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UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO SUL Disciplina: (AGR01127) Produção E Manejo De Bovinos De Leite Profª.: Vivian Fischer Nome: Renata Scavazza Matrícula: 00290094 Data de entrega (postagem): 16/09/2020 TRABALHO AVALIATIVO 4 1. Como e por quê se faz a secagem das vacas? Secar a vaca é interromper sua lactação para proporcionar tempo suficiente de regeneração dos tecidos mamários a fim de prepará-la para a próxima lactação e desenvolver uma boa condição corporal e sanitária, assim, o parto e a produção de colostro são facilitados e a produção de leite tem acréscimos. 1) Verificar se a vaca está com mastite: se negativo, está apta ao processo de secagem. Se positivo, deve-se tratar primeiro; 2) Esgotar bem o úbere na última ordenha, que ocorre aproximadamente 45 – 60 dias antes da data prevista do próximo parto; 3) Proceder com a limpeza e desinfecção dos tetos com álcool 70% (ou iodado); 4) Colocar antibiótico intramamário específico para o período de secagem, de longa duração; 5) Completar com pós-dipping ou selante (à base de glicerina, por exemplo); 6) Identificar a vaca e não ordenhar mais, não fornecer concentrado. OBS.: Se observado edema, deverá ser feita nova ordenha apenas em últimos casos e repetida a aplicação de antibiótico. Decorridas 2 semanas, não produzirá mais leite e a secagem estará completa e então poderá ter alimentação normal condizente com o pré-parto. 2. Quais os problemas de saúde que podem ocorrer com a vaca, especialmente durante o início da lactação? Quais as medidas preventivas? Obs. Organize essa resposta na forma de um quadro, com as seguintes informações: distúrbio ou problema saúde, fatores predisponentes, sintomas, medidas preventivas, medidas curativas. Distúrbio/ problema de saúde Fatores predisponentes Sintomas Medidas preventivas Medidas curativas Hipocalcemia Desequilíbrio catiônico- aniônico, aumento da demanda somada ao consumo inadequado de cálcio e minerais (fósforo, potássio), afetando sua absorção e homeostase. Tremor muscular da cabeça, membros e rigidez das patas traseiras, fazendo com que o animal caia e permaneça deitado. Dieta com níveis nutricionais de cálcio adequados, aditivos acidogênicos, cautela com oferta de forrageiras de muito colmo (potássio). Injeção endovenosa de sais minerais de cálcio, injeção de vitamina D, evitar alimentos com muito Ca. Acidose ruminal Oferta, sem adaptação gradual, de altas quantidades de concentrado acompanhada de uma dieta pobre em FB. Perda do apetite, anorexia, desidratação, diarreia, depressão e ataxia. Observação das fezes, uso de aditivos na dieta, aumentar a FDN, reduzir carboidratos não fibrosos, adaptação gradual. Correção da acidose com bicarbonato ou tamponantes, solução salina iso ou hipertônica. Cetose Balanço energético negativo, ingestão de alimentos cetogênicos, excesso de oleaginosas, baixo teor de FB. Redução na ingestão de alimentos, diminuição razoável da produção, depressão, cambaleios. Manejo adequado da dieta no período seco e de transição (ECC), uso de aditivos energéticos, dieta concentrada. Uso de glicose, corticosteroides e substâncias precursoras de glicose Deslocamento de abomaso Queda na ingestão de MS, dietas com grande quantidade de grãos e baixa quantidade de FB, mudanças drásticas na dieta, hipocalcemia. Perda do apetite, redução na produção de leite, cólica, frequência cardíaca elevada, fezes escassas e diarreia. Pesquisar existência de doenças concomitantes, manejar ECC para que a vaca não chegue gorda no parto, fornecer alimento de qualidade. Restauração do equilíbrio hídrico- eletrolítico, punção com agulha, tratamento de doenças concomitantes. Retenção de placenta Hipocalcemia, aborto, parto induzido, duração anormal da gestação, ganho de peso excessivo, deficiência de vitamina A e E, selênio, parto gemelar. Queda na produção de leite, febre, toxemia, redução da ingestão de alimentos. Rebanho livre de doenças, alimentação em qualidade e quantidade suficiente, mistura mineral adequada, instalações limpas. Antibióticos e prostaglandina adotados tão logo onde se perceba que a vaca não eliminou a placenta no tempo devido. Mastite Balanço energético negativo, mudanças fisiológicas que impactam no sistema imune. Inflamação no úbere e tetos, perda de apetite, febre, mudança na composição do leite (clínica). Evitar stress calórico, cuidados nos métodos de ordenha, manter o rebanho livre de doenças e stress, manejar ECC. Antibióticos intramamários, tratamento de doenças concomitantes. Esteatose hepática Sobrepeso ao parto, hipocalcemia, cetose, deslocamento do abomaso, balanço energético negativo Redução do consumo de alimentos, perda de peso, tremores, agressividade, incoordenação. Manejo do ECC, eliminação do balanço energético negativo, tratar doenças concomitantes. Tratamentos combinados com corticoides e glicose Distocia Hipocalcemia, gordura na pelve, má formação do bezerro ou da vaca, incompatibilidade materno- fetal, duração da gestação Definida pelo atraso ou dificuldade em qualquer um dos estágios de parição. Manter o equilíbrio de cálcio, manejo do ECC, manejo nutricional das vacas secas, monitorar doenças concomitantes. Dilatação manual corretiva do canal de parto, intervir se necessário. 3. O que mudar no manejo se as vacas chegam gordas ao parto? Quais as consequências? Vacas gordas ao parto apresentam maior risco de ocorrência de distúrbios metabólicos e doenças (como cetose, mastite, retenção de placenta, etc.) e diminuem a ingestão de matéria seca por conta da lipólise acentuada e aumento nos níveis de ácidos graxos não esterificáveis (NEFA). Esta situação pode ser alterada pelo manejo nutricional pré-parto: a. Corrigindo a concentração energética da dieta para mais, que evita a redução do consumo; b. Dietas ricas em proteína resultam em uma perda maior de ECC em vacas gordas; c. Dietas pobres em fibras e ricas em amido diminuem a perda de ECC em vacas gordas por aumentar os níveis de insulina. 4. O que mudar no manejo se as vacas chegam magras demais ao parto? Quais as consequências? Vacas magras ao parto atrasam o cio e demoram mais a ser inseminada ou montada, atrasando a gestação e aumentando o intervalo desmame estro (IDE), além de apresentar maiores ocorrências de retenção de placenta e dificuldade no parto. A situação também pode ser manejada pela alimentação pré-parto: a. Dietas ricas em energia favorecem o aumento do ECC em vacas magras; b. Dietas ricas em proteínas diminuem a perda ou aumentam o ganho de ECC em vacas magras pois utilizam-nas para a gliconeogênese; c. Dietas pobres em fibras e ricas em amido aumentam o ganho de ECC em vacas magras. 5. Quais os principais aditivos a serem utilizados no pré-parto e para que? Ionóforos Antilipolítico, antibiótico, melhora no metabolismo energético e previne cetose/ acidose Precursores Gliconeogênicos (Propilenoglicol e Propionato de Cálcio) Antilipolíticos, previnem a esteatose hepática/ cetose, aumentam o CMS, elevam a concentração de glicose no sangue, previnem a hipocalcemia Niacina (Vit B3) Reduzir a mobilização de reservas de gordura corporal, reduzir os níveis séricos de ácidos graxos livres e corpos cetônicos e melhorar o desempenho lactacional Colina Melhorar o metabolismo de lipídeos e reduzir o influxo de ácidos graxos livres no tecido hepático Biotina Cofator de enzimas relacionadas à gliconeogênese, síntese de ácidos graxos e degradação de aminoácidos. Pode aumentar a produção de leite e reduz os riscos de hemorragia na sola dos cascos. Inositol Reduz a incidência de esteatose hepática e cetose durante o período de transição Extrato de levedura Melhorar a digestão de fibra,estabilizar o rúmen e melhorar o desempenho lactacional após o parto Sais aniônicos Prevenir a hipocalcemia pelo balanço catio-aniônico 6. Quais os principais aditivos a serem utilizados no pós-parto e para que? Precursores Gliconeogênicos (Propilenoglicol e Propionato de Cálcio) Antilipolíticos, previnem a esteatose hepática/ cetose, aumentam o CMS, elevam a concentração de glicose no sangue, previnem a hipocalcemia Tamponantes ou alcalinizantes Mantém ou aumentam o pH do rúmen, aumentam o consumo alimentar e podem aumentar o teor de gordura do leite Ionóforos Aumento na produção de leite, previne a acidose ruminal, aumento na eficiência energética Extrato de levedura Melhorar a digestão de fibra, estabilizar o rúmen e melhorar o desempenho lactacional após o parto Neutralizadores de micotoxinas Prevenir o impacto negativo de algumas micotoxinas nas vacas leiteiras, estas podem ser transferidas para o leite REFERÊNCIAS: DE OLIVEIRA, Vânia Maria; AROEIRA, Luiz Januário Magalhães; SILVA, Márcio Roberto. Como prevenir a "febre do leite" em vacas leiteiras. Comunicado Técnico, 49, Juiz de Fora (MG), ed. 1, p. 1-4, julho 2006. Disponível em: <https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65422/1/COT-49-Como- prevenir-a-febre.pdf.> Acesso em: 15 set. 2020. MELO, Leopoldo. Cetose bovina e como ela afeta a produção das vacas de leite: considerada uma das principais doenças que podem acometer o rebanho, principalmente no gado leiteiro, a cetose pode causar muitos prejuízos ao produtor.. [S. l.]: PRODAP, 9 mar. 2020. Disponível em: <https://prodap.com.br/pt/blog/cetose- bovina-em-vacas-de-leite> Acesso em: 15 set. 2020 EDUCAPOINT. Como prevenir e tratar o deslocamento do abomaso. [S. l.]: AgriPoint Serviços de Informação para o Agronegócio, 26 jul. 2019. Disponível em: <https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/como-prevenir-tratar- deslocamento-abomaso/>. Acesso em: 15 set. 2020. LINZMEIER, Lissiane Geise. Retenção de Placenta em Bovinos. Revista Científica Eletrônica de Medicina Veterinária, [s. l.], ano VII, ed. 12, janeiro 2009. Disponível em: <http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3ym2y0c2eCcXsS9_2 013-6-21-12-17-43.pdf>. Acesso em: 15 set. 2020. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65422/1/COT-49-Como-prevenir-a-febre.pdf. https://ainfo.cnptia.embrapa.br/digital/bitstream/item/65422/1/COT-49-Como-prevenir-a-febre.pdf. https://prodap.com.br/pt/blog/cetose-bovina-em-vacas-de-leite https://prodap.com.br/pt/blog/cetose-bovina-em-vacas-de-leite https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/como-prevenir-tratar-deslocamento-abomaso/ https://www.educapoint.com.br/blog/pecuaria-leite/como-prevenir-tratar-deslocamento-abomaso/ http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3ym2y0c2eCcXsS9_2013-6-21-12-17-43.pdf http://faef.revista.inf.br/imagens_arquivos/arquivos_destaque/3ym2y0c2eCcXsS9_2013-6-21-12-17-43.pdf
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