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EMBRIOLOGIA GLÂNDULA SUPRARRENAL E ILHOTAS PANCREÁTICAS

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DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: 
GLÂNDULA SUPRARRENAL E ILHOTAS PANCREÁTICAS 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DA GLÂNDULA SUPRARRENAL: 
- A glândula suprarrenal origina-se a partir de dois componentes - dupla origem embrionária:
- Mesoderma: origina o córtex
- Neuroectoderma: origina a medula
- Quinta semana do desenvolvimento embrionário:
- Células mesoteliais (epitélio celômico) entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em 
desenvolvimento começam a proliferar e penetram o mesênquima em desenvolvimento, e 
diferenciam-se em grandes células acidófilas que formam o córtex fetal/córtex primitivo
- Pouco tempo depois, uma segunda onda de células mesoteliais penetra o mesênquima e en-
volve a massa celular acidófila original - origina o córtex permanente/definitivo
- Essas células acidófilas, menores do que as da primeira onda, formam mais tarde o córtex de-
finitivo da glândula suprarrenal
- As células que formam o córtex definitivo são as que produzem esteroides, e no segundo tri-
mestre começam a secretar desidroepiandrosterona (DHEA), que é convertida em estrógeno 
pela placenta
- Logo após o nascimento, o córtex fetal regride rapidamente enquanto as células restantes se 
diferenciam em três camadas definitivas do córtex: zona glomerulosa, zona fasciculada e a 
zona reticular
- Enquanto o córtex fetal está sendo formado, as células da crista neural invadem sua região 
medial, onde ficam arranjadas em cordões e grupos para formar a medula da glândula
- Os sinais que regulam a migração dessas células e sua especificação para a medula adrenal 
emanam da aorta dorsal e incluem BMPs
- Já diferenciadas, as células adquirem uma coloração amarelada amarronzada quando fixada 
com sais de cromo, sendo chamadas de células cromafins. As células cromafins consistem em 
neurônios simpáticos pós-ganglionares modificados (sem neuritos) que são inervados por fi-
bras simpáticas, que quando estimuladas, produzem catecolaminas.
- Formação do córtex: 
1. Proliferação de células do epitélio celômico adjacente à 
gônada, entre a raiz do mesentério dorsal e a gônada em 
desenvolvimento
2. Delaminação destas células para dentro do mesoderma 
intermediário - se soltam e vão para dentro desse meso-
derma
3. Diferenciação em células acidófilas, formando o córtex 
fetal
4. Dias depois ocorre a segunda onda de proliferação e de-
laminação, para formar o córtex definito
- Formação da medula: 
- Se origina de células da linhagem simpatoadrenal (originárias dos gânglios simpáticos), 
que se formam a partir de células da crista neural
- Migração de células da crista neural (células cromafins) e encapsulamento pelo córtex
- Resumo dos principais eventos de desenvolvimento das glândulas suprarrenais: 
	 A: com 6 semanas, o primórdio mesotérmico do córtex fetal já é visualizado
	 B: com 7 semanas, células da crista neural localizam-se na porção medial do córtex fetal
C: com 8 semanas, córtex fetal e córtex permanente (mais externo) começam a envolver a 
medula.
	 D e E: estágios posteriores do envolvimento da medula pelo córtex
	 F: glândula suprarrenal de uma criança recém nascida - apresenta córtex fetal e duas zo-
nas do córtex permanente
G: com 1 ano, o córtex fetal praticamente regrediu por completo
	 H: com 4 anos, observa-se o padrão adulto das zonas corticais. Glândula nesse estágio é 
menor do que no momento do nascimento
- Observações: 
- Em relação ao peso corporal, as glândulas suprarrenais do feto humano são de 10 a 20 
vezes maiores que as glândulas dos adultos, e são grandes em comparação com os rins
- Esse tamanho maior resulta do extenso tamanho do córtex fetal, que produz precursores 
esteroides usado pela placenta para síntese de estrogênio
- Glândula só termina seu desenvolvimento depois do nascimento 
- Unidade feto-placentária - cooperação entre a glândula suprarrenal fetal e placenta: 
- A placenta não pode sintetizar estrógenos a partir da progesterona e o córtex da suprar-
renal fetal não pode sintetizar progesterona
- A placenta produz progesterona, que é convertida pelo córtex da suprarrenal fetal em an-
drógenos (principalmente dehidroepiandrosterona (DHEA) e sulfato de dehidroepiandros-
terona (DHEAS) e cortisol). DHEA e DHEAS são usados pela placenta para formar estró-
genos
- A cooperação entre o córtex suprarrenal e a placenta é conhecido como unidade feto-pla-
centária
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DO PÂNCREAS 
- Glândula mista: componente exócrino e componente endócrino
- Endoderma: origina os ácinos serosos pancreáticos (pâncreas exócrino) e as ilhotas pancreáti-
cas ou de Langerhans (pâncreas endócrino)
- Mesoderma esplâncnico (visceral): estroma (tecido conjuntivo)
- Pâncreas origina-se a partir de dois brotos: dorsal e ventral, formados a partir do revestimento 
endodérmico do duodeno
- Broto pancreático dorsal: encontra-se no mesentério dorsal. Forma o restante do pâncre-
as.
- Broto pancreático ventral: encontra-se próximo ao ducto biliar, próximo do broto hepático. 
Forma o processo uncinado e a porção inferior da cabeça do pâncreas
- Quando o duodeno gira para a direita e adota o formato de C, o broto pancreático ventral se 
move dorsalmente, de modo semelhante ao deslocamento da abertura do ducto biliar. Final-
mente o broto ventral acaba se posicionando imediatamente abaixo e atrás do broto dorsal.
- Ducto pancreático principal (de Wirsung): formado pela porção distal do ducto pancreático 
dorsal e por todo o ducto pancreático ventral
- A porção proximal do ducto pancreático dorsal é obliterada ou persiste como um peque-
no canal, o ducto pancreático acessório (de Santorini)
- O ducto pancreático principal, junto ao ducto biliar, entra no duodeno no local da papila 
maior. A abertura do ducto acessório (quando existente) se encontra no local da papila 
menor.
- Em cerca de 10% dos casos, o sistema não se funde e persiste o sistema duplo original
- Figura:
1. A partir da 4 semana já fica estabelecido o in-
testino primitivo (divido em três segmentos).
2. Na parte superior do duodeno ocorre um bro-
tamento, formando o broto pancreático dorsal.
3. Na parte ventral do duodeno ocorre um brota-
mento, formando o broto pancreático ventral.
4. Posteriormente no desenvolvimento, o estôma-
go sofre uma rotação e o duodeno acompanha 
essa rotação. Duodeno assume formato de C, 
de modo que o o broto pancreático ventral e o 
ducto biliar também rodam. O broto ventral se 
posiciona na parte inferior e atrás do broto pan-
creático dorsal
5. Brotos se fusionam. A porção distal do ducto 
pancreático dorsal e o ducto pancreático ventral 
também se fusionam, formando o ducto pan-
creático principal.
- Estágios do desenvolvimento pancreático: 
- Inicialmente o broto pancreático ventral se en-
contra próximo ao broto hepático. Porém, mais 
tarde, se move posteriormente ao redor do duo-
deno, na direção do broto pancreático dorsal.
- Na sexta semana do desenvolvimento: broto 
pancreático ventral em contato íntimo com o bro-
to pancreático dorsal.
- Fusão dos ductos pancreáticos 
- Histogênese do pâncreas 
- O endoderma dos brotos pancreáticos forma uma rede de túbulos, em cujas extremida-
des, posteriormente, se desenvolvem agregados celulares que darão origem aos ácinos 
serosos pancreáticos
- As ilhotas pancreáticas desenvolvem-se de grupos celulares que se separam dos túbulos 
e vão se localizar entre os ácinos
- Ou seja, dois componentes funcionalmente diferentes que tem a mesma origem embrio-
nária, mas que a sinalização distinta define qual será o componente formado
- Secreção de insulina começa no início do período fetal (10 semana)
- Células secretoras de glucagon e de somatostatina se desenvolvem antes das célu-
las secretoras de insulina
- Glucagon foi detectado no plasma na 15 semana
- Mesoderma visceral que circunda os brotos pancreáticos forma o tecido conjuntivo pan-
creático (estroma da glândula)
- Alterações pancreáticas 
- Pâncreas anular
- Mecanismode formação: as porções do 
broto ventral bífido fundem-se com o 
broto dorsal, formando um anel pancreá-
tico. Durante essa formação, o pâncreas 
anular circunda o duodeno, podendo 
causar estenose ou atresia do duodeno
- Geralmente envolve a segunda parte do 
duodeno
- Anomalia congênita associada a: síndro-
me de down, atresia intestinal, ânus não perfurado, pancreatite e má rotação.
- Regulação molecular do desenvolvimento pancreático 
- FGF2 e ACTIVINA (um membro da família de TGF-b) produzidos pela notocorda e pelo 
endotélio da aorta dorsal reprimem a expressão de SHH no endoderma intestinal destina-
do a formar o broto pancreático dorsal
- O broto ventral é induzido pelo mesoderma visceral. Como resultado, a expressão do 
gene homeobox pancreático e duodenal 1 (PDX) aumenta
- Dados da literatura sugerem que a expressão dos genes homeobox pareados PAX4 e 
PAX6 especifica a linhagem celular endócrina, de modo que as células que expressam 
ambos os genes se tornam células b (expressam insulina), d (expressam somatostatina) e 
g (expressam polipeptídeo pancreático), enquanto as que expressão apenas o gene PAX6 
se tornam células a (expressam glucagon)

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