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EMBRIOLOGIA - HIPÓFISE, TIREOIDE E PARATIREOIDE

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DESENVOLVIMENTO EMBRIOLÓGICO DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS: 
HIPÓFISE, TIREOIDE E PARATIREOIDES 
- Origem embriológica dos tecidos endócrinos:
- Adeno-hipófise: ectoderma cutâneo
- Neuro-hipófise, células C e medula adrenal: ectoderma neural
- Córtex adrenal, gônadas, placenta: mesoderma
- Tireoide, paratireoides, ilhotas pancreáticas: endoderma
HISTOGÊNESE DAS GLÂNDULAS ENDÓCRINAS 
- Ocorre um espessamento local do epitélio, que a partir 
de sua interação com o mesênquima subjacente, começa 
a se alongar, por conta da liberação de fatores de cres-
cimento pelo mesênquima, e formar um cordão celular 
compacto. Esse cordão vai se alongando a medida que 
vai sendo evaginado no mesênquima. 
- Pouco tempo depois, as células da parte mais distal do 
cordão começam a formar no centro do cordão uma ca-
vidade (lúmen). As células mais distais ainda se especiali-
zam na produção de secreção, que vai ser conduzida até 
a superfície através do ducto excretor - glândula exócri-
nas: nesse caso a conexão da glândula com a superfície 
(interna ou externa) é mantida através do ducto excretor.
- A conexão com a superfície pode ser perdida - nesse 
caso as células epiteliais, que se organizaram em cor-
dões, se soltam da superfície, e vasos sanguíneos pre-
sentes no mesênquima circundante começam a penetrar 
por entre as células - glândula endócrina: caracterizada pela ausência de um ducto excretor e 
presença de vasos sanguíneos entremeados. Liberam hormônios para corrente sanguínea e 
posteriormente transportados para células alvo
- Glândulas endócrinas podem assumir duas configurações: permanecer como cordões ce-
lulares entremeados por vasos sanguíneos (glândula do tipo cordonal) ou surgir no interior 
do cordão um lúmen, formando uma estrutura folicular revestida por epitélio circundada 
por vasos sanguíneos (glândula do tipo folicular). A tireoide é um exemplo de glândula do 
tipo folicular, mas a maioria das glândulas endócrinas são do tipo cordonal.
- Embrião de quatro semanas e meia 
- Maioria das glândulas já iniciaram seu desenvolvimento
- Desenvolvimento da tireoide e paratireoide ocorre através de estruturas que fazem parte 
do aparelho faríngeo.
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DA HIPÓFISE 
- A hipófise desenvolve-se de duas porções completamente diferentes:
1. Uma evaginação ectodérmica (espessamento do epitélio) da porção dorsal do esto-
modeu (cavidade oral primitiva), imediatamente em frente à membrana orofaríngea, 
chamada de divertículo hipofisário (de Rathke), que mais tarde formará a bolsa de 
Rathke (que se diferencia em adeno-hipófise)
2. Uma extensão do assoalho do diencéfalo começa a se alongar e se projetar para bai-
xo, chamada de divertículo neuro-hipofisário (originará a neuro-hipófise)
- Divertículos vão em direção um ao outro
- Por volta da terceira semana, o divertículo hipofisário projeta-se do teto do estomodeu, for-
mando a bolsa de Rathke, tornando-se adjacente assoalho (parede ventral) do diencéfalo
- Na quinta semana, a bolsa de Rathke já se alongou e sofreu uma constrição em sua ligação 
com o epitélio oral. Nesse estágio, entra em contato com o infundíbulo (derivado do divertículo 
neuro-hipofisário), uma invaginação ventral do diencéfalo
- Durante a sexta semana, a conexão da bolsa com a cavidade oral degenera e desaparece
- Esquema ilustrando o desenvolvimento da hipófise:
- Linha pontilhada que separa estomodeu da faringe: membrana bucofaríngea. Posterior-
mente, essa membrana se desentegra. 
- Formação da adeno-hipófise: 
1. Uma vez que o divertículo hipofisário se origina, 
vai se prolongando e se afastando do estomodeu. 
Inicialmente, mantém contato com o teto do es-
tomodeu através da haste do divertículo hipofisá-
rio. O divertículo passa pelo centro de formação 
óssea do osso esfenoide durante essa migração.
2. A haste do divertículo hipofisário começa a regre-
dir, já que as células que a formam sofrem apop-
tose e se degeneram.
- Craniofaringioma (tumor): tecido acessório 
do lobo anterior da bolsa de Rathke pode 
permanecer no espaço embrionário da has-
te do divertículo hipofisário, mesmo após 
sua regressão, ocupando parte do centro de 
formação do esfenoide, podendo causar 
essa condição. Tecido acessório do lobo 
anterior, intracraniano, intra-ósseo e farín-
geo.
3. Uma vez que o divertículo hipofisário perde a co-
nexão com o estomodeu, fica mais próximo do 
divertículo neuro-hipofisário e forma-se a bolsa de 
Rathke.
4. Proliferação da parede anterior da bolsa de Rathke 
e diferenciação na pars distalis.
5. A parede posterior da bolsa de Rathke não prolifera - pars intermedia, que fica em contato 
íntimo com a neuro-hipófise.
6. Lúmen da bolsa de Rathke tende a desaparecer pela proliferação da parede anterior, perma-
necendo vestígios (cistos) da bolsa na pars intermedia, com vesículas contendo coloide por 
exemplo.
7. A porção superior da bolsa de Rathke prolifera em volta do futuro processo infundibular - pars 
tuberalis
8. Osso esfenoide já alojando a hipófise
- Formação da neuro-hipófise: 
- Diferenciação do divertículo neuro-hipofisário em eminência mediana, processo infundibular 
e em pars nervosa (lobo neural ou lobo posterior)
- Bolsa de Rathke 
- Na visão clássica, é considerada um divertículo do revestimento epitelial do estomodeu 
(derivado do epitélio dorsal ou do teto do estomodeu), mas evidências recentes indicam 
que é um derivado da crista neural anterior, que se origina como uma vesícula indepen-
dente próxima a cavidade bucal - seria de origem neuroectodérmica, não só ectodérmica.
- Momento em que hipotálamo e neuro-hipófise começam a ser funcionais: 
- Células do núcleo supra-óptico começam a secretar vasopressina a partir 
da sexta semana do desenvolvimento
- Núcleo paraventricular (ocitocina): 8 semanas 
- Neuro-hipófise: 12 semanas
- Núcleos hipotalâmicos (hormônios hipofisiotróficos): 12 semanas - coincide 
com o estabelecimento do sistema porta hipotalâmico-hipofisário (base da 
comunicação funcional hipotálamo e adeno-hipófise)
- Transtornos congênitos relacionados com o desenvolvimento do eixo hipotalâmico-pitui-
tário 
1. Agenesia e hipoplasia da glândula pituitária: pouco frequente
2. Nanismo hipofisário: causado por déficit na produção e secreção do GH 
3. Neuro-hipófise ectópica 
4. Glândula pituitária duplicada: anomalia congênita rara (somente 30 casos relatados na litera-
tura). Frequentemente acompanhada por duplicação da sela turca e da haste hipofisária.
5. Hamartoma do tuber cinereum 
6. Displasia septoóptica: hipoplasia dos nervos ópticos, hipoplasia do septo pelúcido, e em 
dois terços dos casos, disfunção hipotalâmica-hipofisária
7. Encefalocele transesfenoidal: causada por separação anormal do ectoderma e do neuroec-
toderma. Incidência de 1 em 700.000 nascidos vivos. Caracterizada por um defeito ósseo no 
osso esfenoide, com a herniação de um saco cheio de liquor cefalorraquidiano (LCR), con-
tendo tecido vascular e neural. Alguns relatos indicam que o conteúdo do saco do encefalo-
cele pode incluir o hipotálamo, a glândula pituitária, terceiro ventrículo, artérias cerebrais ante-
riores, nervos ópticos e quiasma óptico.
8. Canal craniofaríngeo persistente: defeito do osso esfenoide, em que o centro de ossificação 
não se funde, criando um canal, que pode conter hipófise dentro
9. Cisto da fenda de Rathke 
10. Cisto da pars intermédia 
DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO DA TIREOIDE E DAS PARATIREOIDES 
- Aparelho faríngeo: constituído por arcos faríngeos, bolsas 
faríngeas, sulcos faríngeos e membranas faríngeas.
- Faringe: porção mais externa do intestino primitivo 
anterior
- Cada arco faríngeo contém em seu centro mesên-
quima onde haverá artéria, músculo, cartilagem, etc. 
- São separados externamente por depressões, 
chamadas de sulcos ou fendas faríngeas, re-
vestidas por ectoderma. 
- A única que origina uma estrutura no adul-
to é a primeira, formando o meato acústi-
co externo. A 2, 3 e 4 regridem, pois o se-
gundo arco faríngeoprolifera sobre o ter-
ceiro e quarto arcos, de modo que essas 
fendas desaparecem - superfície do pes-
coço fica lisa.
- Se houver problemas no fechamento 
dessas fendas, pode permanecer 
uma comunicação entre a parte in-
terna e externa - fístula cervical. Ne-
cessidade de intervenção cirúrgica 
- São separados internamente por depressões conhecidas como bolsas faríngeas. 
- Primeira bolsa origina a cavidade timpânica e tuba auditiva (faringo-timpánica).
- Segunda bolsa origina as tonsilas palatinas 
- Terceira bolsa - porção dorsal: origina a paratireoides inferiores
- Terceira bolsa - porção ventral: origina o timo
- A medida que o embrião se alonga, o timo originado na região do pescoço, 
começa a descer para sua região final (atrás do esterno, no mediastino an-
terior)
- A medida que o timo desce, arrasta as paratireoides inferiores, que passam 
a se localizar na parte inferior da face posterior da tireoide.
- Quarta bolsa - porção dorsal: origina as paratireoides superiores - migram para 
parte posterior da tireoide, mas percorrem uma distância menor.
- Maiores chances de ocorrer problemas na rota de migração das paratireoi-
des inferiores do que das superiores, por conta do maior trajeto percorrido
- Quarta bolsa - porção ventral: origina os corpos ultimofaríngeos (povoados por 
células da crista neural), que originam as células C (origem neuroectoderma)
- Epitélio do sulco e bolsa faríngea ficam próximos e são separados por uma fina 
camada de mesênquima - forma membrana faríngea. A única membrana farín-
gea que forma uma estrutura no adulto é a primeira, originando a membrana 
timpânica
- São 4 arcos: os 5 e 6 são rudimentares e não são visíveis na superfície externa do 
embrião.
- Estas estruturas embrionárias contribuem para a formação da cabeça e do pescoço
- Glândulas endócrinas derivam da faringe primitiva 
- Tireoide 
- Paratireoides: formam-se das terceira e quarta bolsas faríngeas
- Morfogênese da tireoide: 
- A partir de um espessamento endodérmico mediano no 
assoalho da faringe primitiva, entre o tubérculo ímpar (auxi-
lia na formação do corpo da língua) e a cópula (eminência 
hipobranquial), no ponto indicado mais tarde pelo forame 
cego (pequena depressão residual no adulto que indica 
onde iniciou o desenvolvimento da tireoide). Esse espes-
samento vai sofrer invaginação e formar o primórdio da 
tireoide (divertículo tireoideo)
- Por um curto período, a tireoide fica conectada à língua 
por um tubo estreito, chamado ducto tireoglosso. Pode 
permanecer e formar o lobo acessório da tireoide (presente 
em 45% das pessoas)
- A medida que o embrião se alonga, a tireoide em desen-
volvimento desce pelo pescoço, passando ventralmente ao 
osso hioide e às cartilagens laringes em desenvolvimento, a fim de chegar na região ante-
rior da traqueia, entre o 2 e 3 anel traqueal. Pode ocorrer problemas nesse percurso.
- Histogênese da tireoide: 
1. O primórdio da tireoide consiste em uma massa compacta de células endodérmicas.
2. O agregado celular se desfaz pela entrada do mesênquima vascular circundante.
3. Formação de uma rede de cordões epiteliais.
4. Por volta da 10 semana, organiza-se em pequenos grupos celulares, onde se forma 
uma luz 
5. Durante a 11 semana, começa a aparecer coloide nas estruturas 
6. Formação dos folículos tireoidianos
- Malformações congênitas da glândula tireoide: 
- Cistos do ducto tireoglosso, formados pela persistência 
do ducto tireoglosso: Acúmulo de células, onde no interior 
há líquido. 50% desses cistos são próximos ou imediata-
mente inferiores ao corpo do osso hioide. Também podem 
ser encontrados na base da língua ou próximo à cartilagem 
tireoidea (a maioria dos cistos do ducto tireoglosso é obser-
vada por volta dos 5 anos de idade). Pode estar em qual-
quer parte da rota de descida da tireoide. Maioria das lesões 
é assintomática
- Em ocasiões, o cisto pode infeccionar, ocorrendo uma perfuração da pele, formando 
uma comunicação com a superfície através de um seio do ducto tireoglosso, que 
geralmente se abre no plano mediano do pescoço, anteriormente às cartilagens hiali-
nas
- Tireoide ectópica: anomalia rara, e em geral se localiza ao longo do seu 
trajeto normal de descida a partir da língua. Pode ser encontrado em 
qualquer lugar ao longo da via de descida da glândula tireoide. Ele é 
encontrado comumente na base da língua, logo atrás do forame cego, 
e está sujeito às mesmas doenças da tireoide. Tecido ativo, captando 
iodeto, diferente do cisto.
- Tireoide sublingual: descida incompleta da tireoide resulta nesse cená-
rio, que aparece na parte superior do pescoço ou logo abaixo do osso 
hioide.
- Tireoide acessória: pode aparecer no timo, abaixo da tireoide. Embora 
este tecido possa ser funcional, frequentemente é de tamanho insufici-
ente para manter a função normal se a tireoide for removida
- Agenesia da tireoide: hipotireoidismo congênito, resultado de um de-
feito no desenvolvimento da glândula tireoide, é frequente. A ausência 
da tireoide ou de um de seus lobos é uma anomalia rara. Nos casos de 
hemiagenesia da tireoide (falta de um lobo), o lobo esquerdo é o mais 
comumente ausente.
- Malformações congênitas das paratireoides: 
- Paratireoides ectópicas: podem ser encontradas em qualquer lugar 
próximo ou dentro da tireoide ou do timo. A posição das glândulas su-
periores é mais constante que a das inferiores
- Paratireoides supranumerárias: resultam, provavelmente, da divisão dos primórdios das 
glândulas originais
- Ausência de uma paratireoide: resulta da falta de diferenciação de um dos primórdios ou 
da atrofia precoce de uma glândula durante o inicio do seu desenvolvimento

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