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ANTROPOMETRIA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DEFINIÇÃO JELLIFFE, 1966 “Método de investigação científica em nutrição que se ocupa da medição das variáveis nas dimensões físicas e na composição global do corpo humano em diferentes idades e em distintos graus de nutrição” DEFINIÇÃO VANTAGENS LIMITAÇÕES COMPOSIÇÃO CORPORAL Métodos de Avaliação da Composição Corporal ◉ Método direto: dissecação de cadáveres ou extração lipídica. ◉ Métodos indiretos: Pesagem hidrostática; DEXA; Interactância de raio infravermelho; Ultra-sonografia; Tomografia computadorizada; Ressonância magnética; Pletismografia. ◉ Métodos duplamente indiretos: BIA e antropometria. INDICADORES PESO ◎ Peso atual; ◎ Peso usual ou habitual; ◎ Peso ideal ou desejável; ◎ Peso estimado. Soma de todos os componentes corporais , que reflete o equilíbrio proteico-energético PESO 1) Peso atual: Expresso no momento da avaliação; Uso de balança mecânica ou eletrônica; Recomendações: ◎Pesagem pela manhã, em jejum, descalço, com mínimo de roupas e após esvaziamento vesical; ◎Calibração manual da balança mecânica; ◎Observar presença de: edema, mudança na ingestão de sódio e tumor maciço. PESO Edema Localização Excesso de peso hídrico + Tornozelo 1 kg ++ Joelho 3 a 4 kg +++ Base da coxa 5 a 6 kg ++++ Anasarca 10 a 12 kg MARTINS & CARDOSO, 2000. Estimativa de peso atual em pacientes com edema: PESO 2) Peso usual ou habitual: ◎Utilizado como referência na avaliação de mudanças recentes de peso e/ou em caso de impossibilidade de aferição de peso atual; ◎Indivíduo, familiar ou responsável é indagado sobre a última aferição do peso ou o peso que costuma se manter. PESO 3) Peso ideal ou desejável: ◎Peso ideal de acordo com idade, biótipo, gênero e estatura. Podendo ter oscilações de até 10% consideradas normais; ◎Geral: Peso ideal ou desejável (kg)= IMC desejado (kg/altura2) x estatura (m2) CALCULADO A PARTIR DO BIÓTIPO ❖Brevelíneo – indivíduo que apresenta tórax largo e membros curtos. ❖Normolíneo – indivíduo que apresenta harmonia entre tamanho do tórax e dos membros. ❖Longilíneo – indivíduo que apresenta musculatura e tecido subcutâneo escasso sendo, em geral, alto e esguio. BIÓTIPO Brevilíneo Normolíneo Longilíneo Tabela 1 – Cálculo de peso ideal segundo biótipo Biótipo Variações em Homens Variações em Mulheres Brevilíneo h – 100 até (h – 100) – 5 % (h – 100) – 5 % até (h – 100) – 10% Normolíneo (h – 100) – 5 % até (h – 100) – 10% (h – 100) – 10 % até (h – 100) – 15% Longilíneo (h – 100) – 10 % até (h – 100) – 15% (h – 100) – 15 % até (h – 100) – 20% Onde: h = altura (cm) Fonte: Augusto, ALP et al., 1999. Compleição = Estatura (cm) Circunferência do pulso (cm) PESO IDEAL Classificação Homens Mulheres Pequena > 10,4 > 10,9 Média 9,6 – 10,4 9,9 – 10,9 Grande < 9,6 < 9,9 Tabela utilizada – Metropolitan Life Insurance Company (1983). Peso (Kg) HOMENS Peso (Kg) MULHERES Compleição Física Compleição Física Altura (cm) Pequena Média Grande Altura (cm) Pequena Média Grande 155 50,6 53,6 58,2 142 41,8 45,0 49,5 156 50,7 54,3 58,8 143 42,3 45,0 49,8 157 51,4 55,0 59,5 144 42,8 45,6 50,1 158 51,8 55,5 60,0 145 43,2 45,9 50,5 159 52,2 56,0 60,5 146 43,7 46,6 51,2 160 52,7 56,4 60,9 147 44,1 47,3 51,8 161 53,2 56,8 61,5 148 44,6 47,7 52,3 162 53,7 57,2 62,1 149 45,1 48,1 52,8 163 54,1 57,7 62,7 150 45,5 48,6 53,2 164 55,0 58,5 63,4 151 46,2 49,3 54,0 165 55,9 59,5 64,1 152 46,8 50,0 54,5 166 56,5 60,1 64,8 153 47,3 50,5 55,0 167 57,1 60,7 65,6 154 47,8 51,0 55,5 168 57,7 61,4 66,4 155 48,2 51,4 55,9 169 58,6 62,3 67,5 156 48,9 52,3 56,8 170 59,5 63,2 68,6 157 49,5 53,2 57,7 171 60,1 63,8 69,2 158 50,0 53,6 58,3 172 60,7 64,4 69,8 159 50,5 54,0 58,9 173 61,4 65,0 70,5 160 50,9 54,5 59,5 174 62,3 65,9 71,4 161 51,5 55,3 60,1 Peso (Kg) HOMENS Peso (Kg) MULHERES Compleição Física Compleição Física Altura (cm) Pequena Média Grande Altura (cm) Pequena Média Grande 175 63,2 66,8 72,3 162 52,1 56,1 60,7 176 63,8 67,5 72,9 163 52,7 56,8 61,4 177 64,4 68,2 73,5 164 53,6 57,7 62,3 178 65,0 69,0 74,1 165 54,5 58,6 63,2 179 65,9 69,9 75,3 166 55,1 59,2 63,8 180 66,8 70,9 76,4 167 55,7 59,8 64,4 181 67,4 71,7 77,1 168 56,4 60,5 65,0 182 68,0 72,5 77,8 169 57,3 61,4 65,9 183 68,6 73.2 78,6 170 58,2 62,2 66,8 184 69,8 74,1 79,8 171 58,8 62,8 67,4 185 70,9 75,0 80,9 172 59,4 63,4 68,0 186 71,5 75,8 81,7 173 60,0 64,1 68,6 187 72,1 76,6 82,5 174 60,9 65,0 69,8 188 72,7 77,3 83, 175 61,8 65,9 70,9 189 73,3 78,0 83,8 176 62,4 66,5 71,7 190 73,9 78,7 84,4 177 63,0 67,1 72,5 191 74,5 79,5 85,0 178 63,6 67,7 73,2 Tabela 1 – Cálculo de peso ideal segundo biótipo Biótipo Variações em Homens Variações em Mulheres Brevilíneo h – 100 até (h – 100) – 5 % (h – 100) – 5 % até (h – 100) – 10% Normolíneo (h – 100) – 5 % até (h – 100) – 10% (h – 100) – 10 % até (h – 100) – 15% Longilíneo (h – 100) – 10 % até (h – 100) – 15% (h – 100) – 15 % até (h – 100) – 20% Onde: h = altura (cm) Fonte: Augusto, ALP et al., 1999. ✔ Porcentagem de peso ideal ou adequação do peso PESO IDEAL Adequação do Peso (%) Estado Nutricional ≤70 Desnutrição Grave 70,1 – 80 Desnutrição Moderada 80,1 – 90 Desnutrição leve 90,1 – 110 Eutrofia 110,1 – 120 Sobrepeso >120 Obesidade % de Peso Ideal = Peso atual x 100 Peso ideal A² x IMC médio PESO IDEAL IMC médio H= 22kg/m² M= 21kg/m² PESO ◎ Para amputados: Peso ideal (kg) = (100% - % do peso amputado) x peso ideal ________________ 100 Membro amputado Proporção de peso (%) Mão 0,8 Antebraço 2,3 Braço até o ombro 6,6 Pé 1,7 Perna abaixo do joelho 7,0 Perna acima do joelho 11,0 Perna inteira 18,6 MARTINS & CARDOSO, 2000. PESO 4) Peso estimado: ◎Utilizado quando não é possível aferir o peso pela metodologia convencional CP: circunferência da panturrilha (cm); AJ: altura do joelho (cm); CB: circunferência do braço (cm); PCSE: prega cutânea subescapular (mm). Homem Peso (kg) = [(0,98 x CP) + (1,16 x AJ) + (1,73 x CB) + (0,37 x PCSE) – 81,69] Mulher Peso (kg) = [(1,27 x CP) + (0,87 x AJ) + (0,98 x CB) + (0,4 x PCSE) – 62,35] CHUMLEA E COLS, 1985. PESO CB: circunferência do braço (cm); CA: circunferência abdominal (cm); CP (circunferência da panturrilha (cm). Homem = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CA) + (1,2452 x CP) - (4,8689 x 1) – 32,9241 Mulher = (0,5759 x CB) + (0,5263 x CA) + (1,2452 x CP) - (4,8689 x 2) – 32,9241 RABITO E COLS, 2006. ADEQUAÇÃO DE PESO Classificação do estado nutricional de acordo com adequação do peso: BLACKBURN & THORNTON, 1979. Adequação do peso Estado nutricional ≤ 70% Desnutrição grave 70,1 a 80% Desnutrição moderada 80,1 a 90% Desnutrição leve 90,1 a 110% Eutrofia 110,1 a 120% Sobrepeso ≥ 120% Obesidade MUDANÇA DE PESO ◎ Perda de peso recente bem correlacionada com morbidade e mortalidade; ◎ Variação calculada mediante fórmula: % de mudança ponderal recente = (peso habitual – peso atual) x 100 _____________________________ peso habitual MUDANÇA DE PESO Classificação do percentual da perda de peso segundo o tempo: HEYMSFIELD & MATTHEWS, 1994. Tempo Perda de peso significativa (%) Perda de peso grave (%) 1 semana 1 a 2 > 2 1 mês 5 > 5 3 meses 7,5 > 7,5 6 meses 10 > 10 ESTATURA ◎ Aferição convencional; ◎ Estatura estimada através dos parâmetros: AJ (Chumlea e cols, 1985), extensão dos braços, meia envergadura e estatura recumbente. Expressa a dimensão longitudinal ou linear do corpo humano ESTATURA 1) Aferição convencional: ◎Paciente em pé e descalço; ◎Encostando nuca, nádegas e calcanhares em uma barra (ou parede) vertical fixa, inextensível e graduada em centímetros; ◎Peso distribuído igualmente entre os pés; ◎Cabeça ereta, olhar fixo à frente. ESTATURA2) Estatura estimada: Utilizada quando há dificuldade de manter o paciente na posição ereta, mais comum para acamados, idosos ou deficientes físicos. ◎Segundo Chumlea e cols. (1985) Masculino= [64,19 – (0,04 x idade em anos) + (2,02 x AJ)] Feminino= [84,88 – (0,24 x idade em anos) + (1,83 x AJ)] AJ: altura do joelho (cm) ESTATURA Técnica para aferição da AJ: ◎Indivíduo em decúbito dorsal ou sentado próximo à extremidade da cadeira, com o joelho flexionado formando um ângulo de 90°; ◎Altura entre calcanhar e joelho, aferida com régua ou calibrador específico. ESTATURA ◎ Extensão dos braços Indivíduo sentado, posição ereta, encostado em uma parede; Braços estendidos, em ângulo de 90° com o corpo e abertos na altura do ombro; Mede-se a distância entre as extremidades dos dedos médios com uma fita métrica inelástica Estimativa da estatura ESTATURA ◎ Meia envergadura (ME) Indivíduo sentado, posição ereta, encostado em uma parede; Um braço fica estendido, em ângulo de 90° com o corpo e aberto na altura do ombro; Mede-se a distância entre o osso esterno e a extremidade do dedo médio; Multiplica-se a medida obtida por 2 Estimativa da estatura ESTATURA ◎ Estatura recumbente Indivíduo em decúbito dorsal e com leito horizontal completo; Marcar o lençol na altura da extremidade da cabeça e da base do pé; Medir a distância entre as duas marcas utilizando uma fita métrica inelástica Estimativa da estatura ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) ◎ Indicador simples para classificação do estado nutricional; ◎ Não distingue o peso associado ao músculo ou à gordura corporal; P (kg) IMC = A2 (m) ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) Classificação do estado nutricional segundo IMC para adultos IMC Classificação < 16 Desnutrição de grau III 16,0 a 16,99 Desnutrição de grau II 17 a 18,49 Desnutrição de grau I 18,5 a 24,99 Normal/Eutrofia 25,0 a 29,99 Sobrepeso 30,0 a 34,99 Obesidade grau I 35 a 39,99 Obesidade grau II ≥ 40 Obesidade grau III OMS, 1998 ÍNDICE DE MASSA CORPORAL (IMC) Classificação do estado nutricional segundo IMC para idosos IMC Classificação < 22 Magreza 22 a 27 Eutrofia > 27 Excesso de peso LIPSCHITZ, 1994 CIRCUNFERÊNCIAS “São medidas que verificam o tamanho das secções transversais e dimensões do corpo, podem ser um importante instrumento diagnóstico do estado nutricional ” MIRANDA E COLS, 2012. CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO OU BRAQUIAL (CB) ◎ Uso do braço não dominante; ◎ Braço flexionado em direção ao tórax com formação de ângulo de 90°; ◎ Identificação do ponto médio entre acrômio e olecrânio; ◎ Braço estendido e relaxado ao longo do corpo; ◎ Utilização de uma fita inextensível para contornar o braço no ponto médio, obtendo assim o valor da CB. CIRCUNFERÊNCIA DO BRAÇO OU BRAQUIAL (CB) Classificação do estado nutricional segundo CB em percentil: (Tabela) CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL (CB): Estado Nutricional CB Depleção < p 5 Risco de depleção p 5 ao p 15 Eutrofia p 15,1 ao p 95 Excesso de gordura > p 95 ◎ Percentual do valor padrão CIRCUNFERÊNCIA BRAQUIAL (CB): Classificação Adequação PCT Desnutrição Grave <70% Desnutrição moderada 70% a 80% Desnutrição leve 80% a 90% Eutrofia 90% - 110% Sobrepeso 110% - 120% Obesidade ≥ 120% Adequação da CB (%) = CB obtida (cm) x 100 CB percentil 50 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) ◎ Avalia a reserva de tecido muscular, com correção do tecido adiposo, porém sem correção óssea; ◎ Avaliação do estado nutricional segundo a CMB é obtida através da comparação entre o valor percentual de CMB encontrado com o valor referencial de CMB. ◎ Faixa de normalidade simplificada para CMB: CMB (cm)= CB (cm) – {0,314 x PCT (mm)} Masculino= 25,3 cm; feminino= 23,2 cm Fonte: Jelliffe, 1966. Percentual de adequação de CMB: CMB obtida x 100 CMB de percentil 50 CIRCUNFERÊNCIA MUSCULAR DO BRAÇO (CMB) % de adequação Classificação < 70% Desnutrição grave 70 a 80% Desnutrição moderada 80 a 90% Desnutrição leve 90% Eutrofia ▪ Homens: ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (AMB): AMB (cm2) = [CB (cm) – (π x (PCT (mm) ÷ 10))]2 - 10 4 π AMB (cm2) = (CMB)2 - 10 4 π ou ▪ Mulheres: ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (AMB): AMB (cm2) = (CMB)2 - 6,5 4 π AMB (cm2) = [CB (cm) – (πx (PCT (mm) ÷ 10))]2 - 6,5 4 π ou Classificação em percentil (Frisancho, 1990): Faixa de normalidade simplificada para AMB segundo Jelliffe (1966): Homens: 28,1 cm Mulheres: 22,2 cm ÁREA MUSCULAR DO BRAÇO (AMB): Estado Nutricional AMB (cm2) Depleção severa ≤ p5 Risco de depleção p 5,1 ao p15 Média p15,1 ao p85 Acima da média p85,1 ao p95 Boa nutrição > p95 ÁREA ADIPOSA DO BRAÇO (AAB): AGB (cm2) = [CMB (cm) x PCT (mm) ÷ 10] - π x [PCT (mm) ÷ 10]2 2 4 Estado Nutricional AMB (cm2) Depleção < p 5 Abaixo da média p 5.1 ao p15 Média p15.1 ao p 75 Acima da média p 75.1 ao p 85 Excesso de gordura > p 85.1 Classificação em percentil: CIRCUNFERÊNCIA DA CINTURA (CC) ◎ Avalia a concentração de gordura visceral no corpo; ◎ Importante parâmetro como fator de risco para doenças cardiovasculares e diabetes mellitus; ◎ Aferida na parte mais estreita do tronco, entre as costelas e a crista ilíaca através de uma fita métrica inextensível após expiração. ▪ Circunferência da cintura ̶ Parte mais estreita do corpo ̶ Ponto médio da última costela e a crista ilíaca ▪ Circunferência abdominal ̶ Cicatriz umbilical Circunferência da cintura ou abdominal??? Normal Risco de complicações associadas à obesidade Risco moderado Alto risco Homens < 94 cm 94 ao 102 ≥ 102 Mulheres < 80 cm 80 a 88 ≥ 88 CIRCUNFERÊNCIA DO QUADRIL (CQ) ◎ Aferida através de uma fita inextensível, que deve ser posicionada horizontalmente à extensão posterior máxima dos glúteos. RELAÇÃO ENTRE CINTURA E QUADRIL (RCQ) ◎ Relaciona a proporção entre a gordura depositada na região abdominal e na região do quadril; ◎ Utilizada para avaliação do risco de doença cardiovascular. C (cm) RCQ = Q (cm) Pontos de corte: Homem > 1 Mulher > 0,85 OMS, 1998. Classificação da distribuição da gordura corporal: Visceral ou central ou andróide ̶ ↑ gordura abdominal → Obesidade superior ̶ Gordura distribuída preferencialmente na região do tronco ̶ Mais comum em homens ̶ > relação com DCNT Gluteofemural ou periférica ou ginecóide ou ginóide ̶ Gordura subcutânea → Obesidade inferior ̶ Mais comum em mulheres Classificação da distribuição da gordura corporal: COMPOSIÇÃO CORPORAL DOBRAS CUTÂNEAS DOBRAS CUTÂNEAS ◎ Método relativamente simples; ◎ Baixo custo e não invasivo; ◎ Tecido adiposo subcutâneo variável de acordo idade, indivíduos e local de mensuração; ◎ Compressibilidade da pele e do tecido adiposo variável com base em hidratação, idade e indivíduos; ◎ Inconsistência em condições de obesidade mórbida; ◎ Adipômetros de plásticos com precisão e confiabilidade diminuída. DOBRA CUTÂNEA TRICIPITAL (DCT) ◎ Localização do ponto médio entre acrômio e olecrânio com o braço flexionado junto ao corpo, formando ângulo de 90°; ◎ Mensuração da prega na parte posterior do braço, com os braços relaxados e estendidos ao longo do corpo. Faixa de normalidade simplificada: Homem- 12,5 mm Mulher- 16,5 mm Fonte: Jelliffe, 1981. DOBRA CUTÂNEA BICIPTAL (DCB) ◎ Mensurada no mesmo nível da PCT, porém na parte anterior do braço; ◎ Utilizada em fórmulas de predição de gordura corporal total. DOBRA CUTÂNEA DO TÓRAX OU PEITORAL (DCP) ◎ Recomendada tanto para homem quanto para mulher; ◎ Alta correlação com a densidade corporal; ◎ Faz parte de algumas equações para predição de gordura corporal; ◎ Aferida1 cm abaixo da dobra axilar anterior. DOBRA CUTÂNEA ABDOMINAL (DCA) ◎ Muito utilizada em equações de predição de gordura corporal; ◎ Recomendável para acompanhamento da perda de peso; ◎ Aferida 3 cm lateral e 1 cm abaixo da cicatriz umbilical ; ◎ Indivíduo com musculatura abdominal relaxada, respiração normal e em pé. DOBRA CUTÂNEA SUBESCAPULAR (DCSE) ◎ Mensurada no lado posterior do dorso, especificamente na diagonal do ângulo inferior da escápula. DOBRA CUTÂNEA SUPRAILÍACA (DCSI) ◎ Mensurada na direção oblíqua, sobre a linha média axilar no ponto em que esta se encontra 2 cm acima da crista ilíaca. DOBRA CUTÂNEA DA COXA (DCC) ◎ Aferida na posição vertical, na parte anterior da coxa, no ponto médio entre a linha inguinal e a borda proximal da patela; ◎ O peso é transferido para o pé esquerdo e a medida deve ser realizada com a perna levemente flexionada e com o pé na posição de meia-ponta. PREDIÇÃO DE GORDURA CORPORAL EQUAÇÃO DE DURNIN & WOMERSLEY (1974)- SEXO MASCULINO Idade (anos) Densidade 17-19 D= 1,1620 – 0,063 x (log Ʃ) 20-29 D = 1,1631 – 0,0632 x (log ∑) 30-39 D = 1,1422 – 0,0544 x (log ∑) 40-49 D = 1,1620 – 0,0700 x (log ∑) 50 + D = 1,1715 – 0,0779 x (log ∑) Ʃ- SOMATÓRIO DAS DOBRAS CUTÂNEAS TRICIPITAL, BICIPITAL, SUBESCAPULAR E SUPRAILÍACA. EQUAÇÃO DE DURNIN & WOMERSLEY (1974)- SEXO FEMININO Idade (anos) Densidade 17-19 D = 1,1549 – 0,0678 x (log ∑) 20-29 D = 1,1599 – 0,0717 x (log ∑) 30-39 D = 1,1423 – 0,0632 x (log ∑) 40-49 D = 1,1333 – 0,0612 x (log ∑) 50 + D = 1,1339 – 0,0643 x (log ∑) Ʃ- SOMATÓRIO DAS DOBRAS CUTÂNEAS TRICIPITAL, BICIPITAL, SUBESCAPULAR E SUPRAILÍACA. EQUAÇÃO DE SIRI (1956) ◎ % gordura corporal total= [(4,95/D) - 4,5] x 100 ESTIMATIVA DE GC- DURNIN & WOMERSLEY (1974) GIBSON, 1990 E LOHMAN, 1981 ◎ Peso da gordura (kg) = peso corporal (kg) x % gordura/ 100; ◎ MCM (kg) = peso corporal (kg) – peso de gordura (kg); ◎ MCM (%) = 100 - % gordura corporal. POLLOCK E COLS (1980) Classificação Homens Mulheres Desnutrição < 6 < 8 Normal 6-24 9-31 Média 15 23 Obesidade > 25 > 32 CLASSIFICAÇÃO DO ESTADO NUTRICIONAL DE INDIVÍDUOS ADULTOS DE ACORDO COM O PERCENTUAL DE GORDURA: BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA) ◎ Método rápido e não invasivo para avaliar a composição corporal; ◎ Baseado no princípio da condutividade elétrica; ◎ Resultado da resistência oferecida pelos tecidos corporais à passagem de uma corrente elétrica; ◎ Utilizada para determinar a água corporal total e posteriormente estimar o percentual de gordura; ◎ Método tetrapolar que utiliza quatro pequenos eletrodos aplicados na mão e punho direitos e no tornozelo e pé direitos; BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA (BIA) ◎ O aparelho é conectado aos eletrodos, onde uma corrente de baixa voltagem é passada pelo corpo; ◎ Os valores obtidos combinados com altura, peso e sexo possibilitam o cálculo de compartimentos corporais; ◎ Limitações: fatores que alteram a hidratação do indivíduo como alimentação, bebidas, uso de determinados medicamentos, desidratação e exercícios físicos. Bioimpedância Elétrica BIOIMPEDÂNCIA ELÉTRICA Recomendações para análise de BIA: ▪ Não comer ou beber a menos de 4 horas do teste. ▪ Não fazer exercícios a menos de 12 horas do teste. ▪ Urinar a menos de 30 minutos do teste. ▪ Não consumir álcool a menos de 48 horas do teste. ▪ Não consumir café e nem fumar cigarro antes do exame. ▪ Não tomar medicamentos diuréticos a menos de 7 dias do teste. ▪ Não avaliar indivíduos com marca-passo ▪ Não avaliar gestantes (HEYWARD; STOLARCZYK, 2000; HEYWARD, 2004; COELHO; AMORIM, 2007) ❖ Futrex (infravermelho próximo) INTERACTÂNCIA DE INFRAVERMELHOS Método novo para estimar a composição corporal. •Baseia-se nos princípios de absorção e reflexão do raio infravermelho para avaliar indiretamente a quantidade de gordura e água corporais. •A luz infravermelha penetra nos tecidos em uma profundidade de até 4cm e é refletida pelo osso de volta ao detector •Os comprimentos de onda de 930nm e 970nm têm sido identificados como os picos de absorção da luz para a gordura e água, respectivamente. DEXA (Absorciometria de Duplos Feixes de Raio X) A técnica inclui: conteúdo mineral ósseo, densidade mineral óssea total; massa magra sem tecido ósseo; massa gorda; partes moles; e partes moles sem gordura. (NACIF; VIEBIG, 2007) Vantagens: ▪ Não invasivo, não traumático, altamente preciso e reprodutivo. ▪ Não é necessário nenhum requisito especial, da parte do avaliado, para a realização da técnica (COSTA, 2001) Pesagem Hidrostática “Método Ouro” Baseia-se no princípio de Arquimedes Afirma que ao introduzir-se um corpo em água ocorre deslocamento do volume de água correspondente ao volume do corpo submerso. TOMOGRAFIA COMPUTADORIZADA ◎ Método preciso na configuração da composição corporal. ◎ Nesse método é realizado um mapeamento dos compartimentos corporais por intermédio de passagem de feixes de raios X através dos tecidos, com densidades diferentes, com a produção de imagens bidimensionais, em cortes transversais. ◎ Esta é uma técnica bastante precisa, mas expõe o indivíduo avaliado à radiação ionizante, além de apresentar elevado custo para execução (NACIF; VIEBIG, 2004) RESSONÂNCIA MAGNÉTICA ◎ Método que identifica a composição corporal por meio da emissão de radiação eletromagnética, com produção de imagens. (NACIF; VIEBIG, 2004). PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR ◎ Vantagens: ◉ Métodos simples e seguro ◉ Boa reprodutibilidade e alta correlação com a pesagem hidrostática ◎ Equipamento complexo, sofisticado e de custo elevado. ◎ Consiste de uma pequena câmara vazia constituída de fibra de vidro, isolada e em condições isotérmicas, contendo uma janela de acrílico e um assento em seu interior para acomodar o avaliado, e porta com dispositivos eletromagnéticos para o seu fechamento. ◎ Pressão X Volume (NACIF; VIEBIG, 2004). PLETISMOGRAFIA DE DESLOCAMENTO DE AR ULTRA-SONOGRAFIA (US) ◎ Métodos que mede a distância entre a pele e as camadas do tecido muscular e adiposo por meio da emissão de ondas sonoras. ◎ Vantagem: alta confiabilidade ◎ Desvantagem: elevado custo (NACIF; VIEBIG, 2007) EQUAÇÕES DE PREDIÇÃO DE COMPOSIÇÃO CORPORAL Durnin & Womersley (1974): ▪ Σ 4DC = BC, TR, SE, SI Equações de Predição de Composiço Corporal Homens Idade Cálculo da densidade corporal (D) 17 – 19 D= 1,1620 – 0,0630 x (logΣ) 20 – 29 D = 1,1631 – 0,0632 x (logΣ) 30 – 39 D = 1,1422 – 0,0544 x (logΣ) 40 – 49 D = 1,1620 – 0,0700 x (logΣ) +50 D = 1,1715 – 0,0779 x(logΣ) Mulheres 17 – 19 D= 1,1549 – 0,0678 x (logΣ) 20 – 29 D= 1,1599 – 0,0717 x (logΣ) 30 – 39 D= 1,1423 – 0,0632 x (logΣ) 40 – 49 D= 1,1333 – 0,0612 x (logΣ) +50 D= 1,1339 – 0,0645 x (logΣ) Durnin & Womersley (1974): ▪ Fórmula de Siri: %G = 4,95 – 4,50 x 100 DENS Equações de Predição de Composiço Corporal . PADRÕES DE NORMALIDADE DE %G Homens Mulheres Risco de doenças associadas à desnutrição ≤5% ≤8% Abaixo da média 6 – 14% 9 – 22% Média 15% 23% Acima da média 16 – 24% 24 – 31% Risco de doenças associadas á obesidade ≥25% ≥32% Lohman (1992) Classificação do estado Nutricional segundo Porcentagem de Gordura Corporal de acordo com Sexo e Faixa etária Idade (anos) Desnutrição Eutrofia Pré-obesi dade Obesidade Mulheres 20 – 39 <21% 32,9% 38,9% ≥ 39% 40 – 59 <23% 33,9% 39,9% ≥40% 60 – 79 <24% 35,9% 41,9% ≥42% Homens 20 – 39 <8% 19,95 24,9% ≥25% 40 – 59 <11% 21,9% 27,9% ≥28% 60 – 79 <13% 24,9% 29,9% ≥30% Gallagher (2000)
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