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1 HISTORICO SEXUALIDADE

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CENTRO UNIVERSITÁRIO 
DE JOÃO PESSOA- UNIPE
PROF. LEDA MAIA
A Sexualidade 
no Tempo
• Pré-História
• Os homens da Pré-História já, usavam cosméticos naturais
para incrementar a paquera, faziam sexo em posições bem
diferentes do usual.
• É o que indicam os estudos feitos por arqueólogos baseados
em objetos como estátuas e pinturas rupestres.
• Na Idade da Pedra, métodos anticoncepcionais e
masturbação já faziam parte da rotina sexual.
A Sexualidade
no Tempo
• POSIÇÕES
• Uma imagem encontrada em Ur, na Mesopotâmia,
datada de 3200 a.C., mostra a mulher por cima do
homem, posição também encontrada em obras de arte
da Grécia, do Peru, da China, da Índia e do Japão.
• Uma outra imagem pré-histórica mostra a mulher
sentada com as pernas levantadas para facilitar a
penetração do homem. A relação com penetração por
trás também aparece com frequência.
A Sexualidade no Tempo
• CASAMENTO
• No Paleolítico (do surgimento da humanidade até 8000
a.C.), a Idade da Pedra Lascada, os machos dominantes
se casavam com várias mulheres.
• Já no Neolítico (de 8000 a.C. até 5000 a.C.), a Idade
da Pedra Polida, observando o estilo de vida dos bichos
e o papel do macho na procriação, os homens passaram
à ficar com uma fêmea só.
A Sexualidade 
no Tempo
• MASTURBAÇÃO
• Não faltam exemplos da prática do sexo solitário na Pré-
História: há de estátuas a bastões fálicos talhados em
madeira ou em pedra.
A Sexualidade no Tempo
• PORNOGRAFIA ANCESTRAL
• Os homens faziam estátuas eróticas que podem ser
consideradas ancestrais da pornografia. Naquela
época, a Europa vivia a Era Glacial, e as mulheres
gordinhas teriam maior potencial de resistência.
• Vênus de Willendorf.
A Sexualidade no Tempo
• PAQUERA
• Na hora da paquera, o homem pré-histórico já tinha à
disposição cosméticos feitos de plantas, como a hena,
usada nos cabelos.
• Sabe-se que extratos de beladona eram usados para
dilatar as pupilas e, assim, chamar mais a atenção.
• Havia ainda pigmentos avermelhados, que destacavam
partes da pele, e jóias feitas de pedras, madeira ou
dentes de animais.
A Sexualidade 
no Tempo
• CORPO A CORPO
• Quando o homem virou bípede, o corpo passou a ter
novos focos de atração sexual.
• Os seios das mulheres, únicas fêmeas entre os primatas
que têm seios permanentemente grandes, passaram a
ser tão atrativos quanto as nádegas.
• Assim, o ser humano passou a ser um dos poucos
animais que fazem sexo cara a cara.
A Sexualidade 
no Tempo
• Antiguidade
• Na Antiguidade, a prostituição era regulamentada, o
divórcio começou a existir e havia até deuses do sexo.
• Os documentos da Idade Antiga, que vai de 4000 a.C.
ao século 5 d.C., mostram curiosidades sobre a vida
sexual de povos como gregos, romanos e egípcios.
A Sexualidade no Tempo
• Os romanos, por exemplo, prezavam tanto o sexo que
havia uma lei para não incentivar o celibato: a solteirice
e a falta de filhos eram punidos, e as pessoas cheias de
herdeiros tinham privilégios.
• Os romanos também estudavam o corpo humano e já
conheciam algumas doenças de natureza sexual.
• Mesmo assim, algumas crendices sexuais bizarras
permaneciam. Na Grécia, por exemplo, acreditava-se
que o contato com uma mulher menstruada faria o
vinho novo ficar azedo e faria as árvores não dar mais
frutos.
A Sexualidade 
no Tempo
• À MODA ANTIGA
• Prostituição e homossexualidade eram comuns, mas
havia leis severas para punir abusos.
• CASAMENTO
• Os gregos e romanos eram monogâmicos - no império
de Diocleciano, em Roma, a bigamia foi declarada
ofensa civil.
• Mas os greco-romanos descobriram que o amor não é
eterno: foi nessa época que surgiu o divórcio.
• Na Roma arcaica, as mulheres adúlteras podiam ser
condenadas à morte - isso só mudou após uma lei do
imperador Augusto, que trocou a pena para o exílio.
A Sexualidade no Tempo
• POSIÇÕES
• Em Roma, as posições sexuais apareciam em pinturas,
mosaicos e objetos de uso cotidiano, como lamparinas,
taças e até moedas.
• Em uma face, ficava a posição sexual, e, na outra, um
número. Para alguns historiadores, as moedas eram
fichas de bordel, e as posições com penetração tinham
números maiores, indicando que poderiam ser mais
valorizadas.
A Sexualidade 
no Tempo
• MASTURBAÇÃO
• Nada de condenar o sexo solitário: na Grécia e na Roma
antigas, a masturbação era vista como natural.
• No Egito, a masturbação era até parte do mito da
criação.
• Um dos ditos piramidais afirma que Aton, o deus do Sol,
teria criado o deus Shu e a deusa Tefnut através do
sêmen de sua masturbação.
A Sexualidade 
no Tempo
• NO TRIBUNAL
• A legislação sexual da Roma antiga era polêmica.
• Eram puníveis com a morte: o adultério cometido pela esposa,
o incesto e a relação sexual entre uma mulher e um escravo.
• No estupro, a punição sobrava até para a vítima - se não
gritasse por socorro, a virgem poderia ser queimada viva.
• Entre as penas leves, estava a apreensão de propriedades de
quem fizesse sexo anal.
• No Egito, o adultério era mau negócio: os homens eram
castrados e as mulheres ficavam sem o nariz.
A Sexualidade no Tempo
• HOMOSSEXUALIDADE
• Na Grécia a homossexualidade masculina entre dois
homens adultos era inaceitável socialmente, o que não quer
dizer que não existia.
• Tal como no caso dos romanos, o passivo era o alvo da
condenação e da vergonha, porque ser penetrado remetia
a um papel feminino de submissão (e a sociedade grega era
tremendamente machista).
A Sexualidade no Tempo
• PEDERASTIA NÃO TINHA NADA A VER COM SEXO
• Há uma tremenda confusão a respeito da pederastia
entre os gregos, por ser cheia de sutilezas e regras.
• A pederastia não tinha nada a ver diretamente com
homossexualidade nem com pedofilia, do modo como
as entendemos atualmente.
A Sexualidade 
no Tempo
• Era uma ligação de afeto de um homem adulto livre e
da elite por um garoto, que tinha função pedagógica na
formação de um cidadão da aristocracia.
• É claro que às vezes o sexo se apresentava juntamente
com a paixão, mas nem por isso a prática era aceita
socialmente ou tolerada pelo Estado.
• Seria inaceitável submeter um filho de família
importante à penetração, por exemplo, porque era
considerada um ato de violência.
• Fosse na vagina, no ânus ou na boca, só às mulheres a
submissão de serem penetradas seria apropriada.
A Sexualidade 
no Tempo
• PROSTITUIÇÃO
• Regras para sexo pago eram diferentes na Grécia e em Roma.
• GRÉCIA
• As moças da vida não eram todas iguais - elas seguiam uma
hierarquia.
• CLASSE ALTA
• Prostitutas de primeira classe, com treinamento intelectual e
cultural.
• CLASSE MÉDIA
• Tocadoras de flauta e dançarinas, especialistas em ginástica e
sexo oral. Geralmente eram imigrantes.
• CLASSE BAIXA
• Vendidas pela família, ganhavam mal e tinham poucos direitos.
A Sexualidade 
no Tempo
• PROSTÍBULOS PAGAVAM TRIBUTO
• Os primeiros prostíbulos “oficiais” foram instituídos
em Atenas por Sólon, que usou os tributos
recolhidos para construir um templo para Afrodite,
deusa que velava pela prostituição.
• A ideia era deixar o sexo à disposição dos jovens
para preservar as mulheres respeitáveis do
adultério.
A Sexualidade 
no Tempo
• Essas prostitutas comuns eram escravas, ex-escravas,
estrangeiras livres e meninas abandonadas ou vendidas
pelos pais, bem como, filhas de prostitutas.
• Era crime alguém incitar uma mulher ateniense à
prostituição, bem como vender filhas ou irmãs que
fossem cidadãs atenienses.
• Em grego, a palavra prostituta “éporne”, que significa
“aquela que está à venda”. Daí derivam as palavras
“pornografia” e “pornográfico”.
A Sexualidade 
no Tempo
• HAVIA PROSTITUIÇÃO SAGRADA
• Na rica cidade de Corinto, havia a prostituição sagrada,
prática que vinha de sociedades agrárias. As servas
sagradas pertenciam a templos dedicados à deusa do
amor por toda a vida.
• Sua função era fazer sexo com quem pagasse, sendo que
o dinheiro ficava para o templo.
• Acreditava-se que assim estariagarantida a fertilidade das
mulheres e da terra.
• No templo havia mais de mil servas sagradas. E era um
serviço caro.
A Sexualidade
no Tempo
• HETAIRAS, AS GUEIXAS DOS GREGOS
• As hetairas eram prostitutas de luxo, consideradas
companheiras dos homens nas ocasiões em que esposas, filhas
e irmãs eram excluídas, devido à rigidez dos costumes em
relação às mulheres.
• Aliás, ao contrário das hetairas, esposas, filhas e irmãs de
cidadãos livres eram pouco instruídas. As prostitutas de luxo eram
belas, educadas, tocavam instrumentos musicais e dançavam.
• Muitas acompanhavam os debates filosóficos com perspicácia e
competência e algumas foram companheiras e/ou discípulas de
filósofos, políticos e pessoas influentes.
• Eram tremendamente bem pagas, viviam em mansões e
acumulavam fortunas. Sua origem, porém, era a mesma das
prostitutas comuns.
A Sexualidade
no Tempo
• SAFO
• Não há indícios de que Safo, atualmente considerada quase que a
sacerdotisa do amor homossexual feminino, fosse lésbica, a
não ser que usemos a palavra para designar sua origem (a ilha de
Lesbos).
• A poesia de Safo nos chegou de forma muito fragmentária, mas
sabe-se que fazia poemas em homenagem a cada aluna que
entrava ou saía da escola para meninas que mantinha.
• Esses fragmentos de poemas podem ter dado origem à crença de
que Safo tinha relacionamentos amorosos com mulheres, mas ela
também escreveu sobre solidão, velhice, amor e separação.
• O que se sabe é que Safo foi casada, provavelmente teve uma filha
e se matou por causa da rejeição de um homem.
A Sexualidade
no Tempo
• PROSTITUIÇÃO
• ROMA
• Registradas e pagadoras de impostos, as prostitutas se
vestiam com tecidos floridos ou transparentes, e, por lei,
não podiam usar a estola, veste das mulheres livres,
nem a cor violeta.
• Os cabelos deviam ser amarelos ou vermelhos. O lugar
mais comum de trabalho delas era sob arcos
arquitetônicos: a palavra fornicação vem do latim
fornice, que significa arco.
A Sexualidade 
no Tempo
• MÃO BOBA? SÓ A ESQUERDA
• Antes do cair da noite, eram permitidas as carícias, desde que
feitas pela mão esquerda.
• PAIXÃO É QUASE DOENÇA
• A paixão amorosa era temida e era vergonhosa. Quando um
romano se apaixonava loucamente, seus amigos
consideravam que moralmente o sujeito caíra na escravidão
ou perdera a cabeça por excesso de sensualidade.
• AMOR E SEXO ERA PARA JOVENS
• Não que os mais velhos não se apaixonassem ou não
fizessem sexo, mas era de bom tom mostrar decoro.
A Sexualidade
no Tempo
• POR RESPEITO, SÓ SEXO ANAL
• Entre os antigos romanos, era comum que o marido evitasse
fazer sexo vaginal com a sua esposa na noite de núpcias, em
respeito à sua natural timidez de moça virgem. Como
compensação, ele poderia sodomizá-la.
• NO ESCURINHO
• Também entre romanos, não se deveria fazer sexo antes do
anoitecer. Durante o dia, era privilégio de recém-casados, logo
após as núpcias.
• Além de só se poder manter relações sexuais à noite, era de
bom tom que fosse na penumbra.
• Um homem honesto só teria a possibilidade de vislumbrar a
nudez da amada se a lua passasse na hora certa pela janela
aberta.
A Sexualidade 
no Tempo
• IDADE MÉDIA
• Na era medieval, a vida entre quatro paredes ficou mais
recatada por causa da influência da Igreja.
• No mundo ocidental, tudo que era relacionado ao sexo -
exceto a procriação - passou a ser pecado. Até pensar no
assunto era proibido.
• O único que se dava bem era o senhor feudal: além de colocar
cinto de castidade em sua esposa, ele tinha o direito de
manter relações sexuais com qualquer noiva em seu feudo na
primeira noite do casamento dela.
• Já no Oriente, em países asiáticos, a liberdade sexual era
maior. Os homens orientais podiam, por exemplo, ter quantas
mulheres quisessem, desde que conseguissem sustentar
todas.
A Sexualidade
no Tempo
• PAQUERA
• Por volta do século XII, surgiu o chamado amor cortês.
Na corte, o cavalheiro levava o lenço da mulher amada.
Mas era uma amor platônico e infeliz .
• Os casamentos eram arranjados por interesses
econômicos, o cavalheiro e a dama quase nunca
ficavam juntos.
• Os noivos arranjados muitas vezes só se conheciam por
meio de retratos pintados a óleo.
A Sexualidade
no Tempo
• POSIÇÕES
• Só uma posição era consentida pela Igreja: a
missionária (atual papai-e-mamãe). Ela tem esse nome
porque os missionários cristãos queriam difundir seu uso
em sociedades onde predominavam outras práticas.
• Para os cristãos, ela é a única posição apropriada
porque, segundo São Paulo, a mulher deve sujeitar-se
ao marido.
• O recato entre quatro paredes era tamanho que, em
alguns lares mais tradicionais, o casal se relacionava
com um lençol com um furo no meio.
A Sexualidade 
no Tempo
• MASTURBAÇÃO
• Para não incentivar o prazer sexual solitário, surgiram nessa
época os mitos de que os meninos ficavam com espinhas ou
calos nas mãos caso se masturbassem.
• Se uma menina se tocasse, ou ela estaria tendo um encontro
com Satã ou havia sido enfeitiçada por bruxas. A paranóia era
tão grande que muitos tomavam banho vestidos - até o banho
era considerado um ato libidinoso
• CASAMENTO
• A família da noiva, que podia casar logo após a segunda
menstruação, pagava um dote (dinheiro ou bens) ao noivo,
que tinha, geralmente, entre 16 e 18 anos.
• Mas havia proibições: o casório entre primos de terceiro grau,
e de parentes de até sexto grau.
A Sexualidade no Tempo
• CINTO DE CASTIDADE
• Não há consenso entre os historiadores sobre a
invenção do cinto de castidade, mas acredita-se que o
modelo mais antigo seja o de Bellifortis, de 1405.
• Feito de metal, ele tinha aberturas farpadas que
permitiam urinar, mas não copular. Também foi
inventada a infibulação, técnica de costura da vagina
para garantir a fidelidade da mulher ao senhor feudal
quando ele viajava.
A Sexualidade no Tempo
• Idade Moderna
• Os costumes medievais recatados continuaram na Idade
Moderna, mas a Reforma Protestante ajudou a tornar
alguns deles menos rígidos.
• O divórcio, por exemplo, que era proibido pelo
catolicismo, passou a ser aceito na Igreja Anglicana.
• Mas as igrejas protestantes que surgiram na Alemanha,
Inglaterra e Holanda continuaram bem rigorosas no que
se refere às práticas sexuais.
• O que mudou foram os padrões de beleza - mulheres
com cinturas fina e seios fartos passaram a ser as mais
desejadas.
A Sexualidade 
no Tempo
• AMOR
• Na Idade Moderna, começaram a ser mais comuns os
casamentos por amor, e não apenas por interesse. O
hábito de trocar cartas entre os apaixonados tornou-se
comum.
• CASAMENTO
• De 1545 a 1563, o Concílio de Trento tornou a Igreja a
responsável pelo casamento - antes, os casamentos
eram só civis, e aconteciam em casa mesmo. A partir
daí, passaram a acontecer diante de um membro da
Igreja.
A Sexualidade 
no Tempo
• POSIÇÕES
• No século XVI, o pintor italiano Giulio Romano pintou
uma série de 16 desenhos para um livro de sonetos
obscenos de Pietro Arentino, retratando várias posições
sexuais.
• E O KAMA SUTRA
• Kama Sutra, foi escrito provavelmente entre os séculos
III e IV, mas só foi popularizado no Ocidente a partir de
1883, quando ganhou uma tradução em inglês.
• O livro contém a descrição de 529 posições sexuais. Há
desde posições complexas, a situações simples.
A Sexualidade 
no Tempo
• PROSTITUIÇÃO
• As prostitutas eram chamadas de cortesãs e seus
quartos eram cheios de pentes, caixas de pó e frascos
de perfume.
• Havia dois tipos de cortesãs:
• Algumas atendiam em casa (geralmente, depois da
morte do chefe de família, quando ficavam sem dinheiro
para o sustento) e tinham uma agente, a alcoviteira,
que buscava clientes nas ruas.
• Havia ainda as que trabalhavam em bordéis, tabelados
pelo Estado.
A Sexualidade 
no Tempo
• LEIS
• As leis da Idade Moderna mais humilhavam que puniam.
O adultério, por exemplo, era "punido" na França com
um desfile dos maridos traídos e das mulheres traidoras.
• Os homens eram obrigados a montar um asno epassear
pela cidade usando chifres, e as mulheres adúlteras
também tinham que montar em um asno, besuntadas de
mel e cobertas de penas, com um cesto na cabeça.
A Sexualidade
no Tempo
• CIÊNCIA
• Como os conhecimentos sobre sexo evoluíram na
Idade Moderna:
• 1495 - Soldados franceses em Nápoles dão sinais de
tumores genitais. É o início da sífilis na Europa.
• 1527 - É empregada pela primeira vez a expressão
"doença venérea" por Jacques Bethercourt.
• 1550 - Por volta dessa data, o médico italiano Gabriel
Fallopius descreveu os órgãos reprodutivos femininos,
e um deles ganhou seu nome: as trompas de Falópio,
hoje chamadas de tubas uterinas.
A Sexualidade 
no Tempo
• CIÊNCIA
• 1550 - A invenção da camisinha moderna também é creditada
a Fallopius e ocorreu nessa década. Ele que recomendava o
uso de um envoltório de linho sobre a glande para evitar a
disseminação da sífilis.
• 1554 - O médico alemão Johannes Lange descreve uma
doença bizarra: a clorose (anemia), que atacava quem não
fizesse sexo. Entre os sintomas, letargia e palidez. O
tratamento: sexo.
• 1595 - Invenção do microscópio moderno na Holanda; ele
ganha esse nome somente em 1625, com Galileu Galilei.
• 1677 - O holandês Antoine van Leeuwenhoek descobre o
espermatozoide.
A Sexualidade 
no Tempo
• CIÊNCIA
• O sexo começou a ser estudado de modo mais objetivo,
particularmente com o desenvolvimento das ciências
empíricas, como a Medicina e a Psicologia, e com o
enfraquecimento da crença nas religiões e dos códigos
morais.
• O ato físico, praticado para aliviar tensões corpóreas ou
para reprodução, ao longo dos anos transformou-se
numa área básica para a moralidade e até mesmo para
a forma de organização das sociedades.
A Sexualidade 
no Tempo
• CIÊNCIA
• Nessa nova realidade, todo o movimento repressivo da
sexualidade desencadeado durante os séculos XVI, XVII
e XVIII, entra em fase de profundas transformações.
• O trabalho de alguns médicos – com destaque para as
figuras de Darwin e Freud - os tratados científicos, as
transformações sociais e a superação de conceitos
mecânicos e equivocados aceleram a transformação
acerca dos conceitos relacionados à sexualidade.
• De 1870 até a Primeira Guerra Mundial, surge o
princípio de uma Ciência Sexual.
A Sexualidade 
no Tempo
• CIÊNCIA
• A ciência passou, então, a ter papel de regulamentação na
atividade sexual, classificando práticas sexuais.
• Antes disso, o sexo era regulamentado pelo Estado, elites
dominantes e pela Igreja.
• Sexualização do pecado.
• O ser humano tornou-se fragilizado e culpabilizado pelo
desejo.
• A virgindade foi exaltada.
• Imagem negativa da mulher- A mulher foi quem levou o
homem a pecar.
A Sexualidade 
no Tempo
• O casamento se opunha a virgindade e incentivava a
volúpia carnal.
• Dos males o casamento era o menor.
• Práticas sexuais normais- destinadas a procriação.
• Práticas sexuais anormais- práticas infecundas
(masturbação, pedofilia, homossexualidade etc.).
A Sexualidade 
no Tempo
• A esterelidade era um indicador de alguma forma de
impureza na vida conjugal.
• Iluminismo- O homem não é mais entendido como um
ser guiado pelos seus instintos, mas como um ser
civilizado capaz de conter-se.
• Começa a disseminar-se, então, um discurso sobre
sexualidade que visa analisar, contabilizar, classificar a
prática sexual, incluindo-a numa ordem não apenas
moral, mas também racional.
A Sexualidade 
no Tempo
• CIÊNCIA
• Sexo tornou-se Sexualidade – um objeto de estudo.
Na prática, essa nova realidade, em que o sexo foi
altamente racionalizado, permitiu o estabelecimento de
critérios, construídos de acordo com a terminologia da
ciência, para classificar a normalidade e a anormalidade.
• A partir daí, a sexualidade tornou-se um tema de debate
na sociedade.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• O conceito de sexualidade existe há pouco mais de
200 anos e logo tornou-se um tema tabu.
• Introduzida na ciência por August Henschel
(1790/1856), botânico que realizou uma pesquisa
sobre a sexualidade das plantas.
• Inaugura o estudo da sexualidade.
• Seguido por biólogos, filósofos e médicos no final do
século XIX, a sexualidade torna-se área
independente.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• No final do século XIX repousa o postulado da
atração sexual recíproca e natural de um sexo pelo
outro, uma atração irreprimível que encontra sua
fonte individual nos órgãos genitais.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• O papel da sexualidade na determinação
social era considerado secundário.
• No entanto, CABANIS (1883-Fisiologista e
Filósofo) vai começar a atribuir à
sexualidade o essencial da determinação de
toda a esfera de relações interpessoais.
• A Sexualidade, é vista como geradora de
laços e sentimentos sociais.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• ENGELS (Filósofo e Cientista Social) – estuda os
vínculos que condiciona a sexualidade, a
constituição da família conjugal e afirma o direito
paterno que regularia as relações sexuais.
• A estruturação das relações e dos sentimentos
conjugais e parentais no interior da família vão
dando a medida da norma.
• A organização social regula a manifestação da
sexualidade.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• Nessa época, toda sexualidade que não atendesse
as normas sociais onde prevalecia a reprodução da
espécie, seria considerada como uma aberração,
degenerescência do instinto sexual natural.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
 PRIMEIROS TRABALHOS SOBRE AS PERVERSÕES:
 1860/1870 – Esquirol e Morel (Psiquiatras)-observaram
os distúrbios da sexualidade onde os sujeitos cometeriam
monstruosidades como: necrofilia, pedofilia,
assassinatos sádicos, sob a denominação de:
 Monomanias instintuais (Esquirol).
 Perversões de instintos genésicos (Morel).
 Ambas enquadradas como loucuras hereditárias.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• Esquirol e Morel- se serviram das considerações
darwinianas da hereditariedade, como também
tinham implicações higienistas a partir da ideia de
seleção natural.
• A espécie humana estaria ameaçada se a
hereditariedade mórbida de certas raças se
alastrasse.
• Ao invés de garantir a permanência da espécie
poderia levar a extinção.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• Charles Lasègue (1877- Psiquiatra)- descreve
pela primeira vez o exibicionismo como um ato
impulsivo.
• No século XIX e começo do século XX, as
perversões vão estar ligadas a síndrome
impulsivas e obsessivas.
• É neste campo recente da clínica das
perversões que irá se constituir uma
sexologia como pretensões científicas.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• Surgiu na Alemanha com Karl Ulrichs (1825-
1925- escritor alemão), o pensamento da
homossexualidade como tendência natural.
• Esse trabalho foi denominado de uranismo, e
servirá de referência à existência de um
“terceiro sexo” defendida pelos movimentos
homossexuais.
• Nesse trabalho Ulrichs argumenta os fatores
biológicos como determinantes do terceiro
sexo.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• WESPHALL (1870- Psiquiatra) - Estudou a
“inversão sexual” ligando-a à categoria
das neuroses e refere-se a ela como uma
degenerescência hereditária.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
BARÃO RICHARD VON KRAFFT-EBING- (1877-
Psiquiatra) interessa-se pelos desvios sexuais e
os agrupa em sua obra “Psicopatia Sexual”
(1886).
Divide os desvios sexuais em 4 grandes classes:
1. Anestesia do Instinto Sexual – provocado
por enfraquecimento fisiológico.
2. Hiperestesia – instinto sexual ligado a
fenômenos cerebrais (ninfomania,
satiríase).
Breve Histórico
da Ciência Sexual
3. Paradoxia – instinto sexual que se manifesta
fora dos períodos fisiológicos da idade adulta.
4. Parestesia do instinto sexual – manifesta-se
fora do objeto natural da reprodução da
espécie.
Sua tese será submetida, sobre influência de
outros autores, a modificações importantes.
 Enfatiza a natureza congênita e degenerativa
das perversões.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
BINET(1887- Pedagogo/ Psicólogo) – reconheceu
que a hereditariedade, oferece o terreno favorável à
constituição das perversões, todavia não pode lhe
dar sua forma ou característica.
Assim o fato de um sujeito adorar um par de
sapatos não pode ser explicado pela
hereditariedade e possivelmente deve existir um
determinismo histórico, fato na sua vida que
desencadeia a característica da perversão devido
a um terreno fértil para o desenvolvimento da
perversão.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• Binet (1887) formula a hipótese que a
perversão seria causada por um
acontecimento na infância tendo
deixado sua marca sob a forma de uma
associação mental.
• Essa correção à tese degenerativa vai se
tornar um pólo radicalmente oposto a
degenerescência.
Breve Histórico
da Ciência Sexual
• SCHRENCK-NOTZING (1889- Psiquiatra)-
acredita que as perversões podem ser
dissipadas a partir de um trabalho de sugestão
hipnótica.
• Com esse trabalho a perversão passa a ser
considerada um processo reversível e não
constitutivo.
• Dessa forma a teoria da degenerescência saiu
muito abalada.
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• Krafft-Ebing (1892) - redefine a teoria das
perversões.
• A teoria darwiniana vai ser aplicada à teoria da
sexualidade tanto normal quanto patológica e
as perversões serão redefinidas e a
sexualidade é esquematizada da seguinte
forma:
• Se o desenvolvimento individual recapitula
as etapas da filogênese as aberrações
sexuais surgem como distúrbios de
comportamento ontogenético.
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• Filogênese- estuda a gênese, origem
evolutiva de um grupo.
• Ontogênese- define a formação e
desenvolvimento do indivíduo desde a
fecundação do óvulo até à morte do
mesmo.
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• EXEMPLO:
• Curiosamente, a sequência filogenética
acompanha, dirá Freud, a ontogenética (ou seja,
há aqui uma menção à ideia de recapitulação).
• Nesse sentido, Freud irá argumentar que, no
princípio, nossos ancestrais viviam em um ambiente
de grande abundância, uma espécie de paraíso
original, tendo livre acesso à comida e à cópula.
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• Entretanto, em função de mudanças climáticas
ambientais drásticas (surgimento da era glacial), a
humanidade foi forçada a alterar radicalmente seu
comportamento a partir das incertezas em face das
privações impostas pelas mudanças climáticas.
• Com a continuação dos tempos glaciais, o homem,
ameaçado em sua sobrevivência, renuncia ao prazer de
procriar. Não há comida para todos.
• É necessário, portanto, limitar a procriação. Essa
limitação afeta mais duramente as mulheres do que os
homens. Tal situação, dirá Freud, corresponde à histeria
de conversão.
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• KRAFFT-EBING – Compreende o sadismo e o
masoquismo como perversões cardeais,
podendo um mesmo indivíduo apresentar
ambas, todavia haverá predominância de uma
perversão sobre a outra.
MASOQUISMO: forma passiva,
característica feminina.
SADISMO: forma ativa, característica
masculina.
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• A homossexualidade tem sua fonte na
bissexualidade originária da espécie e do
embrião.
• A heterossexualidade se desenvolve
normalmente por repressão e involução da
tendência alternativa.
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• MOLL (1897) – Formula a teste de que a
sexualidade manifesta-se na criança precocemente
como forma de antecipação da sexualidade
adulta.
• O AUTOR ACREDITA QUE:
• Essas manifestações na criança são
indiferenciadas, bissexuais e não patológicas.
• As perversões sexuais, representam a uma
fragilidade constitucional do componente
heterossexual normal.
Breve Histórico
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• Apesar de reconhecer a sexualidade da
criança, Moll (1897) divide a infância em dois
períodos:
• 1 a 7 anos- as manifestações sexuais devem
despertar a suspeita de processos mórbidos.
• Depois dos 8 anos- essas manifestações
devem ser consideradas normais.
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 H. ELLIS (1897/1910 Médico/Psicólogo)- Adere à
teoria da interrupção do desenvolvimento para
explicar o surgimento das perversões sexuais.
 Dá importância ao meio ambiente (tese associacionista-
Binet) e em particular a sedução de crianças por adultos.
 Introduz noção de auto erotismo em relação às
experiências sexuais ligadas a funções, orais, anais e
uretrais aproximando-se de Freud (1905).
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• H. Ellis (1897/1910)- Foi o primeiro a escrever sobre a
homossexualidade sem a caracterizar como doença
ou crime.
• A masturbação não conduzia a doenças graves.
• Falou sobre os fenômenos transgêneros.
• Era amigo de Freud e se correspondia com ele.
• Assim, no momento em que Freud elabora sua teoria
acumula-se um amplo material que vão inspirar suas
posições.
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• Freud não se interessa muito pelas perversões.
• Lança sobre as perversões mais um julgamento
moral do que um olhar de um homem pela ciência.
Se baseia nos trabalhos de Krafft-Ebing, Moll etc.
• Rejeita a teoria da degenerescência e congênita
para a explicação das condutas desviantes.
• Encaminha essa discussão para uma abordagem
psicológica ( a sexualidade é construída).
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• FREUD (1905), na análise de seus pacientes adultos
vai detectar material de manifestações sexuais
infantil levando-o a escrever os Três ensaios da
sexualidade infantil.
• A perversão é apresentada como uma regressão
ligada a uma interrupção no desenvolvimento.
• Os psiconeuróticos são todos seres de tendências
perversas fortemente desenvolvidas, mas
recalcadas e tornadas inacessíveis no decorrer da
sua evolução.
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• Brasil
• No Brasil com o texto Atentado ao Pudor: estudo
sobre as aberrações do instinto sexual (1894).
• O jurista Francisco José Viveiro de Castro
inaugura uma explicação sobre alguns
comportamentos sexuais os quais, quando
praticados com frequência levaria homens e
mulheres a loucura, atrofia e decadências dos
órgãos sexuais.
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• Em 1906 o médico José Ricardo Pires de Almeida
apresenta o trabalho sobre “As perversões e
inversões do instinto genital” e adverte a respeito
de uma sexualidade descontrolada.
• Desta forma médicos e juristas condenavam sexo
que não fosse a serviço da procriação e qualquer
comportamento sexual que não atendesse essa
demanda seria considerado desviante.
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Na década de 30 e 40 o debate sexualidade ganhou
abrangência na sociedade brasileira e até religiosos
defendem a necessidade de se falar em sexo.
Afrânio Peixoto (1936) publica livro: “A educação
da mulher” onde informa as funções biológicas do
corpo e assim informar o que é certo e errado.
Jaime Brasil no seu livro “A questão sexual”
afirma que o conhecimento sexual é o antídoto
contra uma sexualidade desordenada.
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• José Albuquerque escreveu vários livros, a saber:
• Educação Sexual (1934).
• Para nossos filhos varões quando atingirem a
puberdade (1935).
• O catecismo da educação sexual (1940).
• Fundou o Círculo Brasileiro de Educação Sexual
(1933) e organizou a I Semana de Educação
Sexual.

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