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Perda ponderal e Obesidade

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Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
Perda ponderal e Obesidade 
Medidas antropométricas 
 Análise da semiologia nutricional 
 Peso – mais usado usualmente 
 Soma de todos os componentes, sofre alterações desde o nascimento e interpretado por 
gráficos e tabelas (estudos populacionais ou equações preditivas) 
 Peso atual – momento que é medido 
 Peso usual/habitual – peso que se tem normalmente antes da perda 
 Peso ideal: leva em consideração a idade, biótipo, sexo e altura (+/- 10%) 
 Altura² x IMC médio 
 IMC ideal (homens) = 22 kg/m² 
 IMC ideal (mulheres) = 21 kg/m² 
 
 Sua utilização é criticável quando dentro da faixa normal (IMC entre 
18,5 e 24,9 kg/m²), biótipo e características individuais de cada paciente 
 Ângulo de charpy medido com as duas mãos, os polegares no 
apêndice xifoide e os dedos indicadores sobre a borda inferior do 
arco costal, sendo o normal 90° 
A. Brevilíneo – ângulo de Charpy > 90° 
B. Medilíneo – ângulo Charpy = 90° 
C. Longilíneo – ângulo Charpy < 90° 
 
 Peso ajustado 
 Estimado a partir do peso atual (PA) e do peso ideal (PI) 
 Usado geralmente para dietas ambulatoriais e suporte nutricional em pacientes 
hospitalizados 
 Pacientes Obesos: PA – PE x 0,25 +PI  IMC > 30 Kg/m² 
 Pacientes Desnutridos: PI –PA x 0,25 + PA  IMC < 18,5 Kg/m² 
 
 Peso estimado 
 Quando não se sabe o peso atual do paciente e não tem como pesá-lo 
 Vê por meio da medição do acrômio ao olecrano, acha-se a linha medial e vê 
pela circunferência do braço 
 Ao mesmo tempo se vê também a altura do joelho 
 
 
 Obtido através de formulas e tabelas, levando em consideração a coloração da pele 
de cada paciente e sua idade 
 
 Peso seco – pacientes edemaciados 
 Estima-se o edema e calcula-se o peso descontando o peso hídrico dele 
 Existem tabelas que podem ser usadas para classificação do edema 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 Pode ser caso de ascite (edema abdominal) ou edema periférico 
 
 Peso corrigido – pacientes amputados 
 Calcula-se: PC = (Peso antes da amputação x 100) / 100% – % de amputação) 
 
 Altura/Estatura – mais usado usualmente 
 Pode usar fita, haste/régua e balança com haste 
 Para medir direito tem que posicionar em pé de forma ereta, estar com os membros 
superiores pendentes ao longo do corpo, calcanhares unidos e as pontas dos pés afastadas 
60E entre si 
 Há também, a medição das distâncias 
pubovértice e puboplantar, em conjunto com a altura e a envergadura 
 Caracterização dos distúrbios do desenvolvimento físico 
 Ex.: infantilismo e gigantismo 
 
 Altura Recumbente – pacientes acamados sem possibilidade de 
levantar 
 
 
 
 Envergadura 
 A estatura real pode ser medida, também, pela distância fornecida pela extensão da 
extremidade do terceiro quirodáctilo direito, passando por 
todo o corpo através dos ombros até a extremidade do 
terceiro quirodáctilo esquerdo 
 A semienvergadura é relacionada a pacientes (adultos e 
idosos) acamados e hospitalizados 
 Usa-se a fórmula de rabito: altura (cm) = 63,525 – 
(3,237 x sexo) . (0,06904 x idade) + (1,293 x SE) 
 
 
 Índice de massa corporal 
 IMC = Peso (em Kg) 
 Altura ² (em M) 
 
 Ex.: Mulher 1,60 e 82Kg – IMC 32 Kg/m² 
 Ex.: Homem 1,85 e 110kg – IMC 32 Kg/m² 
 É necessária uma análise criteriosa da composição corporal 
 
 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 
 
 Pacientes obesos podem ser ao mesmo tempo desnutridos devido a não ingestão de 
vitaminas e sais minerais, podendo até apresentar anemia por uma deficiência nutricional 
 
 Circunferência da cintura e abdominal 
 É importante não confundir circunferência da cintura (CC) com circunferência 
abdominal (CA), a qual não possui pontos de corte de classificação e, portanto, 
não pode ser utilizada para diagnostico de obesidade abdominal. 
 Em pacientes com IMC > 35 Kg/m², justifica-se a utilização da CA devido a 
dificuldade em medir a CC 
 Além disso, a CA pode ser utilizada para acompanhamento de redução de 
medidas em um mesmo paciente 
 O aumento da CC refere uma obesidade central que reflete uma obesidade 
visceral 
 
 Circunferência da panturrilha 
 Permite acompanhar o estado nutricional = mais sensível para avaliar a 
depleção da massa muscular 
 É utilizada no diagnóstico de sarcopenia 
 Conforme a Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa – MS, usa-se o perímetro da 
panturrilha como: 
 Acima de 35 cm – acompanhamento de rotina 
 31 a 34 cm – atenção 
 Menor que 31 cm – ação 
 
 
Desnutrição/Perda Ponderal 
 A desnutrição é uma condição multifatorial, caracterizada por deficiência de calorias, proteínas, 
vitaminas, minerais ou oligoelementos, podendo ser chamada, também, de distúrbio de nutrição 
 O peso se encontra abaixo dos valores mínimos normais, a musculatura é hipotrófica e o 
panículo adiposo escasso 
 
 Está associada a fatores socioambientais e clínicos. 
 Fatores socioambientais 
 Ingestão insuficiente, consumo alimentar abaixo do habitual ou menor que o 
necessário para o paciente. 
 A ingestão insuficiente pode estar relacionada a inanição, áreas de insegurança 
alimentar, pobreza, anorexia, dependência ou incapacidade de sair de casa para 
comprar alimentos e/ou cozinhar (no caso de pessoas idosas) 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 Para crianças menores de 2 anos, é essencial avaliar prática de aleitamento materno, 
introdução de líquidos e da alimentação complementar, assim como o número de 
refeições diárias. 
 
 Fatores clínicos 
 Enfermidades de diferentes naturezas, tais como doença pulmonar obstrutiva crônica 
(DPOC), câncer, doenças renais e hepáticas, acometimento inflamatório da boca, 
disfagia, acalasia, transtornos psíquicos, principalmente depressão e anorexia nervosa 
 Fatores que interferem na absorção de nutrientes, como produção deficiente de 
sucos digestivos, icterícia obstrutiva, distúrbios pancreáticos, hipermotilidade 
intestinal (doença inflamatória intestinal, retocolite ulcerativa), diarreia crônica 
associada a HIV/AIDS, cirurgia gástrica e intestinal com ressecção do intestino 
grosso ou do delgado, com ou sem colo ou jejunostomia e cirurgia bariátrica 
 Fatores que interferem no armazenamento ou na utilização de macro e/ou 
micronutrientes, tais como hepatites, cirrose hepática e alcoolismo. 
 
 Desnutrição proteico-calórica – há perda de massa magra 
 
 
 
 Há também distúrbios de nutrição devido a vitaminais, sais minerais e outros elementos que 
compõe a estrutura corpo 
 Para diagnostico deve-se avaliar: 
 Fatores socioambientais e clínicos 
 Peso e altura 
 Índice de massa corporal e classificação do estado nutricional 
 Perda de peso 
 A perda de peso em adultos e idosos é considerada em relação ao peso atual (PA) 
(aferido ou estimado). 
 Refere-se ao percentual de perda de peso, tomando como base o peso usual (PU) ou, 
em caso de perda de peso recente, ao peso máximo nos últimos 6 meses 
 
 Avaliação do estado geral 
 Avaliação bioquímica. 
 É necessário identificar a perda de gordura subcutânea, a diminuição do tecido muscular e 
o acúmulo de líquidos 
 
 Exames complementares 
 Dosagem de albumina 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 Em pacientes hospitalizados o diagnóstico de desnutrição deve ser realizado a partir da 
identificação do risco nutricional pelo Rastreamento de Risco Nutricional em Pacientes 
Críticos (NUTRIC Score). 
 Magreza – paciente está abaixo do peso ideal, com IMC < 18,5 Kg/m² 
 Desnutrição e caquexia 
 Em ambas ocorre alteração da composição corporal, com perda de tecido adiposo e da 
massa muscular 
 A caquexia, no entanto, é uma síndrome clínica que além de acentuada perda de peso, 
está associada a uma resposta inflamatória sistêmica crônicae a presença de alterações 
metabólicas diferentes das ocasionadas pela inanição, as quais induzem a perda de 
massa corporal magra mais rapidamente e em maior magnitude que a observada na 
desnutrição, comprometendo não só o tecido muscular esquelético, mas também a 
musculatura cardíaca 
 
 Síndrome consumptiva – perda involuntária de 5 a 10% do peso habitual em 6 a 12 meses 
 A maioria dos tumores sólidos de TGI tem início com perda ponderal silenciosa 
 
 Sarcopenia 
 É uma condição clínica de grande importância em pessoas idosas 
 Caracteriza-se pela perda ponderal progressiva e generalizada da 
massa, força e função muscular, que é acompanhada de restrição 
da atividade física, dificuldade de descolamento, problemas de 
desequilíbrio, comprometimento da capacidade funcional, 
redução da qualidade de vida, fragilidade, bem como fraturas e 
aumento da mortalidade. 
 Tem que ficar de olho porque mesmo que o IMC esteja normal 
esse idoso pode apresentar sarcopenia 
 
 Sinais indicativos de desnutrição: 
 
Área Corporal Estado de Nutrição 
Normal 
Sinais associados com 
a desnutrição 
Doença e deficiência 
nutricional 
Cabelo Firme e Brilhante Perda do brilho, seco, 
fino, esparso, 
quebradiço, 
despigmentado e fácil 
de arrancar (sem dor) 
Kwashiorkor e, 
menos comum, 
Marasmo 
Face Uniformemente lisa, 
Rósea, Aparência 
saudável e sem edema 
Seborreia nasolabial 
(pele estratificada em 
volta das narinas), 
face edemaciada e 
hipocorada (palidez) 
Riboflavina, Ferro e 
Kwashiorkor 
Olhos Sem lesões nos 
epicantos, sem 
acumulo de tecido 
esclerótico, 
membranas úmidas e 
róseas 
Conjuntiva pálida, 
Xeroftalmia, 
Queratomalacia 
(córnea adelgada) e 
Vermelhidão 
Anemia ferropriva, 
Vitamina A, 
Riboflavina e 
Piridoxina 
Lábios Lisos, sem edema ou 
rachaduras 
Estomatite Angular 
(lesões róseas ou 
Riboflavina 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
brancas nos cantos da 
boca), Lesões no 
ângulo e Queilose 
(avermelhamento ou 
edema dos lábios e da 
boca) 
Língua Aparência vermelha 
profunda, não 
edemaciada ou lisa 
Inflamada, magenta 
(púrpura), edematosa 
e atrofia das papilas 
filiformes 
Ácido nicotínico, 
Riboflavina, Niacina, 
Ácido Fólico e 
Vitamina B12 
Dentes Sem cavidades, sem 
dor e brilhantes 
Esmalte manchado, 
cáries e faltando 
dentes 
Flúor e Açúcar em 
excesso 
Gengivas Vermelhas, não 
sangrandes e sem 
edema 
Esponjosas e 
sangrantes 
Vitamina C 
Pele Sem erupções, edema 
ou manchas 
Secura (xerose), 
petéquias, equimoses 
e dermatose da 
pelagra (pigmentação 
edematosa 
avermelhada) 
Vitamina A, 
Vitamina C, Ácido 
nicotínico, Vitamina 
K, Kwashiorkor e 
Riboflavina 
Unhas Firmes e róseas Quebradiças, rugosas 
e em forma de colher 
(coiloníquia) 
Ferro 
 
 
 Desnutrição e Obesidade 
 A desnutrição também pode ocorrer em pessoas obesas quando há uma “má nutrição” 
 Em geral, resulta da ingestão aumentada de alimentos ricos em carboidratos e gorduras e 
pobres em proteínas, vitaminas e minerais 
 
 Desnutrição na Criança 
 Para caracterizar desnutrição na criança, devem-se utilizar os critérios socioambientais e 
clínicos, tal como para pessoas adultas, com algumas adaptações como: 
 Perda de peso determinada por medidas que relacionam estatura e altura, em geral, 
indicam uma desnutrição aguda 
 Comprometimento do crescimento caracterizado por medidas de estatura e altura 
para idade e sexo, reflete desnutrição crônica 
 Baixo peso medidas de peso para a idade, podendo ser agudo ou crônico 
 Deficiência de vitaminas e minerais, a partir de sinais e sintomas. 
 
 A desnutrição infantil, aguda ou crônica, associa-se a complicações clínicas, pior 
prognóstico e aumento do tempo de internação para problemas de qualquer natureza. 
 Independentemente do estado nutricional inicial, o risco de desenvolvimento de 
desnutrição deve ser avaliado em todas as crianças internadas em até 48 horas após sua 
admissão. 
 No decorrer da hospitalização, deve-se reavaliar o estado nutricional, pelo menos, a 
cada 7 dias. 
 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 A gravidade da doença deve ser analisada para identificar a necessidade de intervenção 
nutricional ou predizer as consequências clínicas caso ela não seja feita. 
 
Obesidade 
 Caracterizada pelo excesso de tecido adiposo corporal com distribuição localizada ou 
generalizada 
 É o resultado de desequilíbrio nutricional, podendo estar associada a alterações genéticas e 
endócrinas. 
 Trata-se de uma doença multifatorial, envolvendo fatores biológicos, nutricionais, ambientais, 
sociais, culturais, econômicos e políticos. 
 Ela surge por meio de uma ingestão alta de calorias, porém sem o gasto de energia 
necessário para perdê-las, o que promove um desequilíbrio 
 As medidas corporais utilizadas para o diagnóstico são: peso, altura, circunferência da cintura 
ou abdominal e índice de massa corporal (IMC) 
 Deve-se utilizar valores diferentes para pessoas idosas, levando isso em consideração, o 
Ministério da Saúde, na Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa, avalia sobrepeso, 
caracterizado pelo IMC > 27 kg/m2, não havendo classificação específica para obesidade, 
como ocorre em adultos 
 
 
 
 A circunferência da cintura (CC) fornece um dado importante, pois possibilita a identificação 
de obesidade central, que reflete a magnitude de gordura visceral, ou seja, aquela aderida aos 
órgãos internos, como intestinos, peritônio e fígado. 
 Esse tipo de obesidade está mais comumente associado a dislipidemia, diabetes mellitus, 
resistência insulínica, hipertensão arterial e doença arterial coronariana e cerebral, 
relacionando-se com risco de morbidade. 
 
 
 
 
 Relação cintura-estatura 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 Medida adequada para avaliar obesidade abdominal, sendo mais sensível que o IMC para 
predizer mortalidade e risco cardiovascular 
 O ponto de corte utilizado é 0,5 para adultos e idosos, ambos os sexos, ou seja, a cintura 
ou abdômen deve ser menor que a metade da estatura 
 
 Complicações 
 Doenças cardiovasculares 
 Diabetes tipo 2 
 Distúrbios endócrinos 
 Inflamação crônica 
 Aumento da incidência de câncer de útero, cólon, mama, tireoide, entre outros 
 Doenças osteomusculares 
 Distúrbios respiratórios, em particular dispneia obstrutiva do sono 
 Alterações reprodutivas e psicológicas 
 Transtornos sociais e culturais. 
 Tudo isso vai refletir-se na capacidade funcional com diminuição da qualidade de vida, 
aumento da morbimortalidade e redução da expectativa de vida. 
 
 Sinais e Sintomas 
 Falta de condicionamento físico 
 Falta de ar 
 Além disso, indivíduos com excesso de peso, além do acúmulo de tecido adiposo e 
aumento de circunferência abdominal, identificados pela inspeção, a obesidade se 
acompanhada de outras alterações físicas, tais como acantose nigricans, lipodistrofia 
cervical (giba de búfalo) e xantelasma. 
 Acantose Nigricans 
 Alteração na pele caracterizada por manchas de textura aveludada e tom escuro, 
localizada em dobras e vincos, além de axilas, pescoço e virilha. 
 Geralmente ocorre em pessoas obesas e diabéticas, relacionando-se à resistência à 
insulina. 
 
 
 Lipodistrofia Cervical 
 Acúmulo de gordura na região cervical, formando uma corcova sobre esta região. 
 Está relacionada à hipercolesterolemia. 
 
 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 
 Xantelasma 
 Formação constituída de pequenas bolsas de aspecto amarelado, ligeiramente 
protuberantes localizadas nas pálpebras 
 São compostas de colesterol, podendo ser consideradas marcadores clínicos de 
dislipidemia. 
 O Xanteloma é depósito dessas “bolsinhas” de gordura nas articulações 
 
 
 
 Obesidade Central e Obesidade Periférica 
 Quanto a distribuiçãoda gordura 
 A obesidade central/androide, configura a forma de maçã ao corpo, com gordura 
concentrada na região do tórax e abdômen, sendo mais comum em homens 
 A deposição da gordura predominantemente visceral nestes casos está associada 
ao aumento de risco de doenças cardiovasculares 
 
 A obesidade periférica/ginecoide, mais frequente em mulheres, é o acumulo de gordura 
predominantemente, nos quadris e coxas 
 O corpo lembra um formato de pera 
 A deposição da gordura é predominantemente subcutânea 
 
 
 
 Anormalidades genéticas 
 Síndrome dos ovários policísticos (SOP) 
 Síndrome de PraderWilli 
 Osteodistrofia de Albright 
 Síndrome de Alstron 
 Síndrome de BardetBiedl 
 Síndrome de Biemond tipo 2 
 Síndrome de Borjeson Forssman Lehman 
 Síndrome de Cohe 
 Doenças autoimunes 
 Tireoidite de Hashimoto – doença autoimune 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 Síndrome de Cushing 
 Anomalia endócrina pelo hipercortisolismo provocado pelo uso de corticosteroides 
 Chama a atenção o acúmulo de gordura no abdome e na face 
 
 Risco de Hipertensão Arterial 
 Aumento de 10% no peso Aumento da PA em 6,5 mmHg 
 Aumento de 20% no peso Aumento do risco de HAS em 8 x 
 Obesidade Grau III aumento do risco de HAS em mais de 16 x 
 Perda de peso com a cirurgia bariátrica controla a HAS em 45 - 75 % dos casos 
 
 Diagnóstico 
 Feito mediante ao IMC, porém, não pode ser limitado somente a ele, uma vez que fatores 
como a medida da circunferência da cintura, pélvica e de membros superiores e inferiores 
deve ser levada em consideração 
 Exames complementares 
 Perfil glicêmico 
 Perfil lipídico 
 Avaliação de composição corporal (bioimpedância) 
 
 Tratamento 
 Sempre é bom multidisciplinar, associando o trabalho do médico, nutricionista com 
reeducação alimentar, psicólogos e educador físico 
 Uso de medicamentos com indicação de falha do tratamento clinico, IMC > 30 Kg/m² ou 
IMC > 25-27 Kg/m² com comorbidades 
 
 
 
 Cirurgia Bariátrica 
 Indicada em casos de obesidade grau 2, com comorbidades (refratária a tratamento 
clínico por 2 anos) ou em casos de obesidade grau 3 (refratária a tratamento clínico 
por 2 anos) 
 
 
 
 Síndrome Metabólica – pensada para juntar critérios (2 ou mais) pela obesidade estar 
relacionada a algumas doenças 
 Os critérios em conjunto podem aumentar os riscos de doenças cardiovasculares, 
principalmente 
 
Ana Carolina Simões – MED 105 – Aula PAPM-2 13/08/2021 
 Componentes 
 Circunferência de cintura aumentada – principal 
 Pressão arterial ou o uso de anti-hipertensivos 
 Glicemia ou o uso de anti-diabéticos 
 Triglicerídeos ou o uso de mediações para reduzir triglicerídeos 
 HDL ou o uso de mediações para reduzir HDL

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