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Pep�íde�� � P�ot�ína� Pep�íde�� Duas moléculas de aminoácidos podem ser ligadas de modo covalente por meio de uma ligação amida substituída, denominada ligação peptídica, afim de produzir um dipeptídeo. A ligação peptídica é uma reação de condensação formada pela remoção de H2O (desidratação) do grupo alfa-carboxila de um aminoácido e do grupo alfa-amino do outro. Quando aminoácidos se ligam a formar 4 a 5 ligações, a estrutura é chamada de oligopeptídeo. Quando muitos aminoácidos se ligam, o produto é chamado de polipeptídeo. Uma unidade de aminoácido em um peptídeo é frequentemente chamada de resíduo (a parte restante após a perda de elementos de água – um átomo de hidrogênio de seu grupo amino e a metade hidroxila de seu grupo carboxila). Em um peptídeo, o resíduo de aminoácido na extremidade com um grupo a-amino livre é chamado de resíduo aminoterminal (ou N-terminal); o resíduo na outra extremidade, que tem um grupo carboxila livre, é o resíduo carboxiterminal (C-terminal). Com���t��e�t� áci��-bási�� Os peptídeos contêm apenas os grupos N-terminal e o C-terminal são livres para sofrerem ionização, porém a constante de ionização dos mesmos se diferenciam de seu estado como aminoácido livre, pois o grupo de carga oposta não é mais ligado ao carbono-alfa, sendo assim os dois não sofrem as influências de atração sofrida antes. IMPORTANTE: ❏ Os grupos a-amino e a-carboxila de todos aminoácidos não terminais são ligados covalentemente nas ligações peptídicas, portanto os mesmos não se ionizam nem contribuem para o comportamento ácido-básico total dos peptídeos; ❏ As cadeias laterais de alguns aminoácidos têm a capacidade de se ionizar, contribuindo para o comportamento ácido-básico total. Pro��ína� As conformações possíveis de uma proteína incluem qualquer estado estrutural que ela possa assumir sem a quebra de suas ligações covalentes. Proteínas dobradas, em qualquer uma de suas conformações funcionais, são chamadas de proteínas nativas. As conformações estruturais de uma proteína pode ser divida em 4: ❏ ❏ ❏ ESTRUTURA PRIMÁRIA Descrição de todas as ligações covalentes (peptídicas e dissulfeto) ligando resíduos de aminoácidos em sua cadeia polipeptídica; ❏ ESTRUTURA SECUNDÁRIA Arranjos particularmente estáveis de resíduos de aminoácidos dando origem a padrões estruturais recorrentes; ❏ ESTRUTURA TERCIÁRIA Descreve todos os aspectos do enovelamento tridimensional de um polipeptídeo ❏ ESTRUTURA QUATERNÁRIA Conformação protéica na qual a proteínas tem duas ou mais subunidades polipeptídicas Es�a��l��a�� p���e�c� O termo estabilidade pode ser definido como a tendência em manter a conformação nativa. Para todas as proteínas de todos os organismos, as interações fracas são especialmente importantes para o enovelamento das cadeias polipeptídicas em suas estruturas secundárias e terciárias. A associação de múltiplos polipeptídeos para formar estruturas quaternárias também tem como base estas interações fracas. Uma ligação covalente conectando regiões distintas de uma única cadeia polipeptídica, é muito mais forte que uma interação fraca, porém por serem mais numerosas as lig. fracas predominam como forças estabilizadoras da estrutura proteicas Es��ut��� �ri�ári� A estrutura primária determina como uma proteína se dobra em sua estrutura tridimensional, e isso, por sua vez, determina a função da proteína. Embora a sequência de aminoácidos em algumas regiões da estrutura primária possa variar consideravelmente sem afetar a função biológica, a maior parte das proteínas contém regiões cruciais que são essenciais para suas funções e cuja sequência é, portanto, conservada. O esqueleto de uma ligação peptídica é uma série de planos rígidos, com planos consecutivos compartilhando um ponto comum de rotação no C-alfa. São as ligações peptídicas rígidas que limitam a variação de conformações possíveis para uma cadeia polipeptídicas Es��ut��� �ec���ári� Se refere a qualquer segmento de uma cadeia polipeptídica e descreve o arranjo espacial de seus átomos na cadeia principal, sem considerar a posição de suas cadeias laterais ou sua relação com outros segmentos. A estrutura secundária mais conhecida são as hélices-alfa e as conformações-beta, outro tipo comum também é a volta-beta. Quando não há padrão regular observado, a estrutura secundária é chamada de indefinida ou espiral aleatória. O curso da maioria dos esqueletos polipeptídicos em uma proteína típica não é aleatório; ele é altamente específico e inalterado na estrutura e na função de uma proteína em particular. ❏ HÉLICE-ALFA É uma estrutura helicoidal, onde o esqueleto polipeptídico é firmemente enrolado em torno de um eixo imaginário desenhado longitudinalmente no centro da hélice, e os grupos R dos resíduos de aminoácidos se projetam para fora do esqueleto helicoidal. As alfa-hélice é a conformação mais fácil de ser formada, devido ao seu uso otimizado das ligações de hidrogênio internas. A estrutura é estabilizada por uma ligação de hidrogênio entre o átomo de hidrogênio ligado ao átomo de nitrogênio eletronegativo de uma ligação peptídica e o átomo de oxigênio eletronegativo da carbonila do quarto aminoácido no lado aminoterminal da ligação peptídica. Na hélice-A, cada ligação peptídica (exceto aquelas próximas às extremidades da hélice-a) participa de tais ligações de hidrogênio. Cada volta sucessiva da hélice-a é mantida por voltas adjacentes por três ou quatro ligações de hidrogênio, conferindo uma significativa estabilidade à estrutura global. IMPORTANTE: - Interações entre cadeias laterais dos aminoácidos podem estabilizar ou desestabilizar a estrutura alfa-helicoidal. Ex: A alanina apresenta a melhor tendência de formar hélices-a na maioria da vezes, já o segmento de glutamato não irá formar uma hélice-A em ph=7. Os grupos carboxílicos, carregados negativamente, dos resíduos de glu adjacente repelem-se mutuamente de forma tão forte que impedem a formação da conformação. Resíduos Lys e Arg, com grupos R carregados positivamente em pH=7, também se repelem. O volume e a forma dos resíduos Asn, Ser, Thr e Cys também podem desestabilizar uma hélice-A se estiverem muito próximos na cadeia. - Mais uma restrição à formação, é a presença de Prolina e Glicina, que apresentam a menor propensão em formar A-hélice. Na pro, o átomo de nitrogênio faz parte de um anel rígido e a rotação sobre a ligação N-C(a) não é possível. Na gly, sua maior flexibilidade conformacional permite formar estruturas espiraladas bem diferentes de uma A-hélice - Um último fator que afeta a estabilidade de uma hélice-A é a identidade dos resíduos de aminoácido próximos às extremidades do segmento A-helicoidal do polipeptídeo. Fatores que influenciam na estabilidade da alfa-hélice 1- Tendência intrínseca de um resíduo de aminoácido de formar uma hélice-A 2- Interações entre os grupos R, especialmente aqueles espaçados por 3 ou 4 aminoácidos; 3- Volumes de grupos R adjacentes; 4- Ocorrência de resíduos Pro e Gly 5- Interações entre os resíduos de aminoácidos das extremidades do segmento helicoidal e o dipolo elétrico inerente da hélice-A. A tendência de um determinado segmento de uma cadeia polipeptídica de formar uma hélice-A depende, portanto, da identidade e da sequência de resíduos de aminoácidos do segmento. ❏ CONFORMAÇÃO BETA Essa é uma conformação mais estendida das cadeias polipeptídicas, e sua estrutura é de novamente definida pelos esqueletos dos átomos arranjados de acordo com grupo característico de ângulos diedro. Na conformação Beta, o esqueleto da cadeia polipeptídica está estendido em forma de zigue-zagie. Esse arranjo de vários segmentos lado a lado é chamado de folha Beta. Essa estrutura de zigue-zague dá origem a uma aparência pregueada da folha em geral. ● As lig. de hidrogênio são formadas entre segmentos adjacentes da cadeia polipeptídica, dentro da folha.; ● Os segmentosque formam a folha Beta normalmente estão próximos na cadeia polipeptídica, mas também podem estar bem distantes um dos outros na sequência linear dos polipeptídeos, podendo até estar em cadeias polipeptídicas diferentes; ● Os grupos R dos aminoácidos adjacentes se projetam da estrutura en zigue-zague em direções opostas, criando um padrão alternado que pode ser observado na visão lateral da figura abaixo; ● As cadeias polipeptídicas adjacentes em uma folha Beta podem ser tanto paralelas quanto antiparalelas, podendo apresentar uma orientação aminocarboxiterminal igual ou oposta, respectivamente. respectivamente). As estruturas são, de alguma forma, semelhantes, apesar de o período de repetição ser menor na conformação paralela (6,5 Å, versus 7 Å para a antiparalela) e o padrão das ligações de hidrogênio ser diferente. As ligações de hidrogênio intersegmentos são alinhadas na folha b antiparalela, enquanto elas são distorcidas ou não alinhadas na variante paralela. As estruturas ideais exibem os ângulos de ligação dados na Tabela 4-1; esses valores variam um pouco nas proteínas verdadeiras, resultando em uma variação estrutural, conforme visto anteriormente para as hélices a. ❏ VOLTAS BETA Em proteínas globulares, que apresentam estrutura dobrada compacta, alguns resíduos de aminoácidos estão em voltas ou alças onde a cadeia polipeptídica inverte sua direção. Esses são elementos conectores que ligam estruturas sucessivas de hélices-A e conformações-B. As voltas-B são particularmente comuns e conectam as extremidades de dois segmentos de uma folha-B antiparalela. ● Sua estrutura é uma volta de 180º que envolve 4 resíduos de aminoácidos, com o oxigênio carbonílico do primeiro resíduo formando uma ligação de hidrogênio c/ o hidrogênio do grupo amino do quarto resíduo; ● Os grupos peptídeos dos dois resíduos centrais não participam de nenhuma ligação de hidrogênio inter-resíduos; ● Os resíduos Gly e Pro frequentemente ocorrem em voltas-B, o primeiro porque é pequeno e flexível, e o segundo porque as lig. peptídicas envolvendo o nitrogênio imino da prolina facilmente assumem configuração cis , forma particulamente acesssível em uma volta fechada; ● As voltas normalmente são encontradas próximas à superfície das proteínas, onde os grupos peptídicos dos dois resíduos de aminoácidos centrais da alça podem fazer ligações de hidrogênio com a água. Es��ut��� �er��ári� � �u���r�ári� O arranjo tridimensional de todos os átomos de uma proteína é chamado de estrutura terciária. Enquanto o termo “estrutura secundária” se refere ao arranjo espacial dos resíduos de aminoácidos adjacentes em um segmento polipeptídico, a estrutura terciária inclui aspectos de alcance mais longo da sequência de aminoácidos. Aminoácidos que estão bem distantes na sequência polipeptídica e em diferentes tipos de estruturas secundárias podem interagir na estrutura da proteína completamente dobrada. Já a estrutura quaternária é o arranjo espacial de duas ou mais cadeias polipeptídicas distintas, chamada de subunidades, podendo ser idênticas ou diferentes. ❏ PROTEÍNAS FIBROSAS Proteínas com cadeias polipeptídicas arranjadas em longos filamentos ou folhas. No geral são formadas por um único tipo de estrutura secundária, com estrutura terciária simples. Estruturas que garantem suporte, forma e proteção externa aos vertebrados são feitas de proteínas fibrosas. Elas compartilham propriedades que dão força e flexibilidade às estruturas nas quais ocorrem. Sua unidade estrutural fundamental é um elemento estrutural da conformação secundária que se repete. ● Todas as proteínas fibrosas são insolúveis em água, propriedade conferida pela alta concentração de resíduos de aminoácidos hidrofóbicos tanto no interior quanto na superfície da proteína. Essas superfícies hidrofóbicas estão em grande parte escondidas, visto que muitas cadeias polipeptídicas similares são reunidas formando um complexo supramolecular; ❏ PROTEÍNAS GLOBULARES Possuem cadeias polipeptídicas dobradas em forma esférica ou globular. Geralmente possui diversos tipos de estruturas secundárias. Enzimas e as proteínas reguladoras em sua maioria são globulares. Em uma proteína globular, segmentos diferentes das cadeias polipeptídicas (ou de múltiplas cadeias polipeptídicas) se dobram uns sobre os outros, gerando uma forma mais compacta do que a observada para as proteínas fibrosas. O enovelamento também garante a diversidade estrutural necessária às proteínas para realizar um grande leque de funções biológicas. Proteínas globulares incluem enzimas, proteínas transportadoras, proteínas motoras, proteínas reguladoras, imunoglobulinas e proteínas com muitas outras funções.
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