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7ª ETAPA – MÓDULO 03– PROBLEMA 06: ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA (ELA) NEURÔNIO MOTOR • Definição de Doença Neurodegenerativa: Série de doenças que afetam, de forma progressiva e irreversível, neurônios do Sistema Nervoso, afetando funções motoras, fisiológicas e/ou cognitivas. • Falando um pouquinho sobre a função motora, essa depende da transmissão de sinais pelos neurônios. Dois tipos estão presentes nesse processo: o Neurônios Motores Superiores: Cérebro → Medula Espinhal o Neurônios Motores Inferiores: Medula Esp. → Músculo Esquelético • As estruturas envolvidas na regulação ou execução da atividade motora incluem: o Sistema piramidal e extrapiramidal o Cerebelo o Neurônios motores inferiores ▪ Núcleos dos nervos cranianos do tronco cerebral ▪ Cornos anteriores da medula espinal • Existem três tipos de vias motoras nas células do corno anterior: o Trato corticoespinal o Sistema de núcleos de base o Sistema cerebelar • As doenças do neurônio motor, ou motoneuronopatias, correspondem a um grupo amplo de doenças caracterizadas pelo comprometimento dos neurônios motores superior, inferior ou ambos. • Têm manifestações exclusivamente motoras, que incluem perda de força e atrofia muscular. • As duas principais representantes do grupo são: o Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA) → adultos o Atrofia Muscular Espinhal (AME) → crianças INTRODUÇÃO À ELA • É uma doença degenerativa que acomete neurônios motores de forma progressiva e generalizada, tanto o “primeiro neurônio” (córtex) quanto o “segundo” (corno anterior da medula). • A esclerose lateral amiotrófica (ELA), também conhecida como doença do neurônio motor ou doença de Lou Gehrig, é uma grave patologia neurodegenerativa de causa ainda desconhecida e sem tratamento curativo. • Pode começar nos membros e nos músculos axiais, bulbares ou respiratórios e se generaliza implacavelmente, causando deficiência progressiva e, por fim, morte, geralmente por insuficiência respiratória. o Cerca de 3 a 5 anos. o Há casos, porém, com tempo sobrevida maior. ▪ Cerca de 10% dos pacientes com ELA conseguem viver mais de 10 anos, e um percentual bem pequeno consegue viver por mais de 20 anos, caso a doença poupe a musculatura responsável pela respiração e o paciente tenha condições de receber tratamento intensivo. • O caso mais famoso de longevidade com a esclerose lateral amiotrófica é o do físico inglês, Stephen Hawking Ele teve a doença diagnosticada aos 21 anos e sobreviveu, apesar das inúmeras deficiências, até aos 76 anos de idade. Infelizmente, casos como os dele são muito raros e não representam evolução habitual da ELA. EPIDEMIOLOGIA • Ligeiramente mais comum em homens o 1,2:1 a 1,5:1 • Idade de início mais comum é entre 55 a 65 anos o 10% antes dos 40 anos o 5% antes dos 30 anos • Risco de vida o 0,29% para homens o 0,25% para mulheres • Incidência anual o 2-3 casos por 100.000 pessoas de ascendência europeia o 0,7 - 0,8 casos por 100.000 pessoas de ascendência asiática o 0,63 casos por 100.000 pessoas de ascendência nativa norte- americana FATORES DE RISCO • Esclerose lateral amiotrófica familiar em cerca de 5 a 20% dos pacientes o Autossômico dominante (Maioria) o Autossômicas recessivas o Ligadas ao X • Variantes genéticas em 60 a 80% dos pacientes o C9orf72 (Causa mais comum de ELA familiar) ▪ 38 a 40% dos casos de ELA familiar o TARDBP – 3% dos casos ▪ ALS10 ▪ Associado também a Demência Frontotemporal o Superóxido dismutase: SOD-1 (2º causa mais comum de ELA familiar) ▪ Forma adulta ▪ 15 a 20% dos casos de ELA familiar ▪ Progressão mais rápida da doença ▪ Mecanismo de ação • Enzima inibidora da ação tóxica do radical livre na célula o Sarcoma em fusão (FUS) ▪ ALS6 ▪ 5% da ELA familiar ▪ Forma adulta o VAPB ▪ Prevalência aumentada • Minas Gerais • Rio de Janeiro ▪ Mecanismo de açõa • Defeito fusional de vesículas endossômicas • Estresse do retículo endoplasmático • Atletas profissionais • Traumatismos cranianos repetidos FATORES PROTETORES • Ingestão de ácidos graxos poliinsaturados ômega-3 ETIOLOGIA • Infecções o Retrovírus • Efeitos dos aminoácidos excitotóxico • Desregulação mitocondrial • Estresse oxidativo • Autoimunidade FISIOPATOLOGIA • Ocorre degeneração axonal • A causas genéticas podem ser agrupadas em 3 categorias GRUPO 1 • Instabilidade inerente das proteínas mutantes, levando a perturbações na degradação de proteínas o SOD1 o Ubiquilina 1-2 o p62 GRUPO 2 • Os genes mutantes perturbam o RNA (processamento, transporte, metabolismo) o C9ORF72 o TDP43 o FUS GRUPO 3 • Defeito no citoesqueleto e transporte axonal o Dinactina o Profilina-1 • A ELA, em sua maioria, concentra-se no sistema motor • Microscopicamente: Partes sensorial, controle e coordenação dos movimentos permanecem intactos, assim como cognição • Imuno-histoquímica: presença de neurônios portadores de ubiquitina é achada no sistema não motor • Estudo de metabolismo da glicose: Disfunção neuronal fora do sistema motor • MARCO: Morte dos neurônios motores inferiores e superiores • Inicialmente, pode ser que haja perda seletiva, mas depois há perda de ambos • Se não houver comprometimento nítido de ambos os tipos de neurônio motor, o diagnóstico da ELA é duvidoso • Pode ter o envolvimento de vias sensitivas, espinocerebelares, neurônios da substância negra e de células granulares denteadas do hipocampo • Comprometimento do citoesqueleto do neurônio ocorre logo no início • Perda de ao menos 50% dos neurônios espinais e gliose astrocitária difusa na substância cinzenta • Formação de “esferoides” compostos de acúmulos de neurofilamentos e outras proteínas • É comum que os neurônios demonstrem agregados positivos da ubiquitina, em geral associados com proteínas TDP43 • OBS: UBIQUITINA- Marcador de degeneração • Proliferação de astrócitos e micróglia • MORTE DOS NEURÔNIOS MOTORES PERIFÉRIOS o Ocorre desnervação o Inicialmente - o mm desnervado pode ser reinervado por brotamento o Com o passar do tempo – Atrofia mm das fibras correspondente • OBS: A reinervação nessa doença é consideravelmente menos extensa que na maioria dos distúrbios dos n. motores • Explica o termo: Amiotrófica • Em resumo... o Esclerose e palidez dos tratos corticoespinais da medula o Perda axonal, palidez da mielina e gliose • MORTE DOS NEURÔNIOS CORTICIAS o Adelgaçamento nos tratos corticoespinais – que vão até as colunas lateral e anterior da substância branca na medula espinal o Essa perda das fibras nas colunas laterais – Gliose fibrilar – Firmeza da medula • Explica o termo Esclerose Lateral • Em resumo... o Atrofia do giro pré-central (motor) o No córtex motor - Perda de neurônios motores superiores + gliose astrocitária • Pode ter estreitamento dos nervos hipoglosso e raízes espinais ventrais • Neurônios parassimpáticos da medula espinal sacral, que inervam assoalho pélvico (núcleo de Onuf), e NC III, IV e VI (motricidade ocular) – Relativamente preservados MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DOENÇA DO NEURÔNIO MOTOR • Disfunção do neurônio motor superior o Fraqueza o Reflexos tendíneos vivos o Reflexos anormais • Disfunção do neurônio motor inferior o Fraqueza o Fasciculações o Atrofia o Atonia • Disfunção dos neurônios motores do tronco cerebral o Disfagia o Disartria FORMA APENDICULAR (DE CHARCOT) – ⅔ DOS PACIENTES • Fraqueza muscular focal o Insidiosa o Exacerbado por alterações térmicas o Assimétricos de início o Causa atrofia • Início o Distal (Mais comum) ou proximal (Menos comum) o Membros superiores e membros inferiores • Fasciculações o Espasmos musculares involuntários • Cãibras – Hipersensibilidade do músculo dsenervado o Anterior a fraqueza • Sintomas bulbares •Sintomas respiratórios o 5% dos casos apresentam insuficiência respiratória no início dos sintomas o Dispneia o Ortopneia o Sono perturbado o Dores de cabeça matinais o Sonolência diurna excessiva o Anorexia o Diminuição da concentração o Irritabilidade o Alterações do humor • Espasticidade o Membros enfraquecidos e atróficos • Espasmos flexores ou clônus o Estágios avançados o Ativação excessiva do arco reflexo • Disfunção da bexiga o Urgência miccional • Emagrecimento – Associação de atrofia muscular e disfagia • Dor e parestesias o Não são um sintoma inicial • Outros sítios do SNC o Demência frontotemporal o Doença de Parkinson PARALISIA BULBAR PROGRESSIVA • Disartria o Voz arrastada o Voz anasalada • Disfonia • Disfagia • Sintomas dos membros o Mesmo tempo dos bulbares ou dentro de 1 a 2 anos • Sialorreia o Dificuldade de deglutir a saliva o Fraqueza facial bilateral • Apresentação pseudobulbar o Labilidade emocional o Choro e riso imotivados o Bocejo excessivo ATROFIA MUSCULAR PROGRESSIVA – 5 A 10% DOS CASOS • Síndrome neurônio muscular inferior puro ESCLEROSE LATERAL PRIMÁRIA • Síndrome do NMS pura • Ausência ou mínimos sinais de NMI • Sem evidência de inclusões ubiquitinadas SÍNDROME FLAIL-ARM (VULPIAN-BERNHARDT) • Braço em mangual • Fraqueza e atrofia na parte proximal do MMSS • Progressão simétrica • Emagrecimento da cintura escapular • Braços pendurados e flácidos • Reflexos profundos de MMSS o Diminuídos ou ausentes • Estágios avançados o Disfagia o Fraqueza diafragmática SÍNDROME FLAIL-LEG (PSEUDOPOLINEURÍTICA) • Perna em mangual • Fraqueza e atrofia em MMII distais • Progressão simétrica • Hipotonia • Reflexos deprimidos • Sinais piramidais ausentes (Normalmente) • Reflexo vivo quando assimétrica SINAIS E SINTOMAS REFERIDOS AO NEURÔNIO MOTOR SUPERIOR • Espasticidade • Hiper-reflexia dos reflexos tendíneos profundos e/ou clônus • Sinal de Babinski/resposta plantar extensora • Sinal de Hoffmann • Abalo mandibular exagerado • Disartria espástica • Afeto pseudobulbar SINAIS E SINTOMAS REFERIDOS AO NEURÔN IO MOTOR INFERIOR • Hipotonia muscular • Atrofia muscular • Fasciculações • Cãibras • Hiporreflexia • Atrofia e fasciculações da língua • Fraqueza facial • Disfagia • Disartria • Paresia dos músculos respiratórios • Fraqueza dos músculos cervicais, queda da cabeça DIAGNÓSTICO EXAME FÍSICO • Atrofia muscular focal o Mãos o Antebraços o Ombros o Coxa o Pé • Fasciculações visíveis • Espasticidade a avaliação de tônus • Reflexos tendíneos profundos o Vivos ou exaltados • Sinal de Hoffmann • Sinal de Babinski EXAME ELETRONEUROMIOGRÁFICO o Comprometimento do NMI o Latência motora distal quase normal o Velocidade de condução motora quase normal o Aumento da latência de onda F ▪ Frequência normal ▪ Amplitude aumentada o Sinais de denervação aguda/crônica em pelo menos 3 das 4 regiões do SNC ▪ Tronco cerebral (bulbar) • Língua • Músculos faciais • Músculos da mandíbula ▪ Cervical ▪ Medular torácica • Músculos para vertebrais ≤ T6 • Músculos abdominais ▪ Lombossacral • 2 Músculos inervados por diferentes raízes e nervos periféricos o Representação de sinais de denervação ▪ Aguda • Fibrilação • Onda aguda positiva ▪ Crônica • Potenciais grandes, um aumento da proporção de potenciais polifásicos, muitas vezes de maior amplitude • Padrão de interferência reduzida com taxas de descarga mais elevada a 10 hz (a menos que haja um componente significativo nms, caso em que a taxa de disparo pode ser inferior a 10 hz) • Potenciais motores de unidade instáveis NEUROIMAGEM o Excluir diagnósticos diferenciais EXAMES LABORATORIAIS • Objetivo o Excluir doenças ELA-Like • Hemograma • Velocidade de hemossedimentação • Painel bioquímico geral • Exame de urina • Creatinofosofquinase (CPK) • Aldolase • Anticorpo antirreceptor de acetilcolina • Anticorpos antigangliosídio o GM1 o Asialo GM1 o GD1B • Eletroforese de proteínas • Dosagem de imunoglobulinas o IgA o IgG o IgM • Perfil reumatológico • Vitamina B12 • Folato • Marcadores tumorais o Alfafetoproteína o Antígeno carcinoembrionário o CA 15.3 o CA 19.9 o CA 125 o Antígeno prostrático específico o HU • Endócrina o Tireoide o Paratireoide o Testosterona o Hepática • Infecciosa o Reação sorológica ▪ Sífilis ▪ Lyme ▪ HIV ▪ HTLV-1 e 2 ▪ Hepatites B e C • Avaliação enzimática o Hexosaminidase A/B • Líquido cefalorraquidiano o Eletroforese de proteínas o Citologia o Bioquímica o Dosagem específica de globulinas o Reações imunológicas o Pesquisa de células neoplásicas • Biópsia o Muscular o Medula óssea • Exames de imagem o RM encefálica e de coluna • Avaliação de DNA o SOD1 o VAPB o C9ORF72 • Doença de Kennedy CRITÉRIOS DIAGNÓSTICO EL ESCORIAL REVISITED PARA ELA • O diagnóstico de ELA requer uma evidência de degeneração do NMI por exame clínico, eletrofisiológico ou neuropatológico, provas de degeneração NMS pelo exame clínico e difusão progressiva dos sintomas ou sinais dentro de uma região ou de outras regiões, como determinado pela história ou exame, em conjunto com a ausência de evidência eletrofisiológica e achados patológicos de outras doenças que possam explicar os sinais de NMI e/ou degeneração de NMS, e a evidência em neuroimagem de outros processos de doença que possam explicar os sinais clínicos observados em eletrofisiologia. • Categorias de certeza diagnóstica clínica em critérios clínicos: o ELA definida: sinais NMS e sinais NMI em três regiões espinais; o ELA provável: sinais NMI e NMS em duas regiões com, pelo menos, alguns sinais NMS rostrais aos sinais de NMI; o ELA provável: laboratório apoiadas: sinais NMS em uma ou mais regiões e sinais NMS definidos por EMG em pelo menos duas regiões; o ELA possível: ▪ Sinais NMS e sinais NMI em uma região (em conjunto), ou sinais NMS em duas ou mais regiões; ▪ Sinais NMS e NMI em duas regiões com ausência de sinais NMS rostrais aos sinais NMI. CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS DE AWAJI PARA ESCLEROSE LATERAL AMIOTRÓFICA • O diagnóstico da esclerose lateral amiotrófica (ELA) requer a existência das seguintes anormalidades: o Evidência de degeneração do neurônio motor inferior (NMI) ao exame clínico, eletrofisiológico ou neuropatológico o Evidência de degeneração do neurônio motor superior (NMS) ao exame clínico o Disseminação progressiva dos sinais e sintomas na região afetada, ou para outras regiões, conforme evidenciada pela anamnese, exame físico ou testes eletrofisiológicos INEXISTÊNCIA DAS SEGUINTES ANORMALIDADES: o Evidência eletrofisiológica ou patológica de outros processos patológicos que possam explicar os sinais de degeneração do NMI e/ou NMS o Evidências nos exames de neuroimagem de outros processos patológicos que possam explicar os sinais clínicos e eletrofisiológicos observados CATEGORIAS DIAGNÓSTICAS o A ELA clinicamente confirmada caracteriza-se por evidência clínica ou eletrofisiológica de sinais referidos ao NMI e NMS na região a bulbar e ao menos em duas regiões espinais, ou pela existência de sinais referidos ao NMI e NMS em três regiões espinais o A ELA clinicamente provável caracteriza-se por evidência clínica ou eletrofisiológica de sinais referidos ao NMI e NMS ao menos em duas regiões, com alguns sinais do NMS necessariamente proximais (acima) dos sinais do NMI o A ELA clinicamente possível caracteriza-se por sinais clínicos ou eletrofisiológicos referidos à disfunção do NMS e NMI em apenas uma região, ou apenas sinais referidos ao NMS em duas ou mais regiões, ou sinais referidos ao NMS proximais DIAGNÓSTICO DIFERENCIAL • Sinais de Neurônio motor superior o AVC com hemiparesia espástica, deficiênciade vitamina B12, encefalomielopatia paraneoplásica, esclerose múltipla, mielopatia associada à endocrinopatia, hiperparatireoidismo, mielopatia associada ao HTLV-1, paraparesia espástica hereditária/herança autossômica dominante forma mais comum (19 loci gênicos descritos), herança autossômica recessiva e recessiva ligada ao X (mais rara pura), paraparesia espástica em MMII. o Complicada: associação com outras comorbidades neurológicas. o Paraparesia espástica tóxica: causada por toxinas alimentares. o Latirismo (por alimento contaminado com beta-oxalil-L-aminoácido), Konzo (por toxicidade pela mandioca brava) • Sinais de Neurônio motor inferior o Outras neuronopatias motoras: ▪ Atrofia muscular espinal (AME) do adulto; ▪ Síndrome da pós-poliomielite. o Radiculopatia compressiva: cervical; lombossacral o Entidades com fasciculação: ▪ Fasciculações benignas; ▪ Doenças da raiz motora, do plexo e nervo periférico. o Mononeuropatia. o Compressão. o Mononeuropatia múltipla: ▪ Neuropatia hereditária sensível à pressão; ▪ Vasculite. o Neuropatia motora multifocal com ou sem bloqueio de condução o Plexopatia: ▪ Amiotrofia diabética; ▪ Neuropatia do plexo braquial; ▪ Síndrome do desfiladeiro torácico; ▪ Tumor: linfoma. o Polineuropatia: ▪ Neuropatia desmielinizante inflamatória crônica, variante motora; ▪ Neuropatia sensitivo-motora hereditária (Charcot-Marie- Tooth); ▪ Polineuropatia endócrina: diabetes; ▪ Polineuropatia infecciosa: Lyme, HIV; ▪ Polineuropatia tóxica: metais pesados. o Defeito da junção neuromuscular: ▪ Miastenia grave; ▪ Síndrome miastênica. o Miopatia: ▪ Miopatia distal; ▪ Miosite por corpos de inclusão; ▪ Polimiosite. • Sinais de NMS e NMI o Adrenomieloneuropatia o Doença por depósito de poliglucosan do adulto o Espondilose cervical com mielopatia e radiculopatia o Infecção por HIV (AIDS) o Doença de Lyme o Sífilis o Neurofibromatose central o Neuropatia tóxica por organofosfato o Siringomielia • Sinais bulbares o Lesão cerebral estrutural: AVC, malformação da transição craniovertebral, tumor. o Miastenia grave. o Paralisia pseudobulbar. o Siringobulbia • Neuronopatia motora por bloqueio de condução o Fraqueza lentamente progressiva, assimétrica, de início, geralmente, nas porções distais dos membros o Início entre 40 e 50 anos de idade (80% dos casos) o Diagnóstico por eletroneuromiografia ▪ Bloqueio de condução motora o Perda motora por agressão de anticorpos contra constituintes da bainha de mielina o Constitui cerca de 3,6% das polineuropatias inflamatórias o Anticorpos anti-GM1 presente em 60 a 80% dos casos o Elevação de proteínas no LCR TRATAMENTO TRATAMENTO SINTOMÁTICO • Cãibras o Drogas ▪ Carbamazepina, fenitoína e quinina o Outros tratamentos ▪ Fisioterapia, massagem e hidroterapia • Espasticidade o Drogas ▪ Baclofeno, tizanidina e gabapentina o Outros tratamentos ▪ Fisioterapia e hidroterapia • Sialorreia o Drogas ▪ Atropina, amitriptilina, butil escopolamina gel, patch, propantelina e hioscina o Outros tratamentos ▪ Sucos cítricos, inalações com escopolamina, sugadores locais e toxina botulínica em glândula salivar • Laringoespasmo o Drogas ▪ Lorazepam e diazepam o Outros tratamentos ▪ Medidas de segurança, aspirador domiciliar, cough assist e redução da dieta oral • Dor o Drogas ▪ Analgésicos, anti-inflamatório não hormonal (AINH) e opioides o Outros tratamentos ▪ Conforto • Labilidade emocional o Drogas ▪ Tricíclicos, inibidores da recaptação da serotonina, valproato de sódio, lamotrigina e dextrometorfam com quinidina • Constipação o Drogas ▪ Lactulose e senna o Outros tratamentos ▪ Hidratação e aumento da ingestão de fibras • Depressão o Drogas ▪ Amitriptilina, citalopram e venlafaxina o Outros tratamentos ▪ Apoio psicológico • Insônia o Drogas ▪ Amitriptilina e zolpidem o Outros tratamentos ▪ Conforto e analgesia • Ansiedade o Drogas ▪ Lorazepam e cloxazolam o Outros tratamentos ▪ Suporte psicológico • Fadiga o Drogas ▪ Modafinil o Outros tratamentos ▪ Retirada de drogas • Contratura súbita o Drogas ▪ Baclofeno • Dificuldades de comunicação o Outros tratamentos ▪ Técnicas de linguagem, comunicação alternativa, amplificadores de voz e relação com cuidadores SUPORTE VENTILATÓRIO • Sintomas de fraqueza muscular respiratória o Dispneia aos esforços o Ortopneia o Sono perturbado o Sonolência diurna excessiva o Dores de cabeça matinais o Fadiga o Anorexia o Depressão o Falta de concentração o Pesadelos vívidos o Noctúria • Sinais clínicos de baixa ventilação o Taquipneia o Uso da musculatura acessória o Movimento paradoxal do abdome o Tosse fraca o Papiledema (Raro) • Indicação de ventilação não invasiva (Academia americana de Neurologia) o Capacidade vital forçada ≤ 50% do previsto o Observação ▪ Pacientes podem desenvolver insuficiência respiratória com uma CVF abaixo de 70% • Utilização da ventilação não invasica o Inicial ▪ Noturna ▪ Intermitente ▪ Apoio para aliviar os sintomas o Evolução ▪ Diurno e depois contínuo MANEJO NUTRICIONAL • Complicações o Aspiração o Perda de peso o Desnutrição o Desidratação • Uso de gastrotomia o Medida preventiva MEDIDAS FONOAUDIOLÓGICAS DROGAS ESPECÍFICAS • Riluzol o Modula a atividade glutamatérgica, suprimindo, assim, a excitotoxicidade o 50 mg duas vezes ao dia o Prolongamento da sobrevida em 2 a 3 meses • Terapia antioxidantes o Não existe evidência substancial para suportar a sua utilização PROGNÓSTICO • Sobrevida o Mediana 2 a 3 anos para início bulbar o Mediana 3 a 5 anos para início com membros o 48% sobrevivem mais de 3 anos o 24% sobrevivem mais de 5 anos o 4% sobrevive mais de 10 anos • Indicadores do prognóstico de sobrevivência o Fenótipo clínico ▪ Flail arm ▪ Atrofia muscular progressiva ▪ Forma pseudopolineurítica o Idade e tempo de início dos sintomas o Tempo entre início dos sintomas e diagnóstico o Base declínio CVF o Categoria EL Escorial o Uso de Riluzol • Presença de complicações infecciosas
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