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Laís Molina – MED 102 Anatomia Sistêmica Aplicada II – Prof. Emílio Apostila de Anatomia do Sistema Endócrino Resumo da anatomia do Sistema Endócrino 2º Período – Universidade de Vassouras – 2020.1 Laís Molina – MED 102 Transcrições Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Hipotálamo O hipotálamo faz parte do cérebro. O cérebro é formado por duas partes: diencéfalo e telencéfalo. O diencéfalo possui como cavidade, um terceiro ventrículo, tálamo, hipotálamo, subtálamo e epitálamo. Regula o sistema nervoso autônomo e as glândulas endócrinas, e é o principal responsável pela constância do meio interno (homeostase). O hipotálamo encontra-se abaixo do sulco hipotalâmico, e acima desse sulco tem-se o tálamo. O hipotálamo apresenta uma grande quantidade de núcleos, chamados de núcleos do hipotálamo, que se encontram na área medial. São eles: núcleo supra-óptico, núcleo tuberal e núcleo mamilar, os quais se subdividem. O núcleo supra-óptico tem relação com o quiasma óptico. O núcleo tuberal recebe esse nome pois há um acidente anatômico chamado de túber cinéreo, onde o hipotálamo se relaciona. O núcleo mamilar está relacionado com o corpo mamilar. OBS: há também o núcleo lateral do hipotálamo, porém este não possui subdivisões. OBS 2: esses núcleos não são vistos na prática. Hipotálamo SNC Cérebro Telencéfalo Diencéfalo Cerebelo Tronco encefálico Medula espinal Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio OBS: os núcleos mamilares não são visualizados; eles se encontram no corpo mamilar. O hipotálamo compreende estruturas situadas nas paredes laterais do III ventrículo, abaixo do sulco hipotalâmico, além de formações do assoalho do III ventrículo, visíveis na base do cérebro. São elas: Corpos mamilares: são duas eminências arredondadas, de substância cinzenta, evidentes na parte anterior da fossa interpeduncular. Quiasma óptico: localiza-se na parte anterior do assoalho do III ventrículo. Recebe as fibras dos nervos ópticos, que ai cruzam em parte e continuam nos tratos ópticos que se dirigem aos corpos geniculados laterais. Túber cinéreo: é uma área ligeiramente cinzenta, mediana, situada atrás do quiasma e dos tratos ópticos, entre estes e os corpos mamilares. No túber cinéreo prende-se a hipófise, por meio do infundíbulo. Infundíbulo: é uma formação nervosa em forma de funil que se prende ao túber cinéreo. A extremidade superior do infundíbulo dilata-se para constituir a eminência mediana do túber cinéreo, enquanto sua extremidade inferior continua com o processo infundibular. O hipotálamo pode ainda ser dividido por três planos frontais em: hipotálamo supra- óptico, tuberal e mamilar. O hipotálamo supra-óptico compreende o quiasma óptico e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. O hipotálamo tuberal compreende o túber cinéreo e toda a área situada acima dele, nas paredes do III ventrículo até o sulco hipotalâmico. Supra-óptico núcleo supraquiasmático núcleo supra- óptico núcleo paraventricular Tuberal núcleo arqueado núcleo ventromedial núcleo dorsomedial Mamilar núcleos mamilares núcleo posterior Núcleo lateral supraquiasmático supra-óptico paraventricular arqueado ventromedial dorsomedial posterior lateral Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio O hipotálamo mamilar compreende os corpos mamilares com seus núcleos e as áreas das paredes do III ventrículo, que se encontram acima deles, até o sulco hipotalâmico. O hipotálamo é limitado lateralmente pelo subtálamo, anteriormente pela lâmina terminal, e posteriormente pelo mesencéfalo. Funções do Hipotálamo: Centraliza o controle da homeostase. Para isso, o hipotálamo tem um papel regulador sobre o sistema nervoso autônomo e o sistema endócrino, integrando-os com comportamentos vinculados as necessidades do dia a dia. Controla vários processos motivacionais importantes para a sobrevivência do indivíduo e da espécie, como a fome, sede e o sexo. Processos motivacionais são impulsos internos que levam à realização de comportamentos específicos e de ajustes corporais. Controla a regulação da temperatura corporal. A sensação de calor, por exemplo, leva a um desconforto que fará com que sejam disparados mecanismos internos inconscientes para dissipá-lo, como a sudorese e o comportamento de procura de local fresco. O hipotálamo funciona como um termostato, capaz de detectar as variações de temperatura do sangue que por ele passa e ativar os mecanismos de perda ou de conservação do calor necessários à manutenção da temperatura normal. Existem dois centros: o centro da perda de calor (hipotálamo anterior), e o centro da conservação de calor (hipotálamo posterior). Lesões no centro da perda de calor causam elevação incontrolável da temperatura (febre central), quase sempre fatal. Controla a regulação do comportamento emocional. Controla a regulação do equilíbrio hidrossalino e da pressão arterial. Controla a regulação da ingestão de alimentos. Ele é o centro da fome e da saciedade. Controla a geração e regulação de ritmos circadianos. Controla a regulação do sono e da vigília. Controla a integração do comportamento sexual. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Hipófise “Glândula Mestre” A hipófise tem relação com a região no crânio, o osso esfenoide, que possui uma região denominada sela turca, a qual possui uma fossa hipofisial, onde se acopla a hipófise. A hipófise é dividia em duas regiões: a neuro-hipófise (posterior) e a adeno-hipófise (anterior). É responsável pela liberação de hormônios. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Glândula Tireoide A glândula tireoide é a maior glândula endócrina do corpo, a qual produz os hormônios tireoidianos (T3 e T4) e calcitonina. Ademais, influencia todas as áreas do corpo, com exceção dela própria e do baço, testículos e útero. Tem origem na região da laringe, próxima ao assoalho na língua, no forame cego, onde existe um ducto chamado de ducto tireoglosso, que faz a ligação da tireoide com a língua. Está localizada na região cervical (na parte anterior do pescoço), e situa-se profundamente aos músculos esternotireóideo e esterno-hióideo, no nível das vértebras C5 – T1. É formada por lobos direito e esquerdo, situados anterolateralmente à laringe e à traqueia. Um istmo une os lobos sobre a traqueia (pode estar ausente como variação anatômica) Pode apresentar também, como variação anatômica, um lobo piramidal, que é um remanescente embrionário do ducto tireoglosso. A glândula tireoide pode ser ectópica, ou seja, pode estar fora de sua localidade normal (variação anatômica). É circundada por uma cápsula fibrosa fina, que envia septos profundos para o interior da glândula. Lobo Piramidal Lobo Esquerdo Istmo Lobo Direito Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Suprimento Arterial: A glândula tireoide é suprida pelas artérias tireóideas superior e inferior. Em geral, os primeiros ramos das artérias carótidas externas, as artérias tireóideas superiores, dividem-se em ramos anterior e posterior que suprem principalmente a face anterossuperior da glândula. As artérias tireóideas inferiores são os maiores ramos dos troncos tireocervicais que se originam das artérias subclávias. Seguem em sentido superomedial até chegarem à face posterior da glândula tireoide. Dividem-se em ramos e suprem a face posteroinferior, incluindo os polos inferiores da glândula. Tem uma íntima relação com o nervo laríngeo recorrente. As artérias tireóideas superiores e inferiores direita e esquerda anastomosam-se dentro da glândula, assegurando sua vascularização ao mesmo tempo em que proporcionam potencial de circulação colateral entre as artérias subclávia e carótida externa. Em algumas pessoas, uma artéria tireóidea ima ímpar origina-se normalmente do tronco braquiocefálico, e ascende sobre a face anterior da traqueia, emitindo pequenos ramos para ela. A artéria continua até o istmo da glândula tireoide, onde se divide para irrigá- la. Suprimento Venoso: Três pares de veias tireóideas formam um plexo venoso tireóideo na superfície anterior da glândula tireoide e anterior à traqueia. São elas: veias tireóideas superiores, veias tireóideas médias e veias tireóideas inferiores. As veias tireóideas superiores acompanham as artérias tireóideas superiores, e drenam os polos superiores da glândula tireoide e drenam para as veias jugulares internas. As veias tireóideas médias não acompanham, mas seguem trajetos paralelos às artérias tireóideas inferiores, e drenam a região intermédia dos lobos e drenam para as veias jugulares internas. As veias tireóideas inferiores, geralmente independentes, drenam os polos inferiores e drenam também para as veias braquiocefálicas, posteriormente ao manúbrio do externo. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Drenagem linfática: Os vasos linfáticos da glândula tireoide seguem no tecido conjuntivo interlobular, perto das artérias. Eles se comunicam com uma rede capsular dos vasos linfáticos. Os vasos seguem primeiro para os linfonodos pré-laríngeos, pré- traqueais e paratraqueais. Os linfonodos pré-laríngeos drenam para os linfonodos cervicais superiores; os linfonodos pré-traqueais e paratraqueais drenam para os linfonodos cervicais profundos inferiores. Inervação: Os nervos da glândula tireoide são derivados dos gânglios simpáticos cervicais superiores, médios e inferiores. Os gânglios chegam à glândula através dos plexos cardíaco e periarteriais tireóideos superior e inferior, que acompanham as artérias tireóideas. Glândulas Paratireoides As glândulas paratireoides são pequenas, ovais e achatadas. Produzem o hormônio paratormônio (PTH), que controla o metabolismo do fósforo e do cálcio no sangue (aumenta a absorção), e atuam no esqueleto, nos rins e no intestino. Situam-se externamente à cápsula tireóidea, na metade medial da superfície posterior de cada lobo da glândula tireoide, dentro de sua bainha. Normalmente, as pessoas possuem quatro glândulas paratireoides. As glândulas paratireoides superiores costumam situar-se 1 cm acima do ponto de entrada das artérias tireóideas inferiores na glândula tireoide, no nível da margem inferior da cartilagem cricóidea. As glândulas paratireoides inferiores usualmente situam-se 1 cm abaixo do ponto de entrada arterial, perto dos polos inferiores da glândula tireoide. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Suprimento Arterial: Geralmente ramos das artérias tireóideas inferiores são responsáveis por suprir as glândulas paratireoides. Podem também ser supridas por ramos das artérias tireóideas superiores; a artéria ima; ou as artérias laríngeas, traqueais e esofágicas. Suprimento Venoso: As veias paratireóideas drenam para o plexo venoso tireóideo da glândula tireoide e da traqueia. Drenagem linfática: Os vasos linfáticos das glândulas paratireoides drenam com os vasos da glândula tireoide para os linfonodos cervicais profundos e linfonodos paratraqueais. Inervação: A inervação é derivada de ramos tireóideos dos gânglios simpáticos cervicais, que são vasomotores e não secretomotores, pois as secreções endócrinas dessas glândulas são controladas por hormônios. Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Glândulas Suprarrenais (Adrenais) As glândulas suprarrenais estão localizadas entre as faces superomediais dos rins e o diafragma, onde são circundadas por um tecido contendendo uma cápsula adiposa. São estruturas retroperitoneais, assim como os rins. São revestidas por fáscia renal, pelas quais estão fixadas os pilares do diafragma, tais quais são os principais pontos de fixação. São separadas dos rins por um septo fino, o septo da fáscia renal. O formato e os relações das glândulas suprarrenais são diferentes nos dois lados. A glândula direita piramidal é mais apical, situando-se anterolateralmente ao pilar direito do diafragma. Faz contato com a VCI anteromedialmente e com o fígado anterolateralmente. A glândula esquerda em formato crescente é medial à metade superior do rim esquerdo. Tem relação com o baço, o estômago, o pâncreas e o pilar esquerdo do diafragma. Cada glândula tem um hilo, pelo qual as veias e vasos linfáticos saem da glândula, ao passo que as artérias e nervos e entram nas glândulas em diversos locais. As margens mediais das glândulas estão distantes por 4 – 5 cm. Nessa área, da direita para a esquerda, estão: a VCI, o pilar direito do diafragma, o tronco celíaco, a artéria mesentérica superior e o pilar esquerdo do diafragma. Cada glândula suprarrenal tem duas partes: o córtex suprarrenal e a medula suprarrenal. O córtex suprarrenal é derivado do mesoderma e secreta corticoides, aldosterona e androgênios. A medula suprarrenal é uma massa de tecido nervoso (no centro) e secreta epinefrina (adrenalina) e norepinefrina (noradrenalina). Laís Molina – Med 102 Anatomia Sistêmica e Aplicada II – Prof. Emílio Suprimento Arterial: As artérias suprarrenais ramificam-se livremente antes de entrarem em cada glândula, de modo que aproximadamente 50 ramos penetram a cápsula adiposa que cobre a superfícies da glândula. As artérias suprarrenais têm três origens: Artérias suprarrenais superiores, cerca de 6-8, ramos das artérias frênicas inferiores. Artérias suprarrenais médias, ramos da parte abdominal da aorta, próximo ao nível de origem da artéria mesentérica superior. Artérias suprarrenais inferiores, das artérias renais. Suprimento Venoso: A drenagem venosa das glândulas suprarrenais se faz para veias suprarrenais calibrosas. A veia suprarrenal direita, curta, drena para a VCI. A veia suprarrenal esquerda, mais longa, que frequentemente se une à veia frênica inferior, drena para a veia renal esquerda. Drenagem linfática: Os vasos linfáticos suprarrenais originam-se de um plexo situado profundamente à cápsula da glândula e de outro em sua medula. A linfa segue até os linfonodos lombares. Inervação: A inervação provém do plexo celíaco e dos nervos esplâncnicos abdominopélvicos (maior, menor e imo).
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