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AO JUÍZO DA 3ª VARA CÍVEL DA COMARCA DE BARRA MANSA-RJ
Processo nº ....
JOANA, nacionalidade ..., estado civil..., profissão..., portadora do RG nº. ..., e inscrita no CPF sob o nº..., residente e domiciliada no endereço (endereço completo), na cidade de Volta redonda, endereço eletrônico ..., vem, por seu procurador ao final assinado, conforme procuração anexa, com endereço profissional (endereço completo), com fulcro nos artigos 335 e 343, do Código de Processo Civil, respeitosamente perante vossa excelência apresentar CONTESTAÇÃO C/C RECONVENÇÃO na ação que lhe move MARCELA, já qualificada nos autos em epígrafe, pelos fatos e fundamentos abaixo expostos:
I - DA GRATUIDADE DE JUSTIÇA 
Com fulcro no art. 5º, LXXIV, da CR/88, e do art. 98, do CPC, a ré faz jus à concessão do benefício da gratuidade da justiça, pois não detêm recursos suficientes para arcar com as custas processuais e honorários advocatícios sem prejudicar a sua subsistência ou a de sua família.
II- DOS FATOS
Alega a AUTORA que no dia 27/01/2016 emprestou a ré a quantia de R$ 12.000,00 (doze mil reais). Alega também a autora que a ré ficou obrigada a fazer o pagamento acrescidos de juros a 1% ao mês ate a data de 27/01/2018, podendo a ré fazer o pagamento em parcelas ou de forma única. A autora propôs a ação na vara cível de Barra Mansa domicílio da autora vale ressaltar que a ré reside em Volta Redonda. no entanto no que pese já tinha vencido, alega também que a ré apenas pagou o valor de R$ 2.000,00 (dois mil reais), sendo pagos R$ 1.000,00(mil reais) no dia 12/08/2016 e R$ 1.000,00 (mil reais) no dia 05/12/2017.
A ação foi distribuída e atuada perante a 3ª vara cível da comarca de Barra Mansa/RJ. No valor da causa foi atribuído o valor de R$ 30.000,00 (trinta mil reais) sendo R$ 11.000,00 ( onze mil reais) a titulo do débito corrigido e atualizado, e o valor de R$ 19.000,00 ( dezenove mil reais) referentes a suposto dano moral sofrido pelo inadimplemento contratual , a autora mostra seu desinteresse na audiência de autocomposição. Já a ré alega que reconhece o debito material de R$ 10.000,00 (dez mil reais) . Alega a ré que sofreu o prejuízo de R$ 1.200,00(mil e duzentos reais) por agressões físicas que autora causou a ré quando a mesma foi ate a casa da ré cobrar a divida no dia 07/01/2019 e neste momento após discussão a autora agrediu verbal e fisicamente a ré e com isso derrubando celular da ré causando sua deterioração vide laudo da assistência técnica e boletim de ocorrência em anexo (doc). Assim também é de ressaltar as ofensas proferidas pela autora a ré a causou sofrimento e dor.
III- DAS PRELIMINARES
III.I- Da Tempestividade
Seguindo a presente contestação com reconvenção é tempestiva, nos termos do
art. 335, I, do CPC, que concede o prazo de 15 (quinze) dias úteis para sua
apresentação, tendo como início o dia seguinte à audiência conciliatória que foi
realizada.
III.II – Da incompetência do Juízo
O juízo competente para apreciar ações fundadas em direito pessoal de bens móveis é o domicílio do réu conforme disposição do art. 46, CPC. Como já narrado nos fatos a ré é residente e Volta Redonda e, portanto, este deve ser o foro para a presente pretensão da autora. Uma vez que a ação foi proposta neste douto juízo da Comarca de Barra Mansa, Vossa Excelência deve reconhecer e declarar a incompetência do Juízo, isto de ofício na forma do art.337, II, CPC.
IV- DOS FUNDAMENTOS
A ré reconhece o debito material decorrente do empréstimo verbal no valor de R$ 12.000,00 (doze mil reais) e que já realizou dois pagamentos de R$ 1.000,00 (um mil reais). Diante disto, o valor do debito atual é de R$10.000,00 (dez mil reais) assim também não cabe o pleito de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) referente aos supostos danos morais sofridos pelo inadimplemento, pois, conforme jurisprudência
dos tribunais superiores o simples inadimplemento ad obrigação não embasa o dano moral por si só. Pedindo sua improcedência.
RECURSO ESPECIAL Nº 1.700.018 - SE (2017/0242476-1) RELATORA : MINISTRA NANCY ANDRIGHI RECORRENTE : NORCON SOCIEDADE NORDESTINA DE CONSTRUÇÕES S/A ADVOGADOS : ARTUR BARACHISIO LISBOA - SE000554A LUCIANO BARTILOTTI BARACHISIO LISBOA E OUTRO (S) - BA044004 RECORRIDO : TANIA CRISTINA DE JESUS SANTOS ADVOGADO : RICARDO DIEGO NUNES PEREIRA - SE005549 PROCESSUAL CIVIL E CIVIL. RECURSO ESPECIAL. AÇÃO DE INDENIZAÇÃO POR DANOS MATERIAIS E COMPENSAÇÃO POR DANOS MORAIS CUMULADA COM DECLARAÇÃO DE INEXIGIBILIDADE DE PAGAMENTO E REPETIÇÃO DE INDÉBITO. ATRASO NA ENTREGA DE IMÓVEL. INADIMPLEMENTO CONTRATUAL. DANO MORAL. NÃO CONFIGURADO. 1. O inadimplemento contratual não causa, por si só, danos morais. Precedentes. 2. Recurso especial provido. DECISÃO Cuida-se de recurso especial interposto por NORCON SOCIEDADE NORDESTINA DE CONSTRUÇÕES S/A, com fundamento nas alíneas a e c do permissivo constitucional. Recurso especial interposto em: 31/01/2017. Conclusão ao Gabinete em: 03/10/2017. Ação: indenização por danos materiais e compensação por danos morais cumulada com declaração de inexigibilidade de pagamento e repetição de indébito, ajuizada por TANIA CRISTINA DE JESUS SANTOS, em face da recorrente, devido ao atraso na entrega de imóvel objeto de contrato de compra e venda. Sentença: julgou procedentes em parte os pedidos, para condenar a recorrente ao pagamento: i) de R$ 6.780,00 a título de compensação por danos morais; ii) da multa contratual no percentual de 0,01% por dia, por injustificada prorrogação do prazo além dos 180 dias de tolerância; iii) de R$ 2.739,25 a título de ressarcimento da comissão de corretagem; por fim, para determinar que o índice eleito pelas partes (INCC) seja aplicado de forma simples, sem ser agregado a ele nenhum percentual. Acórdão: negou provimento à apelação da recorrida e deu parcial provimento à apelação da recorrente, para reduzir a compensação por danos morais para R$ 5.000,00. Embargos de declaração: interpostos pela recorrente, foram parcialmente providos, para determinar que a comissão de corretagem seja paga pela recorrida, com redimensionamento das verbas de sucumbência. Recurso especial: alega violação dos arts. 186, 927 e 944 do CC/02, bem como dissídio jurisprudencial. Sustenta que o simples inadimplemento contratual não gera danos morais. Alternativamente, insurge-se contra o valor arbitrado a título de compensação por danos morais. RELATADO O PROCESSO, DECIDE-SE. - Julgamento: aplicação do CPC/15. - Da não configuração de dano moral pelo simples inadimplemento contratual (atraso na entrega de bem imóvel) O acórdão recorrido, ao reconhecer a possibilidade de compensação por danos morais em razão de simples inadimplemento contratual (atraso na entrega de bem imóvel objeto de contrato de compra e venda), divergiu da jurisprudência do STJ quanto ao tema, firmada no sentido de que o inadimplemento contratual não causa, por si só, danos morais (REsp 1.642.314/SE, 3ª Turma, DJe de 22/3/2017; e AgRg no REsp 316.555/RJ, 4ª Turma, Dje de 24/2/2017). Forte nessas razões, CONHEÇO do recurso especial e DOU-LHE PROVIMENTO, com fundamento no art. 255, § 4º, III, do RISTJ, para afastar a condenação da recorrente no tocante à compensação por danos morais. Redimensiono as verbas de sucumbência, devendo ser arcadas em 90% pela recorrida e 10% pela recorrente. Publique-se. Intimem-se. Brasília (DF), 30 de novembro de 2017. MINISTRA NANCY ANDRIGHI Relatora(STJ - REsp: 1700018 SE 2017/0242476-1, Relator: Ministra NANCY ANDRIGHI, Data de Publicação: DJ 05/12/2017)
Alega a autora que, além dos valores repassados no empréstimo, teria ela combinado o pagamento da quantia, acrescido de juros de 1% ao mês até a data de 27/01/2018. Tais alegações não se revestem minimamente de veracidade, demonstrando-se temerário presumir tenham sido contatados juros sem colacionar qualquer documento comprobatório pertinente. Na verdade, o que a ré compreendeu e assim ficou combinado que se tratava de empréstimo sem juros, portanto o pedido pelos R$ 11.000,00 (onze mil reais) referentes ao valor corrigido e atualizado nãomerece prevalecer. O próprio CPC Condiz cabe ao Autor, em sua petição inicial, apresentar os documentos necessários à propositura da ação, bem como atribui-lhe o ônus probatório vide art.320, CPC e art. 373, CPC. A autora deveria juntar os documentos necessários para provar o que ela mesma alega, mas não fez. feito isso o valor de R$ 11.000,00(onze mil reais) não deve prosperar. 
V- DOS DANOS MORAIS
Caso o douro juízo entenda cabível os danos morais pedidos pela autora em respeito ao princípio da eventualidade a ré requerem que o valor de R$ 19.000,00(dezenove mil) seja diminuído para R$ 5.000,00(cinco mil reais) eis que o valor pedido na exordial destoa da realidade e com isso produziria o enriquecimento ilícito que é vedado pelo nosso ordenamento jurídico.
VI- DA RECONVENÇÃO
Em conformidade com art.343, CPC. No qual diz que ““na contestação, é lícito ao réu propor reconvenção para manifestar pretensão própria, conexa com a ação principal ou com o fundamento da defesa”.
Sendo assim a ré vem trazer aos autos novos fatos no qual narra que a autora foi até a casa da ré no dia 07/01/2019 para cobrar a dívida, neste momento após discussão autora agrediu a ré verbal e fisicamente e com isso acabou derrubando celular da ré o fazendo deteriorar, para prova disto estão inclusos em anexo (doc) o laudo da assistência técnica e boletim de ocorrência. Por este evento a ré sofreu o prejuízo no valor de R$ 1.200,00(mil e duzentos reais). Em conformidade com art.187, CC. A autora praticou o ato ilícito indenizável. O mesmo dispositivo determina que aquele que titular de um direito excede os limites ao exercê-lo, comete ato ilícito. É exatamente a postura da autora que se dirigiu a casa da ré supostamente para cobrá-la e a agrediu verbal e fisicamente. Assim de forma nítida ela cometeu o ato ilícito e conformidade com art.927, CC. A autora devera indenizar pelos danos matérias já ditos e também pelo dano moral praticado ao constranger e ofender verbal e fisicamente a ré como mostra o boletim de ocorrência em anexo (doc) estes danos com base no art.5, X, CF/88. Podemos também ver que nas palavras do professor Carlos Roberto Gonçalves dano moral é:
“(...) Dano moral é o que atinge o ofendido como pessoa, não lesando seu patrimônio. É lesão de bem que integra os direitos da personalidade, como a honra, a dignidade, a intimidade, a imagem (...) e que acarreta ao lesado (...) tristeza, vexame e humilhação (...) (GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro, volume 4: responsabilidade civil – 7. Ed. – São Paulo: Saraiva, 2012, versão digital, p. 353)”.
 Sendo assim vemos que merece procedência os danos que foram sofridos pelo ato lesivo praticados. Assim requer a ré R$1.200,00(mil e duzentos reais) título de dano material e R$ 8.800,00(oito mil e oitocentos reais) a título de dano moral.
VIII- DOS PEDIDOS 
Pelo exposto requer:
a) Os benefícios da gratuidade de justiça, na medida em que os Requeridos não possuem condições de custear o processo sem prejudicar seu sustento ou de sua família, nos termos do art. 5º, LXXIV, da CF/88 e do art. 98 e seguintes, do CPC.
b) Sejam acolhidas as preliminares de incompetência do Juízo.
c) Que declare improcedência no pedido de R$ 11.000,00 ( onze mil reais) da autora sendo que o correto é R$ 10.000,00 (dez mil reais) 
d) Que de improcedência ao pedido de pleito de R$ 19.000,00 (dezenove mil reais) referente aos supostos danos morais sofridos pelo inadimplemento pela fundamentação supra. Mas caso o juízo ache cabível o dano moral em respeito ao princípio da eventualidade a ré requer que o valor de R$ 19.000,00(dezenove mil) seja diminuído para R$ 5.000,00(cinco mil reais).
e) Requer a determinação para a autora que faça prova dos fatos que alega.
f) A condenação da autora ao pagamento do valor do dano material em R$ 1.200,00 (Um mil e duzentos reais).
g) Que a autora seja condenada no pagamento do valor do dano moral em R$ 8.800,00(oito mil e oitocentos reais).
h) Seja a autora/Reconvinda condenada em custas processuais e honorários advocatícios, estes últimos no percentual de 20% (vinte por cento) do valor da causa.
VIII- DAS PROVAS
Protesta provar o alegado por meio de todas as provas admitidas em direito, em especial a prova documental, a pericial, a testemunhal e o depoimento das partes.
IX- DO VALOR DA CAUSA
Dar-se-á a reconvenção o valor de R$ 10.000,00(dez mil reais).
Nestes Termos,
Pede Deferimento!
Local, Data
advogado
OAB

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