileira, de maneira mais contida, e isso nos tras à necessidade de espaços para a pratica de esportes tanto para fiz de recreação quanto para fins que visam a esfera profissional, sem o braço forte do estado, o esporte como profissão é um sonho de muitos, mas que é alcançado por poucos. A falta de uma infraestrutura pública com acesso facilitado para pessoas de pouca ou nenhuma renda é mais uma pedra no caminho do sonho de jovens que pretendem seguir carreira no esporte, sobrando como opções, principalmente longe dos grandes centros urbanos, apenas centros esportivos particulares onde o custo está fora da realidade desses jovens. Com o crescimento das cidades, surgiu uma competição por espaço destro da mesma, cada metro quadrado tem sua importância na construção dos espaços na cidade. Nesse cenário, a prática de esportes requer um espaço amplo e espécífico em sua implantação para atender bem a população, a própria infraestrutura tem influência na pratica de tividades físicas, se uma população tem acesso a uma infraestrutura que atende bem as necessidades de vários estilos esportivos, e ainda fazendo proveito de ofertar de um espaço agradável à visitação para praticantes e não praticantes de esporte, essa população vai ter um incentivo a mais na pratica esportiva, enquanto que ambientes mal estruturados ou não existentes deixam as pessoas à mercê do uso de espaços como calçadas estreitas, terrenos e (ou) construções abandonadas, ou até mesmo vias de circulação de veículos para a prática de esportes e atividades físicas. Nessas condições, uma infraestrutura precária ou não existente vai contra o incentivo de práticas esportivas e atividades físicas ao ar livre ou em ambientes fechados concebidos para a população em geral. Como pode ser visto no artigo publicado pela Revista Brasileira de Atividade Física & Saúde “O ambiente construído tem sido investigado como um dos aspectos que influenciam comportamento para atividade física da população. Em uma visão ecológica, o ambiente está associado à saúde e o bem-ester humano e diversos fatores parecem influenciar os níveis de atividade física populacional. [...]. Diversas pesquisas no Brasil têm conduzido diálogos sobre espaços de lazer e atividade física, identificando em muitos casos, iniquidades na distribuição dos espaços, além da existência de espaços com má conservação ou mal estruturados. ” (BRASIL, 2016). Nessas condições uma infraestrutura que dê suporte para essas pessoas deve ser pensado e implatado de forma a considerar os aspectos sociais e geográficos de cada realidade. Entende-se como infraestrutura o aparato físico que comporta a pratica daquela atividade, como edificações por exemplo, mas se tratando de infraestrutura, outros fatores devem ser considerados. Assim, a infraestrutura esportiva está além das instalações físicas, ela uma exige uma gestão de toda essa infraestrutura física (abastecimento de água, energia elétrica, utilização), serviços que serão pestasdos a ela (professores, funcionários de limpeza, administrativo) e também a manutenção dessa infraestrutura para que ela esteja sempre exercedo sua função social na sociedade. Os espaços esportivos têm como função, além da pratica de esportes e lazer, trazer integração à população, sendo assim, considera-se uma infraestrutura esportiva instalações que sejam de uso da população em geral, que oferecem seus espaços para a comunidade, sendo sua gestão pública ou privada, mas onde sua utilização seja pública. Estes ainda podem constituir de espaços naturais ou artificiais, dentro ou fora da malha urbana, mas que oferte edificações e equipamentos necesserios para a prática esportiva que oferece. Segundo a Constituição Federal, disposta no artigo 6º e no atigo 217 “É dever do Estado fornecer práticas desportivas formais e não formais, como direito de cada um, [...]” e ainda no paragrafo terceiro diz “O poder público incentivará o lazer, como forma de promoção social. ”. Nessas condições podemos observar que a importância do espeaços esportivos na sociedade não se fazem apenas pela pratica esportiva, muito além disso ela busca um meio de unir as pessoasde varias classes sociais e diferentes culturas num único espaço destinado a uma atividade em comum. Contudo tem-se observado que espaços esportivos, para fins profissionais ou de uso da comunidade, são implantados distantes das áreas mais carentes, onde esse tipo de projeto se faz necessário. Moradores das áreas mais afastadas do centro da cidade precisa se deslocar por uma grande distancia para ter acesso a essas áreas, de outra forma, buscam formas de lazer e de atividades físicas alternativas, o que leva ao uso de espaços inapropriados como terrenos baldios como campo de futebol improvisado (pratica muito comum nas periferias das grandes cidades). 4.2. INCLUSÃO SOCIAL A inclusão social é um tema muito complexo, mas de grande relevância no cenário atual da realidade brasileira. Se hoje se fala em inclusão social é porque durante muitas geraçoes sempre houveram os excluídos, ou seja, pessoas que por quaisquer motivos fossem diferentes dos padrões de cada época, eram rejeitadas e deixadas de lado, tanto esquecidas pelo poder publico quanto por familiares. Existem diversos grupos dentro da sociedade que são, de uma maneira ou de outra, excluídos ou esquecidos dentro da mesma. Segundo o artigo 5º da Constituição Federal “Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade”, nessas condições, o cidadão tem direito de expressar a sua individualidade, seja este um estilo de vida ou condição alheia a sua vontade, de forma livre contanto que não interfira na liberde e individualidade do outro cidadão. Sendo assim, é dever do Estado garantir as condições para que a igualdade seja mantida no convívio em sociedade. Dentre muitos fatores condicionantes para a exclusão social, o maior fator de exclusão social é a diferença de renda, ou seja, diferenciação de pessoas pela classe social. Enende-se como pessoa de baixa renda, como sita Marcelo Neri (Centro de Politicas Sociais – FGV, 2008), aqueles que vivem com com menos que R$ 768,00 por mês, enquadrando essas pessoas da chamada classe E, na linha da pobreza. A falta de recursos financeiros para essas famílias limita suas opções de lazer e os custos, mesmo que estes possam ser baixos, para manter um jovem em uma pratica de esportes já é mais do que uma família na linha da pobreza poderia proporcionar, limitando crianças e adolescentes dessas classes sociais a procurarem outras opções de lazer em embientes pouco propícios. Além disso deve-se oberservar que, ainda que não seja regra geral, uma parcela desses jovens acaba por ingressar no mundo da criminalidade, por uma promessa de vida melhor, por necessidade, por falta de instrução e apoio ou seja por uma junção desses fatores. Já descriminalizados pela sua classe social, esses jovens se tornam ainda mais exclusos, e traze-los de volta para o convívio social trona-se uma tarefa cada vez mais difícil. Enquanto é sabido que a prática do esporte, como lazer ou de forma competitiva, tem grandes impactos positivos na saúde do corpo, resultando em mais disposição e até mesmo retardando o envelhecimento das células do nosso organismo, ele também tem um outro lado. Crianças que praticam esportes desenvolvem uma melhor capacidade de conviver em harmonia com outras pessoas fora do seu ambiente familiar, além de aprenderem valores como disciplina e respeito pelas diferenças. Tendo isso como base, é possível perceber que o esporte e a edução são os melhores meios de diminuir e erradicar preconceitos e discriminações dentro da sociedade. Contudo é preciso observar que, ainda que existam diversos centros de treinamento, academias e afins, que se dispõem de boa infraestrutura para a pratica esportiva, essa estrutura em sim ainda é muito segregada. Geralmente de iniciativa privada, os próprios preços cobrados nessas instituições estão fora da realidade de jovens da classe E, nesse caso cabe ao estado proporcionar uma estrutura de baixo ou nenhum custo para essas famílias. O centro proposto funcionará não apenas como ferramenta de inclusão social, mas também, e principalmente, como prevenção da exclusão social, incentivando jovens de todas as classes sociais a conhecer e praticar atividades físicas além de auxiliar os que querem seguir uma carreira no esporte. A visão de um centro que receba jovens, adultos e idosos de todas as classes sociais foi pensada de forma a fazer com que haja uma maior conexão entre esses diferentes grupos sociais, uma vez que limitar o uso a uma classe solucionaria o problema de um lado, mas reforçaria a ideia do “eu/eles” ao invés do “nós”, mantendo a ideia de separação de classes. A principal forma como a exclusão social acontece é pela criação de paradigmas a muito estabelecidos, paradigmas estes que moldaram a sociedade não excluída em enraizou um sentimento de superioridade em quem não se sente como um ser excluído da sociedade. Mas o avanço dos meios de comunicação e disseminação da informação entre os tipos de pessoas, independente de classe social ou etnia, foi uma conquista que trouxe consigo o descobrimento desses paradigmas como sendo fruto de uma sociedade atrasada e com uma cultura que precisava ser revista. Hoje não é raro promover-se eventos, palestras e mesas de debate que tentam trazer à tona o tópico da exclusão social. Com o objetivo de informar os que buscam esse conteúdo e principalmente aos que não tem o acesso a essas informações. No contexto de exclusão e inclusão social, o esporte é uma das varias ferramentas que, se utilizada de maneira apropriada, minimiza impactos causados pelo preconceito e pela ignorância. Segundo o atigo do Programa de Ética e Cidadania de 2007 do Ministério da Educação, o que gera a desigualdade e exclusão dentro da sociedade não são as diferenças entre pessoas, culturas e religião, as diferenças devem ser exaltadas e usadas como formas de expansão do conhecimento, uma vez que a ignorância leva ao preconceito que por sua vez leva à exclusão social, diferenças são um recurso grátis, abundante e renovável no que diz respeito à disseminação da informação. “Ao nos referirmos, hoje, a uma cultura global e à globalização, parece contraditória a luta de grupos minoritários por uma política identitária, pelo reconhecimento de suas raízes (como fazem os surdos, os deficientes, os hispânicos, os negros, as mulheres, os homossexuais). Há, pois, um sentimento de busca das raízes e de afirmação das diferenças. Devido a isso, contesta-se hoje a modernidade nessa sua aversão pela diferença. ” MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003. 4.3. DAS MODALIDADES ESPORTIVAS E INFRAESTRUTURA O centro esportivo deve, além de oferecer opções de esporte e lazer, oferecer acima de tudo uma infraestrutura de qualidade e condizente com os parâmetros que cada esporte exige para uma pratica sadia. Cada esporte tem particularidades que precisam ser atendidas e dentre estes esportes, alguns possuem necessidades semelhantes enquanto outros se distinguem bastante entre si. Considerando as semelhanças e diferenças entre cada modalidade procurou-se unir as 9 (nove) das 10 (dez) modalidades de esportes em um único setor, com excessão do futebol que precis de um espaço maior e diferenciado, de forma que eles dividissem infraestruturas comuns entre si e separassem espaços onde as intalaçoes são mais especificas. As modalidades praticadas serão o futebol, futsal, vôlei, basquete, handebol, natação, judô, jiu-jitsu, kung-fu e muay-thai. Assim sendo os grupos ficaram divididos em: Grupo 1 (lutas): Judô, Jiu-Jitsu, Kung-fue Muay-Thai; Grupo 2 (esportes de quadra): Futsal, Handebol, Volei Basquete; Grupo 3 (campo): Futebol; Grupo 4 (aquático): Natação. Cada um dos grupos possui exigencias de infraestrutura distintas, porem existindo ainda fatores em comum a todos eles, como vestiários, banheiros e setor administrativo. Além disso, a edificação principal abrigará toda a parte administrativa do centro esportivo localizada na entrada principal para otimizar serviços e manter a proximidade entre a administração e os esportes. Grupo 1 (LUTAS): Exigindo uma infraestrutura mais simples, o complexo de lutas contará com 4 salas separadas para cada modalidade, sendo cada uma equipada com com tatame olímpico e ringue de luta. A estrutura principal será feita como um galpão com cobertura metálica em arco e o piso em cimento com acabamento polido. Para que sejam feitas as praticas esportivas será colocado um tatame olímpico que exige menos acabamento do do piso, oferencendo por si só aderência em relação ao piso e para os atletas. Além disso também será considerada outra estrutura, o ringue, que conta com 7,80 x 7,80 metros elevado a 1 metro do solo. Esta estrutura não necessita de preparação do piso para sua instalação, podendo ser feita inteiramente em cima do piso cimenticio. Grupo 2 (esportes de quadra): Para a construção de uma estrutura para quadras poliesportivas que atendam as necessidades do centro, são necessários fatores um pouco mais complexos de piso, já que estes não contam com acessórios como o tatame visto nas artes marciais que além de ajudarem na aderência do atleta, também cobrem o piso, corrigindo pequenas imperfeições. No caso de quadras poliesportivas, o piso deve ser especificado de forma a não gerar acidentes em quadra durante a pratica dos esportes, piso cimenticio com pintura antiderrapante é o ideal para. No caso de quadras descorbertas, deve-se posiciona-las no sentido norte-sul para que o sol não atrapalhe os jogadores devido ao ofuscamento. Já em casos de quadra coberta, o sentido norte-sul passa a ser desconsiderado, porem deve-se observar o posicionamento das entradas de ventilação e principalmente iluminação naturais. 5. ESTUDO DE CASO Para auxiliar a concepção do projeto, foi feito um estudo sobre um centro esportivo das Faculdades Integradas IESGO em Goiás onde esta tem o foco em acessibilidade de pessoas com deficiência física. O conceito voltado para a acessibilidade resultou em um projeto modelo onde pessoas com necessidades especiais podem circular sozinhas e a infraestrutura tem perfeitas condições de promover a integração deles com todo o espaço do complexo esportivo. Os dados sobre o objeto em analise foram coletados por meio de canais como o site da Universidade onde o centro se localiza e artigos sobre o mesmo. O centro é usado pela Universidade (Faculdade Integradas IESGO) e conta com um ginásio, piscina semi-olímpica, pista de corrida, arquibancadas, banheiros para o público e um edifício anexo, que oferece vestiários e duas salas de aula. No centro esportivo IESGO, o foco na elaboração do projeto foi acessibilidade e sustentabilidade. Desde a etapa construtiva foram utilizadas estratégias que buscavam o baixo consumo de recursos e reaproveitamento de materiais, garantindo uma obra “limpa” e quase sem desperdícios. Um dos melhores exemplos que pode ser citado foi a reutilização da terra escavada para a construção da piscina semi-olímpica para a fabricação de tijolos solo-cimento que foram usados para todas as paredes do complexo esportivo e parte dessa terra retirada também foi usada na cobertura verde que cobre as salas de balé e judô. Além disso, como parte da proposta de sustentabilidade, o centro também faz uso de um reservatório de agua de 42.000 litros para usos de irrigação e descarga em vasos sanitários, estes que contam com um sistema de descarga a vácuo (sistema STEALTH) e gastam apenas 3 litros por acionamento, contra até 15 litros dos sistemas convencionais. O reservatório possui uma ligação com a caixa d’água potável, que pode ser usada em casos emergenciais ou de estiagem. Figura 1 Reservatório de 42.000 litros para água da chuva Para o melhor aproveitamento de luz natural, foi usado os brises e telhado com telhas translucidas, dessa forma é garantido que a edificação não precise usar luz artificial durante o dia para nenhuma atividade esportiva. Figura 2 Visão geral do Centro Esportivo Figura 3 Detalhe da rampa de acesso à piscina e cobertura verde As telhas translúcidas ficam em harmonia com o público ao assistir uma partida já que a maior incidência solar durante o ano é na fachada norte e o publico fica de frente para o sul oberservando a partida que acontece no sentido leste-oeste. O sistema de brises é composto por brises moveis e fixos, o brises moveis ficam nas fachadas leste e oeste, estes se intercalam nos períodos da manhã e tarde para que haja um bom controle de temperatura e iluminação. Já os brises fixos (feitos de tijolo solo-cimento) se localizam nas fachadas norte e sul protegendo principalmente nos períodos próximos ao solstício de verão. Os vestiários possuem claraboias para a saída de ar quente e circulação de ar em geral, cada uma com 9,00 m². Figura 4 Rampa de acesso à Universidade Figura 5 Pista de corrida e piso tátil Figura 6 Uso de tijolo solo-cimento para aproveitamento de material Com o uso de 380,00 m² de cobertura verde, o Centro possui um grande apelo ecológico, além de 1.270,00 m² de área de vegetação nativa o que garante uma quantidade significativa de taxa de absorção de aguas pluviais pelo solo. Para o abastecimento de energia elétrica foram usados além dos meios convencionais, placas de aquecimento solar que são destinadas a aquecer a agua do chuveiro nos vestiários e placas fotovoltaicas para a geração de energia elétrica com a finalidade de abastecer o sitema de iluminação da piscina semi- olímplica que tem sua iluminação feita com lâmpadas LED. Figura 7 Reutilização da terra retirada para a construção da piscina No quesito acessibilidade o Centro Esportivo da IESGO também se destaca com as medidas adotadas para a inclusão de Pessoas com Deficiência (PcD), sendo consultada a NBR-9050/2004. Para a acessibilidade de Pessoas em Cadeira de Rodas (PCR) foi proposto um empreendimento totalmente plano e sem obstáculos, com todas as portas possuindo largura mínima de 90 cm para permitir o acesso de cadeira de rodas esportiva, também foi construída uma rampa de acesso à piscina semi-olímpica permitindo que ao descer a pessoa em cadeira de rodas fique no mesmo nível da borda da piscina facilitando assim sua entrada. Os banheiros e vestiários também foram adapatados, oferencendo boxe de vaso sanitário e boxe de banho aptos a receber poessoas com deficiência. Já para pessoas com deficiência visual foram instalados mapas e pisos táteis, estes últimos formando caminhos que percorrem todo o complexo, dispensando a necessidade de um acompanhante para pessoas com dificiencia visual. Placas de identificação em Braille e uma pista de corrida adaptada com 300 m de piso tátil completam pacote. Figura 8 Utilização de brise Durante toda a execução da obra foram utilizadas estruturas metálicas por estas facilitarem a execução e tornarem a obra mais limpa. Por serem utilizdas peças pré-moldadas, houve uma facilidade no transporte e armazenamento e manuseio desses materiais. A estrutura metálica também conserva seu valor residual que não é perdido durante a montagem já que faz uso de peças pré-moldadas cuja medidas já estão definidas desde o projeto. Ainda a sua facilidade em vencer grandes vãos a tornaperfeita para q cobertura da quadra onde precisa-se uma grande área a não ser interrompida por pilares ou outras estruturas. A própria reciclagem também a torna atrativa para este tipo de empreendimento já que o aço pode ser reciclado inúmeras vezes sem perder suas propriedades de resistência. Para a quadra foram utilizadas estruturas mistas, com pilares de concreto e armado e cobertura metálica espacial. Durante a própria execução, as estruturas metálicas foram utilizadas pensando na sua praticidade e agilidade durante a obra, fezendo uso de escoras metálicas que podem ser ajustadas e reutilizadas quantas vezes necessário, além de não gerar resíduos de madeira no canteiro de obras, trantando-se de uma execução limpa. O mesmo procedimento foi utilizado para as formas dos pilares, feitos em estruturas metálicas e garantindo uma precisão maior, além de maior facilidade de armazenamento, montagem e desmontagem. É conclusivo que com a adoção de medidas inclusivas e com a utilização de materiais e técnicas construtivas que visam a preservação do meio ambiente, teve-se um projeto além de ser um exemplo técnico também é exemplo no que diz respeito a usabilidade por parte dos seus usuários. 6. PROJETO LEGAL ARQUITETÔNICO 6.1. MEMORIAL JUSTIFICATIVO O projeto justifica-se pela necessidade de espaços esportivos apropriados para a pratica esportiva de qualidade, que esteja apto a receber pessoas portadoras de necessidades especiais e que funcione como centro de integração social e formação de atletas na cidade de São Luis. Com proposta em vista, também foram utilizados conceitos de exclusão e inclusão social para um melhor entendimento de como essas praticas atuam na sociedade hoje e como são vistas por diferentes grupos sociais. A partir desde estudos, foi possível propor um conceito de projeto que se baseia e celebra as diferenças entre as pessoas, porém busca a integração entre elas aplicando a tipografia de edifícios separados por categorias de esporte, mas que possuem um elemento em comum, uma praça feita para uso comunitário. Nesse conceito, apesar dos esportes serem distintos entre si, todos têm em comum o fato de serem esportes, assim como os esportistas que, apesar de virem de lugares diferentes, possuírem costumes diferentes e classes sociais diferentes, são todos esportistas unidos em torno de uma paixão que é o esporte. O projeto conta com edificações distintas e cada uma com sua estrutura especifica. Os prédios foram posicionados de forma a tirar o melhor proveito da iluminação e ventilação da região, o campo de futebol foi posicionado no eixo norte-sul, pensado de forma que o sol, estando no nascente ou poente, não venha ser um fator a prejudicar os times por conta do ofuscamento. O mesmo foi pensado em relação às piscinas, embora esta não seja um fator fundamental ndeste caso. As quadras poliesportivas possuem estrutura coberta, porem o prédio foi locado no sentido leste-oeste de forma a fazer melhor proveito da iluminação e ventilação naturais. A ala de artes marciais foi a que menos sofreu influencia externa, porem manteve o sentido leste-oeste como as quadras poliesportivas para aproveitamento de luz e ventilação naturais. Com o conceito de edificações distintas, o processo de alocação dessas edificações precisou ser estudado de forma a não tomar um rumo de segregação. Cada edificação foi posicionada em relação as outras de forma a facilitar o fluxo de pessoas na área, assim como a proposta de 2 setores de estacionamentos também teve o proposito de facilitar o deslocamento de visitantes, esportitas e funcionários dadas as dimensões do terreno. Nesses caso o projeto incentiva a caminhada com seus caminhos que levam de um prédio ao outro, incluindo a praça, porem não força esta ação, tornando esta uma esoclha inteiramente dos transeuntes, algo que pode ser observado na figura XX. Figura 9 Fluxograma Os conceitos de sustentabilidade e acessibilidade adotados neste projeto, além do posicionamento de edificações para melhor aproveitamento de de luz e ventilação, também foi considerado a acessibilidade de pessoas com deficiência física e dificuldade de locomoção, pensando nessas pessoas, todo o projeto foi concebido de forma a funcionar totalmento em pavimento único, salvo algumas exceções como arquibancadas, em que estas devem ter elevação, porém a acessibilidade se faz presente com a reserva de lugares exclusivos para pessoas portadoras de deficiência física de forma que estas possam ursufruir de um lugar digno para assistir aos esportes, sem a locação de de vagas especiais em locais menos privilegiados. A esolha do local de implantação do terreno foi feita de forma a incentivar a integração social, trazendo um empreendimento de alto padrão de qualidade para uma área muito populosa porem com uma media de renda baixa, com o objetivo de que aquelas pessoas se sintam lembradas e representadas também, uma vez que são dignas dos mesmos direitos constitucionais e humanitários. A proximidade com um corredor primário faz desse um projeto bem visível e de fácil acesso para moredores das proximidades e para moradores de outros bairros. A gleba está na divisão de duas zonas urbanas, ZR4 e ZPA, porem o terreno foi parcelado e foi utilizada apenas a área que pertence a ZR4, dessa forma, garante-se uma boa faixa verde e um afastamento considerável de edificações vizinhas, fazendo com que o centro conte com uma área privilegiada de ventilação natural. Além de funcionar prioritariamente como centro esportivo, o projeto visa também um aspecto contemplativo, com sua proposta de horizontalidade e fazendo uso de vegetação de pequeno e médio porte para melhor aproveitamento da ventilação. Todo o projeto foi definido para ter um nível único, de modo a facilitar a acessibilidade e tendo níveis mais baixos apenas em áreas molhadas. Todas as portas foram definidas para o padrão de 80 cm permitindo livre circulação de cadeirantes e de pessoas que façam uso de quaisquer meios de facilitação de locomoçao por todo o complexo sem dificuldades. Para a estrutura foi usada concreto e metal, este ultimo se fazendo presente principalmente nas coberturas dos ginásios para vencer grandes vãos e com proteção acústica nas coberturas metálicas. Ainda nas coberturas, serão implementados rasgos onde se fará uso de telhado transparente de acrílico para a captação da iluminação natural com o objetivo de não se fazer uso de energia elétrica para iluminação durante o dia exceto em casos específicos, utilizando- as apenas no turno da noite. Tornando o ambiente mais natural e agradável aos atletas e às pessoas que estiverem frequentando o local. 6.2. PROGRAMA DE NECESSIDADES 1. GERAL 1.1. ACESSO PÚBLICO 1.2. ACESSO ESTACIONAMENTO 1.3. ACESSO SERVIÇO 1.4. ESTACIONAMENTO------------------------------------------------12,00 m² por vaga 1.5. CARGA/DESCARGA-----------------------------------------------------------100,00 m² 1.6. GUARITA-----------------------------------------------------------------------------7,00 m² 2. SERVIÇOS 2.1. VESTIÁRIOS --------------------------------------------------- 0,50m² por funcionário 2.2. D.M.L. -------------------------------------------------------------------------------- 1,00 m² 2.3. ROUPARIA ---------------------------------------------------------- 0,20 m² por usuário 2.4. DEP. LIXO ---------------------------------------------------------------------------1,00 m² 2.5. ARQUIVO----------------------------------------------------------------------------2,00 m² 2.6. LAVANDERIA -----------------------------------------------------------------------2,00 m² 2.7. DEP. ADMINISTRATIVO ---------------------------------------------------------2,00 m² 2.8. DEP. GERAL ------------------------------------------------------------------------2,00m² 2.9. SALA DE MONITORAMENTO ------------------------------------------------- 2,00 m² 2.10. ENFERMARIA -------------------------------------------------------------------- 6,00 m² 2.11. LAVANDERIA ----------------------------------------------------- 0,40 m² por usuário 2.12. CANTINA----------------------------------------------------------- 0,50 m² por usuário 3. ESPORTIVO 3.1. PISCINA SEMI-OLÍMPICA--------------------------------------------------- 325,00 m² 3.2. QUADRA POLIESPORTIVA ------------------------------------------------ 368,00 m² 3.3. SALAS DE LUTA --------------------------------------------------------------- 130,00 m² 3.4. ACADEMIA -----------------------------------------------------------------------190,00 m² 4. ADMINISTRATIVO 4.1. HALL DE ESPERA ----------------------------------------------- 0,20 m² por usuário 4.2. SECRETARIA ------------------------------------------------------ 0,20 m² por usuário 4.4. AUMOXARIFADO ------------------------------------------------- 1,00 m² por usuário 4.5 TESOURARIA------------------------------------------------------- 0,50 m² por usuário 4.6. COBRANÇA-------------------------------------------------------- 0,50 m² por usuário 5. ADMINISTRATIVO 5.1. ATENDIMENTO PEDAGÓGICO---------------------------- 0,50 m² por usuário 5.2. SANITÁRIO ADULTO E CRIANÇAS-------------------------- 1,50 m² por usuário 5.3. COORDENAÇÃO ------------------------------------------------- 10,00 m² 5.4. SALA DE REUNIÃO ---------------------------------------------- 20,00 m² 5.5. DIREÇÃO ----------------------------------------------------------- 10 m² 6.3. FLUXOGRAMA 6.4. PARTIDO ARQUITETÔNICO Inicialmente para a elaboração do projeto foi concebido um estudo prelimiar acerca do terreno para que se pudesse ter os dados de potencialidades e fraquezas. De posse desses dados, foi elaborado um esquema de cores nas quais foi proposto um melhor posicionamento do da edificação e dos elementos que compõe o projeto para que estes fizessem melhor uso das características do terreno. A figura 10 exemplifica um diagrama funcional elaborado para visualização das ações sofridas pelo terreno; . Figura 10 A fim de proporcionar uma boa sensação térmica na edificação e em toda a extensão do projeto, buscou-se fazer o uso de cobertura metálica em arcos. Serão 3 arcos com flechas de 3 metros para o melhor aproveitamento da ventilação e resfriamento dos ambientes internos, como visto no exemplo da figura 11. Figura 11 Nas áreas externas foi feito o uso de arborização com plantas de pequeno a grande porte, além de áreas permeáveis com grama em contraste com o piso cimenticio do estacionemento de forma a não serem criadas ilhas de calor pelo terreno. Ainda pensando no conforto térmico e também considerando o apelo visual, foram posicionados 2 chafarizes com o objetivo de diminuir a sensação térmica do local. O posicionamento desses elementos também foi pensado a atingir o maior numero de passoas, um na entrada e outro na praça, onde é previsto maior aglomeração. Figura 12 6.5. MEMORIAL DESCRITIVO 6.5.1. TERRENO EM ESTUDO Situado na Zona Residencial 4 (figura 13), o terreno possui uma área de 50.000,00 m² e um perímetro de 900,00 metros. Situaado na Avenida dos Portugueses, próximo à Universidade Federal do Maranhão (UFMA), margeado pela Travessa Maria da L. Melo. Com testada de 200,00m; lateral esqueda e direita de 250,00m; e fundo de 200,00m. Figura 13 Pelo que é visto na figura 13, inicialmente o terreno considerado para o projeto pode ser representado na cor vermelha, mas conoforme foi estudado as características dos arredores e para um dimensionamento mais preciso foi proposto outra situação que pode ser vista na linha azul. Os critérios adotados para a escolha do local foi a própria essência do projeto, como se trata de um projeto que tem como foco a inclusão social, a escolha se deu por seu entorno se caracterizar como uma área de moradias de comunidades carentes, visando atender a essas pessoas. Além de localizar próximo a uma universidade, o que pode trazer grande visibilidade para o projeto, atendendo também a estudantes. Outro critério para escolha do terreno, e que pode ser observado na figura 14, é a presença de um ‘campinho’ de futebol improvisado por moradores, com a falta de uma infraestrutura adequada para a pratica de esportes e lazer, foi preciso recorrer a uma infraestrutura improvisada e pracária. Desse modo, a concepção de um centro esportivo naquele local faz sentido dentro daquela realidade e suprindo uma necessidade existente. Figura 14 6.5.2. ESTUDO DE VIABILIDADE Segundo a Lei de Uso e Ocupação do Solo 3.253 de DE 29 DE DEZEMBRO DE 1992, a Área Total Maxima Edificada (ATME) é de 270% (duzentos e setenta por cento) da área do terreno. O terreno apresenta desníveis moderados, o que dispensa grandes movimentações de terra para nivelamento, este podendo ser feito no próprio local da obra sem a necessidade de transporte de resíduos, além de limpeza que sera feira no terreno assim como remoção de vegetação rasteira existente. Itens de projeto – Planta te implantação / situação / cobertura; planta baixa; cortes; planta de layout; fachadas; maquete eletrônica. O estudo de materiais construtivos para execução do projeto foi estudado visando aspectos ecológicos, com o mínimo geração de resíduos e o uso de descartes para reaproveitamento na própria obra. Assim como uso de materiais que pudessem exercer mais de uma função ou repetir seu uso sem que este precisasse ser descartados. ESTRUTURA – Para a estrutura da edificação foi feita a escolha de estrutura mista (figura 15), a união de concreto armado e aço a fim de vencer grandes vãos e proporcionar ao projeto, imponência e durabilidade, além de resistência. Este tipo de estrutura tem a vantagem de combinar o melhor dos dois materiais, a resistência do concreto com a flexibilidade e leveza no aço. Sendo assim, consegue-se uma obra mais leve e que mantem seu aspecto de firmeza. O fato de não ser utilizada toda a estrutura em concreto e por ter peças em aço pré-moldado também culmina no barateamento da obra. Figura 15 PAREDES – Para as paredes também foi pensado um sistema misto, porem aqui foi feita a combinação de blocos estruturais com o sistema de drywall. Os blocos estruturais constituirão as paredes externas e algumas internas que sejam necessárias enquanto o sistema drywall sera aplicado em todas as outras divisões internas incluindo áreas molhadas. Com a versatilidade do sistema drywall, tem-se uma estrtura leve e de alta resistência, além de oferecer a possibilidade de combinações em sua estrutura como isolamento termnico e acústico feito com manta de lã de rocha, feltro, espuma ou outros materiais pois estes podem ser fixados dentro da estrutura da parede. Ao contrario da crença popular, as paredes de drywall não são frágeis, elas são parafusadas diretamente no piso e sua estrutura pode suportar de televisores a escapas de rede devido a sua estrutura interna de aço (figura16) de alta resistência. Seus ver estimento externo também oferece flexibilidade já que pode ser pintado ou receber revestimento cerâmico. Figura 16 ESQUADRIAS - Nas esquadrias externas foi usado o sistema maxim-ar para basculantes de banheiros e vestiários e para corredores. Nas fachadas posterior e lateral direita foi usado um sitema de janelas maxim-ar em fieliras (figura 17), estas são áreas de circulação que fazem conexão direta entra ambientes externos e internos, fazendo com que a utilização desse sistema traga iluminaçãodurante o período diurno excluindo a nessecidade luz artificial. Vale lembrar que estas janelas são posicionas respectivamente no norte e leste da edificação, que são as fachadas com maior incidência solar. Figura 17 COBERTURA – Para a cobertura foi escolhida a cobertura metálica em arco. Dentre as vantagens desse tipo de cobertura estão o baixo custo inicial para instalação, sendo uma das estruturas mais baratas no mercado atualmente. Além disso ela é uma estrutura relativamente leve e que pode vencer grandes vãos sme a necessidade de pilares com grandes proporções como acontece com as estruturas em concreto armado. Esse tipo de estrutura, assim como o drywall também pode receber tratamento termoacustico o que é útil em ambientes de quadra como visto no projeto, já que em dias chuvosos o som da chuva batendo no telhado não vai ser um incômodo internamente. A cobertura metálica usa vigas de aço para sua sustentação e este, por ser um material muito durável, proporciona baixo custo de manutenção e longevidade para a estrutura. 6.5.3. CARACTERIZAÇÃO DO EMPREENDIMENTO O projeto destina-se a implantação de um centro esportivo de caráter inclusivo e social para formação de atletas e incentivo da pratica de esportes, além de proporcionar uma infraestrutura apropriada para comunidades carentes próximas. O Centro funcionará nos turnos mtutino, vespertino e noturno e contemplará crianças, jovens, adultos e idosos. Com base em dimensionamentos padrão para a pratica de cada esporte, foi feita uma estimativa de área a ser construída. Tendo a implantação de uma piscina semi-olímpica com medidas padrão de 25 metros de comprimento por 20 de largura (500m²), duas quadras poliesportivas com dimensões de 16 metros de largura por 27 metros de comprimento cada (totalizando 864m²), quatro salas destinadas à pratica de artes marciais, com dimensionamento de no mínimo 100m² (totalizando 400m²) e 2 academias com áreas de 190m² e 145m² (totalizando 335m²). Além de um campo de futebol externo à edificação com 120x90m (10,800m²). Sendo assim, a edificação foi proposta com 7.483,00m² totalmente térrea, ocupando 15% da área total do terreno, sobrando 42.517,00m², destes, 10.800,00m² foram utilizados para o campo de futebol, 2.398,00m² para a praça e os 29.319,00m² foram usados para estacionamento e circulação de veículos e pessoas. 6.5.4. ACESSO A edificação possui acesso principal pela frente do terreno, voltado para a Avenida dos Portugueses, com via de desaceleração e pontos de taxi. Acesso pela área de tras do terreno também oferencendo vagas para taxis, entrada na lateral esquerda para funcionários. São 581 vagas de estacionamento, calculo que foi feito levanto em consideração o código de obras de São Luis que pede 1 vaga de estacionamento para cada 100m² para estabelecimento comercial. Destas, 33 vagas estão distribuídas entre idosos, gestantes e Pessoas com Deficiência (PCD), 2% para cada como diz a NBR-9050. 6.5.5. IMPLANTAÇÃO A edificação foi implantada com afastamentos maiores que os previstos na Lei de Uso e Ocupaçao do Solo 3.253, DE29 DE DEZEMBRO DE 1992. Segundo a ZR4, a testada minmia é de 10 metros, tendo sido usado 55 metros no empreendimento, por se tratar de uma edificação de grande porte, o afastamento foi necessário com o intuito de da visibilidade à edificação, para que ela possa compor a paisagem da cidade harmoniosamente. TAXAS DESEJÁVEL ALCANÇADO ATME 270% 7.483,00 m² - 15% ALML 50% 29.319,00 m² - 58,6% GABARITO MÁXIMO 15 PAVIMENTOS 1 PAVIMENTO TAXA MINIMA DE PERMEABILIDADE 20% 10.800,00 m² TAXA DE PERMEABILIDADE TOTAL 20% 10.800,00 m² ÁREA MÍNIMA DO LOTE 300m² 50.000,00 m² 6.6. MATERIAL GRÁFICO Figura 18 Figura 19 Figura 20 Figura 21 7. CONSIDERAÇÕES FINAIS O processo de desenvolvimento deste anteprojeto possibilitou uma compreensão das necessidades da cidade com relação a aspectos de relação entre as pessoas e a pripria cidade, alinhado com a busca por igual e o incentivo as praticas esportivas, foi possível obersvar como temas muitas vezes ditos como distintos podem estar tao interligados. Com os estudos feitos foi possível desenvolvr um projeto que aenda a essas necessidades sirva como aprendizado no desenvolvimento de projetos futuros que incentivem outros profissionais na busca por projetos inclusivos. A relação do homem com o meio é complexa e precisa ser estudada para que haja uma compreensão dos seus hábitos e como cada projeto cria um vinculo com seus usuários e o arquiteto. É de grande importância que seja incentivado o papel do arquiteto como criador de possibilidades e facilitador da vida das pessoas no que diz respeito ao seu meio de convívio. REFERÊNCIAS MANTOAN, Maria Teresa Eglér. Inclusão Escolar: O que é? Por que? Como fazer? São Paulo: Moderna, 2003; Lei de Uso e Ocupação do Solo 3.253, DE 29 DE DEZEMBRO DE 1992; Reis RS, Salvador EP, Florindo AA. Atividade física e ambiente. In: Florindo AA, Hallal PC (Orgs.). Epidemiologia da atividade física. São Paulo: Atheneu; 2011. p.113-128; NBR-9050 Acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos, 2004; M.R. Radicchi, J.B. dos Santos, D. de S. Carneiro, M. Ferreira Reis Júnior, J.G. Anselmo. Descrição dos espaços esportivos de lazer e educação na cidade de Parintins, Amazonas, 2016; L. C. Biondi, D. Alves Pio. PROPOSTA DE CRIAÇÃO DE UM CENTRO DE TREINAMENTO E FORMAÇÃO DE ATLETAS: Caso do Município de Rio Claro, 2017; PRAHALAD; HART, 2002; PRAHALAD, 2005; Eduardo Neto Manzi, M.Sc. Estudo de caso: Centro Esportivo IESGO, 2014; SILVA, I J O da; ALEXANDRE, M G; RAVAGNANI, F C de P; SILVA, J V P da; COELHO-RAVAGNANI, C de F;. Atividade física: espaços e condições ambientais para sua prática em uma capital brasileira. R. Bras. Ci. e Mov. 2014; 22(3): 53-62 E. P. Salvador, Atividades físicas e esportivas e infraestrutura, Relatório Nacional do Desenvolvimento Humano no Brasil 2017; Programa Ética e Cidadania : construindo valores na escola e na sociedade : inclusão e exclusão social / organização FAFE – Fundação de Apoio à Faculdade de Educação (USP) , equipe de elaboração Ulisses F. Araújo..[edital.]. –Brasília: Ministério da Educação, Secretaria de Educação Básica, 200; J. S. DE JESUS, CENTRO ESPORTIVO CDEES - (centro de desenvolvimento educacional esportivo social), 2018;
Compartilhar