Buscar

FARMACOLOGIA DOS DIURÉTICOS (aula completa)

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 4 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

FARMACOLOGIA DOS DIURÉTICOS 
PRINCÍPIOS DA AÇÃO DIURÉTICA 
Inibição da reabsorção de sódio  Maior excreção de sódio 
(natriurese) e, consequentemente, água ↓Volume de 
LEC. 
Podem atuar basicamente em 4 segmentos do néfron. 
Natriurese finita – mecanismos compensatórios por ativação 
do SNA Simpático. SRAA  Fenômeno de freio  Redução 
da natriurese de pressão. Maior expressão de 
transportadores do epitélio renal. 
DIURÉTICOS – LOCAL DE AÇÃO DE FÁRMACOS 
 
1 – TCP. 2 – Ramo ascendente espesso de Henle (alça). 3 – 
TCD (tiazidos). 4 – Ducto coletor (poupador de potássio). 
TRANSPORTE NO TÚBULO CONTORCIDO PROXIMAL 
 
O TCP reabsorve uma grande quantidade de sódio (cerca de 
2/3), reabsorve bicarbonato, cloreto, glicose, aminoácidos 
por meio de transportadores específicos. 
HCO3 + H – Anidrase carbônica – converte em H2O e CO2 – 
anidrase carbônico H+ e HCO3 – vai para o interstício 
(sangue) junto com o sódio = NaHCO3. 
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
 
Acetazolamida – inibe as duas isoformas da anidrase, tanto 
a membranal quando a citoplasmática. Fazendo isso não 
reabsorve bicarbonato de sódio = maior excreção na urina – 
acidose. 
66% dos íons de sódio. 85% NaHCO3. 66%K+. 60% H2O. 
10%glc/aa  Reabsorvidos. 
Usos clínicos: Glaucoma – redução da produção de humor 
aquoso = redução da pressão intraocular. Alcalinização 
urinária – aumento da solubilidade urinaria do ácido úrico. 
Alcalose metabólica – em paciente com ICC e alcalose 
metabólica causada por diuréticos. 
Secreção através do epitélio ciliar. 
Efeitos adversos: Acidose metabólica hiperclorêmica – 
decorre da redução crônica das reservas corporais. Cálculos 
renais – sais de cálcio são relativamente insolúveis em pH 
alcalino. Depleção de potássio – maior aporte de sódio ao 
ducto coletor, intensificação da secreção de potássio = 
hipocalemia. 
DIURÉTICOS DE ALÇA – ALÇA DE HENLE 
TRANPORTE NA ALÇA DE HENLE – Ramo ascendente 
espesso (RAE): Baixa permeabilidade à água, segmento 
diluídos, contribuição para a hipertonicidade medular. 
 
Redução da reabsorção de sódio  Afeta a diferença de 
potencial transepitelial positivo  Redução da reabsorção 
paracelular de cátions divalentes  Hipocalcemia / 
hipomagnesemia (porque não secreta potássio para trocar 
com Ca e Mg para ir p sangue). 
Inibição da Na/K/Cl.- inibindo a reabsorção de sódio, levando 
a diurese. 
 
Maior aporte distal de sódio. 
Reabsorção de sódio pelas células principais do ducto 
coletor  Maior secreção de potássio  Maior secreção de 
íons  Hipopotassemia. Alcalose metabólica – alcalose com 
contração de volume – pode predispor arritmias. 
Isso porque no túbulo distal chegou muito Na, precisa trocar 
com o K+ pela bomba, o que pode levar a hipocalemia. 
 
 
↑Expressão de COX2  PGE2  Inibe NKCC2  Papel dos 
AINES e aumento do fluxo sanguíneo renal. 
USOS CLÍNICOS: Hiperpotassemia, insuficiência renal aguda, 
edema e hipercalcemia. Administração simultânea de NaCl e 
água  Potencializacao. Aumento do debito urinário e da 
excreção de potássio. 
15-25% do Na no filtrado - ↑Oferta de Na ao túbulo distal  
Perda de H e K (maior secreção). 
Efeitos adversos: hipovolemia, hipotensão, hipocalemia, 
ototoxicidade, hiperuricemia. 
Furosemida. 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS 
TRANSPORTE NO TÚBULO CONVOLUTO DISTAL – Baixa 
permeabilidade à água, diluição do líquido tubular. 
Transportador NCC – Cl e Na. Entra os dois na célula. Os 
tiazidicos bloqueiam o NCC. 
10% do Na+ filtrado são reabsorvidos. Diluição do fluido 
tubular. Não há reciclagem de potássio. Interação com os 
AINEs. Redução leve o volume intracelular e diurese leve. 
Aumento da reabsorção de Ca+ – Mascaramento de outras 
causas de hipercalcemia. 
Hidroclorotiazida – Menos eficaz do que os de alça. 
Sinergismo com os de alça. 
Usos clínicos: hipertensão (+ certo efeito vasodilatador), ICC. 
Efeitos adversos: disfunção erétil, alcalose metabólica, 
hipocalemia, hiponatremia, redução da tolerância à glicose 
(por redução da sensibilidade periférica a insulina). 
DIURÉTICOS POUPADORES DE POTÁSSIO 
TRANSPORTE NO SISTEMA DE TÚBULOS COLETORES – 
Aporte de sódio no ductor coletor x secreção de potássio. 
2-5% da reabsorção do sódio filtrado. Regulação do volume 
final da urina. 
 
ENaC – Permite a entrada de sódio. Favorecendo a saída de 
potássio. Controlado pela aldosterona e pela bomba Na/K. 
TRANSPORTE DE ÁGUA NO SISTEMA DE TÚBULOS 
COLETORES 
PAPEL DO ADH: Age na AQP promovendo maior reabsorção 
de água no ducto coletor. 
 
COMO AGE A ALDOSTERONA? 
1 – Ativação dos canis de Na ligados à membrana. 2 – 
Inibição da remoção de EnaC. 3 – Síntese de novos canais de 
Na. 4 – Ativação da Na/K ATPase. 5 – Translocação da Na/K 
ATPase para a membrana. 6 – Síntese de novo de Na/K 
ATPase. 7 – Alteração da permeabilidade das junções de 
adesão. 8 – Maior produção mitocondrial de ATP. 
 
 
Espironolactona – sódio não entra, potássio não sai. 
Efeitos adversos: ginecomastia, hiperpotassemia 
(monitoramento sérico), acidose metabólica hiperclorêmica. 
DIURÉTICOS OSMÓTICOS 
 
Não reabsorvido e livremente filtrado. 
Força osmótica contrária a reabsorção de água. 
↓Reabsorção de Na+  Redução do tempo de contato 
entre liquido e epitélio tubular  Natriurese de menor 
magnitude. 
Usos terapêuticos: redução da pressão intracraniana e 
intraocular – pelo efeito de redução do volume de LIC. 
Aumento do volume urinário – manutenção do volume de 
urina e impede a anúria. 
Efeitos adversos: expansão do volume extracelular – 
agravamento da ICC por aumento do volume do LEC e 
hiponatremia. Desidratação, hipercalemia e hiponatremia. 
QUANDO UTILIZAR DIURÉTICOS? 
- Em estados edematosos: ICC, insuficiência renal, cirrose 
hepática, edema idiopático. 
- Em estados não edematosos: hipertensão, nefrolitíase, 
hipercalcemia, diabetes insipidus. 
FARMACOLOGIA DA ICC – Como agem os fármacos? 
Ciclo vicioso  ↑pós carga  ↓DC  Piora progressiva da 
ICC = Edema. 
Restabelecimento do DC  Curto prazo. 
 
 
Expansão do volume intravascular  Manutenção da 
pressão de enchimento ventricular  Piora progressiva do 
DC  Continuidade da retenção de sal e água  Formação 
de edema  Diuréticos  Redução da pré-carga  Melhora 
do trabalho cardíaco. DIURÉTICOS DE ALÇA. 
DIURÉTICOS NA INSUFICIÊNCIA CARDÍACA CONGESTIVA 
Bloqueio da reabsorção de sódio  Natriurese e diurese  
Redução do volume do LEC (Manutenção da euvolemia)  
Redução da pressão de enchimento ventricular (pré-carga) = 
Pode ocasionar redução do DC ou tolerância aos diuréticos 
(Aumento compensatório na reabsorção tubular renal de 
sódio). 
Exacerbação da redução da TFG causada pela redução do DC 
– complicação da terapia diurética. 
Outras complicações possíveis: alcalose metabólica, 
hipopotassemia. 
DIURÉTICOS NA CIRROSE HEPÁTICA 
Retenção de sódio na cirrose: - Modelo de enchimento 
deficiente: obstrução do efluxo venoso hepático  
formação da ascite  diminuição do volume intravascular 
 baixa pressão de enchimento venosa  baixo DC  
ativação dos barorreceptores  retenção de Na+. – Modelo 
de transbordamento: lesão hepática, resultando em 
obstrução pós-sinusoidal  Reflexo hepatorrenal  
Retenção renal primária de Na+  Aumento do volume 
plasmático  Formação de ascite. 
CAUTELA NO USO DE DIURÉTICOS 
Pacientes cirróticos com insuficiência renal: risco de 
hipercalemia grave (com antagosnistas de aldosterona). 
Terapia diurética vigorosa: acentuada depleção do volume 
intravascular com hipopotassemia e alcalose metabólica. 
DIURÉTICOS NA HIPERTENSÃO 
 
Tiazídicos: reduz volume intravascular e tem ação 
vasodilatadora. 
De alça: acentuada diurese. 
Poupadores de potássio: leve diurese, associação a outros 
diuréticos para corrigir perda de potássio.

Continue navegando