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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS E ENGENHARIAS DISCIPLINA: FENÔMENOS TÉRMICOS E ONDULATÓRIOS PROFESSOR: DR. JOSÉ ARTHUR MARTINS MOTOR DE STIRLING Alunos: Tiago de Carvalho Borella Victor Golin Formolo Caxias do Sul, RS, 23 de junho de 2021. 1 INTRODUÇÃO No decorrer do primeiro semestre, na disciplina de Fenômenos Térmicos e Ondulatórios, no ano de 2021, foi solicitado, para os alunos, a produção de um Motor de Stirling, projeto este que auxiliaria na compreensão da matéria do decorrer do semestre. O Motor de Stirling consiste em uma máquina térmica de ciclo fechado, também popularmente conhecido como motor a ar quente, obtendo sua fonte de energia através de uma forma externa de calor. O motor surpreende por sua simplicidade, pois consiste de duas câmaras em diferentes temperaturas que aquecem e arrefecem um gás de forma alternada, provocando expansões e contrações cíclicas, o que faz movimentar dois êmbolos ligados a um eixo comum. Dessa forma, o eixo passa a funcionar por este acionamento. 2 ROBERT STIRLING E O MOTOR Robert Stirling (25 de outubro de 1790 - 6 de junho de 1878) foi um pastor escocês, e inventor do motor Stirling. Stirling nasceu em Cloag Farm perto de Methven, Perthshire, Escócia, e herdou do seu pai o interesse pela Engenharia. Estudou Teologia na Universidade de Edinburgh e na Universidade de Glasgow e tornou-se ministro da Igreja da Escócia. Em 1816, auxiliado por seus irmãos, Robert inventou o motor de Stirling. O motor consiste na produção de trabalho através da variação de um determinado gás, através da expansão e contração desse gás, provocando movimento de dois êmbolos que se encontram ligados a um eixo. Sendo criado com o objetivo de substituir os motores a vapor, que naquela época causavam inúmeros acidentes com seus operadores. https://pt.wikipedia.org/wiki/Pastor_(religi%C3%A3o) https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_Stirling https://pt.wikipedia.org/w/index.php?title=Methven&action=edit&redlink=1 https://pt.wikipedia.org/wiki/Perthshire https://pt.wikipedia.org/wiki/Teologia https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Edinburgh https://pt.wikipedia.org/wiki/Universidade_de_Glasgow https://pt.wikipedia.org/wiki/Igreja_da_Esc%C3%B3cia 3 FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Segundo HERLEBOCK, 2016, os motores de Stirling apresentam uma eficiência muito alta se comparados com os motores de combustão interna (como aqueles que movem os carros a gasolina), atingindo até 45% de eficiência energética, muito além dos 20% a 30% atingidos por outros tipos de motores, como os motores movidos a óleo diesel ou gasolina. Este tipo de motor funciona com um ciclo termodinâmico (ciclo Stirling), composto de quatro fases e executado em dois tempos do pistão: compressão isotérmica (temperatura constante), aquecimento isocórico (volume constante), expansão isotérmica e arrefecimento isocórico. O mesmo se destaca pela sua simplicidade, consistindo de duas câmaras em diferentes temperaturas que aquecem e arrefecem um gás de forma alternada, provocando expansões e contrações de forma cíclica, fazendo assim a movimentação dos dois êmbolos ligados ao eixo. No caso desse projeto, o gás utilizado foi o ar, que não apresenta um rendimento tão bom quando comparado com a utilização de gás Hélio ou Hidrogênio. Ao contrário dos motores de combustão interna, como diesel e gasolina, o fluido de trabalho nunca deixa o interior do motor, portanto, trata-se de uma máquina que apresenta ciclo fechado. A Figura 1 demonstra o gráfico cíclico proporcionado por ERASTO A. FRANCO NETO. Figura 1 – Gráfico Cíclico do motor de Stirling. 4 MATERIAIS UTILIZADOS Os materiais utilizados para o experimento, foram: 1. 2 latas de refrigerante; 2. 2 conectores de chuveiro; 3. Linha de pesca; 4. Materiais para realização de furos; 5. Lata de atum; 6. Cola quente e Silicone; 7. Bombril; 8. 2 arruelas; 9. 2 CDs; 10. 1 balão; 11. Clips de metal; 12. Atílio de borracha; 13. Tampinha de garrafa com rosca; 14. Uma lata de leito Ninho furada. 5 MONTAGEM A montagem do motor foi conduzida com base no vídeo do canal “Manual do Mundo”. A construção começa pela preparação da primeira latinha de refrigerante, onde um buraco é feito em seu topo o que permite o primeiro pistão encaixar dentro dela. O pistão é feito com um clipe e enrolado com limalha de ferro (Bombril). Na extremidade do clipe, uma argola deverá ser produzida, nessa argola uma linha de pesca de mais ou menos 20 cm é amarrada. Uma lata de atum, com a sua extremidade superior aberta, é acoplada a latinha que será a fonte fria do motor Depois disso, um outro pistão é construído. Esse pistão é feito com base em um balão, um clipe e a tampa de uma garrafa de água. O clipe é dobrado de forma que ele fique parecendo um “U”. O balão é cortado de duas formas de tal forma que consiga passar na tampa da garrafa. Três buracos são feitos na tampa, em dois deles o clipe irá passar e no que sobrou a linha de pesca irá entrar. Silicone é passado na tampa de forma que não tapa os buracos. Depois da cola secar o clipe irá passar pelos buracos da extremidade da tampa e a linha de pesca no buraco do centro, depois deve-se fechar a garrafa enroscando a tampa na ponta da mesma. Finalizando essa parte, o balão e a tampa da garrafa são conectados na parte que está aberta da latinha. O próximo passo na construção é separar uma nova latinha, essa latinha tem a sua parte superior e inferior cortadas e um buraco no meio dela, de forma circular, é feito, outros dois buracos perpendiculares um ao outro de 2 mm de diâmetro são feitos. Depois de finalizar essa parte, inicia-se a construção de um virabrequim a partir de um arame de ferro. A construção do virabrequim é bem complicada e demorou mais de 20 tentativas para ter sucesso. Posteriormente, um conector de chuveiro deve ser preso em uma das extremidades do virabrequim e, na outra extremidade, um conetor de chuveiro colado a dois CDs deve ser preso, estes CD’s que farão o movimento de rotação do motor. No virabrequim, três conectores de chuveiros de 25 amperes irão conectar o pistão ao virabrequim, as duas extremidades do clipe irão conectar com os dois conectores de chuveiro das extremidades do virabrequim e a linha de pesca irá passar por dentro do último conector restante. Assim, finalizando a montagem do motor. A última parte que falta é a confecção de uma câmara aonde a fonte calor irá ficar, que é feito com uma caixa de leite Ninho furada para passar oxigênio. A Figura 2, 3, 4, 5 e 6 apresentam etapas da montagem do motor. Figura 2 – Primeiro Pistão de Bombril Figura 3 – Motor pronto só faltando o acoplar a lata de Leite Ninho Figura 4 – Motor Pronto Figura 5 – Laterais cedidas devido ao atrito Figura 6 – Motor pronto com latinha de Coca-Cola 6 RESULTADOS Nas primeiras montagens realizadas, o motor não funcionava devido a diversos problemas. O primeiro problema reconhecido foi no virabrequim, que uma de suas dobras estava batendo contra outra de suas dobras, então, foi necessário corrigir o problema sem retirar o virabrequim, o que provou ser um bom desafio. Depois disso, foi realizado o primeiro teste, na primeira partida dada no motor, a latinha de guaraná Kuat cedeu uma das aberturas laterais onde o virabrequim fica sendo suportado como mostrado na Figura 5. Devido a esse problema, a latinha foi trocada por uma de Coca-Cola como pedido no vídeo e foi possível perceber que ela é um pouco mais grossa nas laterais. Porém quando era dada a partida, o motor não conseguiase manter girando por mais de 5 segundos. O problema identificado foi no balão que estava muito frouxo. Para resolver o problema foi necessário desmontar toda a latinha de novo e ajustar o balão para poder repetir o teste. Na última tentativa realizada foi possível fazer o motor girar durante um bom período de tempo, em torno de 25 segundos, e depois disso, a vela apagou. É possível dizer que o trabalho foi um sucesso e de extrema dificuldade em período de pandemia, onde temos recursos escassos e mesmo assim, foi uma ótima experiência, pois possível colocar em prática aquilo que foi aprendido em aula. Vídeo 1 – Motor de Stirling Funcionando https://youtu.be/-KbsM9GWE6o Vídeo 2 – Apresentação do Trabalho https://youtu.be/Z5PtTHtfGnw https://youtu.be/-KbsM9GWE6o https://youtu.be/Z5PtTHtfGnw 7 CONCLUSÃO Ao final deste projeto, conclui-se que o motor de Stirling foi criado com o intuito de, na época, substituir os motores a vapor, devido à grande quantidade de acidentes ocorrido. O motor pode atingir até 45% de eficiência energética. Embora tenha sido um projeto complicado de ser realizado, devido à grande complexidade e alta quantidade de detalhes, pode-se dizer que o projeto ajudou muito na compreensão da matéria, pela chance de visualizar como, na realidade, se aplica a teoria na pratica, levando em consideração a situação atual em contexto de pandemia. O trabalho foi divido de tal forma a não sobrecarregar os membros da dupla. 8 Referências ERASTO A. FRANCO NETO, Tiago Carril Puig. MOTORES STIRLING: Ciclo de Stirling/Motor Stirling. Digital. Http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/stirling/stirling.htm: Unicamp, Disponível em: http://www.fem.unicamp.br/~em313/paginas/stirling/stirling.htm. Acesso em: 19 jun. 2021. ENERGIA SOLAR. Motor Stirling: Como funciona um motor Stirling?. Https://pt.solar- energia.net/blog/motor-stirling: EnergiaSolar, 17 mar. 2016. Disponível em: https://pt.solar-energia.net/blog/motor-stirling. Acesso em: 21 jun. 2021. HELERBROCK, Rafael. Motor Stirling. Digital. Https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/motor-stirling.htm: Mundo Educação, 17 dez. 2019. Disponível em: https://mundoeducacao.uol.com.br/fisica/motor-stirling.htm. Acesso em: 20 jun. 2021. WIKIPÉIDA. Motor Stirling. Digital. Https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_Stirling: Wikipédia, 12 dez. 2019. Disponível em: https://pt.wikipedia.org/wiki/Motor_Stirling. Acesso em: 20 jun. 2021.
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