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ENEM – FILOSOFIA HISTÓRIA DA FILOSOFIA - Platão e a Teoria das Ideias II A teoria das Ideias é como acontece o conhecimento para Platão. Ele está em oposição ao mundo no qual se vive onde o devir torna as coisas perecíveis e que é captado pelos sentidos: este é o mundo das opiniões, da doxa, e não da Verdade. As Ideias, ou as Formas perfeitas do Belo, da Justiça e do Bem Supremo, são apenas acessíveis ao intelecto do Filósofo educado para isso. Platão é herdeiro da tradição pré-socrática e é com ela que ele concebe a fonte possível e segura do conhecimento. Falo sobretudo de Parmênides, o primeiro a criar uma Filosofia metafísica – que tu pode ler na pasta Metafísica deste perfil. Dela, se extrai a causalidade, a força motora, do mundo perfeito das Formas que justificam as cópias imperfeitas de todo devir. Platão reuniu em sua Filosofia também a teoria de Heráclito do fluxo contínuo. Esta Teoria das Formas é explicada por um recurso pedagógico que continuamente é confundido com a própria Teoria das Formas. Se trata da Alegoria da Caverna, presente n’A República, o principal livro de Platão. Nela, Sócrates conversa com o irmão de Platão, Glauco, e explica que o mundo das aparências que conhecemos e que vivemos seriam como sombras vistas por pessoas dentro de uma caverna e tomadas como reais. Para o professor Danilo Marcondes, “esses prisioneiros, como o próprio texto explicita, somos nós, ou seja, o homem comum, prisioneiro dos hábitos, preconceitos, costumes, práticas que adquirimos desde a infância e que constituem ‘correntes’ ou condicionamentos que os fazem ver as coisas de uma determinada maneira, parcial, limitada, incompleta, distorcida, como ‘sombras’. As sombras não são falsas ou irreais, mas ilusórias, por serem realidades parciais, o mínimo que o prisioneiro enxerga da realidade”. Um dos prisioneiros consegue fugir e, após passar o efeito da luz solar causado nos olhos, consegue ver o mundo real. Pode ser visto aí o que Platão entendia como sendo o papel político- pedagógico do filósofo a ser cumprido a todo custo, inclusive com possibilidade de morte, como é dito por Sócrates no texto. Veja bem, foi dito que o mundo no qual se vive é imperfeito porque está sujeito a mudanças e é para onde sai o prisioneiro após se libertar. Acontece que é a oposição entre luz (mundo das Ideias) e a escuridão (mundo vivido) e a tarefa do prisioneiro livre (o filósofo) de voltar para avisar os demais que é o principal a ser entendido na Alegoria da Caverna. Novamente, recomendo ler os resumos da pasta Metafísica presente neste perfil.
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