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RELATÓRIO MARIANA DA SILVA 8º PERÍODO 20211

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MARIANA DA SILVA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PESQUISA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA: 
O PAPEL DA INTERAÇÃO NOS MEIOS MIDIÁTICOS
Itajaí, SC
2021/01
MARIANA DA SILVA
RELATÓRIO DO ESTÁGIO SUPERVISIONADO PESQUISA DA PRÁTICA PEDAGÓGICA: 
O PAPEL DA INTERAÇÃO NOS MEIOS MIDIÁTICOS
Relatório apresentado à disciplina de Estágio Supervisionado: Pesquisa da Prática Pedagógica 8º período do Curso de Pedagogia, Escola de Educação da Universidade do Vale do Itajaí- UNIVALI - Campus Itajaí.
Orientadora: Profª. MSc. Mara Nair Jenichen
Itajaí, SC
2021/01
"O objetivo da educação não é ensinar coisas, porque as coisas já estão na internet, estão por todos os lugares, estão nos livros. É ensinar a pensar."
(Rubem Alves)
SUMÁRIO
1 INTRODUÇÃO	6
 1.1 Justificativa	8
1.2 Objetivo geral 	9
1.3 Objetivos específicos 	9
1.4 Metodologia 	9
2 DIAGNÓSTICO	9
3 DESCRIÇÃO DOS VÍDEOS	15
3.1 Relações e transformações através da reciclagem	15
3.2 Valorizando o meu eu	16
3.3 Aprendendo com o meio ambiente	17
3.4 Curiosidades geográficas	18
3.5 Explorando o universo musical	19
3.6 Conhecendo e investigando o reino animal	20
3.7 Explorando as profissões	21
4 REFLEXÃO E ANÁLISE DO TEMA DE PESQUISA	22
4.1 Conceito de Interação	22
4.2 Relação professor e criança	23
4.3 Internet como ferramenta educacional e seus novos desafios	25
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS	28
REFERÊNCIA	30
1 INTRODUÇÃO
A finalidade do presente trabalho é relatar as atividades desenvolvidas durante o Estágio Supervisionado: pesquisa da prática pedagógica orientado pela professora Mara Nair Jenichen, oitavo período do curso de Pedagogia da Universidade do Vale do Itajaí (UNIVALI), Escola de Educação. As etapas do Estágio Curricular obrigatório, foi realizado, de acordo com o cumprimento e validação das 80 horas de estágio, em decorrência do isolamento social causado pela Pandemia/COVID-19, por meio da produção de sete (7) videoaulas disponibilizadas à Educação Infantil da Rede Municipal de Educação de Itajaí. 
Respeitando o regulamento do Estágio que determina as suas três (3) etapas. Iniciamos cumprido primeiramente o Projeto de Intervenção, que equivale a 1/4 do tempo de estágio. O projeto consistiu em um Diagnóstico envolvendo a instituição de Educação Infantil e o processo de ensino e de aprendizagem, a elaboração de um Plano de Ação e o delineamento do Tema de Pesquisa. No segundo momento a Intervenção, equivalente a 2/4 do tempo de estágio. A Intervenção consistiu no desenvolvimento da docência, a partir do Projeto de Intervenção, cumprida através da gravação de sete (7) videoaulas. E por fim o Relatório, equivalente a 1/4 do tempo de estágio. O Relatório consiste em avaliar o processo de ensino e de aprendizagem, a partir da intervenção realizada por meio de videoaulas, bem como a elaboração de uma Pesquisa Científica referente a um Tema de grande relevância para a nossa formação docente. E por fim, com base nesse no Relatório desenvolvido durante o Estágio Obrigatório, haverá no final do semestre a apresentação pública, em Banca Examinadora
O Estágio Obrigatório tem como objetivos investigar problemáticas educacionais na Educação Básica, na Educação Infantil de a assegurar práticas de docência, na Educação por meio da aplicação Projetos de Intervenção. Assim iniciamos a primeira etapa (Diagnóstico e Plano de Ação) fazendo as leituras dos documentos oficiais, como a Base Nacional Comum Curricular (2017), o Currículo Base da Educação Infantil e do Ensino Fundamental do Território Catarinense (2019) e Lei de Diretrizes e Bases. 
Desta forma, conseguimos dar um norte ao nosso trabalho e possibilitou, por meio da elaboração do Diagnóstico, a elaboração de significativos conceitos e possibilitando com isso a construção de uma base teórica pautada em algumas questões, como: Qual a finalidade da Educação Infantil, e qual o seu objetivo? Quais os eixos estruturantes das práticas pedagógicas na Educação Infantil? De que forma as crianças pequenas aprendem e se desenvolvem? O que os seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento determinados pela BNCC asseguram à criança na Educação Infantil? Qual a concepção de criança que a BNCC apresenta em relação às diretrizes dos “seis” direitos? Quais são esses direitos e o que cada um assegura? Em que constituem a organização curricular da Educação Infantil na BNCC estar estruturada em cinco campos de experiências no âmbito dos quais são definidos os objetivos de aprendizagem e desenvolvimento? Qual a responsabilidade do educador frente ao planejamento e a avaliação da Educação Infantil? Qual o papel e o perfil dos profissionais da Educação Infantil? Como se dá a organização do cotidiano e sua relação com os tempos e os espaços na Educação Infantil? Como atender as crianças no percurso formativo, o acolhimento nas transições entre casa e a instituição de Educação Infantil?
Com o Diagnóstico em mãos e contendo as respostas das questões importantes em relação perfil da criança e da Educação Infantil conseguimos, de forma mais clara, escolher o Direito de Aprendizagem e Desenvolvimento “Explorar”, para nos aprofundar teoricamente e que delineou o nosso Tema de Pesquisa: O papel da interação nos meios midiáticos.
Estes aspectos, acima citados, nos permitiram o início do segundo momento da primeira etapa, Projeto de Intervenção, a elaboração do Plano de Ação. Após escolha de um dos seis direitos, e acreditando na necessidade das interações e da brincadeira nas práticas educativas voltadas para a escuta das crianças, fomos pesquisar os campos de experiências criando uma relação com os pontos convergentes para elaboração de roteiro e para a produção das sete videoaulas. Traçamos para vídeo umas sequências didáticas contendo, como em uma aula presencial, todas as estratégias de ensino para efetuar as gravações.  
As gravações se deram a partir de interações, brincadeiras e em práticas educativas intencionalmente voltadas para a escuta das crianças, de forma produzir e legitimar as experiências das crianças pequenas no processo de ensino e aprendizagem.  Esses aspectos nos permitiram o início do segundo momento, a elaboração do Plano de Ação. E para dar conta de atender tais necessidades, traçamos, por meio das sequências didáticas, todos os procedimentos metodológicos para a gravação.  Vale destacar que, outras dimensões importantes, como a social, a imaginária, a cultural, a lúdica, a ética, a estética. Bem como o objetivo da Educação Infantil proposto na BNCC. O potencializar aprendizagens e desenvolvimento por meio da ampliação de experiências, conhecimentos e habilidades das crianças por meio da prática do diálogo e o compartilhamento de responsabilidades entre a instituição de Educação Infantil e a família.  
Dessa forma, para cada vídeo, foi elaborado uma sequência didática contendo, primeiramente, a sensibilização, baseada na escuta da criança, em seguida a apresentação do tema a partir dos objetivos de aprendizagens e desenvolvimento.  A proposição, contendo a ação a ser realizada pelas crianças, com ou sem a participação da família, no espaço de sua casa. E por fim a finalização da experiência, concluindo o processo vivenciado pela criança pequena de forma que seguiu estratégias metodológicas adequadas aos objetivos de aprendizagem e desenvolvimento, vinculando-as a situações concretas e prévias das crianças da Educação Infantil.
Após as duas primeiras etapas concluídas, tivemos agora que voltar nossos esforços na parte da Pesquisa do Relatório. Assim, voltamos ao nosso Tema de Pesquisa, a sua investigação seguindo as normas da metodologia consagradas pela ciência.
1.1 JUSTIFICATIVA
A pesquisa retrata a nossa busca de informações primeiramente para o nosso crescimento pessoal e para a nossa identidade docente como futuros docentes. Bem como, constituiu o aprofundamento dos conhecimentos acerca da importância da interação pedagógica nos meios midiáticos.
Seguindo com o percurso metodológico da Pesquisa não poderíamosdeixar de formular uma questão problema. Como sabemos, o Problema de Pesquisa é uma pergunta, um problema que se deseja resolver, pois, caso contrário, a nossa pesquisa ficaria sem direcionamento à efetivação dos resultados que almejamos obter. 
Mediante a isso propomos como problema a seguinte questão: qual o papel da interação nos meios midiáticos na Educação Infantil? 
	Dando continuidade chegamos na Determinação dos Objetivos que definem com precisão o que pretendemos alcançar com a Pesquisa e estão organizados da seguinte forma:
 
1.2 OBJETIVO GERAL
Entender o papel da interação nos meios midiáticos na Educação Infantil.
1.3 OBJETIVOS ESPECÍFICOS
1. Definir o conceito de interação;
2. Compreender a relação entre professor e a criança;
3. Entender o uso da internet como ferramenta educacional e seus novos desafios.
1.4 METODOLOGIA
 E por fim a Metodologia. E como o próprio nome no diz, ela representa os métodos que utilizamos à obtenção dos dados que desenvolveram o Tema de Pesquisa, que foram: 
· Pesquisa bibliográfica; 
· Elaboração de Projeto de Pesquisa (Diagnóstico e Plano de Ação); 
· Elaboração do Tema de Pesquisa;
· Produção de vídeos por meio de mídias digitais.
2 DIAGNÓSTICO
Para dar início ao diagnóstico, trago a Lei de Diretrizes e Bases em seu artigo 29, na qual define a educação infantil como principal agente no desenvolvimento integral da criança até seis anos em seus aspectos físicos, psicológicos, intelectual e social, complementando a ação da família e da comunidade". Seu principal objetivo com as crianças é de desenvolver aspectos físicos, motores, cognitivos, sociais e emocionais.
Além da LDB, temos também as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil, na qual estabelece como prática pedagógica as interações e brincadeiras. Na sociologia, a interação é a ação que define as relações desenvolvidas pelos grupos sociais e indivíduos.
As interações possibilitam às crianças que conheçam a si e o mundo, ampliando experiências sensoriais, expressivas e corporais. Que também favoreçam a imersão das mesmas em diferentes linguagens e o gradativo domínio de diversos gêneros e formas de expressão, entre outras inúmeras experiências.
O desenvolvimento da criança ocorre desde seus primeiros dias de vida. Os pequenos evoluem com o contato frequente no meio em que vivem, a partir da interação com as pessoas ao seu redor, observando e também experimentando. Tanto os pais quanto a escola são os principais mediadores neste processo, pois estimulam diariamente as crianças para que desenvolvam confiança, afeto, habilidades e valores que formarão os futuros cidadãos.
A Base Nacional Comum Curricular é um documento criado com a intenção de regular quais são as principais aprendizagens a serem aplicadas nas escolas brasileiras (públicas e particulares), sendo Educação Infantil, Ensino Fundamental e Ensino Médio. 
A BNCC reconhece a criança como:
[...].ser que observa, questiona, levanta hipóteses, conclui, faz julgamentos e assimila valores e que constrói conhecimentos e se apropria do conhecimento sistematizado por meio da ação e nas interações com o mundo físico e social não deve resultar no confinamento dessas aprendizagens a um processo de desenvolvimento natural ou espontâneo. Ao contrário, impõe a necessidade de imprimir intencionalidade educativa às práticas pedagógicas na Educação Infantil, tanto na creche quanto na pré-escola. (BNCC,f 2010 p. 38)
Neste momento, darei destaque aos seis direitos de aprendizagem e desenvolvimento de aprendizagem que são conviver, brincar, participar, explorar, expressar e conhecer-se. Estes por sua vez, asseguram as condições para que as crianças aprendam em situações nas quais desempenham um papel ativo em ambientes que as convidem a vivenciar desafios e a sentirem-se provocadas a resolvê-los, nas quais possam construir significados sobre si, os outros e o mundo social e natural.
Conviver: "Conviver com outras crianças e adultos, em pequenos e grandes grupos, utilizando diferentes linguagens, ampliando o conhecimento de si e do outro, o respeito em relação à cultura e às diferenças entre as pessoas". (BNCC, p. 38)
Para assegurar este direito à criança, devemos possibilitar situações em que estes possam brincar e interagir com seus colegas. Mas não somente isso, jogos, literatura, cultura são importantes para que seu conhecimento seja expandido. Propor dinâmicas e convivências em grupo para que enfrentem situações onde saibam que precisam respeitar regras.
Brincar: "Brincar cotidianamente de diversas formas, em diferentes espaços e tempos, com diferentes parceiros (crianças e adultos), ampliando e diversificando seu acesso a produções culturais, seus conhecimentos, sua imaginação, sua criatividade, suas experiências emocionais, corporais, sensoriais, expressivas, cognitivas, sociais e relacionais". (BNCC, p. 38)
Promover brincadeiras é essencial e deve se fazer presente na rotina das crianças. O professor mediador deve observar o grupo brincando e oferecer possibilidades para enriquecer suas experiências e conduzi-las a outras. É importante que sejam planejadas e diversificadas. 
Participar: "Participar ativamente, com adultos e outras crianças, tanto do planejamento da gestão da escola e das atividades propostas pelo educador quanto da realização das atividades da vida cotidiana, tais como a escolha das brincadeiras, dos materiais e dos ambientes, desenvolvendo diferentes linguagens e elaborando conhecimentos, decidindo e se posicionando". (BNCC, p. 38) 
Este ponto diz respeito ao envolvimento das crianças na organização dos espaços em seu entorno. Permitir à criança que participe e dê opiniões é fundamental, isso fará com que se sintam pertencentes ao lugar e sejam autônomas para organizar um espaço que será seu.
Explorar: “Explorar movimentos, gestos, sons, formas, texturas, cores, palavras, emoções, transformações, relacionamentos, histórias, objetos, elementos da natureza, na escola e fora dela, ampliando seus saberes sobre a cultura, em suas diversas modalidades: as artes, a escrita, a ciência e a tecnologia”. (BNCC, p. 38)
Este ponto está bastante conectado com o anterior, não levar algo pronto para as crianças é imprescindível, devemos deixá-las que explorem os diferentes sons, texturas, momentos e diversos outros elementos.
Expressar: "Expressar, como sujeito dialógico, criativo e sensível, suas necessidades, emoções, sentimentos, dúvidas, hipóteses, descobertas, opiniões, questionamentos, por meio de diferentes linguagens". (BNCC, p. 38)
Expressar está fortemente ligado à participação. Falar, expor, argumentar faz com que a criança se sinta acolhida e compreendida. O professor pode propiciar uma série de ações nas quais permitam que isso ocorra como rodas de conversas, momentos de fala, assembleias e etc.
Conhecer-se: "Conhecer-se e construir sua identidade pessoal, social e cultural, constituindo uma imagem positiva de si e de seus grupos de pertencimento, nas diversas experiências de cuidados, interações, brincadeiras e linguagens vivenciadas na instituição escolar e em seu contexto familiar e comunitário". (BNCC, p. 38) 
Neste momento, o professor entra como mediador, criando estratégias para que eles se percebam, saibam do que gostam, descubram a si próprios e aos outros. Nos momentos de higiene e alimentação, por exemplo, elas sentem a necessidade de cuidar de si e ter consciência de seu corpo.
Conforme mencionei minuciosamente, o professor deve planejar suas ações. Este passo é mais do que importante, é fundamental dentro da escola e repercute sobre toda a sociedade. É ele quem facilita o acesso a informações e dados, ao conhecimento acumulado pela sociedade, conduzindo, avaliando e executando experiências, eventos e projetos para que a construção da aprendizagem seja completa desde os primeiros anos no colégio.
O professor deve compreender a necessidade de adaptação das crianças ao espaço e às pessoas diferentes de seu contato inicial; deve planejar e organizar os espaços deixando-os de acordo com a faixa etáriaa ser atendida; acolher às crianças e aos familiares, de maneira que estes se sintam seguras e respeitadas; organizar e orientar as crianças nos momentos de alimentação e higiene; acompanhar atentamente o momento do descanso (e também proporcionar atividades para as crianças que não dormem); garantir a segurança das crianças em todos os momentos e espaços da instituição; promover a interação entre as crianças e os adultos de seu entorno; elaborar e efetivar planos de trabalho docente, que privilegiam a brincadeira, as diferentes linguagens e as interações e, através da avaliação, retomá-los, quando necessário, propondo novos encaminhamentos.
Compete ao professor a organização de espaços e tempos na escola. Sabendo que tudo neste ambiente exerce influências no sentido da criança, (as cores, a arrumação da sala de aula, o refeitório, os banheiros, os espaços externos), é essencial a organização dos espaços na Educação Infantil, pois além de desenvolver potencialidades, propõe novas habilidades cognitivas, motoras e afetivas. Deste modo, as aprendizagens que acontecem dentro dos espaços disponíveis e ou acessíveis à criança são fundamentais na construção da autonomia, tendo a criança como uma das construtoras de seu conhecimento.
Ao considerar estes espaços, é importante lembrar sobre a adaptação da criança a um novo mundo e a novas relações. É um ambiente totalmente diferente do que as mesmas já haviam visto. Este momento não será fácil, mas procurar saber o contexto de onde estes vierem torna muito mais fácil, seja este o de casa ou de outra etapa de ensino. É especial pensar que não somente as crianças sofrem com esta adaptação, os pais também, e por isso vem a importância de construir uma boa relação com os familiares. Irá facilitar o trabalho se perguntar de qual brincadeira o filho mais gosta, quais seus medos, rotina em casa, cuidados já aprendidos com saúde e alimentação.
3 DESCRIÇÃO DOS VÍDEOS
3.1 RELAÇÕES E TRANSFORMAÇÕES ATRAVÉS DA RECICLAGEM
3.1.1 Sinopse: Ensinar a importância da reciclagem, contextualizando as crianças com a existência de diferentes tipos de lixo e sua separação correta. Propor a construção de brinquedos com materiais reciclados.
3.1.2 Direito: Explorar 
3.1.3 Campo de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
3.1.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento: (EI03ET02) Observar e descrever mudanças em diferentes materiais, resultantes de ações sobre eles, em experimentos envolvendo fenômenos naturais e artificiais.
3.1 5 Sequência Didática:
a) Sensibilização/contextualização: No primeiro momento, irei falar um pouco sobre os diferentes tipos de lixos que mais produzimos em nossa casa, e explicarei a importância de separar.
b) Apresentação do tema: Através da apresentação de imagens da internet e proposições do dia a dia.
c) Proposição: Com a ajuda de um adulto, realizar a confecção de brinquedos com materiais reciclados em sua casa a partir de tutoriais sugestivos feito pela professora.
d) Fechamento: Convidá-los a levar este conhecimento para seus familiares, e incentivá-los a ajudar na separação de lixo em suas casas.
3.1 6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas 
· Conhecer a variedade de lixos existentes;
· Separação correta do lixo e aplicar no seu dia a dia;
· Utilizar materiais reciclados para confeccionar brinquedos.
3.2 VALORIZANDO O MEU EU
3.2.1 Sinopse: Ensinar quanto à valorização do próprio corpo, sua identidade. Identificar diferentes modos de ser e viver, e respeitá-los.
3.2.2 Direito: Explorar.
3.2.3 Campo de Experiência: Corpo, gestos e movimentos.
3.2.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento: 
(EI03CG04) Adotar hábitos de autocuidado relacionados à higiene, alimentação, conforto e aparência.
(EI03EO05) Demonstrar valorização das características de seu corpo e respeitar as características dos outros (crianças e adultos) com os quais convive.
3.2. 5 Sequência Didática
a) Sensibilização/contextualização: Começar o vídeo comentando sobre nossas características e a dos outros seres humanos existentes em nossa sociedade, reforçando a necessidade de respeitá-los. Demonstrar a importância de nos alimentarmos bem e cuidar de nossa higiene. 
b) Apresentação do tema: Através da sensibilização com situações de seu cotidiano quanto ao cuidado com o corpo e com seu jeito de ser e existir, farei a leitura do livro “Quero ser eu mesmo - Maynara Abreu”. 
c) Proposição: Com a escuta, reflexão e percepção de modos de viver diferentes dos seus.
d) Fechamento: Relembrar os pontos mais importantes da aula e convidá-los a recontar para seus familiares tudo que aprendeu na aula.
3.2.6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas  
· Reconhecer e valorizar o seu jeito de ser;
· Cuidar de seu copo: se alimentando bem e realizando a higienização;
· Respeitar jeitos de ser e corpos diferentes do seu.
3.3 APRENDENDO COM O MEIO AMBIENTE
3.3.1 Sinopse: Mostrar à criança pequena importância de cuidar de todo espaço verde que possuímos contato e o impacto em nossas vidas quando realizamos ações negativas. Explicar a diferença de fauna e flora. Experiência com plantio.
3.3.2 Direito:  Explorar
3.3.3 Campo de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
3.3.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento:  
(EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação.
3.3. 5 Sequência Didática:
a) Sensibilização/contextualização: O início da aula se dará com perguntas e reflexões sobre o que as crianças fazem a favor do meio ambiente. 
b) Apresentação do tema: Apresentação do vídeo “Cuidando do meio ambiente” da Turma da Mônica. Com isso, mostrar quão afetado nosso planeta está devido à nossa falta de cuidado.
c) Proposição: Prática com plantio de feijão no algodão.
d) Fechamento: Instigá-las a praticar ações e ter hábitos sustentáveis em suas rotinas e também repassar para os seus familiares os conhecimentos obtidos nesta aula. Finalizar o vídeo pedindo que as crianças enviem alguns de seus feitos através de vídeo e convidá-los a realizar a pintura de um desenho sobre o que aprendeu e viu na aula.
3.3.6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas: 
· Reconhecer os problemas reais de nosso planeta Terra;
· Diferenciar o conceito de fauna e flora;
· Aprender hábitos sustentáveis para com o meio ambiente.
3.4 CURIOSIDADES GEOGRÁFICAS 
3.4.1 Sinopse: Ensinar as crianças pequenas quanto o planeta Terra, e mostrar todos os seus componentes importantes para existir vida. Demonstrar a importância do sol e a camada de ozônio. Conhecer o sistema solar, mostrando todos os planetas existentes e curiosidades sobre eles.
3.4.2 Direito: Explorar
3.4.3 Campo de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
3.4.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento:  (EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação.
3.4. 5 Sequência Didática:
a) Sensibilização/contextualização: Iniciar o vídeo enumerando alguns dos mais importantes componentes para a existência da Terra e a vida nela.
b) Apresentação do tema: Conhecer sobre a camada de ozônio e como preservá-la. Identificar as características bem como o tamanho dos planetas, comparando com uma unidade de medida mais próxima de sua realidade.
c) Proposição: Assistir ao vídeo do canal HooplaKidz Brasil - “A Música dos Planetas” e memorizar as características dos planetas.
d) Fechamento: Perguntar o que mais gostaram da aula e responder que eu mais gostei sobre a importância de cuidar de nossa camada protetora. Convidá-las a cuidarem cada vez mais do nosso planeta e ensinarem seus responsáveis a também cuidar.
3.4.6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas:  
 
· Identificar o que mantém a Terra viva e com vida;
· Conhecer a importância do sol e a função da camada de ozônio;
· Explorar o sistema solar, os planetas e suas características.
3.5 EXPLORANDO O UNIVERSO MUSICAL
3.5.1 Sinopse:Sensibilização das crianças pelo gosto musical. Entender a música como fonte de prazer a conhecimento e estimular a criatividade e audição.
3.5.2 Direito: Explorar
3.5.3 Campo de Experiência: Traços, sons, cores e formas.
3.5.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento:  (EI03TS01) Utilizar sons produzidos por materiais, objetos e instrumentos musicais durante brincadeiras de faz de conta, encenações, criações musicais, festas.
3.5. 5 Sequência Didática:
a) Sensibilização/contextualização: O início se dará com a apresentação da palhaça Tita (eu fantasiada), onde irei convidá-los a entrarem no universo da música e diversão.
b) Apresentação do tema: Utilização do violão como forma de dinâmica e aprendizagem, bem como linguagem e expressão corporal. Desenvolver a percepção auditiva perguntando quais sons conseguem ouvir em seu ambiente.
c) Proposição: Ensiná-los sobre alguns outros instrumentos (através de vídeos da internet) e o universo das notas musicais.
d) Fechamento: Convidá-los para que deem cada vez mais valor à música e utilizem em seu dia a dia como forma de aprendizagem.
3.5.6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas: 
· Sensibilizar as crianças pelo gosto musical;
· Apreciar a música como forma de entretenimento e aprendizagem;
· Conhecer o instrumento violão;
· Valorizar a música e utilizá-la no seu dia a dia.
3.6 CONHECENDO E INVESTIGANDO O REINO ANIMAL
3.6.1 Sinopse: Proporcionar às crianças pequenas atividades de exploração e conservação habitat natural dos animais e suas diferentes classificações.
3.6.2 Direito: Explorar
3.6.3 Campo de Experiência: Espaços, tempos, quantidades, relações e transformações.
3.6.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento:  (EI03ET03) Identificar e selecionar fontes de informações, para responder a questões sobre a natureza, seus fenômenos, sua conservação.
3.6.5 Sequência Didática:
a) Sensibilização/contextualização: Apresentação de diversos locais onde podemos encontrar animais e a importância de respeitar seu espaço.
b) Apresentação do tema: Mostrarei diversos animais agrupados por classe: mamíferos, herbívoros, carnívoros, e seus habitats naturais.
c) Proposição: Mostrar que a prática de ações e hábitos de poluição e desmatamento, podem deixar os animais sem casa. Entender que é necessário cuidar de todo ser vivo pois nosso planeta tem espaço para todos.
d) Fechamento: Compartilhar os aprendizados obtidos neste vídeo com os seus familiares. Finalizar o vídeo pedindo que as crianças enviem fotos de seus animais de estimação (ou o que gostaria de ter), e convidá-las a explorar e cuidar cada vez mais deste grupo de seres vivos.
3.6.6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas: 
· Sensibilizar-se e conhecer o reino animal e como ajudar na preservação desses seres;
· Distinguir as diferentes classes de animais e aprender sobre seus habitats naturais;
· Entender a importância de não poluir e não desmatar as florestas e o oceano.
3.7 EXPLORANDO AS PROFISSÕES
3.7.1 Sinopse: Mostrar às crianças pequenas as diversas profissões e sua importância para a sociedade, despertando a curiosidades das crianças com em relação às profissões dos seus familiares, bem como incentivar a valorização e respeitar com todas as demais profissões presentes em nosso dia a dia.
3.7.2 Direito:  Explorar
3.7.3 Campo de Experiência: Escuta, fala, pensamento e imaginação.
3.7.4 Objetivo de Aprendizagem e Desenvolvimento:  (EI03EF01) Expressar ideias, desejos e sentimentos sobre suas vivências, por meio da linguagem oral e escrita (escrita espontânea), de fotos, desenhos e outras formas de expressão.
3.7.5 Sequência Didática:
a) Sensibilização/contextualização: Conhecer e aprender as diferentes profissões, e quanto à valorização destes para que tenhamos nossa comida, nossas ruas limpas, entre outros tópicos.
b) Apresentação do tema: Apresentação do vídeo interativo pertencente ao canal Bisnaga Kids “Charada das profissões”, estimulando que as crianças respondam às perguntas.
c) Proposição: Ensinar como a criança pode explorar sobre as profissões, e convidá-las para que faça isso com seus familiares através de perguntas sugeridas previamente.
d) Fechamento: Apresentar o vídeo “Kamalu E Sua Turma - O Que Você Quer Ser Quando Crescer”. Solicitar que façam um desenho sobre o que sonham em ser quando forem adultos, e apresentar para os amigos na próxima oportunidade.
3.7.6 Experiências de Aprendizagens Desenvolvidas: 
· Conhecer as diferentes profissões ao seu redor;
· Valorizar os profissionais que atuam direta e indiretamente conosco;
· Reconhecer o profissional através de sua função;
· Desenvolver o sentido de explorador, ao verificar as profissões de seus familiares.
4 REFLEXÃO E ANÁLISE DO TEMA DE PESQUISA 
Como sabemos, o estágio é uma atividade curricular que existe para auxiliar na formação inicial do professor e, devido a sua organização, vai além de cumprir as exigências acadêmicas. Na verdade, ele possibilita a ampliação no campo da formação através da análise e reflexão crítica sobre uma Tema de Pesquisa e que está diretamente relacionado com a Prática Pedagógica, capaz de ressignificar o processo de aprendizagem e desenvolvimento infantil da criança pequena na Educação Infantil. 
O nosso Tema de Pesquisa é “O papel da interação nos meios midiáticos''. A interação é fundamental para o desenvolvimento escolar. O professor é quem incentiva o interesse das crianças nas aulas e o principal agente fortalecedor para o aprendizado das mesmas. Compreender a função deste papel é fundamental para que o professor seja capaz de produzir conteúdos de melhor assimilação, bem como experiências de aprendizagem únicas.
4.1 CONCEITO DE INTERAÇÃO
Define-se interação como “Qualquer atividade compartilhada; contato entre indivíduos que convivem” (Michaelis, 2021). É uma ação existente em todos os grupos sociais e importante para que os mesmos desenvolvam e enriqueçam suas relações com os outros. Conforme o Referencial Curricular Nacional para a Educação Infantil, no âmbito educacional:
“A interação social em situações diversas é uma das estratégias mais importantes do professor para a promoção de aprendizagens pelas crianças. Assim, cabe ao professor propiciar situações de conversa, brincadeiras ou de aprendizagens orientadas que garantam a troca entre as crianças, de forma a que possam comunicar-se e expressar-se, demonstrando seus modos de agir, de pensar e de sentir, em um ambiente acolhedor e que propicie a confiança e a auto-estima.” (RCNEI, 1998 p. 31)
A interação é necessária para que os seres humanos se desenvolvam e enriqueçam a sua comunicação e convívio. Segundo Vygotsky (2001 p.63) “o comportamento do homem é formado por peculiaridades e condições biológicas e sociais do seu crescimento”. Esta, por sua vez, no âmbito escolar, não é considerada efetiva de forma isolada, mas sim por meio de relações dentro de um grupo, no qual o sujeito vai conhecendo a si mesmo e aos outros.
Considerando que o processo de aprendizagem ocorre em decorrência de interações sucessivas entre as pessoas, a partir de uma relação vincular, é, portanto, através do outro que o indivíduo adquire novas formas de pensar e agir e, dessa forma apropria-se (ou constrói) novos conhecimentos (TASSONI, 2000, p. 6).
4.2 RELAÇÃO ENTRE PROFESSOR E CRIANÇA 
O processo de aprendizagem está atrelado às interações presentes nas relações entre professor e criança. E, para acontecer o desenvolvimento da inteligência, é necessário que a ação e a interação com o objeto de conhecimento e com o outro seja efetuada, pois, quanto menos se lida com esse objeto, menor é o desenvolvimento ou nenhum ocorre.
A sala de aula é um verdadeiro fenômeno social. Tudo que ocorre no contexto social maior ali estará representado. As trocas interpessoais são incessantes e permeiam todo e qualquer procedimento de aprendizagem.
Longe da família, o primeiro contato educacional que a criança possui é com o professor. A relação entre estes é condição indispensável para o desenvolvimento infantil. Estes dois sujeitos vivemem constante troca de saberes. Segundo Freire: “[...] o educador já não é o que apenas educa, mas o que, enquanto educa, é educado, em diálogo com o educando que, ao ser educado, também educa." (FREIRE, 1974, p. 44)
Dentre as principais atribuições deste profissional, além de todas as situações de cuidados básicos, destacamos: dialogar, compreender, escutar e esclarecer as dúvidas, perceber, ouvir, reconhecer o nível de entendimento dos pequenos e construir a ponte entre o seu saber e o deles. Com isso, o educando poderá se sentir seguro para expressar-se frente aos colegas de classe e perceber que a sala de aula é um espaço disponível para trocas de experiências e aprendizados. 
Ao reconhecer as crianças como seres íntegros, que aprendem a ser e conviver consigo próprias, com os demais e o meio ambiente de maneira articulada e gradual, as Propostas Pedagógicas das Instituições de Educação Infantil devem buscar a interação entre as diversas áreas de conhecimento e aspectos da vida cidadã, como conteúdos básicos para a constituição de conhecimentos e valores. Desta maneira, os conhecimentos sobre espaço, tempo, comunicação, expressão, a natureza e as pessoas devem estar articulados com os cuidados e a educação para a saúde, a sexualidade, a vida familiar e social, o meio ambiente, a cultura, as linguagens, o trabalho, o lazer, a ciência e a tecnologia” (BRASIL.PARECER CEB022/98, 1998, p 13)
Um método conveniente chamado Active learning, ou Metodologia Ativa, tem sua concentração em como as crianças aprendem, e não apenas o que aprendem. Neste processo, o centro deve ser o aprendiz e sua aprendizagem. Seu pensamento deve ser desafiado e estes devem ser encorajados a “pensar muito”. O professor, atua como principal incentivador e mediador desta prática. Conforme o CEE/SC:
[...]o conhecimento não pode ser dado às crianças como pronto e acabado, ele tem de ser descoberto, construído, apropriado e reconstruído por meio das suas experiências individuais e coletivas, em uma relação constante de mediação com as linguagens e com o outro.” (CEE/ SC, 2019, p. 113)
A criança, por sua vez, deve ter seu ritmo e sua individualidade respeitadas. A primeira infância requer cuidados, amor, estímulo e interação. É necessário compreensão a cada dificuldade e também estímulo para que as mesmas aprendam, cresçam e se desenvolvam.
A infância não se constitui simplesmente como um momento precursor, mas como um componente da cultura e da sociedade. As crianças são ao mesmo tempo produtos e atores dos processos sociais. [...] Essa visão evidencia a maneira como as crianças negociam, compartilham com os adultos e com seus pares, inserem-se em práticas sociais (VIANNA; SOUTO; RIBEIRO, 2009, p. 135).
4.3 INTERNET COMO FERRAMENTA EDUCACIONAL E SEUS NOVOS DESAFIOS
	Temos acesso à internet nas escolas desde meados da década de 60, começando pela rede Advanced Research Projects Agency Network (ARPANET) que tinha como objetivo conectar os computadores dos seus departamentos de pesquisa, entre quatro instituições, bem como dados militares sigilosos. Com a ARPANET, surgiu interesse de uma outra organização, a National Science Foundation (NSF), criando o que chamamos de internet. Anos depois, deixou de ser utilizada apenas no meio acadêmico, e passou a beneficiar também o setor comercial.
Com o avanço das tecnologias, as pessoas obtiveram fácil acesso a todo tipo de mídia e informação. Estas estão presentes em nosso cotidiano, seja ela pessoal ou profissional. Na área da educação não foi diferente, desde 2019 já era discutido pelo Ministério da Educação (MEC), sobre a implantação de novas tecnologias, com objetivo de facilitar a comunicação com os estudantes, interagindo através de algumas das redes sociais mais utilizadas atualmente.
De alguns anos para cá, conhecemos diversas ferramentas online que podem auxiliar o processo de ensino-aprendizagem, como as do Google: Docs, Drive, Slides, Forms entre outros. Temos também o YouTube, utilizado para a realização de lives, postagem de videoaulas ou informativos. Algumas escolas e universidades possuem plataformas EaD ou Ambiente virtual de aprendizagem (AVA), com cunho especialmente educativo, contendo bibliotecas virtuais, conteúdos multimídia, fóruns, chats, e-mail, entre outros.
Atualmente, enfrentamos uma pandemia mundial por conta da Covid-19, a qual fechou escolas e diversos estabelecimentos por um longo período, procurando estabelecer controle da propagação do vírus através de distanciamento social. Infelizmente, muitos profissionais, inclusive os professores, precisaram se adaptar a um estilo remoto de ensino completamente diferente do habitual.
A chamada "aula remota", que substituiu emergencialmente a educação presencial, é um solo pouco frequentado pelos professores de níveis básicos. Neste momento, se veem obrigados a planejar suas aulas para a aplicação de modo virtual, bem como o acesso a diferentes plataformas e ferramentas.
Acredita-se que a principal dificuldade enfrentada por estes profissionais é o manuseio de tecnologias midiáticas como gravação de vídeos e edição, bem como o uso de diferentes ferramentas eletrônicas, antes utilizadas apenas em ambiente educacional superior, e agora indispensáveis na rotina de todos os educadores.
[...] a falta de formação e de infraestrutura adequada de acesso para realizar atividades remotas com os estudantes em plataformas virtuais afeta um número significativo de professores que atuam na rede pública da Educação Básica, gerando estresse e ansiedade.” (SARAIVA; TRAVERSINI; LOCKMANN, 2020, p.15)
Além da dificuldade na utilização, é reconhecido também que esta adaptação para aulas remotas veio com um custo a mais para cada professor, uma vez que muitos precisaram adaptar um espaço de sua casa para uso profissional e necessitaram adquirir aparelhos eletrônicos. Isso transformou todo o seu ambiente familiar, acarretando em desgaste psicológico e sobrecarga aos docentes que acabam tendo um nível elevado de trabalho, precisando na maior parte do tempo desempenhar afazeres fora de seu horário comum de trabalho.
Como outro desafio para este novo método de lecionar menciono a adaptação de um plano de aula que anteriormente seria realizado de modo presencial para um meio virtual, onde a criança e o professor estão presos a algum dispositivo. Neste viés se encontram algumas vertentes: uma sala superlotada de crianças, onde o professor batalha para conseguir ensinar e dar atenção a todos, ou uma sala vazia pelo fato de que muitas das famílias não possuem acesso à internet em suas casas. 
Cabe neste momento mencionar, também, que além das dificuldades tecnológicas, há as sociais, pois conhecemos diversas situações conflituosas presentes no âmbito familiar. Este ambiente conturbado é prejudicial ao psicológico e desfavorece o aprendizado da criança, pois desvia sua atenção antes, durante e também após as videoaulas.
Nas videoaulas produzidas para a educação infantil, procura-se criar um nível de intimidade e descontração com a criança, assim facilitando o processo de ensino aprendizagem. Primeiro, contextualizamos o tema para que ela resgate saberes anteriores e seguimos com uma sensibilização pelo assunto escolhido, trazendo algo que chame sua atenção e estabeleça um vínculo. Após essa apresentação, promovemos uma proposição onde a mesma poderá realizar uma ação sozinha ou com sua família, visando alcançar o objetivo de aprendizagem proposto. No fim, recapitulamos o que foi visto na videoaula, instigando a mesma a compartilhar com seus familiares ou conhecidos.
Tanto como a comunicação oral, a visual também é muito necessária. Com a criação de apresentações com animações, vídeos, músicas, jogos e brincadeiras, realizamos um trabalho educacional mais eficaz e significativo. Crianças são cativadas por assuntos novos e intrigantes, que aguçam sua criatividade e as tornam protagonistas do momento. Partir dessa linha de raciocínio para o planejamento de aulas, seja ela presencial ou remota, será o caminho para um aprendizado de sucesso.Conforme o RCNEI:
As crianças devem, desde pequenas, ser instigadas a observar fenômenos, relatar acontecimentos, formular hipóteses, prever resultados para experimentos, conhecer diferentes contextos históricos e sociais, tentar localizá-los no espaço e no tempo. Podem também trocar ideias e informações, debatê-las, confrontá-las, distingui-las e representá-las, aprendendo, aos poucos, como se produz um conhecimento novo ou por que as ideias mudam ou permanecem. (BRASIL, 1998, p. 172).
É notável que os professores estão tentando utilizar variadas estratégias para que o ensino continue sendo oferecido, de modo a amenizar o atraso no aprendizado das crianças. Fala-se em amenizar o atraso, e não eliminá-lo por completo, pois a introdução de novos meios de ensino implica em uma curva de adaptação a tais meios, tanto por parte do professor quanto da criança. Dessa forma, busca-se aproximar ao máximo a experiência através dos meios midiáticos com a da criança em sala de aula, perdendo o mínimo possível de eficiência no ensino realizado. Isso se torna ainda mais relevante quando se trata do ensino de crianças de zero a cinco anos, onde a dependência infantil do professor é mais presente.
Contudo, o ensino remoto requer muita disciplina, e o aprendizado não se dará apenas com a relação criança e escola. É também necessária a presença dos pais e familiares nesta modalidade de ensino, incentivando e acompanhando a vida escolar de seus filhos. Sem o auxílio destes, a escola não conseguirá atingir seus objetivos, e as consequências disso são inúmeras. Conforme Marcus Periks B. Krause “[...] É preciso que os pais ou responsáveis estabeleçam rotinas de modo que os filhos sejam acompanhados na educação remota, deixar a critério do aluno pode fazer com que este não tenha tanto interesse em participar e estenderá seus momentos de lazer por falta de uma rotina diária de estudos.” (KRAUSE, 2020)
Com mais de um ano de pandemia, precisamos ter um olhar sensível ao pensar na criança que está há algum tempo dentro de casa sem ir à escola. Devemos utilizar de todas as ferramentas disponíveis para atuar neste momento, criando aulas dinâmicas e interativas, não tornando-as cansativas e sem atrativos. É de nossa responsabilidade oferecer aulas de qualidade e se acentua a responsabilidade do professor neste momento de pesquisar e selecionar fontes seguras e adequadas para seu trabalho docente. Através das diversas ferramentas disponíveis, as relações criança/criança e tutor/criança podem ser ricas em troca de aprendizagens e conhecimentos, mesmo estando longes uns dos outros.
[...] docência presencial e a docência online na modalidade a distância não devem ser vistas como antagônicas, mas como formas de ensinar com características próprias e que, nas suas diferenças, podem contribuir uma com a melhoria da outra. (CARMO & FRANCO, 2019, p. 3).
 
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS 
A presente pesquisa tentou responder ao difícil papel da interação nos meios midiáticos na Educação Infantil, num momento atípico em que a educação está passando. Podemos notar que são dificuldades do professor o manuseio de tecnologias não utilizadas no ensino presencial e a adaptação das suas aulas para oferta de modo remoto.
É importante ressaltar que o foco do ensino neste momento deve ser a criança e o seu aprendizado de forma integral. Considerar que esta também está passando por um processo de adaptação é o primeiro passo para desenvolver aulas ricas em diferentes métodos de ensino, objetivando amenizar o atraso do educando. O educador deve diversificar e inovar as suas técnicas, buscando desenvolver um trabalho de ensino aprendizagem eficaz na qual interage com o aluno, colocando-o no centro e o seu desenvolvimento é a principal meta da escola.
Podemos também considerar que apesar de toda dedicação vinda do profissional da educação, a aprendizagem não ocorrerá sem ter auxílio da família num momento tão inusitado como este de pandemia global. Pois conforme cita Luiz Carlos Osório: “[...]Não se deve delegar à escola tarefas que continuam sendo da família. Cabe a esta oferecer à criança e ao adolescente a pauta ética para a vida em sociedade”.(OSÓRIO, 1996, p.82).
Produzir videoaulas foi algo que nos pegou de surpresa. Nosso processo final de formação ocorreu de forma atípica, mas, ao mesmo tempo, enriqueceu nossa bagagem educacional, deixando experiências e saberes que levaremos para o resto de nossa vida profissional. 
REFERÊNCIA
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