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Resenha - Participação popular e o controle social como diretriz do SUS - uma revisão narrativa

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Participação popular e o controle social como diretriz do SUS
Letícia Guedes Morais
O Brasil foi formado a partir de vários povos, desde indígenas até asiáticos, e devido a isso é um pais com uma grande carga cultural e com pessoas com diferentes conhecimentos e princípios. Tendo como histórico os diferentes tipos de governo, a saúde pública, assim como outras divisões, já seguiu filosofias que hoje não segue.
A ditadura militar se fez presente no país entre 1964 até a década de 1980, com militares no poder, as decisões eram tomadas unilateralmente e não havia participação social nas políticas adotadas. Em 1967, houve o Decreto 200 e por meio deste, ficou determinada as funções do Ministério da Saúde sendo como: promover a política nacional de saúde, atividades médicas e paramédicas, desenvolver ação preventiva em geral e o controle de drogas e alimentos e fomentar pesquisas médico-sanitárias. Neste período, viu-se que a saúde foi privatizada, de forma que poucos tinham acesso a mesma.
Em 1983, com o governo já fragilizado, houve o movimento social “Diretas Já! ”, o qual tornou legitima a queda da era militar e o início da redemocratização no Brasil. Após 3 anos, foi realizada a 8ª Conferência Nacional de Saúde, nesta, foram ouvidas diversas pessoas que juntas contribuíram para a idealização do sistema de saúde para todos. Na formulação da Constituição de 1988, determinou-se as definições legais para a criação do Sistema Único de Saúde (SUS), o qual foi consolidado e regulamentado pelas Leis Orgânicas de Saúde nº 8.080 e nº 8.142, ambas de 1990.
Devido à ausência da voz do povo durante o Regime Militar, era necessário que a saúde fosse um assunto para ser discutido e construído pela sociedade e não pelo governo, uma vez que a saúde se tornou direito de todos, estes deveriam fazer parte da concretização do SUS. Portanto, ficou determinada a participação da comunidade como diretriz do mesmo. Esta participação se dá por conferências e conselhos municipais, estaduais e federais, onde a comunidade e seus representantes podem dialogar com os profissionais de saúde envolvidos no SUS e com governantes responsáveis. 
Através das conferências e dos conselhos, os cidadãos podem monitorar, fiscalizar, avaliar e interferir na gestão estatal, de forma a promover a melhoria, eficiência e real atendimento as necessidades deles. A verdade é que por meio destas coletivas, é possível ampliar o acesso a saúde e a equidade entre os usuários, pois assim se conhecerá as carências das minorias, e o Brasil é um país formado por minorias.
O controle social é uma importante ferramenta para garantia da acessibilidade à saúde e deve ser incentivado e fomentado nas comunidades. Infelizmente, há uma baixa adesão do povo as coletivas por estes não conhecerem seus direitos e o poder da sua voz. A participação social é um instrumento em constante construção e quanto mais empoderados os cidadãos se tornarem, mais visível será a melhoria e efetividade do sistema.
REFERÊNCIAS:
1. ROLIM, Leonardo Barbosa et al. Participação popular e o controle social como diretriz do SUS: uma revisão narrativa. Rio de Janeiro, 2013 Disponível em <http://www.scielo.br/pdf/sdeb/v37n96/16.pdf>. Acesso em 16 de maio de 2017.
2. BRASIL. Decreto-Lei nº 200. Brasília, 1967. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del0200.htm>. Acesso em 16 de Maio de 2017.

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