Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
INTRODUÇÃO À PARASITOLOGIA •Associação entre seres vivos -Parasitismo: dependência metabólica – prejuízo para o hospedeiro -Adaptações: os parasitas se encontram onde há condições de completarem seu ciclo biológico •Parasitologia: estudas as doenças parasitárias •Nomenclatura científica -gênero e espécie sempre em itálico •Os mecanismos de transmissão podem ser: fecal-oral (ingestão), oral, vetorial, congênita, sexual, percutânea; •Fatores favorecedores: crescimento das cidades e aglomeração, baixas condições de vida, nível de instrução, etc •Ações ou prejuízos do parasita no hospedeiro: Mecânica (obstrutiva ou compressiva), Espoliadora (direta ou indireta), irritativa/traumática, tóxica. •Intensidade das doenças parasitárias: número de exemplares, localização no organismo, capacidade de multiplicação no hospedeiro, idade e condições nutricionais, virulência, vitalidade DEFINIÇÕES: AGENTE ETIOLÓGICO: é o agente causador ou responsável pela origem da doença. ANTROPONOSE: Doença exclusivamente humana. ANTROPOZOONOSE: Doença primária de animais, que pode ser transmitida ao homem. Ex: brucelose, em que o homem é um hospedeiro acidental. ZOONOSE: Doenças naturalmente transmitidas entre animais vertebrados e o homem HOSPEDEIRO DEFINITIVO: é o que apresenta o parasito. HOSPEDEIRO INTERMEDIÁRIO: abriga o parasito em parte do ciclo evolutivo PERÍODO DE INCUBAÇÃO: é o período decorrente entre o tempo de infecção e o aparecimento dos primeiros sintomas clínicos. Ex: Schistosoma mansoni - penetração de cercaria até o aparecimento da dermatite cercariana levam 24 horas. PERÍODO PRÉ-PATENTE: é o período que decorre entre a infecção e o aparecimento das primeiras formas detectáveis do agente infeccioso. Ex: Schistosoma mansoni - período entre a penetração da cercaria até o aparecimento de ovos nas fezes (formas detectáveis) aproximadamente 40 dias. PARASITO ACIDENTAL: é o que parasita outro hospedeiro que não o seu normal. Ex: Dipylidium caninum, parasitando criança. PARASITO ERRÁTICO: é o está fora do seu hábitat normal PARASITO ESTENOXÊNICO: é o que parasita espécies de vertebrados muito próximas. Ex: algumas espécies de Plasmodium só parasitam primatas, outras, só aves, etc. PARASITO EURIXÊNICO: é o que parasita espécies de vertebrados muito diferentes. Ex: o Toxoplasma gondii, que pode parasitar todos os mamíferos e até aves. PARASITO FACULTATIVO: é o que pode viver parasitando, ou não, um hospedeiro. Ex: larvas de moscas Sarcophagidae, que podem desenvolver-se em feridas necrosadas ou em matéria orgânica (esterco) em decomposição. PARASITO MONOXÊNICO: é o que possui o ciclo com apenas um hospedeiro. Ex: Ascaris lumbricoides PARASITO OBRIGATÓRIO: é aquele incapaz de viver fora do hospedeiro. Ex: Toxoplasma gondii, Plasmodium, S. mansoni, etc. •Helmitos -Seres vivos de origem animal, corpo geralmente alongado -Não se reproduzem no hospedeiro •Protozoários -Unicelulares eucariontes -Reprodução sexuada ou assexuada TRICURÍASE •Nome popular: fio de linha – trichuris trichiura – trichocephalus trichiurus •Comum apresentar parasitismo com Arcaris lumbricoides •Epidemiologia -Verme cosmopolita -Zonas quentes (região norte e nordeste do Brasil) -Aglomerados humanos – atinge principalmente crianças •Vermes adultos: corpo cilíndrico, com região posterior mais robusta -Fêmeas de 4 a 5 cm e machos de 3cm •Ovos: Aspecto de barril ou bandeja •Características do verme -Vermes no homem sobrevivem até 4 anos em alguns casos -No solo, os ovos duram 1 ano -Podem colocar até 20000 ovos por dia (oviposição diária) FILO NEMATODA FILO PLATYHELMINTHES -Seu habitat é o intestino grosso do homem (extremidade anterior mergulhada na mucosa cecal) -Podem chegar ao colon ascendente e até à ultima porção do íleo •Alimentação -Ingerem material liquefeito e sangue da mucosa do intestino •Quadro Clínico -Há formas assintomáticas -Ulcerações e sangramento da mucosa -Diarreia, cólica, constipação -Náuseas, vômitos -Anemia, anorexia -Disenteria aguda ou crônica -Mais raramente, pode gerar perfuração intestinal e prolapso retal •Prejuízos no hospedeiro -Mucosa com lesões que favorecem proliferação de bactérias -Toxinas decorrentes dos processos inflamatórios nos pontos de fixação do verme -Ação irritativa sobre as terminações nervosas da mucosa cecal •Diagnóstico laboratorial -Pesquisa de ovos nas feses -Colonoscopia permite a visualização dos vermes adultos •Tratamento -Mebendazol 100mg – 2x ao dia – 3 dias -Albendazol 400mg – dose única -Pamoato de Pirantel 6 a 8mg/kg – dose única -Nitazoxanida – 2x ao dia – 3 dias -Atualmente: Albendazol + Ivermectina → Ascharis e Trichuris •Profilaxia -Educação sanitária, higiene dos alimentos, cuidados com água de bebida e irrigação ASCARIDÍASE •Lombriga – Ascaris Lumbricoides •1.5 de bilhões de pessoas no mundo •Epidemiologia -Verme cosmopolita -Regiões tropicais – geralmente crianças de até 10 anos -Ligação direta com pobreza -Favorece: temperatura média elevada, grande população de ovos pela fêmea (200k), dispersão dos ovos por moscas, chuvas, vento, •Vermes adultos -Machos – de 20 a 30 cm, extremidade posterior recurvada -Fêmeas – de 30 a 40 cm, retilíneas e mais grossas -Coloração branca, longos, cilíndricos -Boca com 3 grandes lábios -Habitat: jejuno e íleo no homem (infecções em todo o intestino) •Ovos – os ovos férteis são mais arredondados com a casca externa grossa; os inférteis são mais alongados com a casca mais fina •Características -Monoxênico e estenoxênico -Período pré-patente: 45 a 60 dias -Ovos vivem no solo até 1 ano -Oviposição diária: 200000 ovos que embrionam em 15 dias -Sobrevida do verme no homem: 1 ano •Sintomas da Ascaridíase -Depende do índice de parasitismo: Baixo (3 a 4 vermes), Médio (30 a 40 vermes) ou alto (mais de 100 vermes) -Durante a passagem pulmonar: tosse seca produtiva sanguinolenta -Sintomas digestivos: Diarreia, dor abdominal, cólica, náuseas, vômitos. Em casos graves pode causar oclusão parcial ou até total do intestino -Sintomas gerais: cefaleia, sono intranquilo, ranger de dentes, febre baixa, abdome proeminente, manchas brancas na pele (pano) •Patogenia -Fígado: focos hemorrágicos e de necrose -Pulmões: pontos hemorrágicos, pneumonia -Eliminação dos vermes pela boca ou narina -Localizações ectópicas -Oclusões intestinais •Oclusão intestinal -Parcial: massa palpável e não há febre -Total: massa palpava e dolorosa com febre; distensão abdominal e peritonite •Diagnóstico Laboratorial -Pesquisa de ovos nas fezes -Parasitismo só por fêmeas: ovos inférteis; só por machos: sem ovos •Tratamento -Albenzadol – dose única ou 3 dias (400mg) -Ivermectina – dose única – 0,1mg/kg -Mebendazol - 2x ao dia durante 3 dias ou dose única de 500mg OBS: quando houver poliparasitismo, sempre tratar ascaridíase antes -Em caso de obstrução intestinal, Piperazina por 6 dias. Sem ingesta de comida até o novelo desaparecer. Após, administrar laxante •Profilaxia -Educação sanitária, construção de fossas, tratamento das fezes, proteção dos alimentos, tratamento em massa de comunitário (com drogas ovicidas) por 3 anos ENTEROBIOSE •”Lagartinha”, Enterobius vermiculares •Epidemiologia -Cosmopolita (climas temperados) -De 5 a 15 anos são o foco -Alta transmissão em ambientes domésticos (ovos duram até 3 semanas) -Creches e instituições são altamente de risco •Vermes adultos -0,5 (machos) a 1cm (fêmeas) -Cilíndricos e coloração branca -Boca pequena -Dimorfismo sexual -Macho possui a extremidade posterior recurvada; fêmea possui cauda longa e pontiaguda -5 a 16k de ovos, que parecem a letra D e já saem da fêmea larvados •Habitat-Ceco e apêndice -As fêmeas repletas de ovos ficam na região perianal -Também podem se alocar na vagina, útero e bexiga -Não se fixa na mucosa intestinal •Características -Parasita estenoxênico mas ciclo monoxênico -Ovos tornam-se embrionados em mais ou menos 6 horas -Fêmeas morrem de 35 a 50 dias após postura •Modos de transmissão -Autoinfecção externa → cronicidade da doença -Autoinfecção interna (rara) → larvas eclodem no reto e migram ao ceco -Heteroinfecção → uma pessoa contamina a outra •Quadro clínico -Se há poucos vermes, o quadro é assintomático -Mucosa anal congesta, com muco ovos e fêmeas -Prurido anal intenso (nervosismo e insônia) -Dores abdominais, diarreia -Inflamação do ceco e apendicite -Pode causar infecções mais severas, como no fígado e útero •Diagnóstico -Prurido anal + manifestações digestivas -Laboratorial – achado de ovos, fita adesiva •Tratamento ALBENDAZOL ➔ dose única ➔ + de 2 anos ➔ 100% MEBENDAZOL ➔ 2X/dia - 3 dias ➔ 95% PAMOATO DE PIRANTEL ➔ dose única ➔ 80 a 100% IVERMECTINA ➔ dose única ➔ 85% NITAZOXANIDA ➔ 2X/dia ➔ 3 dias •Profilaxia -Educação sanitária, não sacudir roupas de cama -Tratar todos os membros da família e repetir tratamento após 20 dias -Higiene corpórea, manter as unhas curtas -Realizar higiene da casa ANCILOSTOMOSE •”Amarelão”, “Doença de Jeca-Tatu”, Ancylostoma duodenale ou Necator Americanus → Dois parasitas diferentes que causam a mesma doença •Epidemiologia -Crianças, adolescentes e idosos -Acylostoma na Europa, África e Ásia; Necator nas Américas e Oceania. No Brasil, na faixa litorânea -As larvas ficam 14 dias no solo (defecação no solo e pisar sem sapato) •Vermes adultos -Coloração rósea -Vivem de 5 a 10 anos -Machos com bolsa copuladora e fêmeas com extremidade afilada -Ancylostoma tem os machos com 1 cm e fêmeas com 2 cm -Necator com machos menores que 1 cm e fêmeas com 1,2 cm -Oviposição diárias: de 10 mil a 20 mil ovos •Larvas Rabditóides -Sai do ovo 48 horas após -Alimentam-se, no solo, de bactérias e materiais orgânicos -Vestíbulo bucal longo •Larvas filarioides -Bainha e cauda pontiaguda -Não comem, e precisam encontrar hospedeiro em 2 semanas •Habitat -Duodeno, principalmente -Fixado na mucosa e muda de lugar algumas vezes ao dia •Quadro clínico -Depende da quantidade de vermes (50 é considerado pequena, e 1000 a infecção é intensa) -Reações de hipersensibilidade no hospedeiro -Sintomas cutâneos: sensação de picadas com edema, prurido e hiperemia; desaparece em 10 dias -Sintomas pulmonares: pneumonite com passagem de muitas larvas -Sintomas digestivos: dor epigástrica (não tão forte como na estrongiloidíase), indigestão e indisposição, náuseas, vômito, flatulências, diarreias e constipação -Sintomas gerais: anemia, fraqueza, palidez cutânea, cansaço, desânimo •Fases da ancilostomose -Aguda: migração das larvas e instalação no intestino -Crônica: permanência no intestino (anemia e deficiência nutricional) •Diagnóstico Laboratorial -Pesquisa de ovos nas fezes •Tratamento MEBENDAZOL – 95% 100mg - 2 X / dia - 3 dias - repetir após 15d PAMOATO DE PIRANTEL – 75% 11mg/kg – 3 d. ou dose única - repetir após 15d ALBENDAZOL – 90 a 95% dose única de 400mg NITAZOXANIDA - 2X/dia - 3 dias – 87% •Profilaxia -Educação sanitária -Usar calçados -Proteger o corpo, lavar bem legumes e frutas da terra -Beber água fervida -Tratar os doentes ESTRONGILOIDÍASE •Strongyloides Stercoralis •Características -Preferencialmente humano, mas pode parasitar primatas, cães e gatos -Menos nematódio parasita do homem -Parasita oportunista do intestino •Epidemiologia -Regiões tropicais (no Brasil Minas, Goiás, Amapá) -Afeta crianças até 15 anos •Vermes adultos -3 pequenos lábios na extremidade anterior -Fêmea partenogenética parasita – 2,2mm -Vivem mergulhados na mucosa de duodeno e íleo -Macho de vida livre: 0,7mm -Fêmea de vida livre: 1,5mm •Larvas Filarióides -Cauda bifurcada -Vivem 5 semanas no solo •Larvas Rabdióides -Forma eliminada nas fezes -Eclodem do ovo logo após postura •Ciclo evolutivo -Varia pela constituição da fêmea partenogenética (triplóides) 1 - Larvas rabditoides 3n originam LARVAS FILARIÓIDES INFECTANTES = Ciclo direto (aptas a contaminar) 2 - Larvas rabditoides 2n originam FÊMEAS DE VIDA LIVRE = Ciclo indireto = SOLO 3 - Larvas rabditoides n originam MACHOS DE VIDA LIVRE = Ciclo indireto = SOLO •Vias de penetração -Cutânea ou mucosa -Larvas sobrevivem até 4 semanas no solo •Formas de contaminação -Hetero ou Primoinfecção: Larvas filarioides infectantes penetram na pele/mucosa -Autoinfecção externa: Larvas rabditoides se transformam em filarioides na região anal e lá penetram -Autoinfecção interna: se transformam em filarioides no intestino (cronicidade da doença por 20, 30 anos) •Quadro clínico -Depende da quantidade de vermes, grau de nutrição e s. imunológico do hospedeiro -Sintomas cutâneos: edema, eritema prurido, pápulas e urticárias -Sintomas broncopulmonares: tosse, febre, dispneia, síndrome de Löeffler -Sintomas digestivos: Simulam úlcera péptica: dor epigástrica, pirose, náuseas, vômitos, diarreia em surtos, plenitude pós-prandial. Pode chegar a acontecer esteatorreia com desidratação e choque hipovolêmico -Sintomas gerais: anemia, insônia, sudorese, tonturas, emagrecimento, irritabilidade •Diagnóstico -Clínico: muito difícil -Laboratorial: pesquisa de larvas rabditoides nas fezes ou pesquisa de larvas nas secreções broncopulmonares •Tratamento 1ª medida - curar constipação intestinal TIABENDAZOL (p/ fêmeas partenogenéticas) - 90% - 95% 30 e 50mg/kg – 2X/dia - 3 dias - repetir em 15 e 20 dias IVERMECTINA – (fêmeas e larvas) – 80 a 100% 200g/kg/dia – dose única ALBENDAZOL – (fêmeas e larvas) - 90% - 95% 400 ou 800mg/dia – 3 dias – repetir em 3 semanas CAMBENDAZOL (fêmeas e larvas) - 90% - 5mg/kg NITAZOXANIDA - 2X/dia - 3 dias – 87% •Profilaxia -Engenharia sanitária -Uso de calçados, proteção do corpo em areias -Melhoria das condições nutricionais e educação sanitária TENÍASE •Taenia Solium e Taenia saginata, “Solitária” •Epidemiologia -Geralmente adultos que têm costume de comer carne crua (vaca e porco) que foram criados em contato com fezes humanas •Vermes adultos -Hermafroditas -Corpo achatado e segmentado, dividido em: Escolex ou cabeça (4 ventosas), colo ou pescoço (células germinativas), estróbilo ou corpo (união das proglotes) -Proglotes: liberados com movimento. Contêm o aparelho genital masculino e feminino •Taenia Solium (porco) -3 metros (800 a mil proglotes) -12 pares de ramificações uterinas -Saem passivamente nas fezes -Longevidade 3 anos (vivem até 24 anos) •Taenia Saginata (boi) -Até 8 metros (mais de 1000 proglotes) -26 pares de ramificações uterinas -Saem ativamente no intervalo das evacuações -Longevidade 10 anos (vivem até 30 anos) •Ovos (das duas) -Arredondado -Embrióforo e Oncosfera -Sobrevivem de 4 a 6 meses no solo •Larvas -Vesícula membranosa cheia de liquido -Podem atingir 12mm -Cysticercus cellulosae (solium) -Cysticercus bovis (saginata) •Habitat -Intestino delgado do homem -Larvas boi: tecidos em geral -Larvas porco: músculo sublingual, tecido subcutâneo, músculo cardíaco e cerebral •Sintomatologia e Patogenia -Apetite exagerado e emagrecimento -Dor de fome -Tonturas, cefaleia intensa -Náuseas, vômitos, dores no abdome -Diarreia intercalada com constipação -Prurido anal -Fixação pode causar fenômenos alérgicos, hemorragia, destruição do epitélio e inflamação •Características -Parasitismo normalmente com mais de um exemplar -Grandecrescimento e competição com o hospedeiro •Diagnóstico Laboratorial -Pesquisa de proglotes e ovos nas fezes -O diagnóstico é genérico (taenia sp), o específico somente com identificação das ramificações uterinas das proglotes •Tratamento PRAZIQUANTEL 4 comprimidos Dose única - 80 a 100% (cisticercose = paciente hospitalizado) NICLOSAMIDA 4 comprimidos ingerir 2+2 pela manhã, c/ intervalo de 1 hora. Após 1 hora, 2 colheres de leite de magnésia para facilitar eliminação. ALBENDAZOL - 3 dias - 92% MEBENDAZOL - 5 dias - 70% SEMENTES DE ABÓBORA + PURGATIVO •Profilaxia -Controle sanitário de bovinos e suínos -Impedir que esses bichos tenham contato com fezes humanas -Cozir BEM as carnes -Vacinar os porcos ESQUISTOSSOMOSE •Schistosoma Mansoni, Doença do caramujo ou barriga d’agua •Epidemiologia -No Brasil, 10 a 15% da população infectada -Nordeste: de Maranhão até minas •Vermes adultos -Achatados dorsoventralmente e não segmentados -Cor esbranquiçada -Ventosas oral e ventral como órgãos de fixação -Machos com 1cm de comprimento e fêmeas com 1,5cm •Ovos -Ovais -Ovo maduro com miracídio no interior •Miracídio -Larva saída do ovo, com tamanho do ovo -Interior com células germinativas -Sensibilizados pela luz -Forma infectante do hospedeiro intermediário •Cercária -Dividida em corpo e cauda bifurcada -Cutícula com pequenos espinhos recobre o corpo -Ventosa oral e ventosa ventral -Forma infectante para o homem •Ciclo evolutivo -Molúsculos do gênero biomphalaria -Em 4 semanas saem as cercarias do molucos -Vermes ficam adultos em 4 semanas no fígado -Ovos saem nas fezes mais ou menos 5 semanas após a infecção -Longevidade dos vermes adultos: de 5 a 30 anos -Cada fêmea põe de 300 a 400 ovos por dia, quase metade sai nas fezes -Os ovos duram de 24horas a 5 dias se não acharem um molusco -O molusco infectado sobrevive de 15 a 20 semanas, eliminando 1 milhão de cercarias -Longevidade das cercarias: 2 a 3 dias •Transmissão -Penetração das cercarias via cutânea ou mucosa -Contato com águas contaminadas (valas de hortas, açudes, pequenos córregos) •Evolução Clínica -Dermatite cercariana pruriginosa: fase de penetração. Eritema, edema, pequenas pápulas. Tende a desaparecer em 1 semana -Sintomas iniciais variados (13 a 30 dias após infecção): febre, mal-estar, tosse, problemas pulmonares, dores musculares, desconforto abdominal -Fase aguda (50 a 120 dias): enterocolite aguda, febre, sudorese, calafrios, emagrecimento, diarreia, cólicas, hepatoesplenomegalia, pode levar a óbito -Fase crônica *No intestino: Desaparecimento da sintomatologia geral. Períodos de diarreia, constipação constante *No fígado: Aumentado e doloroso, fígado torna-se fibrosado, granulomas e fibrose hepática desencadeiam hipertensão portal *No baço: Esplenomegalia, desenvolvimento de circulação colateral, ascite -Os ovos presos aos tecidos estimulam a formação de granulomas -Formas graves: Pulmonar (obstrução de artérias pulmonares) e Cárdio-pulmonar (insuficiência cardíaca direita e perturbações respiratórias severas) •Diagnóstico -Exame físico: hepatoesplenomegalia -Laboratorial: eosinofilia -Sorologia positiva em 3 a 4 semanas -Ovos nas fezes após 6 semanas de infecção -Alta positividade para raspagem e biópsia retal •Tratamento OXAMNIQUINE - Mansil – 20mg/kg – dose única (não disponível no Brasil) PRAZIQUANTEL – Cestóx – 60mg/kg – dose única -Cirúrgico: corretivo na forma hepatoesplênica •Medidas profiláticas -Evitar banhos em locais suspeitos -Tratamento em massa da população doente -Combate ao molusco -Construção de fossas e educação sanitária GIARDÍASE •Giardia Amblia, Giardia Duodenalis e Giardia intestinalis •Muitas espécies descritas – zoonose •Epidemiologia -Pouca relação com nível socioeconômico -Distribuição cosmopolita -Principalmente crianças de até 12 anos -Brasil: regiões tropicais e subtropicais •Forma de reprodução e alimentação -Trofozoitos -Forma de pêra -2 núcleos e 4 pares de flagelos •Cistos -Forma de resistência -Infectantes, responsáveis pela disseminação da doença -Resistem 2 meses no meio externo -Somente destruídos por fervura de 5 minutos -Eliminação: 300 milhões a 14 bilhões/dia •Transmissão -Ingestão de cistos presentes em água sem tratamento, alimentos contaminados, sexo oral-anal, riachos e reservatórios contaminados •Formas Clínicas -A maioria é assintomática -Dependem da cepa, deficiência imunológica e baixa acidez do suco gástrico -Forma aguda: diarreia, flatulência, distensão, dores, sensação de plenitude gástrica, azia, náuseas, vômitos -Forma crônica: Os indivíduos tornam-se assintomáticos ou desenvolvem sintomas leves da fase aguda •Prejuízos da Giardíase -Barreira mecânica que impede a absorção de alimentos no indivíduo (vitaminas lipossolúveis, ácidos graxos, vit B12). Leva à esteatorreia -Com acidez gástrica reduzida, aumenta-se o número de parasitas •Diagnóstico -Clínico: criança com os sintomas acima descritos -Laboratorial: cistos em fezes formadas (baixa positividade, o ideal é 3 amostras com intervalo de dias entre elas) e trofozoítos em fezes líquidas •Tratamento METRONIDAZOL 7 a 10 dias 86 a 97% TINIDAZOL Dose única 92 a 96,6% – repetir após 1 semana (tb supositórios de TINIDAZOL)) SECNIDAZOL Dose única 89 a 96% crianças menores de 5 anos 2X / dia – 5 dias FURAZOLIDONA 7 dias 70 a 80% ( bastante resistência) NITAZOXANIDA 2X ao dia – 3 dias •Profilaxia -Educação sanitária e saneamento básico -Higiene pessoal, inclusive unhas -Lavar bem vegetais e ferver a água por 5 minutos AMEBÍASE •Entamoeba histolytica (protozoário) •Epidemiologia -Clima tropical e subtropical de toda população mundial -Anualmente, 50 milhões de parasitados e 100 mil mortes •Trofozoito -Forma de reprodução e alimentação •Cisto -Forma de resistência •Habitat -Intestino grosso no homem -Ulcerações intestinais com relação de: abscessos hepáticos, cutâneos, cerebrais e pulmonares •Formas Clínicas -Assintomáticas em 90% dos casos -Crise de diarreia com cólicas, disenteria, dor epigástrica, pirose, febre moderada -Pode invadir a mucosa intestinal com ulcerações, aí causa: febre alta, dor abdominal intensa, disenteria com muco, sangue e pus -A formação granulomatosa causa edema e estreitamento da luz intestinal -Formas extraintestinais *Hepática: hepatomegalia, dor no hip. Dir. febre e abscessos *Pulmonar: Abscessos silenciosos e derrame pleural *Cerebral: Crises epileptiformes *Cutânea: Lesões ulcerativas na região perianal •Diagnóstico Laboratorial -Pesquisa de trofozoítas em fezes líquidas e cistos em fezes formadas -PCR e ELISA para diferenciar E. Histolytica e E. díspar -Métodos de imagem para abscessos •Tratamento AMEBICIDAS QUE ATUAM NA LUZ INTESTINAL E NOS TECIDOS após absorção se difundem aos tecidos METRONIDAZOL (10 dias) 95 a 100% TINIDAZOL (2 dias) 90 a 95% SECNIDAZOL (1 dia) NITAZOXANIDA 2X ao dia – 3 dias Usar antibióticos junto (TETRACICLINAS ) AMEBICIDAS QUE ATUAM NA LUZ INTESTINAL ação direta no parasita aderido à mucosa ou na luz intestinal amebíase sem sintomas ETOFAMIDA (5 a 7 dias dias) TECLOSAN (5 a 7 dias) 91% PLANTA Mentha villosa (hortelã rasteira) por 5dias AMEBICIDAS TISSULARES atuam na parede do intestino e fígado CLORIDRATO DE EMETINA (10 dias IM) usado na amebíase intestinal aguda não usar por mais de 10 dias •Profilaxia -Tratamento dos doentes (portador assintomático) -Melhoria das condições de vida (fossas) -Cuidado com verduras
Compartilhar