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DIURÉTICOS

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Unidade básica formadora de urina do rim: néfron 
(glomérulo filtrante + túbulos). A cada 120 
ml/minuto de ultrafiltrado, forma cerca de 1 ml/ 
minuto de urina. 
Rins consomem 7% de todo oxigênio que 
absorvemos pelos pulmões, apesar de terem 
pouco peso corporal. Isso acontece devido a 
quantidade de bombas nas membranas nos 
néfrons, que dependem de ATP (energia). 
 
TÚBULO PROXIMAL 
Primeira porção depois da cápsula de Bowman, 
dividido em S1, S2 e S3, termina na medula renal, 
sendo 65% do filtrado de sódio (maior controle de 
sódio) reabsorvido ali, isotônica (água acompanha 
o sódio). 
ALÇA DE HENLE 
Porção descendente delgada, ângulo, ascendente 
delgada e espessa. 
RAMO DESCENDENTE DELGADO: muito permeável 
a água, pouco permeável a NaCl e ureia. 
RAMO ASCENDENTE DELGADO: permeável a NaCl 
e ureia e impermeável a água. 
RAMO ASCENDENTE ESPESSO: reabsorve 
ativamente NaCl, impermeável a água e ureia. 
RETROALIMENTAÇÃO TUBULOGLOMERULAR: 
ascendente espesso passa entre as arteríolas 
aferente e eferente -> mácula densa -> sente as 
concentrações dos íons e pressão -> controla 
tonicidade e osmolaridade: aumenta taxa de fluxo 
glomerular ou não, ajuda na regulação da liberação 
da renina pelas células justaglomerulares. 
TÚBULO CONTORCIDO DISTAL 
Aproximadamente 0,2 mm após a mácula densa, o 
túbulo muda sua morfologia mais uma vez para se 
tornar o túbulo contorcido distal. Semelhante ao 
ramo ascendente espesso da AH, transporta de 
forma ativa NaCl e é impermeável à água. 
DUCTOS COLETORES 
Área de controle da composição e volume do 
ultrafiltrado 
• Composição dos eletrólitos: processo 
modulado pela aldosterona (esteroide 
suprarrenal). 
• Volume da água: modulada pelo hormônio 
antidiurético. 
TRANSPORTE PELO EPITÉLIO RENAL 
• Osmose 
• Difusão simples (passiva) 
• Canais mediados por difusão, canal iônico 
• Uniporte: proteína que facilita passagem 
• Transporte dependente de ATP ativo 
• Cotransporte/ simporte: ativo, leva duas 
substâncias para a mesma direção 
• Contra transporte/ antiporte: ativo, duas 
substâncias com inversão de posição 
 
 
D I U R E T I C O S 
 
 
Fármacos que aumentam taxa de fluxo da urina, 
entretanto eles não alteram apenas a excreção de 
sódio, mas também podem modificar o controle 
renal de outros cátions (K+, H+, cálcio, magnésio), 
ânions (bicarbonato, cloro, íon fosfato) e ácido 
úrico. 
Há dois tipos de diuréticos: 
• NaTRIURÉTIOS: promovem o aumento da 
excreção renal de sódio 
• AQUARÉTICOS: aumentam a excreção renal 
de água livre, com pouca ou nenhuma 
alteração na excreção de eletrólitos. 
CLÍNICA 
Os diuréticos são utilizados no tratamento de 
quadros edematosos e na hipertensão arterial, pois 
além do efeito diurético, alguns também tem ação 
vasodilatadora. 
Do ponto de vista clínico, os diuréticos úteis são 
aqueles que promovem a natriurese, ou seja, 
aumento da excreção renal de sódio e do íon 
acompanhante (normalmente é o cloreto), com 
objetivo de diminuir o volume de líquido 
extracelular. 
Quando alguém começa tomar diurético, tem um 
déficit de sódio em comparação a quem não toma, 
mas se seguir tomando o rim equilibra a excreção 
de sódio (renina, bombas) -> mecanismos 
compensatórios renais, ou seja, freio 
compensatório para não sair cada vez mais sódio. 
MECANISMOS OU FREIOS COMPENSATÓRIOS: 
• ativação do sistema nervoso simpático 
(aumento da diurese, diminuição de 
volume e pressão arterial e, por isso, 
ativação do SNS, no fim, aumento da 
liberação da aldosterona) 
• ativação renina-angiotensina-aldosterona 
• hipertrofia da célula epitelial renal (diminui 
a secreção de sódio para o lumen do 
nefron) 
• aumento da expressão do transportador do 
epitélio renal 
• alterações nos hormônios natriuréticos 
(para fazer manutenção do sistema renal) 
 
• Faixa azul escura: período que faz o uso de 
diurético 
Gráfico 1: Pessoa começa perder peso, e quando 
para de tomar o diurético ela volta ao peso normal. 
Nesse caso, não estava emagrecendo e, sim, 
desidratando (perdendo sódio e água). 
 
O gráfico 2 correlaciona excreção (verde) e ingesta 
de sódio (roxo): se a ingesta se mantem, com o uso 
de diur éticos, aumenta a excreção de sódio até o 
pico máximo, onde começa o freio compensatório 
ainda estão agindo, então diminui a excreção de 
sódio até o rim regular ao normal novamente. 
LOCAIS DE AÇÃO 
 
 
 
A acetozolamida é o protótipo de uma classe de 
agentes com limitado uso como diuréticos. 
QUÍMICA 
• Não são utilizados como diuréticos. 
• Fazem acidose metabólica (por perda de 
bicarbonato, pH urinário fica alcalino – 8). 
• Efeito adverso VO: acetozolamida, 
diclofenamida e metazolamida. 
ANIDRASE CARBÔNICA: esta enzima tem 
importante papel na reabsorção de bicarbonato de 
sódio (NaHCO3) e secreção ácida. As células 
epiteliais do TCP tem grande quantidade dessa 
enzima. 
FISIOLOGIA NORMAL 
IMAGEM: A Na+/K+/ATPase dita o gradiente de 
sódio. O sódio e o gradiente vão ter utilizados pela 
bomba de contra transporte NHE3 (na imagem: 
trocador A) na membrana luminal. 
Esse trocador, troca sódio por prótons (H+). O 
próton, agora no espaço luminal, vai reagir com 
bicarbonato filtrado (HCO3-), dando origem ao 
ácido carbônico (H2CO3). 
O ácido carbônico, por sua vez, vai sofrer ação da 
enzima anidrase carbônica (CA), presente na 
membrana luminal (CA tipo 4). A anidrase 
carbônica vai catalisar a desidratação do ácido 
carbônico, produzindo água (H20) e dióxido de 
carbono (CO2). 
O CO2, por ser lipofílico (solúvel em lipídeos), se 
difunde para o citoplasma (difusão). No 
citoplasma, reage com a água, sendo catalisada 
pela anidrase carbônica (CA tipo 2), gerando ácido 
carbônico (H2CO3). 
O ácido carbônico é dissociado em prótons (H+ - 
reutilizado pelo trocador A) e em bicarbonato 
(HCO3-), que junto com o sódio sai para o espaço 
intersticial em cotransporte, formando 
bicarbonato de sódio. 
 Tem por objetivo reabsorver sódio. 
 
INIBIDORES DA ANIDRASE CARBÔNICA 
Ao inibir a CA, não tem mais a transformação no 
lúmen, há diminuição da biodisponibilidade de CO2 
para entrar na célula, que não é reidratado e, além 
disso, não terá bicarbonato liberado (fica preso no 
lúmen) para ser reabsorvido com sódio, nem é 
formado íon H+, então sódio não tem como entrar 
na célula, permanecendo no lúmen com a água. 
Com a diminuição do bicarbonato de sódio 
reabsorvido, há também uma queda do pH 
sanguíneo (acidose metabólica). Além disso, 
também diminui a reabsorção de água, que impede 
a reabsorção de cloretos. 
Como há diminuição grande de sódio a nível do 
TCP, essa diminuição vai ser percebida pela alça de 
Henle, que vai compensar essa perda. A diminuição 
do pH é limitante para eficácia diurética dos 
inibidores da anidrase carbônica, então ao passo 
que há diminuição do pH sanguíneo, a diminuição 
do bicarbonato de sódio é interrompida -> por isso, 
esses fármacos apresentam baixa eficácia diurética 
a nível renal, indicados + para funções extrarrenais. 
 
EFEITO NA EXCREÇÃO RENAL 
Aumenta excreção urinária de bicarbonato em 35% 
da carga filtrada. Junto com inibição do ácido 
titulável e secreção de NH4+ nos ductos coletores, 
leva ao aumento do pH da urina (cerca de 8) e 
acidose metabólica. 
Ocorre pequeno aumento na excreção de cloro, 
sendo bicarbonato o principal ânion excretado, 
junto com cátions Na+ e K+. 
EFEITO NA HEMODINÂMICA RENAL 
Ao inibir a reabsorção proximal, os inibidores da 
anidrase carbônica aumentam a liberação de 
solutos na mácula densa, este efeito aumenta a 
resistência da arteríola aferente e reduz fluxo 
sanguíneo renal e taxa de filtração glomerular, 
evitando perder muito mais água e sódio. 
EFEITO ADVERSOS 
• supressão da medula óssea (derivado de 
sulfonamida) 
• sonolência e parestesias 
• desvio da amônia (paciente cirrótico pode 
piorar encefalopatia hepática) 
• cálculos porprecipitação de sais de fosfato 
• piora acidose metabólica ou respiratória 
• diminui taxa de excreção urinaria de bases 
orgânicas fracas, perda renal de K+ 
USO TERAPÊUTICO 
• em associação com outros diuréticos (cuida 
com efeito da acidose metabólica) 
• glaucoma (anidrase carbônica presente nos 
processos ciliares, envolvida na produção 
de bicarbonato de sódio para produção do 
humor aquoso. Reduzir o bicarbonato, 
reduz a produção de humor aquoso e 
diminui a pressão intraocular). 
• hipertensão intracraniana idiopática 
• epilepsia (SNC e diminuição do pH) 
• correção da alcalose metabólica. 
• Doença da altitude elevada (indivíduos que 
estão em lugares de alta atitude, que 
apresentam tontura, cefaleia e outros 
sintomas. A acidose metabólica produzida 
pelo fármaco aumenta a ventilação, 
reduzindo os sintomas). 
 
 
Diuréticos osmóticos funcionam como solutos: 
agentes livremente filtrados no glomérulo e não 
tem reabsorção, são administrados em doses altas 
o suficiente para aumentar a osmolaridade de 
plasma e do fluido tubular. Ou seja, são filtrados, 
são osmoticamente ativos, mas não sofrem 
secreção tubular, aumentando o volume de urina. 
Atuam no TCP e AH (principalmente), também é 
provável que atuem através de um efeito osmótico 
nos túbulos e na redução da tonicidade medular. 
MECANISMOS DE AÇÃO 
Atuam nos segmentos permeáveis a água, ou seja, 
no túbulo contorcido proximal (TCP) e no ramo 
descendente delgado da alça de Henle (AH). 
Também é provável que atuem através de um 
efeito osmótico nos túbulos e na redução da 
tonicidade medular. 
É livremente filtrado pelo glomérulo, 
osmoticamente ativo, e, como não sofre secreção, 
ele retem água, promovendo aumento do fluxo 
urinário. 
O aumento do fluxo urinário promovido é 
basicamente de água, então, normalmente, a 
excreção de sódio não acompanha. Por isso, pode 
haver casos de hipernatremia com o uso de 
diuréticos osmóticos. 
 
Atuam no TCP como solutos não reabsorvíveis que 
limitam a osmose da água no espaço intersticial e, 
desta forma, reduzem a concentração de Na+ 
luminal a tal ponto que a reabsorção global de Na+ 
para. 
Ao extrair a água dos compartimentos 
intracelulares, eles expandem o volume do fluído 
extracelular, reduzem a viscosidade do sangue e 
inibem a liberação de renina (aumenta liberação de 
sódio na urina) 
Esses efeitos levam à um aumento de fluxo 
sanguíneo na medula renal removendo NaCl e a 
ureia da medula, reduzindo a tonicidade medular. 
Redução da tonicidade medular: 
• Reduz a extração de água no ramo 
ascendente delgado da alça (deixa mais 
água no lúmen). 
• Que, por sua vez, limita a concentração de 
NaCl no fluído tubular que entra no ramo 
ascendente da alça. 
• Este último efeito reduz a reabsorção 
passiva do NaCl no ramo ascendente 
delgado (se tem muita água o sódio tem 
que ficar junto: faz a diurese). 
EFEITOS NA EXCREÇÃO URINÁRIA 
Além da excreção de sódio, cloro e água, aumenta 
também de potássio, cálcio, magnésio, 
bicarbonato e fosfato: praticamente todos os 
eletrólitos. 
AGENTES DISPONÍVEIS 
GLICERINA: ativo pela via oral (VO), T1/2 curta: 0,5 
- 0,75h, eliminação: 80% metabolizada, eliminação 
desconhecida. 
ISOSSORBIDA: ativo pela via oral (VO), T1/2: 5 – 
9,5h, eliminação renal. 
MANITOL: disponibilidade oral desprezível, mais 
utilizado via endovenosa, T1/2: 0,25 – 1,7 h, 
eliminação: 80% renal, 20% bile. É o protótipo da 
classe e o fármaco mais utilizado como diurético 
osmótico. Por via oral causa diarreia. 
UREIA: disponibilidade oral desprezível, utilizado 
via endovenosa, T1/2 indeterminada (não se sabe 
ainda), eliminação renal, não utilizado no Brasil 
ainda, disponível no EUA. 
 
EFEITOS ADVERSOS 
São distribuídos no fluído extracelular e 
contribuem para a osmolaridade dele. A água é 
extraída dos compartimentes intracelulares para o 
extracelular. 
• Na ICC não é bom utilizar: edema 
pulmonar!!! 
• Hiperpotassemia e hiponatremia em casos 
de lesão renal 
• Desidratação (perda excessiva de líquidos) 
• Expansão do volume 
• Contraindicação em pacientes anúricos 
(ausência de produção e eliminação de 
urina) 
• Manitol e ureia contraindicados em 
sangramento craniano grave 
USOS TERAPÊUTICOS 
• controlar aumento de pressão intraocular 
durante ataques agudos de glaucoma. 
• Para reduzir edema cerebral e pressão 
intracraniana em casos específicos: 
contusão; traumatismo; tumor cerebral; 
meningite que não responde a outros 
medicamentos. 
• Síndrome De desequilíbrio de diálise: 
pacientes submetidos a diálise, 
dependendo da infusão, podem ter um 
desequilíbrio eletrolítico. 
• Realização de exames (por via oral), como, 
por exemplo, a colonoscopia -> efeito 
laxante. 
 
 
Conhecidos como diuréticos de alta eficácia. 
Inibidores do simporte de Na/ K/ 2Cl agem no ramo 
ascendente espesso da AH, tem alta potência: 
• furosemida (mais utilizado dessa classe - 
protótipo) 
• bumetanida 
• ácido etacrínico 
• torsemida 
 
MECANISMO DE AÇÃO 
Atuam no ramo ascendente espesso da alça de 
Henle, porção praticamente impermeável a água, 
chamado também de segmento diluidor. 
25% do NaCl vai ser reabsorvido ali. 
 
Os diuréticos de alça vão atuar inibindo o 
cotransportador Na+/K+/2Cl-. Não se sabe como 
bloqueia o simporte, mas acham que é pelo ataque 
no local de ligação do Cl do simporte. 
Lúmen do néfron e espaço intersticial quando 
bloqueia transportador impede reabsorção de 
sódio. Então, há diminuição da reabsorção de 
cloreto de sódio (NaCl), diminuição no potencial 
positivo devido a diminuição da retrodifusão de 
potássio, inibindo a reabsorção de cátions 
(valentes, como magnésio e cálcio). Esses íons 
ficam aumentados na urina, paciente cursa com 
hipomagnesemia e hipocalcemia. Há também 
perda de potássio, levando a uma hipopotassemia. 
 
São diuréticos altamente eficazes, uma vez que 
influenciam diretamente na reabsorção de cloreto 
de sódio e não sofrem influência do pH, como os 
diuréticos inibidores da CA. 
Parecem ter relação com a COX-2 (ciclo- oxigenase 
2), principalmente relacionado a prostaglandinas 
(PGE2), porque elas diminuem a inibição renal de 
NaCl. 
Por isso, os AINEs diminuem a eficácia dos 
diuréticos de alça, porque inibem a COX-2 e, além 
disso, assim como a probenecida, competem pelo 
transporte ácidos orgânicos, pois são secretados a 
nível tubular. 
EFEITOS NA EXCREÇÃO URINÁRIA 
• excreção aumentada de sódio e potássio 
• excreção de Ca e Mg 
• Pode levar a desidratação (principalmente 
em idosos e crianças, pessoas com 
diarreia/vômitos – principalmente 
concomitante com outras doenças) 
• Furosemida: ação fraca de inibição da 
anidrase carbônica, podendo aumentar a 
excreção de bicarbonato e fosfato 
• Uso agudo: pode aumentar excreção de 
ácido úrico, mas quando uso crônico 
diminui excreção 
• Usa diuréticos quando tem depleção de 
volume muito grande, faz expansão de 
volume (soro, corrige desidratação) e junto 
usa furosemida: força rim a filtrar a 
expansão que fez: geralmente aumentam 
fluxo sanguíneo renal: pelo visto pelas 
prostaglandinas -> pode levar a uma lesão 
renal aguda 
• Bloqueia TFG, pela inibição de transporte 
de NaCl na macula densa, então a macula 
não consegue mais detectar concentrações 
de NaCl no líquido tubular. 
MEDICAMENTOS 
FUROSEMIDA: VO e EV, T1/2, 1,5 h (curto, melhor 
tempo de ação), metabolizado (glucorinidação), 
dupla dosagem, eliminação renal 65%, 
metabolização de 35%. Comercializado como 
“lasix”. É o protótipo dos diuréticos de alça. 
BUMETANIDA: EV e VO, potência 40 x furosemida, 
T1/2:0,8h. mais utilizado em UTI, por causa da alta 
potência e a chance maior de desidratação (precisa 
ser usada com cuidado). Via de eliminação: 62% 
renal, 38% metabolizada. 
ÁCIDO ETACRÍNICO: VO e EV, potência 0,7 (30% 
menos potente) da furosemida, T1/2: 1 h. via de 
eliminação: 67% renal,33% metabolizada. 
TORSEMIDA: EV, potência 3 x da furosemida, T1/2: 
3,5h. via de eliminação: 80% metabolizada, 20% 
excreção renal. 
EFEITOS ADVERSOS 
Além da depleção de água e eletrólitos 
(hiponatremia, hipocalcemia, hipomagnesia), há: 
• OTOTOXICIDADE: quase sempre reversível. 
Furosemida EV e ácido etacrínico levam a 
perda auditiva. Em prematuros, há risco de 
congestão pulmonar. Pode ser por 
alterações do líquido da cóclea. 
• GOTA: uso crônico faz aumento do ácido 
úrico -> líquido sinovial -> processo 
inflamatório. 
• HIPERGLICEMIA 
• HIPOMAGNESEMIA, HIPOPOTASSEMIA E 
HIPOCALCEMIA 
• DESIDRATAÇÃO 
• ALCALOSE METABÓLICA, devido a perda de 
potássio e prótons 
• AUMENTO LDL e TAG, REDUÇÃO HDL 
OBS: diurético de alça é ruim para diabéticos, 
dislipidêmicos... para esses pacientes usarem, é 
preciso aumentar a dose do remédio de colesterol 
e diabetes. 
USOS TERAPÊUTICOS 
• Tratamento de quadros edematosos, 
principalmente no tratamento do edema 
pulmonar agudo, porque aumentam a 
capacitância venosa, diminuindo a pressão 
de enchimento do ventrículo esquerdo, 
diminuindo o quadro edematoso. 
• Insuficiência cardíaca, devido a retenção 
renal de sódio e água. 
• Cirrose hepática e ascite. 
• Hipercalcemia e hiperpotassemia 
• Injuria renal aguda (OBS: apenas 
aumentam o fluxo renal de sódio e água, 
mas não impedem/ atenuam a IRA). 
• Superdosagem de ânions, pois esses íons 
serão eliminados na urina. 
 
 
Inibidores do simporte Na/Cl (nem todos são 
tiazídicos): são Sulfonamidas, análogos do 1,2,4-
benzotiadiazina-1,1 dioxido. 
MECANISMO DE AÇÃO 
Atuam no túbulo contorcido distal (foco de ação), 
o túbulo proximal é o segundo local de ação (muito 
menos, não influencia muito, se influenciasse ia ter 
uma ação de diurético bem mais potente). Atuam 
no trocador NCC (trocador sódio/cloreto). 
Apresentam alta potência, pois com baixa dose 
conseguem atingir metade do seu efeito máximo. 
DIURÉTICOS DE ALÇA: ALTA EFICÁCIA 
DIURÉTICOS TIAZÍDICOS: ALTA POTÊNCIA 
 
inibem transporte de NaCl (trocador NCC) e, com 
isso, diminuem a atividade do trocar sódio/cálcio 
da membrana basolateral, aumentando a 
reabsorção de cálcio. 
A nível de TCP, aumentam a reabsorção de cálcio e 
de sódio. 
 
Sódio permanece no lúmen e acaba levando a água 
junto. 
Esses fármacos também sofrem influência das 
prostaglandinas, importantes para vasodilatação 
(uteis num contexto cardiovascular). AINEs 
diminuem a eficácia dos diuréticos tiazídicos. 
EFEITOS NA EXCREÇÃO URINÁRIA 
• aumenta excreção de Na e Cl 
• não muito eficazes, pois a maioria (90%) da 
carga de Na+ já é reabsorvido no proximal. 
• Alguns tiazídicos tem ação nos inibidores da 
anidrase carbônica, porém são fracos 
(talvez seja a ação do proximal) 
• Aumentam a excreção de K e ácido 
titulavel. 
• Diminui excreção de cálcio se usado 
crônico: diferença importante da 
furosemida. 
MEDICAMENTOS 
HIDROCLOROTIAZIDA: disponibilidade oral ~70%, 
T1/2= 2,5h, eliminação renal. A ação diurética dura 
até 8 horas, depois só ação anti-hipertensiva. Não 
recomendado usar a noite -> atrapalha o sono. 
OBS: Não aumentar mais a dose de 25 para 50, pois 
quando aumentava acima de 25 não aumentava 
benefício no controle arterial (não baixava mais a 
pressão), mas ela tinha mais efeitos colaterais. 
CLORTALIDONA (não é um tiazídico, mas tem ação 
idêntica): disponibilidade oral 65%, T1/2= 47h, 
eliminação renal e biliar (25% desconhecida). 
EFEITOS ADVERSOS 
• SNC: raro -> vertigem, parestesias, astenia. 
• TGI: anorexia, náuseas, vomito, colicistite e 
pancreatite. 
• HEMATOLÓGICAS: discrasias (alterações de 
produção na medula). 
• DERMATOLOGICAS: fotossensibilidade e 
exantema (manchas avermelhadas em: 
exposição ao sol + uso de hidroclorotiazida) 
• Disfunção erétil (usado em pacientes que, 
antes do uso, não apresentavam nenhuma 
dificuldade. Se apresentar disfunção erétil e 
incomodo do paciente, trocar diurético) 
• Redução da tolerância a glicose 
• DESEQUILÍBRIO HIDROELETROLÍTICO: 
hipotensão, desidratação, hipopotassemia, 
hiponatremia, hipocalemia, hipocloremia, 
alcalose metabólica, hipomagnesia, 
hipercalcemia, hiperuricemia. 
USOS TERAPÊUTICOS 
• Hipertensão arterial devido a ação diurética 
e promoção da vasodilatação e diminuição 
da pré-carga 
• Insuficiência cardíaca, sozinhos ou 
associados 
• Nefrolitíase por hipercalciuria 
• Diabetes insípidos nefrogênico 
 
 
Vão atuar no túbulo coletor, fisiologicamente, o 
local mais sensível à reabsorções de sódio e 
potássio e a secreção de potássio. Responsável 
pela reabsorção de 2 a 5% de cloreto de sódio 
(NaCl) e responsável pela concentração de sódio na 
urina final (ajuste final). 
A célula principal sofre ação dos 
mineralocorticoides, como a aldosterona, e a 
célula intercalada, onde ocorre a secreção de 
prótons e bicarbonato. 
 
INIBIDORES DOS CANAIS DE SÓDIO 
Inibidores dos canais de Na do tecido epitelial 
renal: aumentam excreção de NaCl: para reter 
potássio. 
Usados pela ação anticaliurética (retem K) para 
compensar outros diuréticos que aumentam 
excreção de potássio (triantereno e amilorida, 
ambos provocam pequenos aumentos na excreção 
de NaCl). 
 
EFEITOS NA EXCREÇÃO URINÁRIA 
Ação fraca como diurético. 
• Porção final do TCD e ducto coletor 
possuem limitada capacidade de 
reabsorver solutos, o bloqueio dos canais 
de Na+ nesta parte aumenta levemente as 
taxas de NaCl. 
• Bloqueio dos canais de Na+ hiperpolariza a 
membrana luminal, reduzindo a voltagem 
transepitelial negativa do lúmen. 
• Atenuação da voltagem negativa do lúmen 
reduz a excreção de K+, H+, Ca+2, Mg+2 
(todos os cátions ficam preservados). 
MEDICAMENTOS 
AMILORIDA: potência relativa 1, disponibilidade 
oral 15-25 %, T1/2 longo :21 h, eliminação renal. 
TRIANTERENO: potência relativa 0,1 (10X menor), 
disponibilidade oral ~50%, T1/2: 4 h, metabolizado 
em sulfato de 4-hidroxitriantereno (ativo), 
eliminado na forma do metabólito ativo. 
ANTAGONISTAS DA ALDOSTERONA 
Uma subclasse dentro dos poupadores de potássio. 
Os mineralocorticoides provocam retenção de sal 
e água e aumentam a excreção de K+ e H+ ao se 
ligarem a receptores mineralocorticoides 
específicos. 
Estudos indicam que espironolactona bloqueia os 
efeitos dos mineralocorticoides. 
MECANISMO E LOCAL DE AÇÃO 
As células epiteliais no final do túbulo distam e 
ducto coletor contêm receptores 
mineralocorticoides (RMs) citosódicos com alta 
afinidade pela aldosterona. 
A aldosterona liga-se ao RMs, formando um 
complexo que se desloca até o núcleo, onde se liga 
a sequencias específicas do DNA e, portanto, 
regulando a expressão de múltiplos produtos de 
genes chamados de proteínas induzidas da 
aldosterona (PIAs). 
ESPIRONOLACTONA 
Inibe de forma competitiva a ligação da 
aldosterona ao receptor mineralocorticoide (RM). 
O complexo RM-espironolactona não é capaz de 
induzir a síntese de PIAs. Os antagonistas do RM 
são os únicos diuréticos que não exigem acesso ao 
lúmen tubular para induzir a diurese. 
 
1. Ativação canais de Na+ ligados a membrana 
2. Remoção dos canais Na+ da membrana é 
inibida 
3. Síntese de novo dos canais de Na+ 
4. Ativação Na+/K+/ATPase ligada a 
membrana 
5. Redistribuição da Na+/K+/ATPase do citosol 
para a membrana 
6. Síntese de novo Na+/K+/ATPase 
7. Mudanças da permeabilidade das junções 
compactas 
8. Produção mitocondrial de ATP aumentada 
Espironolactona bloqueia tudo! 
OBS: único diurético que não age no lúmen. 
MEDICAMENTOS 
ESPIRONOLACTONA: análogo sintético da 
aldosterona. Disponibilidade oral de ~65%. É 
metabolizada no fígado formando 7α-tiometil 
espironolactona, metabólito ativo, com maior 
meia-vida. Liga-se intensamente a proteínas. T1/2 
curta ~1,6h, nos pacientes com cirrose chega 9h. 
Ação diurética curta e fraca usada para poupar 
potássio, e não para diurese. 
EFEITOS ADVERSOS 
hiperpotassemia.Espironolactona (afinidade pelos 
receptores de progesterona e androgênio) pode 
causar: 
• Ginecomastia (aumento de tecido mamário 
no homem -> ação androgênica e liberação 
de estradiol) 
• Impotência 
• irregularidades menstruais: pela associação 
dela com receptores de progesterona e 
androgênio. 
USOS TERAPÊUTICOS 
• hiperaldosteronismo, tanto primário 
quanto secundário. 
• Insuficiência cardíaca leve a moderada 
• Hipertensão arterial 
• Síndrome de Liddle 
• Acne (espironolactona)

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