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DESENVOLVIMENTO NEUROPSICOMOTOR NA INFÂNCIA 
Ao pensar no desenvolvimento neuropsicomotor da criança, é preciso levar em consideração algumas estruturas que 
são importantes para o seu bom desenvolvimento. 
ENCÉFALO: é tudo aquilo que está protegido dentro da caixa encefálica e canal vertebral; no encéfalo é encontrado 
o tronco encefálico, cérebro e cerebelo. 
TRONCO ENCEFÁLICO: relacionado ao controle de atividades primitivas/autonômicas como o controle 
cardiovascular, respiratório, musculatura ocular, vias auditivas e inúmeros reflexos. 
CEREBELO: relação importante com a coordenação motora e equilíbrio. 
CÓRTEX CEREBRAL: relacionado à percepção sensorial, funções cognitivas, aprendizagem, memória e 
planejamento motor voluntário. 
✓ As crianças nascem com reflexos próprios delas (inatos) e esses reflexos não atingem o córtex cerebral. A 
criança executa esses movimentos provocados de uma maneira não deliberada (não é vontade dela), 
executa sem planejamento. 
O córtex cerebral tem uma relação importante com a integração: ele integra as informações e auxilia na 
deliberação e planejamento das ações a partir dela. O córtex é dito como sendo a parte mais superior, ou seja, 
quando o indivíduo desenvolve o córtex cerebral ele consegue executar atividades que requerem uma integração de 
informações, análises, planejamentos, imaginação. 
→ PROCESSO DE MIELINIZAÇÃO 
O sistema nervoso do recém-nascido não é completamente desenvolvido, ele vai se desenvolvendo 
progressivamente. A Partir do momento em que o sistema nervoso se desenvolve, ele cria substratos anatômicos e 
neurofisiológicos para que a criança adquira capacidades que ela não tinha previamente. 
FIBRAS NERVOSAS: sabe-se que ao nascimento as fibras nervosas não estão completamente mielinizadas. Devido a 
isso, grande parte das ações, capacidades e habilidades da criança são restritas, inicialmente, pela falta de mielina. 
MIELINIZAÇÃO: é um processo sincronizado, o qual segue uma sequência pré-estabelecida de mielinização das 
fibras e, conforme ocorre essa mielinização, a criança adquire novas habilidades. 
Sem a mielinização a criança não adquire marcos do seu desenvolvimento, por isso é importante que ocorra a 
mielinização, a formação de sinapses e o desenvolvimento e crescimento de todo o SNC para que a criança 
desenvolva novas capacidades. 
✓ EXEMPLO: uma criança começa a andar porque houve toda uma capacitação do SNC com o substrato 
fisiológico (mielinização, formação de sinapses). Sem esse desenvolvimento adequado a criança não 
conseguirá atingir os marcos de desenvolvimento esperados. 
CÓRTEX: sabe-se que as fibras sensoriais sofrem o processo de mielinização. 
TRONCO: relacionado com questões mais básicas, devido a isso a mielinização acontece antes do nascimento; a 
criança nasce com essas vias mielinizadas; vestibular e acústico. 
SISTEMAS CORTICAIS DE ASSOCIAÇÃO: são muito lentos; a mielinização das fibras de associação acontece até os 12 
anos de idade (mas pode ir até atingir a vida adulta), aproximadamente, no entanto, os marcos do desenvolvimento 
acontecem até o terceiro ano de vida. 
✓ O sistema cortical de associação vai se desenvolvendo ao longo da vida, passando por diversos marcos 
importantes. 
SISTEMA SUBCORTICOESPINHAL: a mielinização ocorre entre 6° – 8° mês gestacional e é responsável por uma onda 
ascendente do tono flexor dos membros e reações posturais extensoras do tronco. 
✓ A criança, logo ao nascer, apresenta os membros fletidos (mão fechada, por exemplo) e isso se deve ao fato 
de que o sistema subcorticoespinhal já estar mielinizado. Por esse processo acontecer durante o 
desenvolvimento fetal, crianças prematuras podem nascer sem esse sistema estar mielinizado, ou seja, 
nascerão com seus membros mais frouxos (não estarão fletidos como das crianças à termo). 
SISTEMA CORTICOESPINHAL: sofre mielinização lenta, com início no 8° mês gestacional e se estende até os 12 anos 
de idade. Esse sistema é responsável, também, pelas questões de desenvolvimento do córtex superior. 
A maior parte da mielinização das crianças ocorre antes do segundo ano de vida, tanto é que o grosso do 
desenvolvimento neuropsicomotor da criança ocorre até esse período. No entanto, não se deve esquecer que parte 
das capacidades e aquisições das crianças, principalmente relacionadas às questões intelectuais e abstrações, são 
adquiridas até os 12 anos de idade. 
No RN, o córtex está muito longe do controle, dessa forma, grande parte das reações apresentadas pelo bebê à 
termo são reflexos (só passam pelo sistema subcorticoespinhal, não passam pelo córtex). A criança não delibera 
essa ação, não passa de um reflexo. 
Conforme ocorre o desenvolvimento do sistema corticoespinhal, ele começa a assumir o controle da situação e, 
assim, a criança passa a ter controle de suas ações (deixando de ser apenas um reflexo). 
→ SISTEMA NERVOSO X MEIO AMBIENTE 
O meio em que a criança está inserida exerce papel importante na estimulação, visto que crianças mais estimuladas 
adquirem mais capacidades. No entanto, independente do meio, se essa criança tiver um bom desenvolvimento do 
SNC e receber os cuidados básicos ela acaba tendo seu desenvolvimento ocorrido. 
Isso se deve à ocorrência da mielinização, a qual fornece substrato para as aquisições motoras, intelectuais e assim 
por diante. Claro que o meio é capaz de, discretamente, acelerar ou atrasar algumas aquisições, mas há uma faixa 
de normalidade para isso. Em geral, as crianças estão dentro dessa faixa, podendo apresentar variações na faixa 
dependendo do estímulo. 
Algumas manifestações nos recém-nascidos ocorrem somente por um período e depois desaparecem, no entanto, o 
retorno dessas manifestações pode ser patológico. 
✓ Reflexo cutâneo-plantar em extensão (Babinski): normalmente é patológico, mas em crianças com até um 
ano de idade é considerado um reflexo normal; se o reflexo retornar, passa a ser patológico e então 
chamado de reflexo de Babinski. 
As atividades automáticas (reflexos) nos recém-nascidos vão sendo inibidos, conforme a criança vai se 
desenvolvendo, e vão ressurgindo de forma mais elaborada. 
✓ EXEMPLO: o sugar é um ato reflexo no começo da vida, mas com o desenvolvimento infantil, a criança vai 
adquirindo mielinização e esse ato passa a ser uma atividade controlada pela vontade da criança. 
Alguns reflexos podem ser permanentes por toda a vida. 
→ EXAME FÍSICO 
O exame físico do recém-nascido deve ser muito cuidado, principalmente se tratando do exame físico neurológico. 
Dessa forma, há algumas recomendações que se deve seguir: 
- Evitar salas frias: quanto menor o bebê maior sensibilidade térmica ele terá; 
- Despir aos poucos: para evitar estresse e desconforto na criança; 
- Melhor quando o bebê está alimentado; 
- Não repetir várias vezes a mesma manobra: além de os reflexos serem esgotáveis, a repetição pode estressar a 
criança; 
- Não há rigidez nos marcos de desenvolvimento neuropsicomotor: existe uma faixa de normalidade, mas ela pode 
ser flexível perante alguns marcos. 
→ RECÉM-NASCIDO 
Em geral, um bebê à termo (sempre lembrar que o bebê pré-termo terá menos sistemas mielinizados) nasce com 
atitudes em flexão generalizada e hipertonia flexora dos quatro membros. 
Há uma hipotonia da musculatura cervical paravertebral, por isso, ao segurar o bebê no colo, deve-se apoiar sua 
cabeça para ela não pender para trás. 
Os quirodáctilos (dedos das mãos) são fletidos, mas com o dedo polegar para fora. 
→ REFLEXOS NO RECÉM-NASCIDO 
CUTÂNEOPLANTAR EM EXTENSÃO (BABINSKI): ao provocar um estímulo na lateral do pé da criança causa a 
abertura dos pododáctilos (dedos dos pés). 
PREENSÃO REFLEXA: os bebês nascem com as mãos e pés fechadas (preensão palmar e plantar) e tudo o que 
colocar na mão dele automaticamente ele agarrará. 
VORACIDADE: ao estimular o canto da boca do bebê ele vai se virando até conseguir abocanhar o que está 
estimulando. 
SUCÇÃO: tudoque colocar na boca do bebê ele irá sugar (no começo é um mero reflexo e conforme ocorre a 
mielinização esse reflexo dará lugar a uma atividade voluntária). 
TÔNICOCERVICAL ASSIMÉTRICO (MAGNUS-DE KLEIJN, ESGRIMISTA): ao movimentar o polo cefálico (cabeça) da 
criança para o lado esquerdo, por exemplo, ela estenderá o membro superior esquerdo e fletirá o membro superior 
direito. 
MORO: ao provocar uma sensação de susto no bebê, ele automaticamente abrirá os dois braços e logo após ele 
dobrará os braços em direção ao tronco (como se ele se abraçasse). 
APOIO PLANTAR: ao estimular o dorso do pé do bebê, ele automaticamente colocará o pé em cima daquilo que está 
estimulando-o. 
MARCHA REFLEXA: se colocar o bebê com os pés apoiados sobre uma superfície rígida, ele movimentará os pés 
como se ele estivesse tentando andar, desajeitadamente. 
COCLEOPALPEBRAL: se fizer algum barulho perto do bebê ele piscará. 
OLHOS DE BONECA: quando o bebê não consegue fixar o olhar, então ele move a cabeça e os olhos acompanham o 
movimento da cabeça. 
CHORO INARTICULADO: o bebê possui um choro habitual, podendo ele ser fraco ou forte demais, e é preciso 
verificar a simetria da mímica facial. No começo, o choro do bebê é menos articulado e, conforme ele adquire 
mielinização, o choro passa a ser mais articulado. 
→ MARCOS DA INFÂNCIA A CADA MÊS 
PRIMEIRO MÊS: 
- Decúbito dorsal: ao colocar a criança em decúbito dorsal, ela assumirá uma posição assimétrica (ficará na mesma 
posição em que a colocar), principalmente em relação ao centro do corpo; face inexpressiva e olhar vago (não 
consegue fixar o olhar). 
✓ Algumas crianças com cerca de 15 dias podem assumir uma posição mais simétrica. 
- Decúbito ventral: ao colocar a criança em decúbito ventral (com a face voltada para uma superfície), ela pode girar 
a cabeça para o lado (reflexo de fuga à asfixia) e movimentar a cabeça e as pernas na tentativa de reverter a 
situação. 
- Suspendendo-o pelo tronco: o corpo formará um arco, porque ele ainda não consegue suspender o pescoço. 
✓ REGRA: uma criança normal faz uma mielinização craniocaudal, ou seja, a criança adquire a capacidade de 
fixar os olhos, domina a mímica facial, sustenta o pescoço, depois adquire habilidades com os membros 
superiores, sustenta a coluna vertebral, domina membros inferiores e, por último, aprende a andar. 
- Início da sustentação da cabeça: algumas crianças começam a adquirir essa habilidade ainda no primeiro mês de 
vida. 
- Diminui atividade ao escutar uma campainha: até o ritmo respiratório da criança pode apresentar mudança. 
- Segura o chocalho e logo solta: movimento reflexo. 
SEGUNDO MÊS: 
- Decúbito dorsal: ao colocar a criança em decúbito dorsal, ela ficará em posição simétrica. 
- Suspendendo-o pelo tronco: a criança já consegue sustentar a cabeça na linha do corpo. 
- Marcha reflexa: desaparece. 
- Segue uma pessoa em movimento: a criança já consegue fixar o olhar nas pessoas, olha para o examinador. 
- Reflexo do esgrimista: desaparece. 
- Face expressiva: a criança começa a modular o reflexo do sorriso; começa a adquirir expressões faciais. 
- Inicia sons que não o choro: começa a balbuciar novos sons. 
TERCEIRO MÊS: 
- Decúbito dorsal: ao colocar a criança em decúbito dorsal, ela conseguirá manter as mãos abertas ou fechadas 
(sem cerrá-las); consegue juntar as mãos e tentar leva-las à boca. 
- Decúbito ventral: ao colocar a criança em decúbito ventral, ela conseguirá se apoiar nos cotovelos. 
- Atitude simétrica: todas as crianças já possuem atitude simétrica nesse período. 
- Segura o chocalho com firmeza: não solta rapidamente como antes. 
- Colocando em pé: a criança consegue sustentar parcialmente o corpo. 
- Sorri, responde vocalmente: total domínio do sorriso social. 
QUARTO MÊS: 
- Decúbito ventral: ao colocar a criança em decúbito ventral, ela já consegue se virar para o lado; maior 
desenvolvimento da musculatura paravertebral. 
- Reflexos: os reflexos de olhos de boneca, sucção e voracidade desaparecem (deixa de ser reflexo, ela faz por 
vontade própria). 
- Sentado com apoio: a criança já consegue ficar sentada com a cabeça firme para frente. 
- Leva objetos à boca: leve objetos à boca sem dificuldade. 
- Reflexo de preensão palmar: começa o desaparecimento do reflexo de preensão palmar, termina definitivamente 
aos seis meses (se o reflexo desaparece é porque mielinizou, ela passa fazer por vontade própria). 
- Repete ações que produzem efeito; mímica facial expressiva; sorriso em resposta: essas ações se tornam mais 
expressivas e características. 
QUINTO MÊS: 
- Tenta sentar-se: em geral ainda não conseguem se sentar se não tiver um apoio. 
- Procura brinquedo escondido: a criança se preocupa e tenta procurar os objetos escondidos. 
- Estímulos luminosos: a criança consegue acompanhar bem os estímulos luminosos. 
- Grita: elas já conseguem gritar para atrair a atenção para si. 
- Reflexo de Moro: desaparece completamente. 
- Sorri ao ser apresentado a um espelho: é um ótimo estímulo às crianças nessa faixa etária. 
SEXTO MÊS: 
- Decúbito dorsal → decúbito ventral: a grande maioria das crianças normais já conseguem por definitivo rolarem. 
- Brinca com os pés: conforme ocorre a mielinização, a criança consegue movimentar mais os membros. 
- Troca objetos de mão: como a criança já perdeu a preensão palmar, ela consegue pegar um objeto com uma mão e 
passar para a outra mão. 
- Senta sem apoio: marco importantíssimo de desenvolvimento no sexto mês. 
- Procura ruídos: a criança já vira a cabeça em busca de ruídos. 
- Pode estranhar: a criança reconhece algumas pessoas como suas cuidadoras, não são ameaças para ela; ao 
encontrar uma pessoa estranha a ela e com uma feição que não soa confiável, a criança pode estranhar e querer se 
esquivar dessa pessoa (momento de estranhamento). 
- Luta quando os pés são aprisionados. 
SÉTIMO MÊS: 
- Põe o pé na boca: começa no sexto mês, mas fica mais evidente no sétimo mês. 
- Hipertonia em flexão: desaparece completamente. 
- Hipotonia fisiológica: conforme ocorre a mielinização, os membros começam a ficar “frouxos”, ou seja, a criança 
adquire maior elasticidade (um exemplo disso é o ato de levar os pés na boca); hipotonia fisiológica de membros 
inferiores é um marco importante no sétimo mês. 
- Sentado sem apoio: nesse momento a grande maioria das crianças já conseguem, de fato, ficarem sentadas sem 
apoio. 
OITAVO MÊS: 
- Decúbito ventral: ao colocar a criança em decúbito ventral, ela começa a se girar em cíuculo. 
- Tenta atingir algo fora de seu alcance: tenta mexer em coisas que estão distantes dela. 
- Percebe diferenças entre objetos e suas capacidades: a criança consegue perceber a diferença de tamanho e 
formato dos objetos. 
- Segura um objeto em cada mão: essa capacidade começa no sexto/sétimo mês, mas no sétimo mês a maioria das 
crianças já conseguem. 
- Fica em pé momentaneamente; percebe profundidade e direção. 
NONO MÊS: 
- Pode engatinhar: essa ação não é considerado um marco de desenvolvimento do nono mês, mas algumas crianças 
podem começar a engatinhar nessa fase; marco facultativo. 
- Imita sons: a criança consegue imitar sons como, por exemplo, o som dos animais. 
- Responde ao seu nome: a criança já reconhece seu próprio nome. 
- Pode entender o “não”: a criança entende a advertência no “não” e pode parar de fazer o que estava fazendo. 
- Diferencia tons de voz: a criança consegue modular pelo tom da voz a intenção da pessoa que está falando com 
ela. 
- Preensão em pinça: a preensão com o polegar indicador ocorre nessa fase; indica mielinização máxima do 
membro superior; marco importantíssimo de desenvolvimento do ser humano. 
✓ REGRA: não é possível uma criança adquirir um marco de desenvolvimento se ela não adquirir, 
primeiramente, o prévio. Dessa forma, uma criança não conseguirá sentar sem apoio se ela não tiver 
adquirido, primeiramente, a sustentação do pescoço.✓ Lógico que há um intervalo de normalidade para que esses marcos ocorram, mas sempre é seguido uma 
ordem de acontecimentos. Assim, dificilmente uma criança que não tem sustentação de pescoço conseguirá 
sentar sem apoio. 
DÉCIMO MÊS: 
- Senta-se sem apoio inesgotável: TODAS as crianças normais já conseguem ficar sentadas sem apoio. 
- Pode engatinhar: novamente, não é considerado um marco, porque esse momento é variável. 
- Pronuncia palavra-frase: muitas crianças começam a pronunciar palavras curtas e de amplo significado (mama, 
papa). 
- Faz “tchau”; bate palmas: pode acontecer no nono mês em algumas crianças; esses movimentos marcam a 
atividade do cerebelo (muito relacionado ao equilíbrio e atividades repetitivas). 
✓ O cerebelo vai se desenvolvendo conforme a criança cresce, mas sua atividade até esse momento é 
considerada “quiescente”. A atividade cerebelar se torna mais evidente quando a criança começa a 
reproduzir movimentos repetitivos (dar tchau, bater palmas). 
12 MESES: 
- Anda sozinho (10 – 15 meses): algumas crianças podem começar a andar com 10 meses; o limite extremo para 
começar a andar são 13 – 15 meses, passando disso já é considerado um atraso. 
- Reflexo cutâneo-plantar em extensão: começa a desaparecer. 
✓ Esse reflexo demora muito pra desaparecer, porque quando a criança começa a andar (principalmente andar 
sozinha) é um sinal de que a mielinização dos membros inferiores já está ocorrendo e, quando concluída, o 
reflexo desaparece. Lembrando que se o reflexo retornar depois de ser perdido ele passa a ser chamado de 
reflexo de Babinski. 
- Brinca com objetos. 
15 MESES: 
- Marcha automática: a marcha automática desaparece completamente; a criança caminha com intenção, não é 
mais um andar desengonçado. 
- Reflexo de preensão plantar: desaparece completamente na maioria das crianças. 
- Faz torre com cubos: a criança já consegue empilhar dois objetos. 
- Pronuncia 4 – 5 palavras: pelo menos 2 – 3 palavras elas devem conseguir. 
- Acaricia imagens em livros: a criança consegue enxergar e integrar essas imagens às questões afetivas. 
18 MESES: 
- Combina palavras: a criança combina PELO MENOS 2 – 3 palavras. 
- Reflexo cutâneo-plantar em extensão: desaparece definitivamente; começa com 12 meses e até os 18 deve ter 
desaparecido. 
- Torre de 3 – 4 cubos; fala cerca de 10 palavras. 
21 MESES: 
- Chuta bola grande; torre de 5 – 6 cubos. 
✓ IMPORTANTE: saber é a quantidade média de cubos que a criança consegue empilhar a cada fase é 
importante, porque é uma forma de medir se a criança está adquirindo capacidades adaptativas; a escala de 
Denver II analisa isso. 
- Fala cerca de 20 palavras; ouve uma palavra e repete na mesma situação; pede para comer. 
24 MESES: 
- Folheia livros: consegue folhar página por página corretamente. 
- Frases com três palavras: começa a formar frases com sujeito, verbo e predicado. 
- Fala de si em 3 pessoa: a criança ao falar de si não usa o “eu” e sim o seu nome; o surgimento do “eu” ocorre 
posteriormente. 
- Corre bem (sem cair); identifica e nomeia imagens de 3 – 4 cartões; brinca com bonecos (situação cotidiana). 
→ ESCALA DE DENVER II 
É uma amplamente usada para avaliar o desenvolvimento de crianças do nascimento aos seis anos de idade e 
monitorar o desenvolvimento em crianças de risco para alterações. Avalia quatro áreas do desenvolvimento: 
pessoal-social, motora fina adaptativa, linguagem e área motora grossa. 
Como os marcos de desenvolvimento apresentam um intervalo de normalidade, se faz muito importante observar e 
interpretar a tabela da escala de Denver II para entender como está o desenvolvimento do paciente. 
A tabela é dividida em retângulos e eles representam uma curva, como medida para dividir a amostra é usado o 
percentil (EXEMPLO: em uma faixa-etária de quatro meses, o percentil 50 (em um total de 100) mostra que metade 
das crianças dessa idade realizam uma atividade e a outra metade ainda não). 
Durante a interpretação da tabela, se o paciente se encaixar na faixa cinza (percentil 75), pelo menos duas vezes, 
significa que a criança apresenta atraso de desenvolvimento neuropsicomotor e precisa ser avaliada porque pode 
ser sinal de alguma patologia. Caso o paciente se encaixe na faixa cinza apenas uma vez, é preciso ficar em alerta. 
→ OUTRAS TABELAS DE AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO 
ADAPTAÇÃO: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
*ADAPTAÇÃO: com cinco anos → a criança ainda não tem capacidade abstrativa para entender que o símbolo do 
número 7, por exemplo, equivale à sete laranjas; usa-se sete figuras de laranjas para a criança entender e conseguir, 
assim, contar. 
LINGUAGEM: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SOCIAL:

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