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14 Sistema de Ensino Presencial Conectado PEDAGOGIA AMBIENTE ESCOLAR Inclusão, Diversidades e PPP AMBIENTE ESCOLAR Inclusão, Diversidades e PPP São José dos Pinhais 2014 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO 3 2. AMBIENTE ESCOLAR 4 2.1 DIVERSIDADE INCLUSÃO E PPP ......................................................................4 2.2 ENTREVISTA COM PEDAGOGA ........................................................................9 3. CONCLUSÃO .......................................................................................................11 4. IMAGENS DE INCLUSÃO E DIVERSIDADE .......................................................12 5. REFERENCIA BIBLIOGRAFICA 13 7 INTRODUÇÃO Neste trabalho reforçaremos as disciplinas estudadas em sala de aula, sobre a inclusão e diversidade escolar, além de entendermos melhor a necessidades do PPP (Projeto Politico Pedagógico). Também teremos a oportunidade de vivenciarmos na pratica as disciplinas estudadas, e como são aplicadas no cotidiano escolar, facilitando o entendimento referente dos assuntos aplicados. Esse conteúdo não enriquece apenas o futuro profissional em pedagogia, mas estende-se, e enriquece o dia-a-dia dos cidadãos e seres humanos. Convidamos a todos a participarem dessa viajem de realidades, e crescimento, certamente nos tornaremos bem melhores do que já somos ou almejamos ser. AMBIENTE ESCOLAR DIVERSIDADE, INCLUSÃO E PPP... Toda escola tem objetivos que deseja alcançar, metas a cumprir e sonhos a realizar. O conjunto dessas aspirações, bem como os meios para concretizá-las, é o que dá forma e vida ao chamado Projeto Político Pedagógico, o famoso PPP. Se prestarmos atenção, as próprias palavras que compõem o nome do documento dizem muito sobre ele: · Projeto porque reúne propostas de ação concreta a executar durante determinado período de tempo. · Político por considerar a escola como um espaço de formação de cidadãos conscientes, responsáveis e críticos, que atuarão individual e coletivamente na sociedade, modificando os rumos que ela vai seguir. · Pedagógico porque define e organiza as atividades e os projetos educativos necessários ao processo de ensino e aprendizagem. Ao juntar as três dimensões, o PPP ganha à força de um guia - aquele que indica a direção a seguir não apenas para gestores e professores, mas também funcionários, alunos e familiares. Ele precisa ser completo o suficiente para não deixar dúvidas sobre essa rota e flexível o bastante para se adaptar às necessidades de aprendizagem dos alunos. Por isso, a sua elaboração precisa contemplar os seguintes tópicos: · Missão · Clientela · Dados sobre a aprendizagem · Relação com as famílias · Recursos · Diretrizes pedagógicas · Plano de ação Por ter tantas informações relevantes, o PPP se configura numa ferramenta de planejamento e avaliação que você e todos os membros da equipe gestora e pedagógica devem consultar a cada tomada de decisão. O PPP se torna um documento vivo e eficiente na medida em que serve de parâmetro para discutir referências, experiências e ações de curto, médio e longo prazo. Vivemos hoje em uma época de globalização, tanto da economia quanto das tecnologias e informações que vêm sendo modificadas constantemente e refletem diretamente na cultura da sociedade. Estes progressos como dos computadores, meios de comunicação, meios de transporte, entre outros, facilitam a nossa vida, trazendo conforto e inovação. A educação deve progredir no mesmo ritmo, acompanhando os progressos e trabalhando em vistas para diminuir as desigualdades que se originam devido aos avanços. Para tanto, faz-se necessário proporcionar esses confortos, também para aqueles que não têm acesso, e a ponte mediadora entre essas diferenças é a escola. Uma escola que eduque para a pluralidade cultural, que perceba o outro como legítimo outro, o qual possui uma história, uma cultura, uma etnia e que perceba a turma de alunos como heterogênea, visto que cada aluno possui um diferencial, pois provêm de lugares, culturas e famílias distintas, apresentando ritmos diferentes para aprender, o que caracteriza a pluralidade no espaço escolar. A escola de hoje precisa encontrar seu caminho para a diversidade, engajando as crianças no mundo das diferenças, preparando-os para ser legítimos cidadãos. Na sala de aula há alunos de diversas culturas, o que requer do professor um olhar diferenciado para seu planejamento, bem como para o currículo escolar, através de adaptações aos conteúdos e atividades desenvolvidas em sala de aula. Também é importante pesquisar a história dos alunos para que o conteúdo a ser estudado esteja de acordo com seus interesses e realidade. A educação multicultural se propõe a analisar, criticamente, os currículos monoculturais atuais e procurar formar criticamente os professores, para que mudem suas atitudes diante dos alunos mais pobres e elaborem estratégias instrucionais próprias para a educação das camadas populares, procurando compreendê-las na totalidade de sua cultura, e de sua visão de mundo. Hoje o trabalho desenvolvido nas escolas deve estar voltado para atender todo tipo de diferença, tendo em vista o processo de mudança que vem ocorrendo na sociedade. O “diferente” torna-se muito mais presente no nosso dia a dia, visto que a cada lugar que frequentamos encontramos alguém diferente, seja com um visual, aparência, sexo, deficiência, cultura, etnia entre outros, por isso acredita-se que desde a Educação Infantil, os programas educacionais devem estar voltados à diversidade, para que a criança aprenda a respeitar, viver e se construir nesse contexto. O professor não pode pensar que a inclusão, é exclusividade de deficientes e que para esta acontecer basta adaptar o espaço físico e ter profissionais qualificados. Isto é preciso, mas não é o suficiente, porque uma escola com olhar voltado para a inclusão social, jamais irá pensar somente no deficiente, mas sim em todo tipo de diferença que existe e que surge a cada dia. No início do ano, um professor de ensino fundamental depara-se com crianças diferentes em tamanho, desenvolvimento físico, resistência ao cansaço, capacidades de atenção, de perceptiva manual e gestual; em gosto, criatividade, personalidade, caráter, atitudes, aparência, postura, higiene etc... Nunca terminaríamos de citar as inúmeras diferenças que encontramos no espaço escolar e a sociedade em geral, devido a isto, acreditamos que não se deve esquecer a particularidade do sujeito, pois cada vez mais o “diferente” aparece. Mudar não é tarefa fácil, mas o prazer da mudança surge quando a própria escola se torna o espaço de transformação. E somente através desta prática transformadora é que poderemos construir uma sociedade mais justa, que inclui e não exclui, que perceba a escola como espaço de construção, através da valorização das individualidades, do respeito para com as diferenças, com a cultura de cada um, onde a educação é o elemento essencial para um mundo melhor. A inclusão é um movimento mundial de luta das pessoas com deficiências e seus familiares na busca dos seus direitos e lugar na sociedade. O termo inclusão já trás implícito a ideia de exclusão, pois só é possível incluir alguém que já foi excluído. A ideia de uma sociedade inclusiva se fundamenta numa filosofia que reconhece e valoriza a diversidade, como característica inerente à constituição de qualquer sociedade. Partindo desse principio e tendo como horizonte o cenário ético dos Direitos Humanos, sinaliza a necessidade de se garantir o acesso e a participação de todos, a todas as oportunidades, independentemente das peculiaridades de cada individuo. O paradigma da inclusão vem ao longo dos anos, buscando a não exclusão escolar e propondo ações que garantam o acesso e permanência do aluno com deficiência no regular. Outro aspecto a ser considerado é o papel do professor, pois é difícil repensar sobre o que estamos habituados a fazer, além do maisa escola está estruturada para trabalhar com a homogeneidade e nunca com a diversidade de ensino. A tendência é focar as deficiências dos nossos sistemas educacionais no desenvolvimento pleno da pessoa, onde se fala em fracasso escolar, no déficit de atenção na hiperatividade e nas deficiências onde o problema fica centrado na incompetência do aluno. Isso é cultura na escola, onde não se pensa como está se dando esse processo ensino-aprendizagem e qual o papel do professor no referido processo. Portanto a inclusão depende de mudança de valores da sociedade e a vivência de um novo paradigma que não se faz com simples recomendações técnicas, como se fossem receitas de bolo, mas com reflexões dos professores, direções, pais, alunos e comunidade. Contudo essa questão não é tão simples, pois, devemos levar em conta as diferenças. Como colocar no mesmo espaço demandas tão diferentes e específicas se muitas vezes, nem a escola especial consegue dar conta desse atendimento de forma adequada, já que lá também temos demandas diferentes? O principio fundamental da educação inclusiva é a valorização da diversidade e da comunidade humana. Quando a educação inclusiva é totalmente abraçada, nós abandonamos a ideia de que as crianças devem se tornar normais para contribuir para o mundo. Temos que diferenciar a integração da inclusão, na qual na primeira, tudo depende do aluno e ele é que tem que se adaptar buscando alternativas para se integrar, ao passo que na inclusão, o social deverá modificar-se e preparar-se para receber o aluno com deficiência. Jamais haverá inclusão se a sociedade se sentir no direito de escolher quais os deficientes poderão ser incluídos. É preciso que as pessoas falem por si mesmas, pois sabem do que precisam de suas expectativas e dificuldades como qualquer cidadão. Mas não basta ouvi-los, é necessário propor e desenvolver ações que venham modificar e orientar as formas de se pensar na própria inclusão. Com a Resolução n.2/2001 que instituiu as Diretrizes Nacionais para a Educação Especial na Educação Básica, houve um avanço na perspectiva da universalização e atenção à diversidade, na educação brasileira, com a seguinte recomendação: Os sistemas de ensino devem matricular todos os alunos, cabendo às escolas organizar-se para o atendimento aos educandos com necessidades educacionais especiais, assegurando as condições necessárias para a educação de qualidade para todos. No entanto a realidade desse processo INCLUSIVO é bem diferente do que se propõe na legislação e requer muitas discussões relativas ao Tema. O problema se agrava quando vemos o professor totalmente dependente de apoio ou assessoria de profissional da área da saúde, pois nesse caso a questão clínica se sobressai e novamente o pedagógico fica esquecido. Parece que o professor está esquecendo-se do seu papel, sua formação, as condições da própria escola em receber esses alunos, que entram nas escolas e continuam excluídos de todo o processo de ensino-aprendizagem e social, causando frustração e fracassos, dificultando assim a proposta de inclusão. Por um lado os professores julgam-se incapazes de dar conta dessa demanda, despreparados e impotentes frente a essa realidade que é agravada pela falta de material adequado, de apoio administrativo e recursos financeiros. Portanto as mudanças são fundamentais para inclusão, mas exige esforço de todos possibilitando que a escola possa ser vista como um ambiente de construção de conhecimento, deixando de existir a discriminação de idade e capacidade. Para isso, a educação deverá ter um caráter amplo e complexo, favorecendo a construção ao longo da vida, e todo aluno, independente das dificuldades, poderá beneficiar-se dos programas educacionais, desde que sejam dadas as oportunidades adequadas para o desenvolvimento de suas potencialidades. Isso exige do professor uma mudança de postura além da redefinição de papeis que possa assim favorecer o processo de inclusão. Para que a inclusão seja uma realidade, será necessário rever uma série de barreiras, além da política e práticas pedagógicas e dos processos de avaliação. É necessário conhecer o desenvolvimento humano e suas relações com o processo de ensino aprendizagem, levando em conta como se dá este processo para cada aluno. Devemos utilizar novas tecnologias e Investir em capacitação, atualização, sensibilização, envolvendo toda comunidade escolar. Focar na formação profissional do professor, que é relevante para aprofundar as discussões teóricas práticas, proporcionando subsídios com vistas à melhoria do processo ensino aprendizagem. Utilizar currículos e metodologias flexíveis, levando em conta a singularidade de cada aluno, respeitando seus interesses, suas ideias e desafios para novas situações. Investir na proposta de diversificação de conteúdos e práticas que possam melhorar as relações entre professor e alunos. Avaliar de forma continuada e permanente, dando ênfase na qualidade do conhecimento e não na quantidade, oportunizando a criatividade, a cooperação e a participação. Valorização maior das metas e não dos obstáculos encontrados pelo caminho, priorizando as questões pedagógicas e não apenas a questão biológica, com expectativa de que tudo será resolvido pela saúde. Concluímos que para o processo de inclusão escolar é preciso que haja uma transformação no sistema de ensino que vem beneficiar toda e qualquer pessoa, levando em conta a especificidade do sujeito e não mais as suas deficiências e limitações. Para entendermos um pouquinho mais dessa questão na prática, estive no Colégio Estadual Costa Vianna, localizada na Rua Paulino de Siqueira 2685, em São José dos Pinhais- PR, onde entrevistei a pedagoga Simone França. Essa escola desenvolve projetos sobre a diversidade e inclusão através de uma equipe multidisciplinar, o tema é desenvolvido a cada bimestre. Referente ao bullying existe uma orientação que já faz parte da proposta da semana pedagógica, inclusive com a professora do PDE que desenvolve o tema na formação dos professores. A escola não oferece atendimento educacional especializado, nesse caso o atendimento é dado nas salas de aula de forma inclusiva com professores especializados, inclusive com professores de libras. O PPP é construído pela equipe pedagógica, juntamente com a equipe multidisciplinar, e sua manutenção é conforme as necessidades ouvindo cada segmento.a escola disse que está satisfeita, com o trabalho de inclusão e diversidade praticada pela escola, pois cada aluno tem sua particularidade, e não existe uma receita, cada aluno possui um jeito único e exclusivo de ser. A escola apenas melhora as normas, porem não as cria, apenas cumpre o que lhe pé imposto pelo Estado. CONCLUSÃO Esse trabalho foi muito gratificante, consegui enxergar a diversidade com outros olhos, e entender a necessidade da inclusão. Cada ser humano possui dentro de si, uma característica única e exclusiva. O contato com as pessoas nos dá a oportunidade de conhecermos coisas novas, novas culturas, novos pensamentos, enfim o contato com as pessoas nos abre um leque de novas descobertas e oportunidades, independente da cor, raça, condições físicas ou psíquicas. O professor tem a honra de fazer parte de todos os tipos de diferenças, e é o principal intermediador, de contatos, pois os mesmos acontecem logo nos primeiros anos de vida. O professor pode ensinar ao aluno desde pequeno a conviver e aceitar o diferente, por isso é importante que o professor e pedagogo amem sua profissão. No inicio pode não ser fácil, pois os seres humanos não nascem com manual de instrução, mas com paciência, amor e perseverança, conseguiremos ótimos resultados. Acredito na inclusão, acho a mesma de fundamental importância, para a sociedade, porém acredito que isso não pode ser apenas bonito, e imposto nas escolas. O governo precisa investir mais nessa questão, qualificar os professores, e proporcionar condições para as escolas atenderem essa nova demanda, que precisam de cuidados especiais, e condições físicas, para que isso ocorra deforma natural e sadia. O PPP não serve apenas para cumprir um ritual, ele é um planejamento participativo, onde as pessoas dividem suas experiências, refletem suas práticas, resgatam e atualizam valores, demonstram seus saberes, sua visões de mundo, de educação e conhecimento, dão sentido aos seus projetos individuais e coletivos, reafirmam suas identidades, estabelecem novas relações de convivência e indicam um horizonte de novos caminhos, possibilidades e propostas de ação. É ele que indicará a direção, o rumo da escola, o PPP serve como um manual, uma base, uma segurança para nos ajudar nas decisões, pois ele define a identidade da escola e indica caminhos para ensinar com qualidade. REFERÊNCIAS gestaoescolar.abril.com.br/.../projeto-politico-pedagogico-ppp-pratica-61... www.brasilescola.com Material webaula Unopar
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