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Daniel Carlini – MEDUNEB13 Página | 1 Carbapenêmicos São fármacos pertencentes ao grupo dos beta-lactâmicos. Os carbapenêmicos têm espectro de ação mais amplo que a maioria dos outros atb do mesmo grupo e devem ser usados com cautela em pacientes com grave disfunção renal. Imipenem Liga-se às proteínas de ligação da penicilina e interrompe a síntese da parede celular bacteriana. Esse medicamento é muito resis- tente à hidrolise pela maioria das beta-lacta- maseses, mas não resiste às metalo-beta- lactamases. Sua cobertura é ampla e abrange os estrep- tococos (inclusive o S. pneumoniae, resis- tente à penicilina), os enterococos (exceto o E. faecium e as cepas resistentes à penicilina não produtoras de beta-lactamase), os esta- filococos e a Liseteria. No caso das entero- bactérias, consegue ter atividade contra os que são resistentes às cefalosporinas. Por outro lado, Pseudomonas e Acinetobacter são resistentes a esse fármaco. FARMACOCINÉTICA. É administrado por via parenteral e é rapidamente hidrolisado por uma dehidropeptidase (DH1), na borda em escova do túbulo renal proximal. Daí, tem-se a necessidade de ser combinado com a cilas- tatina, um fármaco que inibe a degradação feita pela DH1. É perceptível, assim, a neces- sidade de reajuste de dose em pacientes que possuem alguma insuficiência renal. REAÇÕES ADVERSAS. As mais comuns são náuseas, vômitos e diarreias. Em alguns ca- sos, podem-se apresentar convulsões. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS. É muito usado quando combinado com cilastatina, em in- fecções do trato urinário, das vias respirató- rias inferiores, de tecidos moles, dos ossos, das articulações e da pele e em infecções in- tra-abdominais e ginecológicas. É bastante útil para tratar infecções hospitalares resistentes às cefalospori- nas, inclusive Citrobacter freundii e espécies de enterobactérias. Meropenem Com atividade semelhante ao imipenem, atua contra algumas cepas de P. aeruginosa resistentes ao imipenem, mas com menor espectro em relação aos cocos gram+. FARMACOCINÉTICA. Administrada por via parenteral, tem boa penetração no SNC e meia-vida maior que a do imipenem. Dife- rentemente do imipenem, não tende a pro- vocar convulsões, porém possui efeitos ad- versos parecidos. Por não ser sensível à DH1, não precisa ser administrado junto com a ci- lastatina. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS. É muito usado contra a meningite bacteriana, alcançando níveis terapêuticos mesmo sem inflamação. Ertapenem Em relação a P. aeruginosa e espécies de Aci- netobacter, sua ação antimicrobiana é um pouco menor do que a dos outros medica- mentos. Porém, o ertapenem possui um me- lhor espectro na cobertura de bactérias gram+, enterobactérias e anaeróbios. FARMACOCINÉTICA. Pode ser administrado pelas vias intravenosa ou intramuscular. Sua meia-vida é de24 horas, a maior dessa classe. Como efeitos adversos, tem-se fle- bite, diarreia, náuseas e vômitos. INDICAÇÕES TERAPÊUTICAS. É usado para tratar infecções intra-abdominais e pélvicas, bem como em infecções prolongadas por germes gram-.
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