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Trabalho Moeda

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UNIVERSIDADE DO ESTADO DE MINAS GERAIS
Marco Antônio Costa Bucci
Luiz Henrique de Brito Silva
Luiz Otavio Gonçalves
 
ECONOMIA
MOEDA
PASSOS
2017
1 - INTRODUÇÃO 
 O presente trabalho de economia irá fornecer mais informações sobre moedas, sua história desde seu surgimento nos primórdios da humanidade a partir do escambo, quais e que tipos de moedas foram as primeiras a serem criadas e para que objetivo. 
 Irá passar por breves momentos históricos mundiais, onde relataremos quais e que tipos de moedas estiveram em circulação no Brasil, desde seu surgimento anos após a colonização portuguesa. Além disso, será mostrado o porquê da desvalorização da moeda. Posteriormente será mostrado a comparação entre moedas exemplificando três países. Também será instruído os tipos de moedas e suas características
 E, por fim o trabalho será concluído falando sobre algumas curiosidades.
2 - O QUE É MOEDA?
 Moeda pode ser definido por três funções básicas. A primeira é a capacidade de obter bens sem que sejam necessários outros bens para a troca. A segunda é a utilização da moeda para medir valor. E a última reservar valor, o aforro.
3 – HISTÓRIA DA MOEDA.
	 A moeda, como hoje é conhecida, é o resultado de uma longa evolução. No início não havia moeda, praticava-se o escambo, simples troca de mercadoria por mercadoria, sem equivalência de valor.
	 Assim, quem pescasse mais peixe do que o necessário para si e seu grupo trocava este excesso com o de outra pessoa que, por exemplo, tivesse plantado e colhido mais milho do que fosse precisar. Esta elementar forma de comércio foi dominante no início da civilização, podendo ser encontrada, ainda hoje, entre povos de economia primitiva, em regiões onde pelo difícil acesso há escassez de meio circulante, e até em situações especiais em que as pessoas envolvidas permutam objetos sem a preocupação de sua equivalência de valor. Este é o caso, por exemplo, da criança que troca com o colega um brinquedo caro por outro de menor valor, que deseja muito. 
 As mercadorias utilizadas para escambo geralmente se apresentam em estado natural, variando conforme as condições de meio ambiente e as atividades desenvolvidas pelo grupo, correspondendo a necessidades fundamentais de seus membros.
	
4 - MOEDAS ANTIGAS Tudo iniciou-se no século VII a.C., as primeiras moedas com características das atuais: são pequenas peças de metal com peso e valor definidos e com a impressão do cunho oficial, isto é, a marca de quem as emitiu e garante o seu valor. São cunhadas na Grécia moedas de prata e, na Lídia, são utilizados pequenos lingotes ovais de uma liga de ouro e prata chamada eletro. 
	 As moedas refletem a mentalidade de um povo e de sua época. Nelas podem ser observados aspectos políticos, econômicos, tecnológicos e culturais. É pelas impressões encontradas nas moedas que conhecemos, hoje, a efígie de personalidades que viveram há muitos séculos. Provavelmente, a primeira figura histórica a ter sua efígie registrada numa moeda foi Alexandre, o Grande, da Macedônia, por volta do ano 330 a.C.
	 A princípio, as peças eram fabricadas por processos manuais muito rudimentares e tinham seus bordos irregulares, não sendo, como hoje, peças absolutamente iguais umas às outras.
 Algumas mercadorias, pela sua utilidade, passaram a ser mais procuradas do que outras.
 Aceitas por todos, assumiram a função de moeda, circulando como elemento trocado por outros produtos e servindo para avaliar-lhes o valor. Eram as moedas–mercadorias.
 O gado, principalmente o bovino, foi dos mais utilizados; apresentava vantagens de locomoção própria, reprodução e prestação de serviços, embora ocorresse risco de doenças e de morte. O sal foi outra moeda–mercadoria; de difícil obtenção, principalmente no interior dos continentes, era muito utilizado na conservação de alimentos. Ambas deixaram marca de sua função como instrumento de troca em nosso vocabulário, pois, até hoje, empregamos palavras como pecúnia (dinheiro) e pecúlio (dinheiro acumulado) derivadas da palavra latina pecus (gado). A palavra capital (patrimônio) vem do latim capita (cabeça). Da mesma forma, a palavra salário (remuneração, normalmente em dinheiro, devida pelo empregador em face do serviço do empregado) tem como origem a utilização do sal, em Roma, para o pagamento de serviços prestados.
 No Brasil, entre outras, circularam o cauri – trazido pelo escravo africano –, o pau-brasil, o açúcar, o cacau, o tabaco e o pano, trocado no Maranhão, no século XVII, devido à quase inexistência de numerário, sendo comercializado sob a forma de novelos, meadas e tecidos. Com o passar do tempo, as mercadorias se tornaram inconvenientes às transações comerciais, devido à oscilação de seu valor, pelo fato de não serem fracionáveis e por serem facilmente perecíveis, não permitindo o acúmulo de riquezas. Quando o homem descobriu o metal, logo passou a utilizá-lo para fabricar seus utensílios e armas anteriormente feitos de pedra. Por apresentar vantagens como a possibilidade de entesouramento, divisibilidade, raridade, facilidade de transporte e beleza, o metal se elegeu como principal padrão de valor. Era trocado sob as formas mais diversas. A princípio, em seu estado natural, depois sob a forma de barras e, ainda, sob a forma de objetos, como anéis, braceletes etc. O metal comercializado dessa forma exigia aferição de peso e avaliação de seu grau de pureza a cada troca. Mais tarde, ganhou forma definida e peso determinado, recebendo marca indicativa de valor, que também apontava o responsável por sua emissão. Essa medida agilizou as transações, dispensando a pesagem e permitindo a imediata identificação da quantidade de metal oferecida para troca.
 Os utensílios de metal passaram a ser mercadorias muito apreciadas. Como sua produção exigia, além do domínio das técnicas de fundição, o conhecimento dos locais onde o metal poderia ser encontrado, essa tarefa, naturalmente, não estava ao alcance de todos. A valorização, cada vez maior, desses instrumentos levou à sua utilização como moeda e ao aparecimento de réplicas de objetos metálicos, em pequenas dimensões, que circulavam como dinheiro. É o caso das moedas faca e chave que eram encontradas no Oriente e do talento, moeda de cobre ou bronze, com o formato de pele de animal, que circulou na Grécia e em Chipre.
5 - HISTÓRIA DA MOEDA NO BRASIL
 No Brasil já se usaram várias moedas, desde 1500. Houveram várias trocas. Eis algumas delas:
5.1 - 1500 – TOSTÃO
 Ao chegar ao Brasil, os portugueses encontraram cerca de 3 milhões de índios vivendo em economia de subsistência. Os colonizadores usavam moedas de cobre e ouro, que têm diversos nomes de acordo com a origem: tostão, português, cruzado, vintém e são-vicente.
5.2 - SÉCULO 16 – JIMBO E RÉIS
A pequena concha era usada como moeda no Congo e em Angola. Chegando ao Brasil, os escravos a encontram no litoral da Bahia e mantêm a tradição. Porém, a moeda mais usada é o real português, mais conhecido em seu plural “réis”, que valeu até 1942.
5.3 - 1614 – AÇÚCAR
Por ordem do governador do Rio de Janeiro, Constantino Menelau, o açúcar é aceito como moeda oficial no Brasil. De acordo com a lei, comerciantes eram obrigados a aceitar o produto para pagar compras.
5.4 - 1695 – CARA E COROA
A Casa da Moeda do Brasil, inaugurada na Bahia um ano antes, cunha suas primeiras moedas de ouro. Em 1727, surgem as primeiras moedas brasileiras com a figura do governante de um lado e as armas do reino do outro, conforme a tradição européia. Os termos “cara” e “coroa” vêm daí.
5.5 - 1942 – CRUZEIRO
Na primeira troca de moeda do Brasil, os réis são substituídos pelo cruzeiro durante o governo de Getúlio Vargas. Mil réis passam a valer 1 cruzeiro; é o primeiro corte de três zeros da história monetária do país. É aí quesurge também o centavo. 
5.6 - 1967 – CRUZEIRO NOVO O cruzeiro novo é criado para substituir o cruzeiro, que levou outro corte de três zeros. Mais uma vez, isso ocorre por causa da desvalorização da moeda. Para adaptar as antigas cédulas que estavam em circulação, o governo manda carimbá-las.
5.7 - 1970 – CRUZEIRO A moeda troca de nome e volta a se chamar cruzeiro. Dessa vez, porém, só muda o nome, mas não o valor. Ou seja, 1 cruzeiro novo vale 1 cruzeiro.
5.8 - 1986 – CRUZADO Por causa da inflação, que alcança 200% ao ano, o governo de José Sarney lança o cruzado. Mil cruzeiros passam a valer 1 cruzado em fevereiro deste ano. No fim do ano, os preços seriam congelados, assim como os salários dos brasileiros
5.9 - 1989 – CRUZADO NOVO Por causa de inflação de 1000% ao ano, ocorre uma nova troca de moeda. O cruzado perde três zeros e vira cruzado novo. A mudança é decorrência de um plano econômico chamado Plano Verão, elaborado pelo então ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega
5.10 - 1990 – CRUZEIRO O cruzado novo volta a se chamar cruzeiro, durante o governo de Fernando Collor de Mello. O mesmo plano econômico decreta o bloqueio das cadernetas de poupança e das contas correntes de todos os cidadãos brasileiros por 18 meses
5.11 - 1993 – CRUZEIRO REAL No governo de Itamar Franco, com Fernando Henrique Cardoso como ministro da Fazenda, o cruzeiro sofre outro corte de três zeros e vira cruzeiro real. No fim do ano, o ministro cria um indexador único, a unidade real de valor (URV).
5.12 - 1994 – REAL Após uma inflação de 3700% em 11 meses de existência do cruzeiro real, entra em vigor a Unidade Real de Valor (URV). Em julho, a URV, equivalendo a 2750 cruzeiros reais, passa a valer 1 real.
Diante dessa enorme apresentação de moeda, surge para as pessoas o porquê da desvalorização da moeda, que será explicado no tópico a seguir.
6 - POR QUE A MOEDA BRASILEIRA É DESVALORIZADA EM RELAÇÃO A ALGUNS PAÍSES?
 O fato de outras moedas também se depreciarem reduz o impacto positivo que a desvalorização do real poderia ter na melhoria da competitividade dos produtos do País no mercado externo, exceto, é claro, nos EUA. Ademais, o mercado internacional está em fase de retração, com a desaceleração do crescimento chinês e a estagnação europeia, depreciando não só o volume transacionado, como os preços, em especial das commodities. Ou seja, o impacto sobre a balança comercial não é imediato, como veremos a seguir.
 No caso específico brasileiro, influenciam ainda as causas domésticas da desvalorização da moeda, de ordem econômica e política. Nos últimos cinco anos houve crescente deterioração das contas externas, com a elevação do déficit em conta corrente do balanço de pagamentos de US$ 101,6 bilhões (4,5% do PIB), no acumulado de 12 meses, segundo nova metodologia do Banco Central (BC). O longo período de valorização do real e a perda de competitividade da economia provocaram a deterioração do balanço de transações correntes. Perdemos a capacidade de gerar saldos comerciais positivos e o déficit estrutural da balança de serviços e rendas (juros, remessas de lucros e dividendos, gastos com viagens internacionais, etc.) também se ampliou. Alguns dos principais motivos para a desvalorização da moeda são:
6.1 - AUMENTO DOS PREÇOS
 Essa é a consequência mais imediata e mais visível. Uma moeda fraca, longe de afetar exclusivamente os preços dos importados, afeta também todos os preços internos, inclusive dos bens produzidos nacionalmente.  Isso é óbvio: se a moeda está enfraquecendo, isso significa, por definição, que passa a ser necessário ter uma maior quantidade de moeda para adquirir o mesmo bem. Essa é a definição precípua de moeda fraca: é necessária uma maior quantidade de moeda para se adquirir o mesmo bem que antes podia ser adquirido com uma menor quantidade de moeda. Não tem escapatória: moeda fraca, carestia alta. Sem exceção. No Brasil, o esfacelamento do real perante todas as moedas do mundo — e ainda mais intensamente perante o dólar — está gerando aumento de preços em todas as áreas da economia.
 Não são apenas os preços dos produtos importados e das viagens internacionais que ficam mais caros.  Bens produzidos nacionalmente também encarecem, pois, as indústrias produtoras certamente utilizam insumos importados ou, no mínimo, peças importadas.
 Uma simples firma que utiliza computadores e precisa continuamente de comprar peças de reposição vivenciará um grande aumento de custos. Pior ainda: os preços dos alimentos são diretamente afetados pela desvalorização da moeda.
 Com a desvalorização do real no mercado internacional, a aquisição de milho, café, soja, açúcar, laranja e carne do Brasil ficou muito mais barata para os americanos e estrangeiros em geral. Consequentemente, os produtores brasileiros dessas commodities passaram a vendê-las em maior quantidade para o mercado externo, gerando uma diminuição da sua oferta no mercado interno e um aumento dos seus preços. Fartura para os estrangeiros, carestia para nós. Mas piora.  Como dito, a desvalorização cambial é um fenômeno que gera carestia generalizada em praticamente todos os bens e serviços do mercado interno, pois ela gera um efeito em cascata. 
 A desvalorização cambial também encarece os remédios (85% da química fina é importada), o pão (o trigo é uma commodity precificada em dólar; se o dólar encarece, o trigo encarece), os preços das passagens aéreas (querosene é petróleo, e petróleo é cotado em dólar), das passagens de ônibus (diesel também é petróleo), todos os importados básicos (de eletroeletrônicos e utensílios domésticos a roupas e mobiliários) e até mesmos os preços dos aluguéis e das tarifas de energia elétrica (ambos são reajustados pelo IGP-M, índice esse que mensura commodities e matérias-primas, ambas sensíveis ao dólar). 
 E o aumento do aluguel e o encarecimento da eletricidade, por sua vez, afetam os custos de todos os estabelecimentos comerciais, os quais terão de elevar os preços de seus produtos e serviços (o cabeleireiro e a manicure cobrarão mais caro, assim como o dentista e a oficina mecânica). 
 E todos esses aumentos generalizados farão com que os autônomos que atuam no setor de serviços — o eletricista e o encanador comem pão e carne, cortam cabelo, pagam conta de luz e levam seus carros para consertar — também tenham de aumentar seus preços.
 Ou seja, não há escapatória: uma desvalorização cambial mexe com toda a estrutura de preços da economia.
6.2 - DESESTÍMULO AOS INVESTIMENTOS
 Além de ser o meio de troca, a moeda é a unidade de conta que permite o cálculo de custos de todos os empreendimentos e investimentos.  Se essa unidade de conta é instável — isto é, se seu poder de compra cai contínua e rapidamente, principalmente em termos das outras moedas estrangeiras —, não há incentivos para se fazer investimentos.
 Quando investidores investem — principalmente os estrangeiros —, eles estão, na prática, comprando um fluxo de renda futura. Para que investidores (nacionais ou estrangeiros) invistam capital em atividades produtivas, eles têm de ter um mínimo de certeza e segurança de que terão um retorno que valha alguma coisa.
 Mas se a unidade de conta é diariamente distorcida e desvalorizada,se sua definição é flutuante, há apenas caos e incerteza.  Se um investidor não faz a menor ideia de qual será a definição da unidade de conta no futuro (sabendo apenas que seu poder de compra certamente será bem menor), o mínimo que ele irá exigir serão retornos altos em um curto espaço de tempo.
 Veja o caso do Brasil.
 Em agosto de 2014, um dólar custava aproximadamente R$ 2,20. Naquela época, um investidor estrangeiro que houvesse trazido US$ 100 para cá, converteria para R$ 220. 
 Em janeiro de 2016, com o dólar a quase R$ 4,10, se esses R$ 220 fossem reconvertidos em dólares, o investidor estrangeiro teria apenas US$ 53. 
 Isso significa que, para que ele obtivesse algum ganho real com seu investimento — por exemplo, para que ele pudesse voltar pra casa com pelo menos US$ 101 —, sua taxa de retorno teria de ser de aproximadamente 88% (os R$ 220 teriam que se transformar em R$ 414) em um ano.
 Há algum investimento que gera um retorno de 88% em um ano? Essa é a encrenca.  País de moeda instável é prejuízo certo para o investidor estrangeiro. A taxa de retorno teria de ser altíssima para que ele se arriscasse a vir para cá. No que mais, e como já dito, moeda se desvalorizando implica que a população está perdendo poder de compra.  Por que seria racional investir em um país cuja população está perdendo poder de compra? Para países em desenvolvimento, que precisam de investimentos estrangeiros, essa questão da estabilidade da moeda é crucial. 
 E há outro fator: uma moeda estável cria as condições necessárias para a transferência de conhecimento.  O conhecimento acompanha o investimento: o capital estrangeiro vem acompanhado de conhecimento estrangeiro. Se um país desvaloriza continuamente sua moeda, ele está mandando um sinal claro aos investidores estrangeiros: "mantenham sua riqueza financeira e intelectual longe daqui; caso contrário, você irá perdê-la sempre que for remeter seus lucros".
 O máximo a que um país de moeda fraca pode aspirar é utilizar para fins de curto prazo o capital puramente especulativo (o chamado "hot money") que entra no país à procura de ganhos rápidos com arbitragem.  Adicionalmente, os melhores cérebros do país abandonarão as profissões voltadas para o setor tecnológico e irão se concentrar no mercado financeiro, especialmente no setor de hedge. 
 Já um país de moeda forte e estável envia um sinal bem diferente ao mundo: "tragam seu dinheiro; mandem para cá seus especialistas; construam suas fábricas aqui; ensinem a nós tudo o que vocês sabem; e riqueza que vocês criarem aqui voltará para vocês multiplicada e em uma moeda que mantém seu valor". E é exatamente por isso que uma moeda forte e estável é indispensável para o crescimento econômico.  Quando a moeda é estável, investidores têm mais incentivos para se arriscar e financiar ideias novas e ousadas; eles têm mais disponibilidade para financiar a criação de uma riqueza que ainda não existe.  O investimento em tecnologia é maior.  O investimento em soluções ousadas para a saúde é maior.  O investimento em infraestrutura é maior.  O investimento em ideias para o bem-estar de todos é maior. 
 Já quando a moeda é instável — ou passa por períodos de forte desvalorização —, os investidores preferem se refugiar em investimentos tradicionais e mais seguros, como títulos do governo.  Não há segurança para investimentos de longo prazo, que são os que mais criam riqueza. É exatamente por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta desvalorização, (alta inflação de preços), são raros os investimentos vultosos de longo prazo.  É por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta desvalorização, os juros são altos.  É por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta desvalorização, os bens produzidos são de baixa qualidade.  É por isso que, em países cuja moeda tem histórico de alta desvalorização, as pessoas são mais pobres. 
 Uma moeda instável desestimula investimentos produtivos.  E, consequentemente, age contra o crescimento econômico. Uma moeda forte e estável é indispensável para atrair o capital estrangeiro e, com isso, gerar crescimento econômico. 
6.3 - DESINDUSTRIALIZAÇÃO
 Segundo os economistas desenvolvimentistas, a desvalorização do câmbio é o segredo para impulsionar a indústria e o setor exportador brasileiro. Ao se desvalorizar o câmbio, dizem eles, as exportações são estimuladas e, liderada por um aumento nas exportações, a indústria volta a produzir e, por conseguinte, toda a economia volta a crescer.
 O primeiro grande problema é que, no mundo globalizado em que vivemos, vários exportadores são também grandes importadores.  Para fabricar, com qualidade, seus bens exportáveis, eles têm de importar máquinas e matérias-primas de várias partes do mundo.  Uma mineradora e uma siderúrgica têm de utilizar maquinário de ponta para fazer seus serviços.  E elas também têm de comprar, continuamente, peças de reposição.  O mesmo vale para a indústria automotiva, que adicionalmente será prejudicada pela redução da oferta de aço no mercado interno (dado que agora mais aço está sendo exportado). 
 Se a desvalorização da moeda fizer com que os custos de produção aumentem — e irão aumentar —, então o exportador não mais terá nenhuma vantagem competitiva no mercado internacional. Aliás, não deveria causar nenhuma surpresa o fato de a própria indústria automobilística ter vindo a público admitir que a desvalorização cambial — ao contrário do que pregam os economistas desenvolvimentistas — não apenas está encarecendo a produção, como também está gerando incertezas para o setor. E a causa não é apenas o aumento dos custos de produção gerado pela desvalorização da moeda.  Há também outro fator. Como explicado no item 1, a desvalorização cambial faz com que haja um aumento generalizado dos preços.  Consequentemente, a renda real das pessoas diminui.  Com a renda em queda, as pessoas consomem menos.  Consequentemente, as vendas do comércio diminuem e os estoques se acumulam.
 Ato contínuo, a primeira medida dos comerciantes será a de diminuir a encomenda de novos estoques.  Se há geladeiras, fogões, televisões e móveis se acumulando nos armazéns das lojas, então a encomenda de novos estoques será suspensa.
 Logo, os fornecedores — o setor atacadista — reduzirão suas encomendas para as indústrias.  E as indústrias, por sua vez, reduzirão sua produção. Ou seja, uma desvalorização cambial impactou diretamente aquele setor que, segundo os economistas desenvolvimentistas, mais seria beneficiado por ela.
7 – EXEMPLO DE COMPARAÇÃO DE MOEDA. (BRASIL E VENEZUELA)
 O Governo de Nicolás Maduro mantém artificialmente como tipo de câmbio de referência oficial o de 6,3 bolívares fortes para cada dólar norte-americano. A Venezuela tem procurado evitar promover formalmente uma desvalorização, só que esta já ocorreu de forma mais ou menos dissimulada, mas inexorável. A perda de valor do bolívar em um país considerado hiperinflacionário se acelerou e o valor real da moeda venezuelana no mercado paralelo já é de apenas 1% de seu valor teórico pelo câmbio oficial. A página dolartoday.com se transformou na referência extraoficial do mercado paralelo, que serve de referência para intercâmbios à margem dos mecanismos oficiais. Nos últimos tempos, a página apontava um câmbio de 591,8 bolívares por dólar. Isso significa apenas 1% do câmbio oficial de 6,3 bolívares por dólar.
 Com essa referência, o valor da cédula de denominação mais alta, a de cem bolívares fortes, equivale a apenas 15 centavos de euro, ou 53 centavos de reais. A de dois bolívares quase não tem valor e as moedas desaparecem de circulação. Como o preço da gasolina de maior octanagem se mantém congelado em 0,097 bolívares por litro há anos pelo temor de protestos sociais em caso de aumento, a gasolina é praticamente grátis. Usando como referência o câmbio paralelo, com o equivalente a um centavo de euro, ou três centavos e meio de real, pode-se encher um tanque de 50 litros de gasolina. Em sentido contrário, o contrasteentre os tipos de câmbio oficiais e os do mercado paralelo é tão grande que se os preços forem calculados com base na cotação oficial, ocorrem absurdos como o de que um iPhone possa custar mais de 45 mil dólares (145 mil reais). A perda de confiança na gestão monetária venezuelana, a drástica redução das reservas de divisas e também a da cotação do petróleo (a principal fonte de divisas para o país) aceleraram a queda do valor do bolívar. O dólar paralelo chegou nesta quinta-feira a seu valor mais alto depois da notícia de que a Venezuela voltou a retirar reservas – 1,5 bilhão de dólares (4,8 bilhões de reais) – do Fundo. No entanto, atualmente criaram novos valores de bolívares, como mil, 10 mil, 1 milhão...
8 - CARACTERISTICAS DA MOEDA
· Reserva de valor: Alternativa de acumular riqueza, liquidez por excelência, pronta aceitação consensual;
· Função liberatória: Liquida débitos e salda dívidas, poder garantido pelo Estado;
· Padrão de pagamentos: Permite realizar pagamentos ao longo do tempo, permite crédito e adiantamento, viabiliza fluxos de produção e de renda;
· “Instrumento de poder: Instrumento de poder econômico, conduz ao poder político, permite manipulação na relação Estado-Sociedade” (CAVALCANTE e RUDGE, 1993: 37).
· A moeda apresenta, ainda, algumas características essenciais. Segundo Adam Smith, citado por Lopes e Rossetti (1991) a moeda se caracterizaria principalmente por sua:
· “Indestrutibilidade e inalterabilidade: A moeda deve ser suficientemente durável, no sentido de que não se destrua ou se deteriore, à medida que é manuseada na intermediação das trocas”. (…). Além disso, a indestrutibilidade e a inalterabilidade são obstáculos à sua falsificação (…).
· Homogeneidade: Duas unidades monetárias distintas, mas de igual valor, devem ser rigorosamente iguais. (…).
9 - FUNÇÕES DA MOEDA
 A moeda tem várias funções atualmente, como: instrumento de troca, meio de pagamento, reserva de valor, denominação comum de valores
9.1 - INSTRUMENTO DE TROCA
 Toda peça monetária representa um direito sobre riquezas existentes, permitindo ao seu portador adquirir certa quantidade dessas riquezas, à sua escolha, até onde alcance o valor facial indicado. É muito mais cômodo possuir esse bônus que qualquer outro bem.
 Com a moeda você troca bens ou serviços produzidos por um indivíduo, e vice-versa.
9.2 - MEIO DE PAGAMENTO
 Nas operações anteriormente descritas da troca indireta, a moeda aparece para satisfazer a necessidade de meio de pagamento. A moeda tem poder legal de liberar débitos.  Sua aceitação é baseada fundamentalmente nos fatores confiança e hábito
9.3 - RESERVA DE VALOR
 A moeda permite armazenar e conservar os valores para utilização oportuna. Os motivos que levam qualquer indivíduo a reter a moeda são: transação, segurança e especulação.
9.4 - DENOMINAÇÃO COMUM DE VALORES
A moeda como meio de troca, torna possível a indicação de todos os preços numa só unidade, pela comparação dos valores relativos das mercadorias.
10 - MOEDA DE PAPEL
Com o tempo, da mesma forma ocorrida com as moedas, os governos passaram a conduzir a emissão de cédulas, controlando as falsificações e garantindo o poder de pagamento. Atualmente quase todos os países possuem seus bancos centrais, encarregados das emissões de cédulas e moedas. Essa que contém um nível de segurança mais alto.
Moeda de papel é todo documento com poder aquisitivo, emitido pelo Estado, ou por sua autorização.  Pode ser de três espécies:
1.º. Representativa, quando expressa quantidade de mercadorias ou de moeda metálica em depósito. É emitida sob a garantia de lastro metálico correspondente ao valor nela expresso, sendo conversível à vista, à vontade do portador e tendo curso legal.
2.º. Fiduciária, quando contém simples promessa de pagamento, com a particularidade de ser lastro metálico inferior ao valor total das cédulas emitidas.  Sua aceitação depende da confiança inspirada pelo emitente.
3.º. Papel Moeda, emitido pelo Estado e garantido pelo Patrimônio Nacional.  Além do curso legal (capacidade de liberar dívidas), tem curso forçado, sendo inconversível em metal.
10 - CURIOSIDADES
10.1 - OURO, PRATA E COBRE
 Os primeiros metais utilizados na cunhagem de moedas foram o ouro e a prata. O emprego desses metais se impôs, não só pela sua raridade, beleza, imunidade à corrosão e valor econômico, mas também por antigos costumes religiosos. Nos primórdios da civilização, os sacerdotes da Babilônia, estudiosos de astronomia, ensinavam ao povo a existência de estreita ligação entre o ouro e o Sol, a prata e a Lua. Isso levou à crença no poder mágico desses metais e no dos objetos com eles confeccionados.
 A cunhagem de moedas em ouro e prata se manteve durante muitos séculos, sendo as peças garantidas por seu valor intrínseco, isto é, pelo valor comercial do metal utilizado na sua confecção. Assim, uma moeda na qual haviam sido utilizados vinte gramas de ou era trocada por mercadorias deste mesmo valor. Durante muitos séculos os países cunharam em ouro suas moedas de maior valor, reservando a prata e o cobre para os valores menores. Esses sistemas se mantiveram até o final do século 19, quando o cuproníquel e, posteriormente, outras ligas metálicas passaram a ser muito empregados, passando a moeda a circular pelo seu valor extrínseco, isto é, pelo valor gravado em sua face, que independe do metal nela contido.
10.2 - FORMATOS DIVERSOS
 O dinheiro variou muito, em seu aspecto físico, ao longo dos séculos. As moedas já se apresentaram em tamanhos ínfimos, como o stater, que circulou em Aradus, Fenícia, atingindo também grandes dimensões como as do dáler, peça de cobre na Suécia, no século XVII. Embora, hoje, a forma circular seja adotada em quase todo o mundo, já existiram moedas ovais, quadradas, poligonais etc. Foram também cunhadas em materiais não metálicos diversos, como madeira, couro e até porcelana. Moedas de porcelana circularam na Alemanha, quando, por causa da guerra, este país enfrentava grave crise econômica. As cédulas, geralmente, se apresentam no formato retangular e no sentido horizontal, observando-se, no entanto, grande variedade de tamanhos. Existem, ainda, cédulas quadradas e até as que têm suas inscrições no sentido vertical. As cédulas retratam a cultura do país emissor e nelas podem-se observar motivos característicos muito interessantes como paisagens, tipos humanos, fauna e flora, monumentos de arquitetura antiga e contemporânea, líderes políticos, cenas históricas etc. As cédulas apresentam, ainda, inscrições, geralmente na língua oficial do país, embora em muitas delas se encontre, também, as mesmas inscrições em outros idiomas. Essas inscrições, quase sempre em inglês, visam dar à peça leitura para maior número de pessoas.
10.3 - HISTÓRIA DO CARTÃO BANCÁRIO.
 Existem duas versões sobre o surgimento. A história mais famosa conta que, em 1949, o executivo americano Frank MacNamara saiu para jantar com alguns amigos. No momento de pagar a conta, notou que havia esquecido a carteira com o dinheiro e o talão de cheques. Sem ter como quitar a dívida, assinou a nota com a intenção de pagar depois.
 A outra versão conta que não foi bem assim. MacNamara teve que ligar para a sua esposa e pedir a ela que levasse a carteira para que assim pagasse a conta. O fato é que isso inspirou o executivo a criar o primeiro cartão de crédito no estilo “assine agora e pague depois”. O cartão era confeccionado em papel, aceito inicialmente em 27 restaurantes e utilizado por 200 executivos, a maioria, amigos de MacNamara. Foi nomeado de Diners Club Card. Chegou ao Brasil pouco tempo depois, em 1956, quando o empresário tcheco Hanus Tauber, juntamente com o brasileiro Horácio Klabin, trouxeram uma franquia do Diners Club. Mas antes disso, algumas empresas davam cartões aos seus clientes para que pudessem pagar à prazo. Os cartões só podiam ser usados nos estabelecimentos que os haviam emitido e eles mesmos se encarregavam da cobrança.
10.4 - CARTÃO COM TARJA MAGNÉTICA
 Os americanos foramde fato muito inovadores na criação do cartão, mas não acompanharam a evolução depois disso. Até o final do ano passado, a maioria dos cartões nos Estados Unidos era de tarja magnética. Uma ordem emitida pelo governo americano determinou que todos os bancos e administradoras oferecessem cartões com chip até outubro de 2015. O plástico com tarja é altamente suscetível à fraude, já que basta passar o cartão e assinar para realizar uma transação.
10.4.1 - CARTÃO COM CHIP E SENHA
 Se o modelo chip e senha é novidade por lá, aqui no Brasil foi implantado a mais de uma década. É mais seguro, pois contém as informações do cliente criptografadas no chip e precisa de senha para confirmação. Além disso, se a senha for digitada incorretamente mais de três vezes, o cartão é bloqueado automaticamente, garantindo maior segurança.
BIBLIOGRAFIA:
1. http://www.notapositiva.com/old/dicionario_economia/moeda.htm
2. http://www.ocaixa.com.br/artigos/funcoesdamoeda.htm
3. http://www.bcb.gov.br/htms/origevol.asp
4. http://economia.estadao.com.br/noticias/geral,a-desvalorizacao-do-real-imp-,1675140
5. https://googleweblight.com/?lite_url=https%3A%2F%2Fwww.coladaweb.com%2Feconomia%2Fevolucao-historica-da-moeda&ei=TxsQRy-a&lc=en-BR&s=1&m=10&host=www.google.com.br&ts=1509488780&sig=ANTY_L3l2U_yehWloHYD5hFvKzbW-p1U2g
6. https://guiadoestudante.abril.com.br/estudo/dos-reis-ao-real-as-moedas-no-brasil/amp/
7. http://www.mises.org.br/Article.aspx?id=2175

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