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PARASITOSES

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PARASITOSES 
FATORES ASSOCIADOS À 
GRAVIDADE 
MANIFESTAÇÕES DIAGNÓSTICO 
CONTROLE DE 
CURA 
Hospedeiro: desnutrição, 
comprometimento imunológico; 
Parasitários: carga parasitaria e 
virulencia do parasita infectante; 
Ambientais: habitação sem 
saneamento basico, habitos 
higienicos inadequados; 
Sintomas gastrointestinais crônicos: diarreia, má absorção (giardíase, 
estrongiloidíase), náuseas, vômitos, dor abdominal e prurido anal. 
Alterações hematológicas: eosinofilia periférica (helmintos) e anemia 
ferropriva. 
Sintomas respiratórios (síndrome de Loeffler): parasitas com ciclo 
pulmonar → Strongyloides stercoralis, A. duodenale, Necator americanus e 
A. lumbricoides. 
Outros: perda ponderal, heatoesplenomegalia, febre e dermatite perianal. 
Suspeição: quadro clínico. 
Confirmação: visualização de helmintos 
eliminados ou positividade de algum metodo 
diagnóstico. 
Parasitologico de fezes (mais economico e mais 
fácil execução, porém baixa frequência de 
positivos)→ positividade aumenta de 50 para 
60-90% se forem coletadas três amostradas 
Exames de 
controle nos 7°, 
14º e 21º dias. 
Se não for 
possível, deverá 
repetir o 
tratamento 
HELMINTÍASE TRATAMENTO 
 1ª linha Dose 2ª linha dose 
ASCARIDÍASE 
Albendazol 400mg (200 mg em < 2 anos), VO, dose única 
Ivermectina 150-200 mcg/kg, VO, dose única 
Pamoato de pirantel 11mg/kg (máx. 1g), VO, 1x/dia por 3 dias 
Mebendazol 100mg VO, 1x/dia por 3 dias Nitazoxanida 7,5mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia por 3 dias 
TRICURÍASE 
Albendazol 400 mg VO, 1x/dia por 3-7 dias Ivermectina 
200mcg/kg, por 3 dias. Sinergismo com albendazol relatado na 
literatura para essa indicação 
Mebendazol 100mg VO, 1x/dia por 3-7 dias Nitazoxanida 7,5 mg/kg/dose (máx. 500mg), 2x/dia por 3 dias 
ANCILOSTOMÍASE OU 
NECATORÍASE 
Albendazol 400mg, VO, dose única (200mg em < 2 anos) Pamoato de pirantel 11 mg/kg (máximo 1g), VO, 1x/dia por 3 dias 
Mebendazol 100mg, VO, 1x/dia por 3 dias Nitazoxanida 7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia por 3 dias 
ESTRONGILOIDÍASE Ivermectina 
200 mcg/kg, VO, por 2 dias 
Na hiperinfecção por Strongyloides, prolongar 
para 7-14 dias após a depuração do parasita ou 
repetições podem ser necessárias 
Albendazol 400 mg, VO, 2x/dia, 10-14 dias 
Na hiperinfecção por Strongyloides associar Ivermectina 
tiabendazol 25mg/kg, VO, 2x/dia por 3 dias 
Nitazoxanida 7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia por 3 dias 
ENTEROBÍASE 
Albendazol a 400 mg, VO, dose única; repetir em 2 semanas Pamoato de pirantel 11 mg/kg (máximo 1g), VO, 1x/dia por 3 dias 
Mebendazol 100 mg, VO, dose única; repetir em 2 semanas Nitazoxanida 7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia por 3 dias 
TOXOCARÍASE Albendazol 400 mg/VO, 2x/dia, 5 dias - - 
CISTICERCOSE Albendazol 
15mg/kg/dia ou 400mg 2x/dia, VO, 2x/dia, 2-4 
semanas, associado com corticosteroide 
administrado antes, durante e após o tratamento 
para diminuir os riscos de convulsão. 
Praziquantel 50mg/kg/dia, VO, 1x/dia, 15 dias 
TRIQUINOSE Albendazol 400 mg VO, 2x/dia, 8-14 dias Mebendazol 
200 a 400 mg VO, 3x/dia, 3 dias; depois 400 a 500 mg, VO, 
3x/dia, 10 dias 
TENÍASE Praziquantel 25mg/kg/dia, VO, dose única 
Niclosamida 11-34 kg: 1 g, VO, seguido por 500 mg/dia, 6 dias; > 34 kg: 1,5 
g, VO, seguido por 1 g/dia, 6 dias 
Nitazoxanida 
 
7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia por 3 dias 
Jamille Ponte 
PROTOZOÁRIOS TRATAMENTO 
GIARDIA LAMBLIA 
Metronidazol 15 mg/kg/dia, 3x/dia, por 5 a 7 dias ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Forma intestinal assintomática 
Etofamida 
Teclosan 
500mg, 2x/dia, 3 dias ou 100mg, 
3x/dia, 5 dias Albendazol 400mg/dia, 5 dias 
tinidazol ≥3 anos 50mg/kg, dose única 
ENTAMOEBA HISTOLYTICA 
Forma intestinal sintomática 
Metronidazol 
500 a 750mg. 3x/dia, 10 dias ou 35 a 
50mg/kg/dia, em 3 doses, 10 dias ≥3 
anos: 2g ou 50mg/kg, dose única 2g 
ou 30mg/kg, dose única 
Secnidazol 30 mg/kg, dose única 
Nitazoxamida ≥1 ano 7,5mg/kg /dose, 2x/dia por 3 dias 
 
 
HELMINTOS 
São divididos em nematelmintos (cilíndricos), com ciclo de vida e contagiosidade através do solo e ambiente, e Platelmintos (achatados), com ciclo de vida e contagiosidade pelos animais. 
NEMATELMINTOS 
ASCARIDÍASE 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLOGIA FATORES DE RISCO TRANSMISSÃO E CICLO BIOLÓGICO 
Parasitose causada pela 
infecção pelo nematódeo 
Ascaris lumbricoides. 
Possui cerca de 20 a 
40cm quando adulto e a 
fêmea é maior e mais 
robusta que o macho. 
Atinge ¼ da população mundial. 
Mais comum em homens. 
Mais comum na América Latina, 
África e Ásia. 
Níveis são elevados de 
parasitismo em crianças 
menores de 12 anos. 
Hábito de usar fezes como 
fertilizante, defecar no chão, 
levar a mão suja de terra à boca. 
Resistência dos ovos, se mantêm 
viáveis em condições 
desfavoráveis (congelamento e 
ressecamento). 
os ovos são eliminados com as fezes e contaminam o solo. A transmissão se dá pela 
ingestão do ovo com larva madura, pela contaminação das mãos na terra, geofagia, 
contaminação de água e alimentos. O ovo eclode no intestino delgado, libera a larva, 
que no ceco atravessa a mucosa e por via linfática ou venosa passa pelo fígado, atinge 
o átrio direito, artérias pulmonares e se aloja nos alvéolos. Sofre evoluções larvárias, 
ascende pelas vias aéreas até a faringe, é deglutida e vai se alojar no lúmen do 
intestino delgado. 
Local de infestação: Intestino delgado, principalmente jejuno e íleo 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO 
Pouco sintomática. 
Infecções maciças: lesões hepáticas (pequenos focos hemorrágicos ou de necrose) e pulmonares (síndrome de Loeffler). 
Tosse produtiva, catarro pode ser sanguinolento e apresentar larvas do helminto. 
Desnutrição e enfraquecimento. 
Dor abdominal súbita em cólica e vômitos. 
Peculiaridade: Semi-oclusão ou oclusão intestinal 
A principal ação das larvas é no pulmão: pneumonite larvária, com febre, tosse, expectoração, dispneia, eosinofilia 
periférica moderada ou intensa (síndrome de Löeffler – duração de uma ou duas semanas). 
vermes adultos: ação espoliadora → consumo de grande parte dos macronutrientes e micronutrientes, desnutrição 
proteico-energética, baixa estatura e desenvolvimento comprometido. Sub-oclusõa ou obstrução intestinal. 
Identificação de ovos do parasito no parasitológico de 
fezes. 
microscopia direta 
RX abdominal: níveis hidroaéreos no intestino delgado ou 
sinais de perfuração intestinal, sombra radio-lúcida na forma 
de aparência de “feixe de charuto” ou “efeito de 
redemoinho” devido ao contraste da massa de vermes contra 
o ar intestinal na radiografia simples. 
USG Abdominal: visualização direta de vermes. “sinal do olho 
de boi” ou “sinal de dupla sonda” 
endoscopia digestiva alta 
Jamille Ponte 
Jamille Ponte 
TRATAMENTO PREVENÇÃO 
Albendazol (1ª linha) 
- 400mg, dose única. 
- 200 mg em < 2 anos 
Mebendazol (1ª 
linha) 
- 100 mg, VO, 1x/dia 
por 3 dias 
 
Ivermectina (2ª linha) 
- 150-200 mcg/kg, VO, dose única 
Pamoato de pirantel (2ª linha) 
- 11 mg/kg (máximo 1g), VO, 1x/dia 
por 3 dias 
Nitazoxanida (2ª linha) 
- 7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 
2x/dia por 3 dias 
infecções intensas ou obstrução 
de trato biliar ou pancreático: 
Piperazina, 50-75mg/kg, por 2 dias. 
tratamento da obstrução intestinal relacionada ao Ascaris: hidratação venosa e 
aspiração nasogástrica por 48 a 72 horas. óleo mineral, na dose de 15 a 30ml a cada duas 
horas, tem o objetivo de lubrificar o lúmen e facilitar a eliminação dos vermes. 
Gastrografina, causa a separação dos áscaris e os torna mais escorregadiços, ingerido 
pelos vermes, pode causar desidratação e redução do tamanho dos mesmos, dose varia de 
15 a 30 mL e a diluição depende da faixa etária. tratamento cirúrgico: indicado para 
sangramento retal e toxemia ou naqueles que não respondem ao tratamento médico. 
tratamento inicial da cólica biliar, colecistite e pancreatite aguda associadas à 
ascaridíase: restriçãoda ingestão oral, hidratação, uso de antibióticos e de analgésicos. A 
terapia anti-helmíntica é iniciada após a remissão dos sintomas agudos. abscesso hepático 
é controlado por aspiração guiada por ultrassonografia e remoção de pus, juntamente com 
antibióticos, analgésicos e agentes anti-helmínticos 
 
 
 
Hábitos higiênicos, preparo e 
manipulação adequados dos 
alimentos, tratamento e 
conservação da água, 
educação e engenharia 
sanitária. 
Tratar todos os indivíduos 
infectados, mesmo que 
assintomáticos 
ENTEROBÍASE OU OXIURÍASE 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLOGIA CICLO BIOLÓGICO E TRANSMISSÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
É uma verminose intestinal 
causada pelo nematóide 
Enterobius vermicularis ou 
Oxyuris vermicularis que se 
localiza preferencialmente 
no ceco, apêndice, reto e 
ânus; 
Ocorre no 
mundo todo e 
nos países 
desenvolvidos é 
a helmintíase 
de maior 
prevalência 
Após a cópula o macho morre e a fêmea fecundada não solta os ovos até que o útero 
esteja repleto. Ela migra para região anal, onde faz a oviposição. Sua presença nessa 
região causa intenso prurido, favorecendo a transmissão direta do anus para a boca. 
A transmissão indireta é possível com a inalação de ovos presentes na poeira e 
utensílios domésticos. 
Ovos ingeridos liberam as larvas no intestino e essas se fixam no ceco. O ciclo é de 
30 a 50 dias até a evolução para forma adulta 
Inflamação superficial na mucosa colônica e 
alguns sintomas, como náusea, cólica abdominal, 
tenesmo e puxo. 
Sintoma predominante:prurido anal pior à noite. 
Peculiaridade: Migração dos parasitas para a 
genitália feminina e consequente vaginite, 
cervicite e/ou salpingite 
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Três técnicas para confimação: 
1- Procurar os vermes na região perianal 2-3h após o indivíduo 
infectado dormir. 2- Tocar a pele perianal com fita adesiva 
transparente para coletar possíveis ovos ao redor do anus para 
observação em microscopia direta (três manhas consecutivas). 
3 - Amostras obtidas sob as unhas por microscopia 
Albendazol (1ª linha) - 400 mg, VO, dose única; repetir em 2 semanas 
Mebendazol (1ª linha) -100 mg, VO, dose única; repetir em 2 semanas 
Pamoato de pirantel (2ª linha) - 11 mg/kg (máximo 1g), VO, 1x/dia por 
3 dias 
Nitazoxanida (2ª linha) - 7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia por 
3 dias 
Qualquer um dos medicamentos é 
administrado como dose única inicial e 
repetida em duas semanas; A segunda 
dose é para eliminar a reinfecção por 
vermes adultos que eclodem de quaisquer 
ovos não mortos pelo primeiro tratamento 
ANCILOSTOMÍASE 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLOGIA CICLO BIOLÓGICO E TRANSMISSÃO 
Conhecida por ancilostomose ou amarelão. 
Verminose caracterizada por forte anemia, 
dando aparência pálida. 
Possui duas especiais que podem causar a 
ancilostomíase: Ancylostoma duodenale e 
Necator americanos. 
Medem 5 a 18mm. 
Parasitam cerca de 400 
milhoes de pessoas e 
matam 60 mil por ano. 
Principalmente em 
crianças maiores de seis 
anos, adolescentes e 
idosos; 
Acasalamento de vermes adultos no intestino delgado, os ovos (A. duodenale põe 30 mil ovos por dia, e N. 
americanus põe 9mil) são expulsos nas fezes e liberados no ambiente, Encontrando condições favoráveis (calor 
e umidade) → tornam-se embrionados 24 horas. A larva filarioide L3 é a infectante, ela penetra na pele, 
conjuntiva ou mucosa e por via linfática ou venosa é transportada até os pulmões. Na evolução, sobe aos 
alvéolos até ser deglutida. No intestino delgado origina o verme adulto e transcorrem 35 a 60 dias desde a 
infecção até o inicio da eliminação de ovos nas fezes do hospedeiro. 
 Obs: pode haver infestação direta, sem ciclo pulmonar, através da ingestão da larva L3 Jamille Ponte 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
CONTROLE DE 
CURA 
COMPLICAÇÕES 
Maioria: assintomático. 
Dependendo do numero de vermes e condição do hospedeiro: 
- Dermatite larvária: prurido, eritema, edema, erupção papulovesicular. 
- Pneumonite larvária 
- Parasitismo intestinal: epigastralgia, náuseas, vômitos, anorexia ou 
bulimia, flatulência ou diarreia. Além de anemia microcítica e 
hipocromica. 
- fraqueza, cefaleia, palpitações, sopro cardíaco, hipoproteinemia e 
edema por enteropatia perdedora de proteínas. 
Perda de sangue ocorre porque o verme suga o sangue da mucosa. 
- Síndrome de Loeffler: dispneia e tosse seca 
Peculiaridade: Principal causa de anemia ferropriva na infância, por 
hematofagismo: A.duodenale: 0,05-0,3ml/verme/dia N.americanus: 
0,01-0,04ml/verme por dia 
Parasitológico de fezes 
por meio dos métodos de 
Lutz, Willis ou Faust, ou 
pela contagem dos ovos 
pelo método Kato-Katz. 
Cultura de larvas; 
EDA e biopsias de 
duodeno podem 
confirmar. 
Laboratório: eosinofilia e 
anemia microcítica e 
hipocrômica (ferropriva) 
Albendazol (1ª linha) - 400 mg, VO, 
dose única (200 mg em < 2 anos) 
Mebendazol (1ª linha) - 100 mg, VO, 
1x/dia por 3 dias 
Pamoato de pirantel (2ª linha) - 11 
mg/kg (máximo 1g), VO, 1x/dia por 3 
dias 
Nitazoxanida (2ª linha) - 7,5 
mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia 
por 3 dias. 
 Repetir a medicação após 30 dias 
após o início do tratamento; 
Realizado no 
7º, 14º e 21º 
dias após o 
tratamento, 
mediante 
exame 
parasitológico 
de fezes. 
Anemia; insuficiência 
cardíaca; anasarca; 
migração da larva 
através dos pulmões 
pode causar hemorragia 
e pneumonite. 
Parasitismo intenso em 
crianças pode causar 
hipoproteinemia e 
atraso no 
desenvolvimento físico 
e mental. 
ESTRONGILOIDÍASE 
CARACTERÍSTICA EPIDEMIOLOGIA CICLO EVOLUTIVO E TRANSMISSÃO 
tipo de 
helmintose 
causada pela 
espécie 
Strongyloides 
stercoralis; 
Há mais de 600 milhões 
de pessoas infectadas 
no mundo; 
No Brasil, a prevalência 
varia de 3% a 82% por 
causa da variação 
regional em função da 
idade, diferenças 
geográficas e 
socioeconômicas do país 
As larvas dos ovos provenientes das fêmeas de vida livre ou do intestino humano evoluem rapidamente para a forma infectante filarioide. 
Mais de uma forma de transmissão: 
Primo-infecção: Larvas presentes no solo penetram o homem através da pele e depois migram para o ciclo pulmonar, após serem 
deglutidas se transformam em verme adulto. 
Autoinfecção: ovos das fêmeas habitantes do intestino eclodem e rapidamente as larvas evoluem em etapas até a forma infectante e 
antes de serem excretadas, penetram a mucosa no íleo, nos colons ou penetram a pele na região perianal. Pode ser externa, quando as 
larvas penetram pela mucosa retal, e interna, quando fatores intestinais propiciam a transformação das larvas. Por via linfática ou venosa 
atingem o coração direito, para em seguida fazer o ciclo pulmonar, em que as larvas são deglutidas e se tornam adultas no duodeno e 
jejuno, em que se alojam no interior das criptas da mucosa.Transcorrem 20 dias entre a penetração das larvas na pele ou mucosa e o 
inicio da oviposição. 
MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CONTROLE DE CURA 
Pode ser assintomática, oligossintomatica ou com formas graves. 
Dermatite larvária em pés, mãos, nádegas ou região anogenital; 
Penumonite larvária com dispneia, tosse, febre e eosinofilia; 
Anorexia, náuseas, vômitos, distensão abdominal, dor em cólica 
ou queimação; Síndrome de má absorção. Larvas filarioides 
migram para o fígado, pulmões, vísceras e glândulas podendo 
causar sepse. Síndrome de Loeffler. 
Infecções secundarias: meningite, endocardite, peritonite 
Peculiaridade: Hiperinfestação em imunodeficientes e pessoas 
HIV+; risco de infecções secundárias por enterobactérias e 
fungos 
Parasitológico de 
fezes seriado 
(até 7 amostras 
para atingir 
sensibilidade de 
100%). 
Cultura de larvas; 
Biopsia duodenal; 
Lavagem 
broncoalveolar 
Ivermectina (1ª linha) 
- 200 mcg/kg, VO, por 2 dias 
- Na hiperinfecção por 
Strongyloides, prolongar para 
7-14 dias após a depuração 
do parasitaou repetições 
podem ser necessárias 
Albendazol (2ª linha) 
- 400 mg, VO, 2x/dia, 10-14 
dias. Na hiperinfecção: 
associar Ivermectina 
Tiabendazol (2ª linha) 
- 25mg/kg, VO, 2x/dia 
por 3 dias 
Nitazoxanida (2ª 
linha) 
- 7,5 mg/kg/dose 
(máximo 500mg), 
2x/dia por 3 dias 
drogas mais eficazes: 
tiabendazol e 
ivermectina 
Exame de fezes 2 a 4 semanas após o 
tratamento 
PROFILAXIA 
Hábitos higiênicos, principalmente no 
preparo e manipulação adequados dos 
alimentos, tratamento e conservação 
da agua, uso de calcados, educação e 
engenharia sanitária. 
Tratar todos os indivíduos infectados, 
mesmo que assintomáticos, assim como 
animais infectados. 
Jamille Ponte 
Jamille Ponte 
TRICURÍASE 
CARACTERÍSTICAS EPIDEMIOLOGIA CICLO BIOLÓGICO E TRANSMISSÃO MANIFESTAÇÕES CLÍNICAS 
Verminose causada pelo 
nematóide Trichuris 
trichiura que se localiza 
no intestino grosso 
(principalmente o ceco e 
o reto; 
Vermes adultos medem 
cerca de 3 a 5cm de 
tamanho 
prevalente em 
regiões de clima 
quente e úmido e 
condições sanitárias 
precárias. 
Há 700 milhões de 
portadores no 
mundo, na grande 
maioria crianças 
os ovos são eliminados com as fezes e demoram de 13 a 20 
dias para se tornar infectantes. O homem ingere os ovos, que 
sofrem ação de sucos digestivos e libertam as larvas. Estas 
sofrem várias mudas e somente 90 dias após a contaminação 
tornam-se vermes adultos e iniciam a oviposição. 
o verme adulto introduz a extremidade anterior na mucosa 
intestinal para se fixar. Diariamente muda de lugar e assim 
provoca erosões e ulcerações múltiplas. Cada verme ingere 
até 0,005ml de sangue por dia. 
Intensidade varia de acordo com a carga parasitaria. Geralmente 
assintomático. 
Distensão abdominal e cólicas, vômitos, disenteria crônica com fezes 
mucossanguinolentas, tenesmo, anemia hipocrômica e microcítica e 
desnutrição proteico-energetica. 
Prolapso retal em alguns pacientes. 
Cefaleia, epigastralgia, dor hipogástrica, diarreia, náuseas e vômitos. 
Peculiaridade: Anemia ferropriva secundária à perda de sangue 
oculto nas fezes; diarreia crônica com tenesmo; prolapso retal 
DIAGNÓSTICO TRATAMENTO 
Parasitológico de fezes; 
Exame da mucosa retal por proctoscopia ou 
colonoscopia. 
Albendazol (1ª linha) 
- 400 mg, VO, 1x/dia por 3-7 dias 
Mebendazol (1ª linha) 
- 100 mg, VO, 1x/dia por 3-7 dias 
Ivermectina (2ª linha) 
- 200 mcg/kg, VO, por 3 dias 
- Sinergismo com Albendazol relatado na 
literatura para essa indicação 
Nitazoxanida (2ª linha) 
- 7,5 mg/kg/dose (máximo 500mg), 2x/dia 
por 3 dias. 
PLATELMINTOS 
CESTÓDEOS (TAENIA SOLIUM E TAENIA SAGINATA) 
CARACTERÍSTICAS DIAGNÓSTICO TRATAMENTO CONTROLE DE CURA 
Hospedeiro definitivo: homem 
Hospedeiro intermediário: porco (T. solium) e 
gado bovino (T. saginata) 
OMS estimou a existência de 70 milhões de 
pessoas contaminadas, com 50 mil mortes anuais, 
geralmente pelas complicações da 
neurocisticercose induzida pela T. solium 
identificação de ovos e proglótides 
nas fezes por microscopia é 
diagnóstica para a teníase; 
três amostras de fezes coletadas em 
dias diferentes é recomendado para 
aumentar a sensibilidade dos métodos 
microscópicos 
Praziquantel 5-10 mg/kg por via oral em dose 
única. 
niclosamida é uma alternativa, administrada 
em dose única 50mg/kg (máximo 2g) por via 
oral 
Após o tratamento, as fezes devem ser 
coletadas por 3 dias para procurar 
proglotes de tênia para identificação das 
espécies. As fezes devem ser 
reexaminadas para os ovos de tênia um e 
três meses após o tratamento para 
garantir que a infecção foi resolvida 
 
Jamille Ponte 
Jamille Ponte 
PROTOZOÁRIOS 
CARACTERÍSTICAS 
EPIDEMIOLOGIA 
GIARDIA AMEBÍASE 
protozoário flagelado Giardia lamblia, que acomete o duodeno e o 
intestino delgado. 
Alta prevalência até os 10 anos. 
Várias espécies de ameba podem ser encontradas no homem, como Entamoeba histolytica, 
E. hartmani, E. dispar, Entamoeba coli, Endolimax nana, Indamoeba butschlii, Diantamoeba 
fragili; 
Entamoeba histolytica é o agente etiológico da amebíase, que é um parasito intestinal mas 
que pode se localizar em sítios extraintestinais. 
FATORES DE RISCO Saneamento precário, relacionado a creches, alimentos e água 
contaminados. 
Condições precárias de saneamento e higiene pessoal, profissões (ex. trabalhadores de 
esgoto), animais (coelhos, gatos, cães, porcos e primatas) 
RESERVATÓRIO E 
VEÍCULO 
Água contaminada com cistos e através de alimentos. 
Disseminação pessoa a pessoa; contato fecal-oral e áreas de 
aglomerações humanas. 
Ingestão de alimentos ou agua contaminados por cistos maduros. 
CICLO BIOLÓGICO 
Colônias de trofozoítos permanecem aderidas à mucosa intestinal até 
serem eliminadas em fezes diarreicas. 
Podem desprender-se durante o trajeto intestinal, perdem os 
flagelos, criam uma parede cística e fazem divisão nuclear→ liberando 
cistos tetranucleados nas fezes→ sendo ingeridos junto a alimentos e 
água→ originando a colônia de trofozoítos no duodeno. 
a E. gengivalis vive na cavidade bucal e as demais vivem no intestino grosso, e a E. 
histolytica é a única que pode ser patogênica. 
Ingestão de cistos maduros que chegam ao intestino grosso, onde sofrem 
desencistamento. Os cistos se multiplicam e se transformam em trofozoítos, possuem 
metabolismo anaeróbico e se adaptam para viver nos cólons, em que se alimentam de 
detritos e bactérias. 
Em condições adversas, sofrem encistamento e são eliminados com as fazes, contaminando 
o meio ambiente. 
O equilíbrio do parasito hospedeiro pode ser rompido e os trofozoítos invadem a 
submucosa intestinal, replicam-se ativamente no interior das vísceras, e através da 
circulação porta, atingem outros órgãos (amebíase extra-intestinal), em que não formam 
cistos e se alimentam de sangue (hematófagos). 
MANIFESTAÇÕES 
CLÍNICAS 
Pode ser assintomático até a diarreia aguda ou crônica e mal absorção. 
Diarreia aguda: fezes profusas e aquosas, gordurosas e fétidas, sem 
sangue, muco ou leucócitos. Pode se alternar por períodos de 
constipação e/ou evacuações normais. 
Mal absorção: de açúcares, gorduras e vitaminas lipossolúveis podem 
resultar em perda de peso, déficit de crescimento e redução da 
função cognitiva. 
Febre baixa ou temperatura normal, náuseas, anorexia, cólicas, 
distensão abdominal, sensação de plenitude gástrica, mal estar, 
flatulência. 
No Brasil, predominam os casos de colites não disentéricas e os casos assintomáticos. 
Colite não disentérica: cólicas abdominais, períodos de diarreia com fezes liquidas ou 
semi-líquidas, intercalados com períodos de acalmia. 
Colite disentérica (disenteria amebiana): febre moderada, distensão abdominal, 
flatulência, cólicas abdominais difusas ou na fosse ilíaca direita, disenteria com mais de 10 
evacuações mucossanguinolentas por dia, tenesmo. 
Colite necrosante: ulceras profundas, isquemia, hemorragia, megacólon tóxico, colite 
fulminante e às vezes perfuração. Apresenta febre alta, fácies toxêmica, sinais de choque 
hipovolêmico, sinais de peritonite, diarreia profusa sanguinolenta e com odor de ovo 
podre. 
Ameboma: granuloma na mucosa no ceco, cólon ascendente ou anorretal, com edema e 
estreitamento do lúmen. Alternância de diarreia e constipação. Presença de febre alta, 
dor intensa no hipocôndrio direito, hepatomegalia. 
Disseminação hematogênica do trofozoíto: inflamação ou abscessos no pulmão, 
pericárdio, pele, aparelho geniturinário e cérebro. 
PECULIARIDADES 
Esteatorreia, perda ponderal, prejuízo na absorção de nutrientes, 
déficit de vitaminas lipossolúveis (A, D, E e K), vitamina B12, ferro e 
lactase 
Disenteria amebiana, tenesmo, fezes muco-sanguinolentas, dor abdominal intensa, invasão 
da mucosa intestinal por trofozoítos atingindo sítios extra intestinais por via 
hematogênica Jamille Ponte 
DIAGNÓSTICO 
EPF: 3 amostras de fezes com intervalo de 3 dias para pesquisade 
cisto. 
Enterotest ou teste do barbante: capsula gelatinosa carreada ao 
duodeno através da peristalse do paciente, em jejum de, pelo menos, 
4 horas. Objetivo: obter suco gástrico para pesquisa de trofozoítos. 
Imunofluorescência direta ou indireta ou ELISA: elevação de 
títulos anti giárdia IgM. 
Diagnostico definitivo→ encontro de parasitos nas fezes→ exame a fresco. 
Retossigmoidoscopia. 
Abscesso hepático pode ser diagnosticado por USG (primeira escolha), cintilografia e TC 
TRATAMENTO 
Primeira escolha: nitroimidazólicos 
- Tinidazol: 12 a 48 meses 100mg (5ml), 2x/dia, por 3 dias. 3 anos 
50mg/kg/dia 1x/dia. 
- Metronidazol: <12 anos 15mg/kg/dia/3 doses por 5 a 7 dias. >12 
anos 500mg, 2x/dia, por 3 dias. 
- Secnidazol: 30mg/kg/dia, dose única 
Grande maioria dos pacientes, a evolução é benigna e o processo evolui para a cura sem a 
necessidade de nenhuma intervenção. 
Metronidazol: 30mg/kg/dia por 7 dias 
Tinidazol: 50mg/kg por 2 a 5 dias 
Secnidazol: 30mg/kg/dia em dose única 
Tratamento da colite necrosante e abscesso hepático: 
Metronidazol endovenoso associado a antibióticos. 
abscessos grandes→ esvaziamento por punção transcutânea guiada por USG 
PROFILAXIA Tratamento das fontes de infecção; tratamento dos esgotos domésticos e da água; higienização das mãos e verduras; educação sanitária, cívica e ambiental. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Jamille Ponte

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