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Resumo Parasitologia - Medicina / UFCSPA

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INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA 
 
•Associação entre seres vivos 
 -Parasitismo: dependência metabólica – prejuízo para o hospedeiro 
 -Adaptações: os parasitas se encontram onde há condições de completarem seu ciclo 
biológico 
•Parasitologia: estudas as doenças parasitárias 
•Nomenclatura científica 
 -gênero e espécie sempre em itálico 
•Os mecanismos de transmissão podem ser: fecal-oral (ingestão), oral, vetorial, congênita, 
sexual, percutânea; 
•Fatores favorecedores: crescimento das cidades e aglomeração, baixas condições de vida, 
nível de instrução, etc 
•Ações ou prejuízos do parasita no hospedeiro: Mecânica (obstrutiva ou compressiva), 
Espoliadora (direta ou indireta), irritativa/traumática, tóxica. 
•Intensidade das doenças parasitárias: número de exemplares, localização no organismo, 
capacidade de multiplicação no hospedeiro, idade e condições nutricionais, virulência, 
vitalidade 
 
DEFINIÇÕES: 
AGENTE ETIOLÓGICO: é o agente causador ou responsável pela origem da doença. 
ANTROPONOSE: Doença exclusivamente humana. 
ANTROPOZOONOSE: Doença primária de animais, que pode ser transmitida ao homem. Ex: 
brucelose, em que o homem é um hospedeiro acidental. 
ZOONOSE: Doenças naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e o homem 
HOSPEDEIRO DEFINITIVO: é o que apresenta o parasito. 
HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: abriga o parasito em parte do ciclo evolutivo 
PERÍODO DE INCUBAÇÃO: é o período decorrente entre o tempo de infecção e o 
aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Ex: Schistosoma mansoni - penetração de 
cercaria até o aparecimento da dermatite cercariana levam 24 horas. 
PERÍODO PRÉ-PATENTE: é o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das 
primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. Ex: Schistosoma mansoni - período entre a 
penetração da cercaria até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis) 
aproximadamente 40 dias. 
 
PARASITO ACIDENTAL: é o que parasita outro hospedeiro que não o seu normal. 
Ex: Dipylidium caninum, parasitando criança. 
PARASITO ERRÁTICO: é o está fora do seu hábitat normal 
PARASITO ESTENOXÊNICO: é o que parasita espécies de vertebrados muito próximas. Ex: 
algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas, outras, só aves, etc. 
PARASITO EURIXÊNICO: é o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes. Ex: 
o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves. 
PARASITO FACULTATIVO: é o que pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro. Ex: larvas 
de moscas Sarcophagidae, que podem desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria 
orgânica (esterco) em decomposição. 
PARASITO MONOXÊNICO: é o que possui o ciclo com apenas um hospedeiro. Ex: Ascaris 
lumbricoides 
PARASITO OBRIGATÓRIO: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. Ex: Toxoplasma 
gondii, Plasmodium, S. mansoni, etc. 
 
•Helmitos 
 -Seres vivos de origem animal, corpo geralmente alongado 
 -Não se reproduzem no hospedeiro 
•Protozoários 
 -Unicelulares eucariontes 
 -Reprodução sexuada ou assexuada
 
 
 
TRICURÍASE 
 
•Nome popular: fio de linha – trichuris trichiura – trichocephalus trichiurus 
•Comum apresentar parasitismo com Arcaris lumbricoides 
•Epidemiologia 
 -Verme cosmopolita 
 -Zonas quentes (região norte e nordeste do Brasil) 
 -Aglomerados humanos – atinge principalmente crianças 
•Vermes adultos: corpo cilíndrico, com região posterior mais robusta 
 -Fêmeas de 4 a 5 cm e machos de 3cm 
 
•Ovos: Aspecto de barril ou bandeja 
•Características do verme 
 -Vermes no homem sobrevivem até 4 anos em alguns casos 
 -No solo, os ovos duram 1 ano 
 -Podem colocar até 20000 ovos por dia (oviposição diária) 
FILO NEMATODA FILO PLATYHELMINTHES 
 -Seu habitat é o intestino grosso do homem (extremidade anterior mergulhada na 
mucosa cecal) 
 -Podem chegar ao colon ascendente e até à ultima porção do íleo 
•Alimentação 
 -Ingerem material liquefeito e sangue da mucosa do intestino 
 
 
•Quadro Clínico 
 -Há formas assintomáticas 
 -Ulcerações e sangramento da mucosa 
 -Diarreia, cólica, constipação 
 -Náuseas, vômitos 
 -Anemia, anorexia 
 -Disenteria aguda ou crônica 
 -Mais raramente, pode gerar perfuração intestinal e prolapso retal 
•Prejuízos no hospedeiro 
 -Mucosa com lesões que favorecem proliferação de bactérias 
 -Toxinas decorrentes dos processos inflamatórios nos pontos de fixação do verme 
 -Ação irritativa sobre as terminações nervosas da mucosa cecal 
•Diagnóstico laboratorial 
 -Pesquisa de ovos nas feses 
 -Colonoscopia permite a visualização dos vermes adultos 
•Tratamento 
 -Mebendazol 100mg – 2x ao dia – 3 dias 
 -Albendazol 400mg – dose única 
 -Pamoato de Pirantel 6 a 8mg/kg – dose única 
 -Nitazoxanida – 2x ao dia – 3 dias 
 -Atualmente: Albendazol + Ivermectina → Ascharis e Trichuris 
•Profilaxia 
 -Educação sanitária, higiene dos alimentos, cuidados com água de bebida e irrigação 
 
ASCARIDÍASE 
 
•Lombriga – Ascaris Lumbricoides 
•1.5 de bilhões de pessoas no mundo 
•Epidemiologia 
 -Verme cosmopolita 
 -Regiões tropicais – geralmente crianças de até 10 anos 
 -Ligação direta com pobreza 
 -Favorece: temperatura média elevada, grande população de ovos pela fêmea (200k), 
dispersão dos ovos por moscas, chuvas, vento, 
•Vermes adultos 
 -Machos – de 20 a 30 cm, extremidade posterior 
recurvada 
 -Fêmeas – de 30 a 40 cm, retilíneas e mais grossas 
 -Coloração branca, longos, cilíndricos 
 -Boca com 3 grandes lábios 
 -Habitat: jejuno e íleo no homem (infecções em todo o intestino) 
 
•Ovos – os ovos férteis são mais arredondados com a casca externa grossa; os inférteis são 
mais alongados com a casca mais fina 
•Características 
 -Monoxênico e estenoxênico 
 -Período pré-patente: 45 a 60 dias 
 -Ovos vivem no solo até 1 ano 
 -Oviposição diária: 200000 ovos que embrionam em 15 dias 
 -Sobrevida do verme no homem: 1 ano 
•Sintomas da Ascaridíase 
 -Depende do índice de parasitismo: Baixo (3 a 4 vermes), Médio (30 a 40 vermes) ou 
alto (mais de 100 vermes) 
 -Durante a passagem pulmonar: tosse seca produtiva sanguinolenta 
 -Sintomas digestivos: Diarreia, dor abdominal, cólica, náuseas, vômitos. Em casos 
graves pode causar oclusão parcial ou até total do intestino 
 -Sintomas gerais: cefaleia, sono intranquilo, ranger de dentes, febre baixa, abdome 
proeminente, manchas brancas na pele (pano) 
•Patogenia 
 -Fígado: focos hemorrágicos e de necrose 
 -Pulmões: pontos hemorrágicos, pneumonia 
 -Eliminação dos vermes pela boca ou narina 
 -Localizações ectópicas 
 -Oclusões intestinais 
 
 
•Oclusão intestinal 
 -Parcial: massa palpável e não há febre 
 -Total: massa palpava e dolorosa com febre; distensão abdominal e peritonite 
•Diagnóstico Laboratorial 
 -Pesquisa de ovos nas fezes 
 -Parasitismo só por fêmeas: ovos inférteis; só por machos: sem ovos 
•Tratamento 
 -Albenzadol – dose única ou 3 dias (400mg) 
 -Ivermectina – dose única – 0,1mg/kg 
 -Mebendazol - 2x ao dia durante 3 dias ou dose única de 500mg 
 OBS: quando houver poliparasitismo, sempre tratar ascaridíase antes 
 -Em caso de obstrução intestinal, Piperazina por 6 dias. Sem ingesta de comida até o 
novelo desaparecer. Após, administrar laxante 
•Profilaxia 
 -Educação sanitária, construção de fossas, tratamento das fezes, proteção dos 
alimentos, tratamento em massa de comunitário (com drogas ovicidas) por 3 anos 
 
 
 
ENTEROBIOSE 
 
•”Lagartinha”, Enterobius vermiculares 
•Epidemiologia 
-Cosmopolita (climas temperados) 
-De 5 a 15 anos são o foco 
-Alta transmissão em ambientes domésticos (ovos duram até 3 semanas) 
-Creches e instituições são altamente de 
risco 
•Vermes adultos 
 -0,5 (machos) a 1cm (fêmeas) 
 -Cilíndricos e coloração branca 
 -Boca pequena 
 -Dimorfismo sexual 
 -Macho possui a extremidade posterior 
recurvada; fêmea possui cauda longa e 
pontiaguda 
 -5 a 16k de ovos, que parecem a letra D e 
já saem da fêmea larvados 
•Habitat-Ceco e apêndice 
 -As fêmeas repletas de ovos ficam na região perianal 
 -Também podem se alocar na vagina, útero e bexiga 
 -Não se fixa na mucosa intestinal 
•Características 
 -Parasita estenoxênico mas ciclo monoxênico 
 -Ovos tornam-se embrionados em mais ou menos 6 horas 
 -Fêmeas morrem de 35 a 50 dias após postura 
 
•Modos de transmissão 
 -Autoinfecção externa → cronicidade da doença 
 -Autoinfecção interna (rara) → larvas eclodem no reto e migram ao ceco 
 -Heteroinfecção → uma pessoa contamina a outra 
•Quadro clínico 
 -Se há poucos vermes, o quadro é assintomático 
 -Mucosa anal congesta, com muco ovos e fêmeas 
 -Prurido anal intenso (nervosismo e insônia) 
 -Dores abdominais, diarreia 
 -Inflamação do ceco e apendicite 
 -Pode causar infecções mais severas, como no fígado e útero 
•Diagnóstico 
 -Prurido anal + manifestações digestivas 
 -Laboratorial – achado de ovos, fita adesiva 
•Tratamento 
ALBENDAZOL ➔ dose única ➔ + de 2 anos ➔ 100% 
MEBENDAZOL ➔ 2X/dia - 3 dias ➔ 95% 
PAMOATO DE PIRANTEL ➔ dose única ➔ 80 a 100% 
IVERMECTINA ➔ dose única ➔ 85% 
NITAZOXANIDA ➔ 2X/dia ➔ 3 dias 
 
•Profilaxia 
 -Educação sanitária, não sacudir roupas de cama 
 -Tratar todos os membros da família e repetir tratamento após 20 dias 
 -Higiene corpórea, manter as unhas curtas 
 -Realizar higiene da casa 
 
ANCILOSTOMOSE 
 
•”Amarelão”, “Doença de Jeca-Tatu”, Ancylostoma duodenale ou Necator Americanus → Dois 
parasitas diferentes que causam a mesma doença 
•Epidemiologia 
 -Crianças, adolescentes e idosos 
 -Acylostoma na Europa, África e Ásia; Necator nas Américas e Oceania. No Brasil, na 
faixa litorânea 
 -As larvas ficam 14 dias no solo (defecação no solo e pisar sem sapato) 
•Vermes adultos 
 -Coloração rósea 
 -Vivem de 5 a 10 anos 
 -Machos com bolsa copuladora e fêmeas com 
extremidade afilada 
 -Ancylostoma tem os machos com 1 cm e 
fêmeas com 2 cm 
 -Necator com machos menores que 1 cm e 
fêmeas com 1,2 cm 
 -Oviposição diárias: de 10 mil a 20 mil ovos 
•Larvas Rabditóides 
 -Sai do ovo 48 horas após 
 -Alimentam-se, no solo, de bactérias e materiais orgânicos 
 -Vestíbulo bucal longo 
•Larvas filarioides 
 -Bainha e cauda pontiaguda 
 -Não comem, e precisam encontrar hospedeiro em 2 semanas 
•Habitat 
 -Duodeno, principalmente 
 -Fixado na mucosa e muda de lugar algumas vezes ao dia 
 
 
•Quadro clínico 
 -Depende da quantidade de vermes (50 é considerado pequena, e 1000 a infecção é 
intensa) 
 -Reações de hipersensibilidade no hospedeiro 
 -Sintomas cutâneos: sensação de picadas com edema, prurido e hiperemia; 
desaparece em 10 dias 
 -Sintomas pulmonares: pneumonite com passagem de muitas larvas 
 -Sintomas digestivos: dor epigástrica (não tão forte como na estrongiloidíase), 
indigestão e indisposição, náuseas, vômito, flatulências, diarreias e constipação 
 -Sintomas gerais: anemia, fraqueza, palidez cutânea, cansaço, desânimo 
•Fases da ancilostomose 
 -Aguda: migração das larvas e instalação no intestino 
 -Crônica: permanência no intestino (anemia e deficiência nutricional) 
•Diagnóstico Laboratorial 
 -Pesquisa de ovos nas fezes 
•Tratamento 
 MEBENDAZOL – 95% 
 100mg - 2 X / dia - 3 dias - repetir após 15d 
 PAMOATO DE PIRANTEL – 75% 
 11mg/kg – 3 d. ou dose única - repetir após 15d 
 ALBENDAZOL – 90 a 95% 
 dose única de 400mg 
 NITAZOXANIDA - 2X/dia - 3 dias – 87% 
•Profilaxia 
 -Educação sanitária 
 -Usar calçados 
 -Proteger o corpo, lavar bem legumes e frutas da terra 
 -Beber água fervida 
 -Tratar os doentes 
 
ESTRONGILOIDÍASE 
 
•Strongyloides Stercoralis 
•Características 
 -Preferencialmente humano, mas pode parasitar primatas, cães e gatos 
 -Menos nematódio parasita do homem 
 -Parasita oportunista do intestino 
•Epidemiologia 
 -Regiões tropicais (no Brasil Minas, Goiás, Amapá) 
 -Afeta crianças até 15 anos 
•Vermes adultos 
 -3 pequenos lábios na extremidade anterior 
 -Fêmea partenogenética parasita – 2,2mm 
 -Vivem mergulhados na mucosa de duodeno e íleo 
 -Macho de vida livre: 0,7mm 
 -Fêmea de vida livre: 1,5mm 
•Larvas Filarióides 
 -Cauda bifurcada 
 -Vivem 5 semanas no solo 
•Larvas Rabdióides 
 -Forma eliminada nas fezes 
 -Eclodem do ovo logo após postura 
•Ciclo evolutivo 
 -Varia pela constituição da fêmea partenogenética (triplóides) 
 1 - Larvas rabditoides 3n originam LARVAS FILARIÓIDES INFECTANTES = Ciclo 
direto (aptas a contaminar) 
2 - Larvas rabditoides 2n originam FÊMEAS DE VIDA LIVRE = Ciclo indireto = 
SOLO 
3 - Larvas rabditoides n originam MACHOS DE VIDA LIVRE = Ciclo indireto = 
SOLO 
 
•Vias de penetração 
 -Cutânea ou mucosa 
 -Larvas sobrevivem até 4 semanas no solo 
•Formas de contaminação 
 -Hetero ou Primoinfecção: Larvas filarioides infectantes penetram na pele/mucosa 
 -Autoinfecção externa: Larvas rabditoides se transformam em filarioides na região anal 
e lá penetram 
 -Autoinfecção interna: se transformam em filarioides no intestino (cronicidade da 
doença por 20, 30 anos) 
•Quadro clínico 
 -Depende da quantidade de vermes, grau de nutrição e s. imunológico do hospedeiro 
 -Sintomas cutâneos: edema, eritema prurido, pápulas e urticárias 
 -Sintomas broncopulmonares: tosse, febre, dispneia, síndrome de Löeffler 
 -Sintomas digestivos: Simulam úlcera péptica: dor epigástrica, pirose, náuseas, 
vômitos, diarreia em surtos, plenitude pós-prandial. Pode chegar a acontecer esteatorreia com 
desidratação e choque hipovolêmico 
 -Sintomas gerais: anemia, insônia, sudorese, tonturas, emagrecimento, irritabilidade 
•Diagnóstico 
 -Clínico: muito difícil 
 -Laboratorial: pesquisa de larvas rabditoides nas fezes ou pesquisa de larvas nas 
secreções broncopulmonares 
•Tratamento 
1ª medida - curar constipação intestinal 
 TIABENDAZOL (p/ fêmeas partenogenéticas) - 90% - 95% 
 30 e 50mg/kg – 2X/dia - 3 dias - repetir em 15 e 20 dias 
IVERMECTINA – (fêmeas e larvas) – 80 a 100% 
 200g/kg/dia – dose única 
ALBENDAZOL – (fêmeas e larvas) - 90% - 95% 
 400 ou 800mg/dia – 3 dias – repetir em 3 semanas 
CAMBENDAZOL (fêmeas e larvas) - 90% - 5mg/kg 
NITAZOXANIDA - 2X/dia - 3 dias – 87% 
•Profilaxia 
 -Engenharia sanitária 
 -Uso de calçados, proteção do corpo em areias 
 -Melhoria das condições nutricionais e educação sanitária 
 
TENÍASE 
 
•Taenia Solium e Taenia saginata, “Solitária” 
•Epidemiologia 
 -Geralmente adultos que têm costume de comer carne crua (vaca e porco) que foram 
criados em contato com fezes humanas 
•Vermes adultos 
 -Hermafroditas 
 -Corpo achatado e segmentado, dividido em: 
Escolex ou cabeça (4 ventosas), colo ou pescoço 
(células germinativas), estróbilo ou corpo (união das 
proglotes) 
 -Proglotes: liberados com movimento. Contêm 
o aparelho genital masculino e feminino 
•Taenia Solium (porco) 
 -3 metros (800 a mil proglotes) 
 -12 pares de ramificações uterinas 
 -Saem passivamente nas fezes 
 -Longevidade 3 anos (vivem até 24 anos) 
•Taenia Saginata (boi) 
 -Até 8 metros (mais de 1000 proglotes) 
 -26 pares de ramificações uterinas 
 -Saem ativamente no intervalo das evacuações 
 -Longevidade 10 anos (vivem até 30 anos) 
•Ovos (das duas) 
 -Arredondado 
 -Embrióforo e Oncosfera 
 -Sobrevivem de 4 a 6 meses no solo 
•Larvas 
 -Vesícula membranosa cheia de liquido 
 -Podem atingir 12mm 
 -Cysticercus cellulosae (solium) 
 -Cysticercus bovis (saginata) 
•Habitat 
 -Intestino delgado do homem 
 -Larvas boi: tecidos em geral 
 -Larvas porco: músculo sublingual, tecido subcutâneo, músculo cardíaco e cerebral 
 
 
 
 
•Sintomatologia e Patogenia 
 -Apetite exagerado e emagrecimento 
 -Dor de fome 
 -Tonturas, cefaleia intensa 
 -Náuseas, vômitos, dores no abdome 
 -Diarreia intercalada com constipação 
 -Prurido anal 
 -Fixação pode causar fenômenos alérgicos, hemorragia, destruição do epitélio e 
inflamação 
•Características 
 -Parasitismo normalmente com mais de um exemplar 
 -Grandecrescimento e competição com o hospedeiro 
•Diagnóstico Laboratorial 
 -Pesquisa de proglotes e ovos nas fezes 
 -O diagnóstico é genérico (taenia sp), o específico somente com identificação das 
ramificações uterinas das proglotes 
 
•Tratamento 
PRAZIQUANTEL 
4 comprimidos  Dose única - 80 a 100% 
 (cisticercose = paciente hospitalizado) 
NICLOSAMIDA 
4 comprimidos  ingerir 2+2 pela manhã, c/ intervalo de 1 hora. 
  Após 1 hora, 2 colheres de leite de magnésia para facilitar eliminação. 
ALBENDAZOL - 3 dias - 92% 
MEBENDAZOL - 5 dias - 70% 
SEMENTES DE ABÓBORA + PURGATIVO 
•Profilaxia 
 -Controle sanitário de bovinos e suínos 
 -Impedir que esses bichos tenham contato com fezes humanas 
 -Cozir BEM as carnes 
 -Vacinar os porcos 
 
ESQUISTOSSOMOSE 
 
•Schistosoma Mansoni, Doença do caramujo ou barriga d’agua 
•Epidemiologia 
 -No Brasil, 10 a 15% da população infectada 
 -Nordeste: de Maranhão até minas 
•Vermes adultos 
 -Achatados dorsoventralmente e não segmentados 
 -Cor esbranquiçada 
 -Ventosas oral e ventral como órgãos de fixação 
 -Machos com 1cm de comprimento e fêmeas com 1,5cm 
•Ovos 
 -Ovais 
 -Ovo maduro com miracídio no interior 
•Miracídio 
 -Larva saída do ovo, com tamanho do ovo 
 -Interior com células germinativas 
 -Sensibilizados pela luz 
 -Forma infectante do hospedeiro intermediário 
•Cercária 
 -Dividida em corpo e cauda bifurcada 
 -Cutícula com pequenos espinhos recobre o corpo 
 -Ventosa oral e ventosa ventral 
 -Forma infectante para o homem 
•Ciclo evolutivo 
 
 
 
 
 
 
 
 -Molúsculos do gênero biomphalaria 
 -Em 4 semanas saem as cercarias do molucos 
 -Vermes ficam adultos em 4 semanas no fígado 
 -Ovos saem nas fezes mais ou menos 5 semanas após a infecção 
 -Longevidade dos vermes adultos: de 5 a 30 
anos 
 -Cada fêmea põe de 300 a 400 ovos por dia, 
quase metade sai nas fezes 
 -Os ovos duram de 24horas a 5 dias se não 
acharem um molusco 
 -O molusco infectado sobrevive de 15 a 20 
semanas, eliminando 1 milhão de cercarias 
 -Longevidade das cercarias: 2 a 3 dias 
 
•Transmissão 
 -Penetração das cercarias via cutânea ou mucosa 
 -Contato com águas contaminadas (valas de hortas, açudes, pequenos córregos) 
•Evolução Clínica 
 -Dermatite cercariana pruriginosa: fase de penetração. Eritema, edema, pequenas 
pápulas. Tende a desaparecer em 1 semana 
 -Sintomas iniciais variados (13 a 30 dias após infecção): febre, mal-estar, tosse, 
problemas pulmonares, dores musculares, desconforto abdominal 
 -Fase aguda (50 a 120 dias): enterocolite aguda, febre, sudorese, calafrios, 
emagrecimento, diarreia, cólicas, hepatoesplenomegalia, pode levar a óbito 
 -Fase crônica 
 *No intestino: Desaparecimento da sintomatologia geral. Períodos de diarreia, 
constipação constante 
 *No fígado: Aumentado e doloroso, fígado torna-se fibrosado, granulomas e 
fibrose hepática desencadeiam hipertensão portal 
 *No baço: Esplenomegalia, desenvolvimento de circulação colateral, ascite 
 -Os ovos presos aos tecidos estimulam a formação de granulomas 
 -Formas graves: Pulmonar (obstrução de artérias pulmonares) e Cárdio-pulmonar 
(insuficiência cardíaca direita e perturbações respiratórias severas) 
•Diagnóstico 
 -Exame físico: hepatoesplenomegalia 
 -Laboratorial: eosinofilia 
 -Sorologia positiva em 3 a 4 semanas 
 -Ovos nas fezes após 6 semanas de infecção 
 -Alta positividade para raspagem e biópsia retal 
•Tratamento 
OXAMNIQUINE - Mansil – 20mg/kg – dose única (não disponível no Brasil) 
PRAZIQUANTEL – Cestóx – 60mg/kg – dose única 
-Cirúrgico: corretivo na forma hepatoesplênica 
•Medidas profiláticas 
 -Evitar banhos em locais suspeitos 
 -Tratamento em massa da população doente 
 -Combate ao molusco 
 -Construção de fossas e educação sanitária 
 
GIARDÍASE 
 
•Giardia Amblia, Giardia Duodenalis e Giardia intestinalis 
•Muitas espécies descritas – zoonose 
•Epidemiologia 
 -Pouca relação com nível socioeconômico 
 -Distribuição cosmopolita 
 -Principalmente crianças de até 12 anos 
 -Brasil: regiões tropicais e subtropicais 
•Forma de reprodução e alimentação 
 -Trofozoitos 
 -Forma de pêra 
 -2 núcleos e 4 pares de flagelos 
•Cistos 
 -Forma de resistência 
 -Infectantes, responsáveis pela disseminação da doença 
 -Resistem 2 meses no meio externo 
 -Somente destruídos por fervura de 5 minutos 
 -Eliminação: 300 milhões a 14 bilhões/dia 
 
•Transmissão 
 -Ingestão de cistos presentes em água sem tratamento, alimentos contaminados, sexo 
oral-anal, riachos e reservatórios contaminados 
 
•Formas Clínicas 
 -A maioria é assintomática 
 -Dependem da cepa, deficiência imunológica e baixa acidez do suco gástrico 
 -Forma aguda: diarreia, flatulência, distensão, dores, sensação de plenitude gástrica, 
azia, náuseas, vômitos 
 -Forma crônica: Os indivíduos tornam-se assintomáticos ou desenvolvem sintomas 
leves da fase aguda 
•Prejuízos da Giardíase 
 -Barreira mecânica que impede a absorção de alimentos no indivíduo (vitaminas 
lipossolúveis, ácidos graxos, vit B12). Leva à esteatorreia 
 -Com acidez gástrica reduzida, aumenta-se o número de parasitas 
•Diagnóstico 
 -Clínico: criança com os sintomas acima descritos 
 -Laboratorial: cistos em fezes formadas (baixa positividade, o ideal é 3 amostras com 
intervalo de dias entre elas) e trofozoítos em fezes líquidas 
•Tratamento 
METRONIDAZOL 7 a 10 dias 86 a 97% 
TINIDAZOL Dose única 92 a 96,6% – repetir após 1 semana 
 (tb supositórios de TINIDAZOL)) 
SECNIDAZOL Dose única 89 a 96% 
 crianças menores de 5 anos 2X / dia – 5 dias 
FURAZOLIDONA 7 dias 70 a 80% ( bastante resistência) 
NITAZOXANIDA 2X ao dia – 3 dias 
•Profilaxia 
 -Educação sanitária e saneamento básico 
 -Higiene pessoal, inclusive unhas 
 -Lavar bem vegetais e ferver a água por 5 minutos 
 
AMEBÍASE 
 
•Entamoeba histolytica (protozoário) 
•Epidemiologia 
 -Clima tropical e subtropical de toda população mundial 
 -Anualmente, 50 milhões de parasitados e 100 mil mortes 
•Trofozoito 
 -Forma de reprodução e alimentação 
•Cisto 
 -Forma de resistência 
•Habitat 
 -Intestino grosso no homem 
 -Ulcerações intestinais com relação de: abscessos hepáticos, cutâneos, cerebrais e 
pulmonares 
•Formas Clínicas 
 -Assintomáticas em 90% dos casos 
 -Crise de diarreia com cólicas, disenteria, dor epigástrica, pirose, febre moderada 
 -Pode invadir a mucosa intestinal com ulcerações, aí causa: febre alta, dor abdominal 
intensa, disenteria com muco, sangue e pus 
 -A formação granulomatosa causa edema e estreitamento da luz intestinal 
 -Formas extraintestinais 
 *Hepática: hepatomegalia, dor no hip. Dir. febre e abscessos 
 *Pulmonar: Abscessos silenciosos e derrame pleural 
 *Cerebral: Crises epileptiformes 
 *Cutânea: Lesões ulcerativas na região perianal 
•Diagnóstico Laboratorial 
 -Pesquisa de trofozoítas em fezes líquidas e cistos em fezes formadas 
 -PCR e ELISA para diferenciar E. Histolytica e E. díspar 
 -Métodos de imagem para abscessos 
•Tratamento 
AMEBICIDAS QUE ATUAM NA LUZ INTESTINAL E NOS TECIDOS  após absorção se difundem 
aos tecidos 
 METRONIDAZOL (10 dias)  95 a 100% 
 TINIDAZOL (2 dias)  90 a 95% 
 SECNIDAZOL (1 dia) 
 NITAZOXANIDA 2X ao dia – 3 dias 
 Usar antibióticos junto (TETRACICLINAS ) 
AMEBICIDAS QUE ATUAM NA LUZ INTESTINAL  ação direta no parasita aderido à mucosa ou 
na luz intestinal amebíase sem sintomas 
 ETOFAMIDA (5 a 7 dias dias) 
 TECLOSAN (5 a 7 dias)  91% 
 PLANTA Mentha villosa (hortelã rasteira) por 5dias 
AMEBICIDAS TISSULARES  atuam na parede do intestino e fígado  
 CLORIDRATO DE EMETINA (10 dias IM)  usado na amebíase intestinal aguda  não 
usar por mais de 10 dias 
•Profilaxia 
 -Tratamento dos doentes (portador assintomático) 
 -Melhoria das condições de vida (fossas) 
 -Cuidado com verduras

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