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GASTRO Doença Caso Clássico Clínica Exames Conduta Extra 1 ABDOME AGUDO Dor abdominal de início súbito e intensa, não traumática, associada ou não a outros sintomas que levam o paciente a procurar atendimento médico, necessitando de diagnóstico e condutas imediatas, cirúrgicas ou não. ● Inflamatório ● Obstrutivo ● Perfurativo ● Hemorrágico ● Isquêmico ● Rotina Radiológica: AP em ortostase + AP decúbito dorsal + Tórax com cúpulas diafragmáticas ● Amilase + Lipase ● BetaHCG (mulher idade fértil). ● Solicitar: Rotina Radiológica + Amilase/Lipase + BetaH (se necessário) ● Classificar o Abd Agudo ● Definir a melhor hipótese diagnóstica (Diag. Etiológico) ● Conduzir especificamente 2 Apendicite Aguda Homem jovem com sinais e sintomas sugestivos de Abd Agudo Inflamatório Sinais: Blumberg, Rovsing, Dunphy, Obturador, Psoas. ● Dor inicialmente epigástrica/mesogástrica que migra para FID ● Febre ● Hiporexia ● Náuseas/Vômitos. !!Diagnóstico Clínico!! TC é ex.img. padrão ouro Internação + suporte + jejum + ATB + CIRURGIA Escore de Alvarado: 0-3 : exclui 4-6 : dúvida -> TC 7-10 : diagnóstico 4 fases: 1- Edematosa 2- Flegmonosa 3- Gangrenosa 4- Perfurada 3 Colangite Aguda ● Tríade de Charcot: ○ Febre ○ Icterícia ○ Dor HCD ● Pêntade de Raynold: ○ Tríade de Charcot ○ Hipotensão ○ Queda do nível de consciência USG buscar: Colelitíase; dilatação VVBB; coledocolitíase (se possível). Hidratação + analgesica + ATBterapia CPRE + papilotomia Colecistectomia Drenagem Biliar Percutânea Transparieto-Hepática 4 Colecistite Aguda Litiásica/Calculosa Paciente com história de Colelitíase Biliar prévia (ou não) + dieta rica em lipídios ● Dor em HCD, pós prandial, pós refeição rica em lipídios ● Sinal de Murphy + ● Náuseas/vômitos ● Febre ● Queda do estado geral - Leucocitose - Exm. de escolha -> USG abd: Cálculo biliar impactado + VB parede espessada + Líquido perivesicular (edema) Colecistectomia + ATB Sinal de Murphy: parada brusca de inspiração durante a palpação profunda do ponto cístico. 5 Coledocolitíase ● Sd. Colestática: ○ Icterícia ○ Colúria ○ Acolia ● Colangite ● Pancreatite biliar ↑Fosf Alc + ↑GGT ↑TGO + ↑TGP ↑Bilirrubia (↑D) USG -> calibre VVBB CPRE + papilotomia Exploração cirúrgica de vias biliares Derivação Biliodigestiva 6 Hérnias da Região Inguinal ● Hérnias Crurais/Femorais: com relação com o Canal Femoral -> Se anunciam abaixo do ligamento inguinal -> Mais comum à direita -> Maior risco de encarceramento de todas -> Mais comum em mulheres (10:1). ● Hérnias Inguinais: com relação com o Canal Inguinal (Começa no Anel Inguinal Interno [F. Transversalis] e terminal no Anel Inguinal Externo [Aponeurose do M.O.E]) - tb são mais comuns à direita. ○ INdireta (Lateral aos vv epg inf) -> MAIS COMUM DE TODAS -> Se anuncia pelo anel inguinal INterno -> Defeito congênito -> Patência do Conduto Vaginal -> Típica da INfância -> “IN”carcera ○ Direta (Medial aos vv epg inf) -> Defeito adquirido -> Enfraquecimento da parede Posterior -> se anuncia pelo Triângulo de Hesselbach -> Lig. Inguinal + Vv epigástricos inf. + Borda L. do M. Retoabd. ● Diagnóstico Clínico!!! ● Exame Físico à palpação do canal inguinal: ○ Ponta -> Indireta ○ Polpa -> Direta Tratamento: ● -Redutível: Cirurgia Eletiva ● Encarcerada: Redução manual (Manobra de Taxe) ○ Não reduzir quando: -Sofrimento isquêmico (cirurgia), +/- >6/8 horas de encarceramento; ○ Obstrução ○ Peritonite, hiperemia, hipotensão. ● Estrangulada: cirurgia de emergência (Inguinotomia -> avaliação direta). ○ Se redução espontânea: Laparotomia (buscar e avaliar vitalidade da alça) Técnicas Cirúrgicas: ● Abordagem Anterior - Herniorrafia ant + reforço post ○ Shouldice: imbricação de mm. ○ Lichtenstein (téc. de escolha): tela livre de tensão -> sutura ao longo do lig. inguinal. ○ Mc Vay: para hérnias femorais (lig. Cooper) ● Abord Posterior - acesso Pré-Peritoneal ○ Indicações: Recidiva (vice-versa); Bilaterais. ○ Stoppa: tela bilateral ○ Videolaparo: abordagem inicial (escolha nas mulheres) ■ TAPP ■ TEP Parede Posterior do Canal Inguinal: - Fáscia Transversalis - M. Transverso - M. Oblíquo Interno Parede Anterior do Canal Inguinal: - Aponeurose do M. Oblíquo Externo (sua borda é o Ligamento Inguinal) Classificação de Nyhus I - Ind. c/ anel ing int normal II - Ind. c/ anel ing int dilatado III - Defeito na parede posterior (posTRÊSrior) IIIa: Direta IIIb: Indireta IIIc: Femoral IV - Recidivante IVa: Direta IVb: Indireta IVc: Femoral IVd: Mista 7 Íleo Biliar ● Pode-se se apresentar como Abd Agudo: ○ Obstrutivo ○ Inflamatório Diagnóstico por Imagem TC-> Tríade de Rigler: ● Dilatação do delgado ● Corpo estranho em FID ● Aerobilia ATBterapia CPRE Cirurgia 9 Síndrome de Mirizzi Quadro Variável: ● Dor biliar ● Colecistite aguda ● Sd. Colestática ● Fístulas biliodigestiva ↑Fosf Alc + ↑GGT ↑TGO + ↑TGP ↑Bilirrubia (↑D) Leucocitose - Geralmente mais brandos/crônicos do que na colangite!!!! USG -> difícil visualização ColangioRM -> cálculo grande que acomete VVBB. Colecistectomia (difícil) Coledocoplastia Derivação Biliodigestiva 10 Pancreatite Aguda https://www.passeidireto .com/arquivo/94295392/ fluxograma-pancreatite- aguda Diagnóstico 2/3: Clínica + Lab + Img Quadro primordialmente INFLAMATÓRIO -> SIRS ● Dor intensa, de início súbito e progressiva em Epigastro que irradia para flancos (Dor em andar superior do abd “em faixa”) ● Náuseas/Vômitos. ↑Amilase/↑Lipase >3x; USG (etiologia); TC (avalia gravidade ou diagnóstico em situações seletas); Classificar o paciente -> Escore de Ranson (leve = Enfermaria / grave = UTI) Suporte Clínico: jejum, hidratação, analgesia. ATB só se infectado. Ao final: Colecistectomia ou tto etilismo Escores: Atlanta, Ranson, Baltazhar. Pseudocisto Pancreático e Necrose de Paredes Espessadas -> Complicações tardias: 4-6 semanas post. 11 Doença Hemorroidária Fragilidade, Protrusão, Prolapso ou Ingurgitamento patológicos Via de Regra: Hemorroida SANGRA Hemorróidas Internas: Acima da linha pectínea Hemorróidas Externas: Abaixo da linha pectínea Trombose hemorroidária ● Hemorróidas Externas ○ Assintomática (geralmente) ○ Dor ○ Sangram menos ○ Plicoma Anal (inflamação crônica) ● Hemorróidas Internas ○ Mais sintomáticas ○ Mais comuns ○ Sangram mais ○ Doem menos ○ 4 Graus ● Trombose hemorroidária ○ Dor intensa + Inchaço local + Trombo Geralmente não necessita. Diagnóstico clínico: - Exame físico - Exame proctológico - Anuscopia Se sangrou: Colonoscopia (afastar Ca cólon). Clínico: Dieta (fibra e ingesta hídrica) Banho de assento Sintomáticos Medidas anti constipantes Internas: Grau 1: clínico Grau 2: ligadura elástica Grau3:hemorroidectomia Grau4:hemorroidectomia Externas: Clínico, se falhar -> Hemorroidectomia Tratamento Trombose hemorroidária: -Cuidados locais (NUNCA reduzir) -Excisão do trombo (de preferência com <48h) 12 Fissura Anal Pequenas lacerações da mucosa anal abaixo da linha pectínea Via de Regra: Fissura DÓI Ciclo vicioso: ↑tônus esfincteriano -> constipação -> trauma -> isquemia -> dor -> ↑tônus … *Agudas: lesão superficial sem fibrose. *Crônicas: bordas fibrosadas, fundo branco e tríade da fissura anal crônica; duram mais que 6 semanas. ● Dor anal, tipo espamos, principalmente nos períodos perievacuatórios. ● Sangramento vermelho vivo. * Tríade da fissura anal crônica: plicoma sentinela, fissura e papila anal hipertrófica. Diagnóstico: clínico -> inspeção. Se sangrou: Colonoscopia (afastar Ca colorretal). Dieta (fibra e ingesta hídrica) Banho de assento Sintomáticos Medidas anti constipantes Quebrar o ciclo - relaxar o esfíncter anal interno: -Clínico: diltiazem ou nifedipino tópicos. -Cirúrgico: esfincterotomia interna lateral Fissura anal mediana posterior(mais comum) ou anterior: benignas Fissuras laterais: CA, TB, doença de Crohn, ISTs. *Possível complicação da cirurgia: incontinência fecal residual. 13 Abscessos Anorretais Homem, meia idade, dor anal, sinais/sintomas infecciosos locais ou sistemicos, abaulamento com flutuação, toqueretal doloroso com sinais flogísticos locais. Formas: Pelvirretal Isquiorretal Perianal -> mais comum Interesfinctérico Exame físico pode ficar incompleto devido a dor Diagnóstico: exame proctológico. Abscesso -> DRENAR Anestésico local se pequenos Anestesia axial se grandes ATBterapia é exceção -> grandes, paciente grave, complicações, imunossuprimidos, recidiva. ATB isolado nunca (até o momento…) https://www.passeidireto.com/arquivo/94295392/fluxograma-pancreatite-aguda https://www.passeidireto.com/arquivo/94295392/fluxograma-pancreatite-aguda https://www.passeidireto.com/arquivo/94295392/fluxograma-pancreatite-aguda https://www.passeidireto.com/arquivo/94295392/fluxograma-pancreatite-aguda 14 Fístulas Anorretais Trajeto fistuloso do reto à pele perineal. Causas: criptite, Crohn, CA, TB, abscesso, drenagem prévia. Trajetos: Interesfincteriana 45% Transesfincteriana 30% Extraesfincteriana 20% Supraesfincteriana 5% Abscesso prévio Presença de orifício externo Drenagem purulenta ou fecalóide RM pelve (exceção - fístulas complexas) Fistulotomia Sedenho (“fio”) -frouxo -tensionado Preservar o esfíncter. *Lei de Goodsall-Salmon: Fístula posterior -> trajeto curva Fístula anterior -> trajeto retilíneo 16 CA colon Fatores de risco: Idade > 45 anos Obesidade Sedentarismo Tabagismo e Etilismo Dieta rica em produtos industrializados e gordura animal Crohn e RCU. Adenocarcinoma: tipo mais comum (sequência adenoma-carcinoma). - Maioria assintomático; - Fezes em fita; - Hematoquezia; - Constipação; - Tenesmo; - Eliminação de muco. *Esquerdo: obstrui mais e sangramento evidente. *Direito: sangue oculto mais comum; Screening: indicação: - Para todas as pessoas acima de 45/50 até os 75 anos; 75-85 caso a caso; > 85 anos não fazer. - HF+: 10 anos antes ou a partir dos 40 anos. Crohn/RCU: a partir de 8/10 anos da doença - fazer anualmente ou a cada 2 anos. Screening: - Colonoscopia: padrão ouro - a cada 10 anos. - Sangue oculto nas fezes: mais disponível, pouco específico - anualmente. Diagnóstico: - Anamnese + Toque retal + Colonoscopia. Estadiamento: - TC COM CONTRASTE de tórax + abdome e pelve Acompanhamento - CEA - Colectomia com Linfadenectomia. . Hartmann: quando não se tem condições da anastomose primária. - Adjuvância (quimio): . Grandes (T3 ou T4); . Linfonodo positivo (N1-2) ou < 12 linf. na peça; . Metástase (M2) → quimio paliativa. . Margem comprometida; . Urgência. . Contraindica cirurgia: metas irressecáveis (ex. cérebro). . NUNCA fazer neoadjuvância com quimio ou radio. *CEA: níveis elevados (> 5 vezes) no pré-op. tem pior taxa de sobrevida. *Sind. Lynch: CA colorretal hereditário NÃO polipoide (dnç. autossômica dominante). - Lynch 1: CCR isolado - Lynch 2: CCR + ginecológicos (endométrio e ovário). *Critérios de Amsterdã. 17 CA reto Fatores de risco: Idade > 45 anos Obesidade Sedentarismo Tabagismo e Etilismo Dieta rica em produtos industrializados e gordura animal Crohn e RCU. - Maioria assintomático; - Sangramento - Tenesmo anal - Invasão: pneumaturia, fecalúria, hematúria, obstrução via urinária. Diagnóstico: - Anamnese + Toque retal + Colonoscopia. Estadiamento: - TC de tórax + abdome e pelve - CEA - RM pelve ou USG endorretal. - Neoadjuvância: (quimio e/ou radio): . RETO MÉDIO/BAIXO; . Linfonodo +; . T3 e T4 (grandes). *Reestadiar após 8-10 sem. - Cirurgia: Retossigmoidectomia com excisão total do mesorreto. *Tem maior chance de recidiva local. 18 Abdome Agudo Obstrutivo Ausência de trânsito intestinal + parada de eliminação de flatos e fezes Pode ser: -Mecânico (maioria) -Funcional Alta -> Delgado Baixa -> Cólon/reto Causas possíveis: Delgado: Aderências (pós operatórias ou pós inflamatórias), áscaris, bezoar, cálculo biliar, estenose, hérnias encarcerada, tumores (raros) e volvo (raros) Cólon: Aderências, corpo estranho, estenose, hérnia (raro), tumor de cólon e volvo de sigmóide. ● Parada de eliminação de flatos e fezes ● Dor abdominal tipo cólica ● RHA+, ↑ e metálico ● Distensão abdominal -> Hipertimpanismo ● Abdome flácido (depressível, apesar de distendido, os músculos estão flácidos). ● Náuseas ● Vômitos (podem ser fecalóides) ● Ampola retal vazia Em geral, quanto mais: Proximal -> + Vômitos - Distensão Distal -> - Vômitos + Distensão Rotina Radiológica de Abdome Agudo: - Delgado: Empilhamento de moedas + níveis hidroaéreos menores + distensão central de alças. - Cólon: Haustrações + níveis hidroaéreos maiores + distensão periférica das alças + stop point + ausência de gás na ampola retal + volvo (quando presente) Laboratório Conduta inicial: -Jejum -SNG aberta -Reposição hidroeletrolítica -Controle sintomático ATB se: febre, leucocitose ou sepse. (ciprofloxacino ou ceftriaxone + metronidazol) Avaliação do cirurgião Diarreia paradoxal: evento em que, devido a obstrução, há uma soma de um efeito osmótico + aumento da peristalse intestinal, acarretando em DIARREIA (paradoxal ao evento obstrutivo) geralmente do conteúdo posterior à obstrução, ou seja, não elimina o problema.. 19 Abdome Agudo Perfurativo Perfuração de víscera oca + Extravasamento de conteúdo = Peritonite + Pneumoperitônio. *Histórico de doença ulcerosa péptica e/ou abuso de AINEs (histórico ortopédico recente) Etiologias: - Doença Ulcerosa Péptica (DUP) Perfurada - mais comum - Corpo estranho - Crohn (delgado) - Trauma penetrante - Complicação de outro abdome agudo (apendicite, diverticulite, etc) - Colonoscopia. ● Dor abdominal: SÚBITA, difusa, intensa = procura rápido o atendimento. ● Peritonite difusa = rigidez, + defesa e DB+ em todos os quadrantes. ● Sinal de Jobert (perda da macicez hepática) = pneumoperitônio. ● Grave / séptico. Rotina radiológica de abdome agudo: . Sinal do menisco radiotransparente (ar abaixo das cúpulas diaf.). Sinal de Rigler ou sinal do duplo contraste. Diagnóstico sindrômico: Dor abdominal aguda + peritonite difusa + pneumoperitônio rx. Estabilização: conduta da sepse. - Reanimação volêmica - O2 suplementar - Atb: Ceftriaxona ou Ciprofloxacino + Metronidazol. - Droga vasoativa s/n - IOT s/n. Cirurgia de urgência: Laparotomia exploradora. Diagnóstico etiológico: intraoperatório → Tratar de acordo com a etiologia. DUP: - Ulcerorrafia + epiplonplastia + IBP *se gástrica: retirar bordas para biópsia. - Gastrectomia parcial + vagotomia troncular -> úlceras grandes, refratárias ou recidivantes. VASCULAR 1 Insuf. Venosa Crônica / Varizes . Dor em peso que piora ao final do dia (nunca dói em repouso no início do dia). Dor não incapacitante. Claudicação venosa:pode aparecer quando fica de pé e pode piorar quando caminha, só melhora com a elevação do membro. ● Queixa de varizes: veias tortuosas e dilatadas > 3 mm. ● Dor em peso que piora ao final do dia. ● Edema: unilateral e crônico. ● Alterações tróficas: dermatite ocre, lipodermatoesclerose e úlcera venosa. ● Prurido: ⅓ distal da perna. Exame semiológico em pé. USG doppler venoso: insuficiência valvar. Manobras semiológicas para insuficiência valvar. - Elastocompressão. - Associação medicamentos à meia de compressão: Diosmina-hisperidina; Aminaftona; Picnogenol. - Cirurgia de varizes: (1) Espuma / Quimioablaçãp; (2) laser endovenoso / Termoablação. Classificação clínica das varizes: - C0: queixa de varizes mas sem sinais clínicos - C1: queixa de varizes mas com pequenas veias reticulares - C2: presença de varizes (> 3mm) - C3: varizes e edema - C4: alteração trófica sem úlcera - C5: úlcera cicatrizada - C6: úlcera ativa. 2 Trombose Venosa Profunda Edema agudo, súbito e unilateral. Dor súbita. História de cirurgia ortopédica ou grande cirurgia. Imobilidade prolongada, dentre outros fatores de risco. ● Edema agudo, súbito e unilateral. ● Dor súbtia. ● Empastamento da panturrilha. ● Dilatação de veias superficiais. ● Cianose: Flegmasia Cerulea e Alba Dollens Exame semiológico em decúbito dorsal. Sinal da Bandeira Sinal de Bancroft Sinal de Homans USG doppler. D-dímero em casos de baixa probabilidade. Repouso e drenagem postural do membro. Analgesia +Anti-inflatórios. Com melhora do edema: mobilização + elastocompressão. Anticoagulação: HNF, HBM, Warfarina ou NOACS Tratamento cirúrgico: - Filtro de v. cava inferior - Ligadura de v. cava inferior (pouco usado atualmente) - Trombectomia venosa. - Aspiração de trombos endovascular. TRÍADE DE VIRCHOW: - Lesão endotelial; - Estase venosa; - Hipercoahulabilidade; 3 Aneurisma de Aorta Abdominal (AAA) Histórico: idoso, tabagismo, HAS, sexo masculino, cor branca, dislipidemia. Aneurisma não roto: maioria assintomáticos; sintomas de compressão de estruturas vizinhas. Aneurisma roto: TRÍADE CLÁSSICA: dor abdominal + massa pulsátil + hipotensão. Fat. Risco para ruptura: Tabagismo, Saculiforme, mulher, HAS, sintomático, grande ou crescimento acelerado Aneurisma roto: ● TRÍADE: dor abdominal forte + massa pulsátil + hipotensão. ● Choque/hipotensão. ● Sinais de sangramento retroperitoneal. - Rx tórax. - Rx abdome. - USG doppler: bom para diagnóstico e acompanhamento. Não identifica complicações. - Tc contraste iodado: padrão ouro p/ dx. e complicações. Incluir tórax, abdome e pelve. - Cirurgia aberta transabdominal. - Tratamento endovascular: escolha para paciente com anatomia favorável. Aneurisma não roto: tratamento clínico e cirúrgico. - Risco de ruptura: sexo feminino, HAS descontrolada, tabagismo, diâmetro > 5/6cm. Indicação cirúrgica: - AAA > 5,5 cm em homens e > 5 em mulheres. - Crescimento > 0,5 cm em 6 meses. - Trombose do aneurisma ou embolização periférica. - Compressão de órgãos adjascentes. - Aneurisma inflamatório. 4 Doença Arterial Obstrutiva Periférica (DAOP) Histórico: hipercolesterolemia, HAS, tabagismo, diabetes. Claudicação intermitente. Isquemia crítica: dor em repouso + lesão trófica. ● Claudicação intermitente: anda dói, para e melhora. ● Isquemia crítica: dor em repouso + lesão trófica. ● Ausência de pulsos distais nos MMII. ● Palidez à elevação. ● Cianose. ● Rubor pendente. ● Frialdade. ● Alteração de pele, pelos e unhas no membro acometido. - Dx. clínico. - Índice de Pressão Doppler ou Índice de pressão tornozelo/braço < 0,9. Angiografia: padrão ouro. - Assintomáticos: Tratamento clínico: . Cessar tabagismo e controle de fatores de risco (MEV) . Antiagregação plaquetária . Estatinas (LDL < 100). CILOSTAZOL (inib de fosfodiesterase III) - aumentar a distância útil. - Sintomáticos: Isquemia crítica (urgência) ou Claudicação limitante. . Tratamento cirúrgico: - Angioplastia Transluminal Percutânea - padrão ouro - Bypass - Endarterectomia ISQUEMIA CRÍTICA: dor em repouso e lesão trófica (úlcera ou necrose). Síndrome de Lerich: Tríade: - Impotência sexual - Claudicação - Ausência de pulso femoral. 5 Oclusão Arterial Aguda Histórico de FA -> embolia (80%): . início agudo de dor intensa . ausência de claudicação prévia Trombose -> instabilização: . início subagudo de dor moderada intensa . claudicação prévia ● 5Ps: - Pain = dor (intensa, abrupta) - Pulseless = ausência de pulso - Parestesia ou paralisia - Palidez - Poiquilotermia = frio - Dx. clínico. - ECG: identificar se há FA. - Arteriografia: sinal da taça invertida (embolia) / afinamento em ponta de lápis (trombose aguda). - Se FA: anticoagulação HNF, HBM, Warfarina ou NOACS. Embolia: - Embolectomia com cateter de Fogarty Trombose aguda: - Trombólise + stent - Angioplastia com stent - Bypass prótese/enxerto - Endarterectomia. - Embolia: local mais comum bifurcação da a. femoral. - Trombose: local mais comum a. femoral superficial. - Aneurisma de a. poplítea: trombose é a complicação mais frequente. - Síndrome compartimental: pulso periférico e enchimento capilar presentes (sofrimento da microcirculação) + dor intensa + edema + empastamento. 6 Pé Diabético Diabético de longa data, mal controlado, com outras complicações decorrentes do Diabetes (retinopatia, nefropatia, etc), úlcera prévia, infecções prévias. Neuropático: ● Pé de Charcot: pododáctilos em garra. ● Úlceras (indolores) ● Alteração autonômicas: pele seca, hiperqueratose, fissuras ● Onicomicose. Isquêmico: ● Dor isquêmica (claudicação intermitente ou dor de repouso) ● Palidez, cianose, alterações tróficas ● Ausência de pulsos ● Edema pendente. - Inspeção rotineira. - Teste do monofilamento de 10g. - Palpação de pulsos arteriais. - Controle adequado da glicemia; - Orientações, fisioterapia e calçados. Isquemia: Revascularizações Infecções: Atb terapia + desbridamento. Amputações s/n. UROLOGIA 1 Nefrolitíase Dor lombar, náuseas e vômitos. História de cálculos urinários. Hematúria. ● Cólica Nefrética: - Dor em flanco e região anterior do abdome (obstrução alta) - Irradiação para região inguinal, bolsa escrotal e grandes lábios(⅓ médio) - Polaciúria e Disúria (JUV) ● Hematúria: macro ou micro ● Pielonefrite aguda ● Hidronefrose TC SEM contraste: padrão ouro! *COM contraste: ver anatomia da via urinária e preparação cirúrgica. Raio-x: - cálc. de ácido úrico são radiotransparentes. - oxalato de cálcio - densidade de osso. US renal: - Cálculo com sombra acústica posterior Urografia excretora: menos utilzado. Inicial: - Hidratação IV + Analgesia (AINEs / Opioides). Séptico OU Rim único OU Anúria OU Dor refratária OU > 10 mm: - Desobstrução da via urinária de URGÊNCIA → Cateter Duplo J ou Nefrostomia. < 10 mm: - Tratamento clínico: observação + analgesia + α-bloqueador (tansulosina) + reavaliação em 4-6 sem. Composição mais comum: Oxalato de Cálcio Pontos de obstrução fisiológica: - Junção ureteropélvica - JUP - ⅓ médio do ureter - cruzamento c/ vasos ilíacos - Junção vesicoureteral - JUV pH ácido < 5: ác. úrico e cistina pH básico > 7: fosfato de cálcio e estruvita. 2 HPB Envelhecimento. Complicação mais comum: Retenção urinária aguda (RUA) → Bexigoma. HPB → zona de transição (sintomas mais cedo). Peso normal: 20-30g. ● “LUTS” de esvaziamento → sintomas obstrutivos: - Hesitância - Esforço miccional - Intermitência - Jato fraco - Jato afilado - Gotejamento terminal - Esvaziamento incompleto - Gotejamento pós-miccional. ● “LUTS” de enchimento → sintomas irritativos: - Urgência - Frequência - Noctúria - Urgeincontinência. - História Clínica (I-PSS) + Diário miccional. - Toque retal: 1 polpa = 10g → aumentada e consistência fibroelástica. -USG: volume e resíduo pós-miccional. Terapia Farmacológica (I-PSS .7): - Bloq alfa-1 (1ª linha): Doxazocina, Tansulosina; - Inib 5-alfa-redutase: Finasterida, Dutasterida. - Terapia combinada. Cirugia: . I-PSS moderado/grave sem resposta ao tt clin. . Hist. de RUA, infec. urinária de repet.; hematúria repet. . Litíase vesical . Hidronefrose, IR . RTUp: p/ próstatas pequenas (< 80g). . Prostatectomia trasnvesical (PTV): próstatas > 80g, cálculos vesicais. *RUA: sondagem vesical de demora + trat. farmacológico + programação cirúrgica. Porções da Próstata: zona de transição; zona centra e zona periférica Sínd. pós-RTU: Hiponatremia dilucional → tempo operatório prolongado. - I-PSS 0-7: observação e acompanhamento anual. - I-PSS 8-19: terapia farmacológica. - I-PSS20-35: terapia farmacológica + observação em 4 sem +/- cirurgia. 3 Câncer de Próstata Fatores de risco: - Idade > 65 anos - Afrodescendentes - Hist. Familiar + - Mutações BRCA-1 e 2 - Obesidade / Dieta rica em gord. Zona Periférica: mais comum. Adenocarcinoma Acinar: mais comum; Disseminação: - Local: vesículas seminais e base da bexiga - Linfática: linf. pélvicos e para-aórticos - Hematogênica: Ossos (coluna lombar, fêmur proximal e pelve). ● Assintomáticos (60%) ● Hesitação, Jato fraco → doença localmente avançada ● Hematospermia ● Edema de MMII ● Dor óssea (metástases) Screening: - Toque retal: nódulo ou induração - PSA > 10 ng/mL Diagnóstico: Bx-TRUS Soc. Americana: -55-74 anos - 40-55 anos (afrodescentes ou HF) - Toque retal + → Bx. - PSA a cada 2 anos: ≥ 3 ng/mL → Bx. *Derivativos do PSA. Soc. Brasileira: - 50 anos - 45 (afrodescentes ou HF) - Acima de 75 (se sobrevida > 10 anos) - Toque retal + → Bx. - PSA anualmente: > 2,6 → Bx. *Derivativos do PSA: aumento > 0,75/ano. *Aumentode PSA num paciente totalmente assintomático = Repetir de imediato o PSA. Estadiamento (RNM, TC abdome e pelve, Cintilografia óssea) Doença Localizada (T2): - Conduta expectante (<10 anos de expect. vida) - radical (Gleason de alto grau Prostatectomia, maior volume, > 10 anos de expectativa de vida). - Linfadenectomia (Gleason> 7 ou PSA > 10). - Radioterapia: margens + ou recidiva bioquímica ou paciente com alto risco cirúrgico. Doença Avançada: - Terapia hormonal: . Agonista do GnRh . Bloq. dos recept. de androgênios. - Radioterapia. - Quimioterapia: em caso de metástase. Escore de Gleason (somatório de duas amostras) → Escore ISUP 6 → 1 3+4 → 2 4 + 3 → 3 (pior que o 2) 8 → 4 9-10 → 5. - T1: não palpável e não visível em imagem - T2 tumor palpável confinado à próstata: . a: ½ de um dos lobos . b > ½ de um dos lobos . c: envolve os dois lobos - T3: extensão extraprostática local: . a: não invade vesículas seminais . b: invade vesícula seminal - T4: invasão por contiguidade de ógãos. - N0: sem linfonodos - N1: com linfonodos. - M0: sem metástases - M1: com metástases UTI 1 Sepse SOFA score ≥ 2 Disfunção orgânica ameaçadora à vida secundária a resposta desregulada do hospedeiro a uma infecção. Disfunção orgânica: aumento em 2 pontos no escore Sequential Organ Failure Assessment (SOFA) como consequência da infecção. Pacote 1ªhr: ● Lactato (medir novamente se lactato inicial >2mmol/L) ● Hemoculturas (2 sítios diferentes) ● ATB de amplo espectro ● Ressuscitação volêmica 30ml/kg ● Vasopressores se hipotensão durante ou após ressuscitação volêmica para manter PAM > 65mmhg 2 Choque séptico Anormalidade circulatória e celular/metabólica secundária à sepse o suficiente para aumentar significativamente a mortalidade. Requer a presença de hipotensão com necessidade de vasopressores para manter pressão arterial média ≥ 65 mmHg e lactato ≥ 2 mmol/L após adequada ressuscitação volêmica. Anestesiologia 1 MEDICAÇÕES PARA SUSPENDER ANTES DA CIRURGIA / ANESTESIA Anticoagulantes: - Xarelto 24h - Heparina BPM 4h - HNF profilático 12h terapêutico 48h -AAS: 3-5 dias -Clopidogrel: 7 dias -Captopril -Inibidores da MAO -Hipoglicemiantes orais 24h (passa usar insulina) 2g amoxacilina ou ampicilina 1h antes da cirurgia - profilaxia para endocardite para pacientes com valvulopatias que passaram por procedimentos dentários ou urológicas 2 Anestesia geral: - Pré anestésico: 4 midazolam 1 fentanil - Indução: 4 fentanil + 2 mg/kg de propofol - BNM: rocuronio 0,5 mg/kg ● 3 Anestésicos Locais Intoxicação: TEM QUE SABER AS DOSES MÁXIMAS -Sobredose -> evolução gradativa -> sintoma vão escalonando, porém, são mais duradouros devido à grande concentração total. -Aplicação intravascular -> evolui mais rápido -> sintomas mais “graves”, porém, de resolução menos duradouros devido à pequena concentração total. ● Sintomas Gradativos: ○ Formigamento de lábios e língua ○ Distúrbios visuais ○ Zumbidos ○ Abalos musculares ○ Convulsões ○ Inconsciência ○ Coma ○ Parada respiratória ○ Depressão cardiovascular Monitorização Interrupção da administração O2 100% por máscara Decúbito dorsal ou levemente Trendelenburg Acesso venoso Controle convulsivo (BZDs) IOT, se necessário RCP, se necessário Emulsão lipídica para reversão do colapso cardiovascular (casos extremos) PCR por intoxicação exógena é Critério de RCP Estendido
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