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Tecido nervoso

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Esteffane Seitz 
• É constituído por aglomerados de 
neurônios, gânglios nervosos e feixes se 
prolongamentos dos neurônios, os 
nervos. 
• Recebe informações do meio ambiente 
através dos sentidos e do meio interno. 
• Processa essas informações e elabora 
uma resposta que pode resultar em 
ações, pode também armazenar essas 
informações para uso posterior 
(memoria) 
Componentes 
• Possui abundancia na variedade de 
células, mas pobre em matriz celular 
• Neurônios: responsáveis pela 
transmissão da informação através da 
diferença de potencial elétrico na sua 
membrana 
• Enquanto isso, as células da neuroglia 
sustentam-nos e podem participar da 
atividade neuronal e defesa. 
• No SNC, essas células são os astrócitos, 
os oligodentrocitos, células da micróglia 
e células ependimárias 
• No SNP, são as células-satélite e as 
células de Schwann 
 
Neurônios 
• Possuem um corpo celular com núcleo e 
outras organelas do qual saem os 
prolongamentos (dendrito e axônio) 
• A forma do corpo varia conforme 
localização e função, pode ser: piramidal, 
estrelada, fusiforme, piriforme, esférica. 
• Núcleo: é grande, esfrico ou ovoide e 
claro, por causa da cromatina frouxa. 
Possui um, as vezes dois ou três 
nucléolos proeminentes 
• Corpúsculo de Barr: Nos neurônios 
femininos pode ser observado um 
corpúsculo que é a cromatina sexual 
• Corpúsculos de Nissl: grânulos basófilos 
consequentes dos ribossomos livres no 
reticulo endoplasmático rugoso. 
 
 
 
 
 
 
 
→ Dendritos 
• Terminações aferentes 
• Recebem estímulos do ambiente, células 
epiteliais sensoriais ou de neurônios 
• Se ramificam, afinando nas extremidades 
• Tem pequenas expansões bulbosas que 
são as espículas dendriticas (onde 
ocorre o contrato com os outros 
neurônios). Há sua perda com a idade e 
deficiência nutricional 
→ Axônio 
DOPA: precursora da melanina e 
neurotransmissor dopamina e 
noradrenalina. Dopamina é 
responsável pela coordenação e 
fluidez dos movimentos. A destruição 
dos neurônios com essa substancia 
resulta na doença de Parkinson. 
Esteffane Seitz 
• Prolongamento eferente 
• Conduz impulsos a outro neurônio, 
células musculares ou glandulares. 
• Geralmente mais delgado e bem mais 
longo que dendritos 
• A espessura do axônio está diretamente 
relacionada a velocidade de condução 
• Cone de implantação: região do corpo 
celular onde nasce o axônio, é 
desprovida dos corpúsculos de nissl e 
rica em microtubulos e neurofilamentos. 
 
Os neurônios podem 
ser 
• Neurônios bipolares: dois 
prolongamentos, ocorrem na retina, 
mucosa olfatória e nos gânglios coclear 
e vestibular. 
• Neurônios pseudounipolares: ocorrem 
nos gânglios sensoriais cranianos e 
espinais 
• Neurônios multipolares: mais de dois 
prolongamentos. Presentes no cérebro, 
cerebelo e medula espinal.. 
 
Quanto a função: 
• Neuronios sensoriais (aferentes): 
recebem estímulos sensoriais do meio 
ambiente e do próprio organismo e os 
conduzem para o SNC. São 
pseudounipolares. 
• Interneurônios: localizados no SNC e 
estabelecem conexão entre os 
neurônios. Bipolares ou multipolares. 
• Neurônios motores: se originam no SNC 
e conduzem impulsos pros outros 
neurônios, glândulas ou músculos 
 Esclerose lateral amiotrófica 
→ Doença neuromuscular progressiva 
→ É causada pela morte dos neurônios 
motores do córtex cerebral, do tronco 
encefálico e da medula espinhal 
→ A perda do controle nervoso dos 
músculos esqueléticos leva a sua 
degeneração e atrofia. 
 
EM CERTAS REGIÕES DO CÉREBRO, COMO O 
BULBO OLFATÓRIO E O GIRO DENTEADO DO 
HIPOCAMPO, HÁ CELULAS TRONCO NEURAIS 
CAPAZ DE SE DIVIDIR E GERAR NOVOS 
NEURONIOS 
 
 Além disso, os neurônios fazem uma 
rede de conexão que faz com que ele 
consiga captar informações sensoriais, 
processar essas informações, originar 
uma memoria e depois gerar respostas. 
 Sinapse: local de contato de um 
neurônio e outro, ou entre um neurônio 
e a célula efetora 
 Sinapse axodendrítica: axônio de um 
neurônio faz contato com o dendrito de 
outro neurônio 
 Sinapse axossomática: quando o axônio 
contata o corpo celular 
 Sinapse axoaxônica: contato entre 
axônios 
 Junção neuromuscular: sinapse entre 
neurônio e célula muscular 
 Sinapse dendrodendrítica: entre 
dendritos 
 Sinapse dendrossomática: entre 
espiculas dendriticas e corpo celular 
 Sinapses elétricas: envolve passagem de 
ions através de junções comunicantes. 
Não ocorre em mamíferos. 
 Sinapse química: liberação de 
mediadores químicos. Mais comum. 
Esteffane Seitz 
 
Astrócitos 
• Maiores e mais numerosas células da 
glia do snc 
• Formato de estrela 
• Tem núcleo grande, ovoide ou irregular 
• Cromatina frouxa e nucléolo central 
• Citoplasma tem proteína acida fibrilar 
glial (filamento exclusivo delas) 
• Comunicam-se entre si pela junção gap 
• Tem lamina basal 
• Contribuem na homeostase e fornecem 
suporte físico e metabólico pros 
neurônios 
• São classificados em: 
-Protoplasmáticos: muitos 
prolongamentos, mas são curtos e 
espessos, poucos feixes de GFAP. Estão 
na substancia cinzenta 
-Fibrosos: menos prolongamentos, são 
longos e ricos em GFAP. Na substancia 
branca 
• É uma célula só, mas muda de forma de 
acordo com o local que está 
• Secretam interleucinas e fatores de 
crescimento, importantes para 
diferenciação dos astrocitos e aresposta 
dessas células a eventos traumáticos e 
patológicos 
• Macromoleculas do sangue não 
conseguem entrar no tecido nervoso por 
causa da barreira hematoencefalica 
(capilares envolvidos pelos 
prolongamentos dos astrócitos) 
 
 
Oligodendrócitos 
• Estão na substancia cinzenta e na 
branca 
• São menores que os atrocitos e tem 
poucos prolongamentos 
• RER, ribossomos e mitocôndrias em 
abundancia, presença de golgi e 
microtubulos 
• Não há filamentos intermediários e nem 
lamina basal 
• Na substancia cinzenta: estão próximos 
aos corpos celulares dos neurônios. 
Quando um estimulo provoca alteração 
química no neurônio, também ocorrem 
modificações químicas no 
oligodendrócito 
• Ajuda a controlar o PH extracelular 
• Na substancia branca: eles envolvem 
segmentos de vários axônios. Quanto 
maior o calibre, mais voltas são dadas. 
• São responsáveis pela formação e 
manutenção das bainhas de mielina dos 
axônios (as células de shwann fazem 
isso também só que no SNP) 
• Fibra nervosa: axônio + bainha 
envoltória 
• Os axonios menores são envolvidos por 
uma única célula da glia e sem a 
formação de mielina, as fibras nervosas 
são amielinicas. 
• Enquanto isso os mais espessoas, que 
possuem a mielina, são denominados 
mielínicos. 
• O envolvimento da bainha não é 
continuo durante todo axônio, tem uns 
espaços vazios que são os nódulos de 
ravier. As alterações de da polaridadeso 
acontecem nele, pq não é protegido pela 
bainha 
 
 Esclerose múltipla 
Esteffane Seitz 
→ Autoimune 
→ Principal alvo é a proteína 
mielínica básica 
→ Há destruição dos 
oligondedrocitos 
→ A desmielinização faz com que 
haja perda visual, perda de 
sensibilidade cutânea e 
coodernação muscular 
 
 
 
Células microgliais 
• Menores que as células da glia 
• Estão na substancia cinzenta e branca 
do SNC 
• São macrófagos especializados: atuam 
como células dendriticas apresentadoras 
de antígeno, secretam citocinas e 
removem restos celulares 
• Corpo celular alongado, prolongamentos 
ramificados, possui espiculas 
• Núcleo em forma de bastão ou virgula e 
cromatina condensada 
• Há predominância de lisossomo 
• PROLONGAMENTOS DOS NEURÔNIOS 
PODEM SER REGENERADOS, 
MASLESÕES NO CORPO CELULAR 
PROVOCAM A MORTE DO NEURÔNIO. 
• A morte de um neurônio pode levar a 
atrofia de células-efetoras 
• No SNC, quando um neurônio morre ele 
é removido pelas células microgliais e 
macrófagos e a área lesada é reparada 
pela proliferaçãode astrocitos (glioses) 
• Plasticidade neural: circuitos neuronais 
são capazes de se reorganizar após 
uma lesão, recuperando a atividade 
perdida 
• Novas sinapses surgem com o 
crescimento dos prolongamentos, 
estimulados pelos fatores de 
crescimento e neurotrofinas (produzidos 
pelas células da glia, neurônios e 
células-alvo 
 
 
Células ependimárias 
• Cubicas ou colunares 
• Com microvilos e muitas delas com cílios 
• Núcleo ovoide, basal e com cormatina 
condensada 
• Se colocam lado a lado e se unem pelos 
desmossomos 
• Não se apoiam em lamina basal 
• Possuem prolongamentos 
• O epêndima reveste as cavidades 
cerebrais e o canal central da medula 
espinhal 
• As células ependimárias que revestem 
os ventrículos são diferentes e formam o 
epitélio do plexo coroide. Possuem 
microvilos, pregas basais, muitas 
mitocôndrias, zonulas e oclusão, lamina 
basal. Transportam agua, ions, proteínas 
e liquido cerebroespinal 
 
Células satélites e de 
Schwann 
• Estão no SNP 
• Células satélites: 
→ Estão ao redor dos corpos de 
neurônios nos gânglios 
→ Pequenas, achatadas, núcleo escuro. 
→ Possuem GFAP, junções gap e uma 
lamina basal na face externa 
Esteffane Seitz 
→ Mantem o microambiente controlado 
em torno do neurônio, permitindo 
isolamento elétrico e via para trocas 
• Células de Schwann 
→ Alongadas, núcleo alongado 
→ Golgi pouco desenvolvido, poucas 
mitocôndrias 
→ Tem GFAP 
→ Não possuem prolongamentos, 
envolvem o axônio com seu próprio 
corpo 
→ Fazem a mielinização no SNP, e os 
oligodendrócitos fazem no SNC (um 
só desses aqui pode envolver vários 
axônios, então meio que ocupa 
menos espaço, ai fica mais versátil) 
→ Não existem no nódulo de Ranvier 
• Nervo: agrupamento de fibras nervosas 
em feixes no SNP 
CORTE NO NERVO: 
• os axônios e a mielina degeneram e são 
fagocitados pelas células de Schwann e por 
macrófagos 
• As células de schwann proliferam e formam 
um cordão celular 
• O axônio cresce e se ramifica 
• Só o axônio que penetrar o cordão de 
células de schwann que vai ter sucesso e 
vai alcançar o órgão- efetor 
NEUROMA DE AMPUTAÇÃO: 
• Quando é grande o espaço entre os cotos 
proximal e distal ou quando o distal é 
perdido 
• Os axônios crescem a esmo 
• Resulta numa dilatação dolorosa 
 
Endoneuro 
• Envolve cada fibra nervosa 
• Fibras reticulares, sintetizadas pelas 
células de schwann, fibrilas colágenas, 
glicosaminoglicanos e fibroblastos 
esparsos. 
• Podem ser encontrados macrófagos e 
mastócitos 
 
Perineuro 
• Contorna cada fascículo de fibras 
nervosas 
• Formado por várias camadas 
concêntricas de fibroblastos modificados 
• Possuem lamina basal e filamentos de 
actina associados a mp, isso garante sua 
contração 
• Ligam-se por junção de oclusão, isso 
protege os axônios de agentes nocivos e 
de mudanças bruscas na composição. 
• Entre as células tem fibrilas colágenas e 
elásticas. 
 
Epineuro 
• Reveste o nervo e preenche os espaços 
entre os feixes de fibras nervosas 
• TCD não modelado 
• Fibras colágenas orientadas para 
aguentar o estiramento do feixe nervoso 
e TCF 
 
Meninges 
• Três camadas protetoras do SNC: pia-
mater, aracnoide e dura-mater 
• Pia-máter: 
Esteffane Seitz 
→ Mais interna 
→ Tá sobre a glia limitante (camada de 
prolongamentos de astrocitos que 
envolve o TN) 
→ Membrana delicada 
→ Camada de células epiteliais 
pavimentosas de origem 
mesenquimatosa (células 
meningoteliais) e tecido conjuntivo 
frouxo bem vascularizado. 
→ Envolve os vasos sanguíneos 
→ Pregas da pia-máter revestidas pelo 
epêndima formam o plexo coroide 
• Aracnoide: 
→ TCD avascularizado e células 
meningoteliais na superfície 
→ Apresenta expansões que perfuram 
a dur-máter e terminam em seios 
venosos (vilosidades aracnoideas) 
→ Dura-máter: 
→ Meninge mais externa, espessa e 
resistente 
→ Adjacente ao periósteo, no crânio 
→ Na medula, separa do periósteo das 
vértebras pelo espaço peridural 
(TCF com células adiposas) 
→ TCD modelado e células 
meningoteliais na superfície interna 
(na coluna vertevral, tbm tem na 
superfície externa) 
 
Liquido cerebroespinal 
• Produzido pelas células ependimárias 
dos plexos coroides 
• Circula pelos ventrículos cerebrais, 
espaço subaracnóideo, espaços 
perivasculares e canal central da medula. 
• Permite difusão dos metabolitos 
• Protege o SNC contra traumatismo 
porque forma uma camada no espaço 
subaracnóideo 
• É reabsorvido pelas células das 
ilosidades aracnoideas e volta pra 
corrente sanguínea. 
• No SNC não tem vasos linfáticos.

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