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MANDADO DE SEGURANÇA - Direito Constitucional

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA VARA CÍVEL DA COMARCA DE IMPERATRIZ DO ESTADO DO MARANHÃO
HELENA, neste ato representada por sua mãe: MARIA, brasileira, estado civil, operária, portadora da cédula de identidade RG nº xxxxx, inscrita no CPF sob o nº xxxxxx, residente e domiciliada no município de Imperatriz, na rua xxxxxx, vem perante Vossa Ex., com base no artigo 5º, inciso LXIX, da Constituição da República Federativa do Brasil e Art. 1º, caput, da Lei nº 12.016/09, impetrar
MANDADO DE SEGURANÇA COM PEDIDO LIMINAR
Em face da Autoridade Coatora, JOSÉ ANTÔNIO SILVA PEREIRA, brasileiro, Secretário da Educação do Município de Imperatriz, estabelecido no endereço XXXXX, pelos motivos abaixo expostos:
CABIMENTO
Tendo em vista, que é dever do Estado garantir a oferta da educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças de até cinco anos de idade, conforme Art. 208, inciso IV da CF de 1988 e que tal garantia constitucional deve ser prestada pelos municípios, conforme §2º do artigo 211 da CF de 1988, in verbis: “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino: §2º - Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil”, torna-se perceptível que a autoridade coatora é o Secretário da Educação do Município de Imperatriz, tendo assim a obrigação de efetivar o direito fundamental social à educação da criança.
DOS FATOS
A impetrante é uma mãe solteira, que para trabalhar e prover sua família precisa de uma creche pública para deixar sua filha de apenas dois anos de idade. A mesma não possui condições financeiras para arcar com uma creche da rede privada e tampouco possui recursos para contratar alguém para cuidar de sua filha, além de não ter ninguém que a ajude a cuidar da mesma.
Diante disso, procurou todos os órgãos municipais da sua cidade para conseguir uma vaga em uma creche pública. Entretanto, sus investidas restaram infrutíferas, sempre obtendo como justificativa para a inexistência de vaga, que o Município Imperatriz não disponibilizou mais vagas nas creches já existentes e não há qualquer previsão de que novas vagas serão criadas ainda este ano.
DO DIREITO
Conforme o caso narrado, a impetrante se enquadra nos termos dos dispositivos legais: artigo 208, inciso IV, da CF que diz “O dever do Estado com a educação será efetivado mediante a garantia de: IV - educação infantil, em creche e pré-escola, às crianças até 5 (cinco) anos de idade; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de 2006) “e § 2º do artigo 211 da CF 1988 “A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios organizarão em regime de colaboração seus sistemas de ensino. § 2º Os Municípios atuarão prioritariamente no ensino fundamental e na educação infantil. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 14, de 1996)”. 
Ademais, vemos uma ilegalidade praticada pela autoridade coatora, que é o descumprimento da obrigação contida no artigo 211, §2, da CF, tendo, portanto, o direito de possuir uma vaga em uma creche da rede pública. 
NECESSIDADE DE LIMINAR
Da relevância do fundamento do mandado de segurança, reiterar a afronta a direito líquido e certo da Impetrante do periculum in mora, demonstrar que a demora na decisão poderá resultar na impossibilidade de Maria trabalhar e, por consequência, de restar impedida de manter o sustento da família.
PEDIDOS
Ante o exposto requer a este D. juízo:
a) notificação da autoridade coatora para prestar informações sobre o caso;
b) notificação do órgão de representação judicial da pessoa jurídica interessada;
c) liminar para antecipar os efeitos da segurança garantindo a vaga na creche de modo que Maria possa continuar trabalhando e, dessa forma, prover a mantença de sua família
d) Que ao final seja concedido o mandado de segurança, tornando definitiva a liminar, assegurando, portanto, o direito líquido e certo da impetrante.
VALOR DA CAUSA
Dar-se-á o valor da causa o valor de R$1.000,00 (um mil reais), para fins fiscais.
Nestes termos,
Pede e espera Deferimento.
Imperatriz/MA, 30 de junho de 2021
Advogado/OAB

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