Toxicologia ambiental - resumo

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LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
 @resumed.lu 
Toxicologia Ambiental 
Estuda os efeitos nocivos causados em organismos vivos pelas substâncias químicas presentes no meio ambiente. 
1962 – Impacto do lançamento indiscriminado de substâncias químicas no ambiente; 1984 – Desastre químico na 
Índia; 1986 – Chernobyl; 1956 – Desastre de Minamata -> poluição da água -> MeHg; 1983 – Doença de Itai-Itai “ai-
ai” -> poluição da água/arroz -> Cádmio.
 
DESASTRES AMBIENTAIS 
Desastre: resultado de eventos adversos naturais ou 
causados pelo homem sobre um ecossistema, causando 
danos materiais, ambientais e à saúde. 
 
Principais fontes de contaminação ambiental: 
• Naturais: fenômenos da natureza - Atividade 
vulcânica, incêndios florestais naturais, maré 
vermelha. 
• Antropogênicas: causadas pelo homem – Doméstica 
e urbana (esgoto, lixo, veículos automotores), 
Industrial (efluentes, lixo, queima de combustível), 
Agropecuária (queimadas, fertilizantes, agrotóxicos). 
Fontes emissoras: 
• Maior parte da poluição do ar nas grandes cidades se 
da por conta de indústrias (fixas/estacionárias – SOx 
e MP) e veículos (móveis – CO, HC e Nox). 
INTERAÇÃO DOS POLUENTES - BIOTA 
Distribuição: concentração e localização final de 
determinado poluente (água, ar, solo). 
Bioacumulação: relacionado ao maior acúmulo em 
relação a eliminação das substâncias químicas. Ex. DDT 
no tecido adiposo 
• Essa interação é diretamente relacionada com as 
propriedades físico-químicas, vias de exposição, 
velocidade de absorção e eliminação, fatores 
ambientais e biológicos. 
 
• Bioconcentração (direta): depende da concentração 
da substância tóxica no ambiente e do tempo de 
exposição do organismo ao agente tóxico. 
• Biomagnificação (indireta): acúmulo de xenobiótico 
nos diferentes níveis tróficos, transferencias ao longo 
da cadeia alimentar. Um organismo do topo da cadeia 
pode ter mais concentração de xenobiótico que o 
próprio meio. Ex. Hg, Pb, DDT. 
• Biodegradação: processo em que os xenobióticos são 
degradados pela ação dos organismos vivos, 
principalmente heterotróficos, por meio de suas 
enzimas. 
POLUENTES NO AR 
É qualquer forma de matéria em quantidade, 
concentração, tempo ou outras características que 
tornam ou podem tornar o ar impróprio ou nocivo para a 
saúde, inconveniente ao bem estar público, danoso aos 
matérias, à fauna e flora. (CONAMA) 
• Monóxido de Carbono 
(asfixiante – COHb: 
carboxiemoglobina) 
• Óxido de Nitrogênio 
• Dióxido de Enxofre 
• Compostos orgânicos voláteis 
• Material Particulado (Variam 
na forma, composição e origem. 
Mistura complexa de 
substâncias: HPAs e Metais) 
 
LUANA PONS POSSER – ATM 25/2 - FEEVALE 
 
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HPAs (Hidrocarbonetos Policíclicos Aromáticos): 
produzidos pela queima incompleta de substâncias 
orgânicas (carvão, lenha, gasolina) – carcinogênicos. 
Fenômenos atmosféricos e a poluição do ar: 
• Inversão térmica (impede a dispersão de poluentes) 
 
• Chuva ácida (CO2 na atmosfera, reage com a água e 
forma ác. carbônico – H2SO4 e HNO3) 
• Efeito estufa (fenômeno natural de aquecimento 
térmico da Terra – aumento de CO2, aumento na 
temp. média da superfície da Terra -> aquecimento 
global) 
• Smog (névoa de O3 e outros poluentes 
Por que monitorar a qualidade do ar? 
Avaliar o impacto da presença de substâncias químicas na 
atmosfera e os efeitos sobre os organismos vivos, saúde. 
• É difícil, pois há muita diversidade de partículas e 
gases, fontes e processos que regulam as 
propriedades físicas e químicas 
• O monitoramento fornece dados importantes sobre 
o risco à saúde públicas, compara os limites 
estabelecidos para proteção à saúde, acompanha as 
tendências na qualidade do ar devido a alterações nas 
emissões de poluentes. 
Padrão de qualidade do ar: 
• Define um limite máximo de concentração de um 
poluente no ar, que garanta a proteção da saúde 
• São baseados em estudos científicos 
• Governos devem considerar a circunstância do local 
ao adotarem os valores propostos como padrões 
nacionais 
• Os poluentes padrões são os mais frequentes 
Poluição do AR x SAÚDE 
• OMS – 7 milhões de pessoas morrem/ano por 
doenças relacionadas a exposição a poluentes 
atmosféricos. Fator de risco mesmo quando os 
poluentes estão de acordo com a legislação. 
POLUENTES DA ÁGUA E DO SOLO 
Causado pelo esgoto e lixo não tratado (residencial ou 
industrial) jogados em cursos de água e no solo. 
Atividades do homem podem liberar substâncias nocivas 
para o meio ambiente de forma não-intencional 
(derramamentos e acidentes) ou intencional 
(agrotóxicos, efluentes industriais sem tratamento) – 
Brumadinho e Mariana. 
 
 
Biomarcadores X Ambientes poluidos: 
Resposta biológica a um ou vários compostos químicos que 
fornecem dados sobre exposição a efeitos tóxicos. Específicos 
ou não específicos. 
 
• Minhocas: fornecem informações sobre toxicidade 
de SQ presentes no solo – teste de fuga, toxicidade 
aguda e toxicidade crônica. 
Contaminantes da água para consumo: 
• SQ originado de mananciais que podem ter recebido 
cargas poluidoras do sistema de distribuição ou 
processo de tratamento. 
• Metais, HPAs, agrotóxicos, fertilizantes, Tei-
halometanos (clorofórmio), Fluoretos (relacionado a 
mudanças histológicas e na densidade óssea), nitrato 
e nitrito (água e solo). 
 
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Contaminantes ambientais emergentes: produtos 
químicos que tem uma ameaça real a saúde ou ambiente 
e que não possui normas para proteção ou 
monitoramento e então não são monitorados. 
• Cosméticos, nanomateriais, praguicidas, interferentes 
endócrinos, corantes, plastificantes, fármacos. 
DESREGULADORES ENDÓCRINOS 
Substância exógena ou uma mistura que altera as 
funções do sistema endócrino e causam efeitos adversos 
em um organismo intacto e sua descendência (OMS). 
 
 
Ação agonista: Eles se ligam nos receptores, ativam eles 
e imitam a ação do hormônio natural. 
Ação antagonista: Se ligam aos receptores, bloqueiam 
eles e inibem a ação do hormônio natural. 
Interferência na síntese, transporte, metabolismo e 
eliminação dos hormônios: diminuem as concentrações 
d hormônio natural no organismo. 
• DTT e seus subprodutos - efeito estrogênico 
• Clordecona (organoclorado) – efeito semelhante ao 
estradiol 
Características associadas aos efeitos tóxicos: Alta 
lipofilicidade, capacidade de se ligarem de forma estável 
ao DNA e de reagirem com sítios específicos de 
receptores de enzimas. 
 
 
 
EFEITOS SOBRE A SAÚDE 
Incidência e prevalência de doenças como: câncer, 
diabetes, obesidade, diminuição da fertilidade. 
• Bisfenol A: produção de policarbonato – 
mamadeiras, copos infantis, garrafões retornáveis de 
água mineral, embalagens e utensílios, bebidas e 
alimentos enlatados. 
Notas