Buscar

Semiologia nutricional - perda ponderal

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 5 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

MARIA JÚLIA M. GIURISATTO MED102
5
SEMIOLOGIA NUTRICIONAL:
PERDA PONDERAL
SAÚDE NUTRICIONAL
É mantido a partir do equilíbrio entre a ingestão alimentar e as necessidades orgânicas, uma vez que há déficit em algum deles, ocasionara desequilíbrio, logo desnutrição.
A desnutrição nada mais é que a nutrição inadequada para necessidades teciduais, por deficiência ou excesso de um ou mais nutrientes.
Obs.: A subnutrição é quando há desnutrição proteico-calórica, exemplo é a anemia ferropriva; já supernutrição é quando há o sobrepeso/obesidade. 
O processo de desnutrição leva a alterações metabólicas, fisiológicas e endócrinas, ou seja, mal funcionamento de vários sistemas, ocasionando insuficiências, infecções e inflamações. Com isso aumento da morbidade e mortalidade destes pacientes.
Crianças, adultos-jovens, mães em fase de amamentação, idosos, a desnutrição se torna mais propicia, em outras palavras, há maior facilidade em haver desequilíbrio da saúde alimentar. 
ESTADO NUTRICIONAL
é avaliado a partir de medidas de altura (direita e indireto), medidas de peso corporal (IMC), circunferência da cintura e relação cintura/quadril. 
MEDIDAS DE ALTURA:
Métodos diretos são realizados com hastes de metal (posição em pé) e régua para crianças. Já os métodos indiretos ocorrem através de estimativa do comprimento do braço, altura deitado (fita métrica) e altura do joelho (em casos de escoliose, paralisia cerebral, distrofia muscular, coma e idosos.)
ÍNDICE DE MASSA CORPORAL:
É calculado a partir da relação entre o peso ideal à altura e ao sexo. (Peso em kg divido pela altura ao quadrado). 
Em pacientes idosos, ou seja, acima de 60 anos usa-se outra tabela nutricional para cálculo de índice de massa corporal: 
Ferramenta utilizada chama-se de Mini avalição nutricional (MNA)
IMC – VIESES
· Paciente obeso, entretanto, pode haver possível depressão de nutrientes proteicos; 
· Paciente com peso inferior ao ideal, mas não estar em caso de desnutrição; 
· Paciente com edema, dessa forma, estará com peso superestimado, como por exemplo na insuficiência cardíaca, na síndrome nefrótica. Em outras palavras o paciente terá seu peso superestimado por conta do edema, mas poderá estar subnutrido, desnutrido.
· Indivíduos com grande massa muscular podem apresentar IMC acima do normal, mas não significa necessariamente obesidade, uma vez que é índice de massa magra (atletas, indivíduos que frequentam musculação, academia).
· Indivíduos que apresentam adiposidade excessiva e massa muscular diminuída poderão apresentar IMC normal, muito comum em obesos sacopênicos. 
PESO ATUAL X PESO HABITUAL
Faz analise fiel do consumo orgânico, baseia-se nas alterações do indivíduo em particular. 
CIRCUNFERÊNCIA ABDOMINAL:
Reflete melhor o conteúdo de gordura visceral que a relação cintura x quadril. 
Associa-se à gordura corporal total;
É um indicador de risco de doenças metabólicas, porem em obesidade grau 3 a validade é menos importante. 
A avaliação é feita com o paciente na posição supina, sendo necessário inspirar profundamente, e no final da expiração medir o ponto médio entre o rebordo costal inferior e a crista ilíaca. E segunda a OMS é o maior perímetro abdominal entre a última costela e a crista ilíaca.
Risco muito aumentado em homens com circunferência acima de 102cm e mulheres acima de 88cm. Por conta do acúmulo de gordura visceral mesmo com o peso normal. 
RELAÇÃO CINTURA X QUADRIL:
Mulheres apresentam risco acima de 0,8 e homens risco acima de 1. 
PERDA PONDERAL
Perde de peso involuntária em relação ao peso habitual nos últimos 6 meses;
Perda significativa em indivíduo previamente sadio, indica que pode ser um precursor de doença sistêmica subjacente, que estará associado a uma taxa de mortalidade de 25% durante os 18 meses seguintes.
Se houve uma perda de peso recente maior que 10% ou mais do peso corporal em relação ao habitual, há um indício iminente de desnutrição proteico-energética.
Entretanto, se a perda for menor que 10%, haverá um fator de risco no lugar de indicadores de desnutrição. (Peso de até 20% do ideal ou 10% do habitual). 
Fisiopatologia: queda do aporte energético ou aumento do consumo energético ou ambos. 
Percentagem da perda + Padrão de perda. 
· Fatores de risco: doenças crônicas, anormalidades absortivas ou digestivas, fatores dietéticos, fatores sociais, queimaduras, infecções, cirurgias recentes, gravidez, lactação, quimioterapia e radioterapia, ansiedade, luto, parasitoses.
CONSTATAÇÃO DE PERDA PONDERAL
1. História: 
- História da perda de peso;
- História médica prévia;
- Medicamentos em uso;
- História social; 
- Revisão de sistemas; 
2. Exame físico: 
- Genitália;
- Cavidade oral e dorso; 
- Cabeça e pescoço;
- Cardiovascular;
- Respiratório;
- Gastrintestinal;
- Mamas;
- Procurar por linfadenopatias. 
ESTADO QUE O PACIENTE PODE SE ENCONTRAR:
a) Face fina e pálida; arcos zigomáticos proeminentes;
b) Cabelos secos e escassos;
c) Olhos opacos e esclera em porcelana não polida;
d) Lábios secos, rachaduras, descamações e cianose discreta; 
e) Língua edemaciada, lisa e hiperemiada. 
f) Pigmentação irregular tipo “marrom-sujo” na face (especialmente ao redor da boca, sob os olhos e nas eminências malares). 
g) Pescoço fino e longo;
h) Clavículas e costelas proeminentes;
i) Mamas hipotrofiadas;
j) Mãos e pés frios, sensação de parestesia;
k) Edemas (pálpebras, bochechas, membros);
l) Alterações cutâneas. 
m) Escapulas aspecto de asas;
n) Coluna vertebral, cristas ilíacas, tuberosidades isquiáticas exuberantes com nádegas finas, braços e pernas semelhantes a bastões;
o) Fácies inexpressiva (caquética);
p) Unhas crescimento lento e quebradiças;
q) Acuidade auditiva aumentada;
r) Palpação: pele fina, seca, textura rugosa e pouco elástica;
s) Pregas cutâneas revela diminuição da gordura subcutânea;
t) Tônus muscular diminuído;
u) Neurológico: reflexos tendinosos profundos diminuídos ou ausentes.
v) Pulso pequena amplitude, regular e lento em repouso;
w) Bulhas cardíacas intensas;
x) Pulmões hiper-ressonantes;
y) Abdômen escavado;
z) Pressão arterial baixa. 
Obesidade e Síndrome metabólica
OBESIDADE
CONCEITO:
É uma doença crônica, em que existe excesso de massa corporal em relação à massa magra, ou seja, um estado de excesso de massa adiposa que coincide com aumento de peso corporal (que pode ou não estar presente).
COMPLICAÇÕES DA OBESIDADE:
1. Hipertensão arterial;
2. Diabete Melito tipo 2;
3. Doença coronária arteriosclerótica;
4. Acidente vascular cerebral;
5. Osteoartrite, gota, síndrome do túnel do carpo;
6. Doenças da vesícula biliar (coleitíase, colescistite); 
7. Problemas respiratórios (DPOC, apneia do sono);
8. Câncer de endométrio, pulmão, próstata e colón. 
AVALIAÇÃO:
É feita através do IMC, circunferência abdominal e relação cintura quadril. 
ANAMNESE:
É necessária uma anamnese criteriosa com exame físico completo; 
Inicia-se com a progressão de peso durante a vida (época de início de ganho de peso, fatores possivelmente relacionados). 
Logo após buscar informações com o paciente sobre peso dos pais e hábitos familiares, ainda trabalho e lazer.
Pesquisar através do diálogo com o paciente se o mesmo possui doenças endócrinas, ou alguma outra complicação de obesidade. 
Deve-se ainda saber se o paciente possui apneia do sono, como também os hábitos alimentares do mesmo e se este utiliza alguma droga que altera peso ou apetite. 
Obs.: Apneia do sono, nada mais é que interrupção do fluxo aéreo por mais de 10seg, com 5 ou mais episódios por hora ou mais de 30 episódios durante o sono por noite. 
ECTOSCOPIA – EXAME FÍSICO:
A obesidade andróide ou também chamada de abdominal ou central, acomete homens e mulheres pós-menopausa. A gordura pode predominar tanto na tela subcutânea quanto intra-abdominal, além de estar associada a distúrbios metabólicos. 
Já a obesidade ginecóide ou periférica, acomete o sexo feminino somente, onde a gordura ira se concentrar nos quadris e coxas, e por sua vez é relativamente benigna. 
Na ectoscopia ainda pode-se encontrar xantelasma, que é a formaçãode “bolsas” de gordura acima das pálpebras ou abaixo dos olhos. Como também presença de xantomas que é deposito de gordura em tendões e articulações. 
Encontra-se ainda presença de acantose nigricans, que se caracteriza pelo escurecimento da pele em locais de dobras principalmente, como axilas, virilha, nos metacarpos falangeanos e interfalangeanos, dobras de gordura nas costas. 
Pode ainda existir presença de dermatite por estase nas pernas e nos tornozelos. Em regiões de dobras, ter cuidado uma vez que podem existir infecções fúngicas ou bacterianas. 
É comum ainda presença de hirsutismo (aparecimento de pelos anormais, como mulher com barba, encantação de pelos pubianos em losango), acne e estrias de caráter hipocrômico ou da cor da pele.
O paciente ainda pode apresentar mamas aumentadas, além de alguns casos acúmulo de gordura pubiana com hipertrofia genitália masculina.
Durante a avaliação cardiovascular, atentar a hipertensão arterial, se há presença de varizes de membros inferiores e edema, se o paciente possui intolerância ao exercício, ortopneia e por fim se há alguma possibilidade de insuficiência cardíaca, através de pressão venosa jugular elevada, ritmo cardíaco anormal, estertores crepitantes ou alterações da percussão pulmonar, hepatomegalia, edema periférico. 
Na avaliação do sistema respiratório, analisar se o paciente apresenta sonolência, dispneia, cianose, apneia do sono ou hipoventilação. 
No abdômen, procurar se há presença de hérnias umbilicais, hepatomegalia (esteatose hepática) e ainda se tem sinais de litíase biliar. 
Já no sistema locomotor, avaliar articulações de pés e joelhos, uma vez que podem sofrer com o peso suportado. Se há presença de gota, caracterizada pela inflamação de articulação, com acúmulo de ácido úrico resultando em monoarticulação edemaciada, hiperemiada e dolorosa. 
SÍNDROME METABÓLICA:
Foi criada para definir indivíduos que teriam mais chances de desenvolver eventos cardiovasculares, especialmente quando associados a obesidade central. 
GRUPO DE FATORES DE RISCO CARDIOMETABOLICOS:
Se há obesidade abdominal combinada com elevação de pressão arterial, glicemia de jejum e triglicerios, além de redução do nível de HDL-c. 
A associação da SM com a doença cardiovascular aumenta a mortalidade geral cerca e 1,5x e a cardiovascular cerca de 2,5x. 
CAUSAS E FATORES DE RISCO:
Genética, inadequação alimentar e sedentarismo. 
Porem pode estar relacionada com diabetes, doença arterial coronária, síndrome de ovários policísticos, esteatose hepática, hiperuricemia, microalbuminúria, disfunção endotelial e estados pós trambólicos. 
CRITÉRIOS DIAGNÓSTICOS: 
É imprescindível medir a circunferência abdominal do paciente, uma vez que, acima de 102cm em homens e acima de 88cm em mulheres, deve-se observar se está associada a demais fatores como HDL, pressão arterial, glicemia, triglicerídeos. 
2020.1 |

Continue navegando