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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ FACULDADE DE FARMÁCIA – PIAP VII Documento: PROTOCOLO DE BIOSSEGURANÇA EM LABORATÓRIO DE ANÁLISES CLÍNICAS PARA A CONTENÇÃO DO SARS-CoV-2. Discente: Giovanna Carolinny Diniz da Silva - 201707940004 INTRODUÇÃO Em virtude da pandemia do novo Coronavírus (SARS-CoV-2) os laboratórios de Análises Clínicas, bem como os demais serviços, precisaram passar por uma mudança para se adequar às novas medidas de segurança e saúde recomendadas pela Organização Mundial de Saúde e Ministério da Saúde. Sabe-se que o vírus, causador da COVID-19, apresenta alto nível de patogenicidade e por isso protocolos de biossegurança devem ser estabelecidos para evitar a propagação e contaminação pelo mesmo, priorizando a avaliação de risco de cada local e implementando práticas seguras para todos os profissionais e pacientes. OBJETIVO O objetivo deste trabalho é sugerir um protocolo para fornecer informações e estabelecer diretrizes sobre as medidas de prevenção para evitar a contaminação por SARS-CoV-2 no ambiente do laboratório de análises clínicas, seguindo as recomendações científicas e sanitárias atuais. DESCRIÇÃO DOS PROCEDIMENTOS 1. Orientações gerais Devem ser adotadas pelas pessoas e funcionários que circulam no ambiente. Preferencialmente, o estabelecimento deve adotar avisos fixados permitindo a visualização de todos na entrada e demais ambientes. · Uso de máscara segundo orientação da OMS: máscara de tecido, cirúrgica ou N95, conforme necessidade; · Realizar a aferição de temperatura na chegada; · Higienizar as mãos com água e sabão, por no mínimo 20 segundos, ou utilizar álcool em gel 70%; · Deve-se evitar tocar o rosto e demais objetos passíveis de contaminação. Se necessário, higienizar as mãos em seguida; · Não compartilhar objetos pessoais; · Manter o distanciamento mínimo de 1,5 m recomendado e evitar contato com os demais (aperto de mãos e abraços, por exemplo). 2. Descrição por setor 2.1. Recepção Os funcionários devem ser orientados quanto ao cuidado no deslocamento casa/trabalho, mantendo as mesmas higienes e devem ser adotadas medidas que evitem aglomeração e a contaminação como: · Restringir o número de pacientes por meio de agendamentos remotos (telefone, e-mail e outros); · Reduzir os espaços de acomodação (cadeiras, bancos, etc.) e manter o distanciamento de 2m entre os mesmos; · Se possível, separar o fluxo de atendimento por: pacientes sem suspeita de infecção, com suspeita de infecção, prováveis ou confirmados, priorizando para alguns o atendimento e coleta domiciliar; · Deve ser disponibilizado área de lavagem das mãos e álcool 70º; · Cartazes devem estar disponíveis orientando a etiqueta respiratória; · Dispor de lixeira identificada para descarte de lenços de papel, com acionamento por pedal; · Manter o distanciamento entre pacientes e o balcão de atendimento, com instalação de barreiras e/ou fita de isolamento; · Dar preferência à circulação natural de ar, mantendo janelas abertas. Aos funcionários, devem ser dadas ainda as seguintes orientações: · Não compartilhar objetos pessoais nem EPI (Equipamento de Proteção Individual); · Utilizar máscara em todas as áreas e trocá-la se estiver úmida, higienizando as mãos antes e depois; · Desinfetar constantemente materiais de uso como telefones, computadores, cadeiras, maçanetas, canetas e outros; · Evitar o uso de joias e adornos que possam atrapalhar a higiene individual corretamente. Para a desinfecção usar Álcool 70º ou Hipoclorito de Sódio 0,5%. 2.2. Coleta Funcionário deve utilizar todos os EPIs de forma correta, incluindo máscara, luvas, jaleco, proteção ocular e sapatos fechados. · Recomendar a remoção de joias que possam ser contaminadas ou fonte de contaminação; · Sempre desinfectar o material de transporte das amostras e demais materiais utilizados para a coleta (garrote, cadeira, etc) a cada atendimento; · Todos os procedimentos de manuseio devem ser realizados de modo a minimizar a formação de aerossóis ou respingos; · Amostras que necessitem de centrifugação, redobrar o cuidado ao retirar do equipamento; · Todas as superfícies devem seguir as recomendações de limpeza durante os procedimentos; · Descartar materiais perfurocortantes em local apropriado 2.3. Recebimento e Processamento de amostras · Amostras de baixo risco devem seguir as recomendações convencionais, com o uso constante de EPIs (dar preferência ao uso de máscara N95); · Amostras com alto risco de contaminação por SARS-CoV-2 devem ser manuseadas, além das práticas básicas, em cabines de segurança com direcionamento de fluxo de ar; · Estas últimas podem ser identificadas de modo a diferenciar das demais, facilitando seu manuseio e descarte; · Evitar levar a mão ao rosto, mesmo utilizando luvas; · Amostras respiratórias e de fezes devem ser processadas preferencialmente em cabines que minimizem a propagação de respingos e gotículas. 2.4. Resíduos · Devem seguir as recomendações atuais podendo ser tratados na própria unidade ou não; · Os resíduos da própria unidade são armazenados em saco branco leitoso, enquanto os demais acondicionados em saco vermelho podendo passar por um processo de inativação, como a autoclavação. 3. Demais orientações comuns Estas orientações são válidas aos profissionais que circulam em mais de um ambiente. · Transitar sempre de máscara; · Jalecos devem ser retirados para circular em áreas que não necessitam do uso, respeitando os protocolos de paramentação; · Ambiente para alimentação deve-se respeitar os limites de distanciamento, de preferência manter um rodízio da equipe; · Não compartilhar objetos e higienizar sempre as mãos; · Ao retirar a máscara para alimentar-se, evitar dobrar e tocar na parte externa, removendo-a sempre pelas laterais. 2
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