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[Disfunção|erétil] ANATOMIA *Carro chefe da clínica urológica *Fáscia de buck: extremamente rígida, cobre os corpos cavernosos e o corpo esponjoso MECANISMO FISIOLOGICO DA EREÇÃO • O processo de ereção tem por base o relaxamento das fibras musculares lisas dos corpos cavernosos, o que permite o aumento do fluxo de sangue arterial com dilatação das arterias cavernosas. • Isso causa um aumento de pressão nos corpos cavernosos, levando a uma compressão do plexo venular abaixo da túnica albugínea com redução do fluxo venoso. NEUROTRANSMISSORES E FARMACOLOGIA DA EREÇÃO • Após os estímulos eróticos é sintetizado óxido nitroso nas células endoteliais. • Sua difusão na célula do músculo liso vascular causa aumento dos níveis de GMPc pela guanilato ciclase. • Essa ativação causa a queda dos níveis de cálcio, havendo assim um relaxamento muscular, favorecendo o enchimento de sangue do corpo cavernoso com a conseqüente ereção *O viagra age justamente inibindo a PDE-5 • O principal neurotransmissor e endoteliais para a ereção peniana é o oxido nítrico (NO), liberado pelas terminações nervosas que atingem os tecidos locais • Outros principais neurotransmissores excitatorios são dopamina, acetilcolina, oxitocina, prostanoides. • Os inibitorios são peptideos opioides, endotelinas relacionadas com noradrenalina. • A flacidez ocorre com a degradação da GMPc e AMPc por fosfodiasterases específicas tipo 5. (PDE 5) INTRODUÇÃO • A disfunção erétil (DE) pode ser definida como a incapacidade persistente de o homem atingir e/ou manter a ereção peniana suficiente para o ato sexual satisfatório. • As disfunções sexuais, geralmente pouco valorizadas, interferem diretamente com a saúde física e psicossocial do paciente e/ou de sua parceira e podem impactar de forma negativa a qualidade de vida • A disfunção erétil, bem como as outras formas de disfunção sexual mostram associação direta com o envelhecimento • Por tudo isso, os problemas relacionados à DE têm grande importância em saúde pública, principalmente pelo grande efeito sobre a qualidade de vida dos atingidos pelo problema e pelo processo de aumento na prespectiva de vida. *O paciente pode apresentar impotência por patologias previamente sabidas (HAS, DM, Dislipidemias, tabagismo) – muitos pacientes abrem o quadro de aterosclerose com disfunção erétil; EPIDEMIOLOGIA • No Brasil, 45,1% dos homens possuem algum grau de DE e que cerca de 5% tenham disfunção erétil completa • Entre 18 e 39 anos, 32% dos brasileiros têm disfunção erétil mínima, 10,3% moderada e 1,1% severa (impotência). Acima dos 70 anos há 21,1% de disfunção erétil mínima, 35,1% moderada e 12,3% de disfunção severa • O primeiro estudo epidemiológico de larga escala, Massachusetts Male Aging Study (MMAS), demonstrou uma prevalência de 52% de disfunção erétil em homens de 40 a 70 anos, em Boston, nos Estados Unidos. Neste estudo, os autores encontraram 17,2%, 25,2% e 9,6% de disfunção erétil mínima, moderada e severa, respectivamente *A principal causa de disfunção erétil em jovens são fatores psicogênicos *Precisamos ter em mente que as vezes as pessoas se queixam de problema de ereção, porém não tem parceiras e/ou não realizam a masturbação – o que torna dificil a quantificação ETIOLOGIA A DE pode ser classificada conforme sua etiologia ou fatores de risco associados: • Vascular • Neurogênica • Hormonal • Farmacogênica • Psicogênica • Iatrogênica (radioterapia e cirurgias pélvicas) *A dificuldade erétil devido á excesso de problemas é algo muito comum; *Os próprios anti-hipertensivos levam a problemas de ereção; uso de anabolizantes também é muito frequente; DIABETES MELLITUS • Esta é uma das doenças que mais freqüentemente está associada com a DE • Incidência é cerca de três vezes maior em comparação aos não-diabéticos • Geralmente os pacientes diabéticos apresentam o início da disfunção erétil cerca de 5 a 10 anos após o diagnóstico da doença. • Fisiopatologia da disfunção erétil no diabético associa-se a fatores múltiplos, que incluem alterações vasculares, neurológicas e hormonais HIPERTENSÃO ARTERIAL E DOENÇAS CARDIOVASCULARES • A relação entre doença vascular e disfunção erétil está bem estabelecida • Estudos recentes demonstraram que infarto e doenças do miocárdio estão relacionados com disfunção erétil em maior percentual do que na população normal MEDICAMENTOS • Anti hipertensivos: Beta bloqueadores não seletivos, Diuréticos tiazídicos • Cardíacos: Antilipidêmicos, Digoxina • Psicotrópicos: Inibidores seletivos da Serotonina, Lítio • Hormônios: Antiandrógenos, Estrógenos, Progesterona • Antagonistas H2: Cimetidina, Ranitidina • Outros: Álcool, Anfetaminas, Cocaína PSICOGÊNICA • A DE de causa psicogênica tem alta incidência, é frequente em jovens e geralmente está associada com os outros fatores de risco. Na maioria das vezes relaciona-se também com alterações da libido e da ejaculação. DIAGNÓSTICO AVALIAÇÃO LABORATORIAL BÁSICA • Pesquisa de diabetes mellitus: glicemia de jejum • Pesquisa de dislipidemia: perfil lipídico-triglicérides, colesterol total e frações • Pesquisa de disfunções hormonais: hipogonadismo (testosterona total, testosterona livre, SHBG), disfunções tireoidianas (THS, T4 livre) • PSA >45 anos AVALIAÇÃO LABORATORIAL ESPECIALIZADA *Esses são alguns outros testes muito específicos TRATAMENTO PODE SER DIVIDIDO EM • Primeira Linha – inibidores da PDE 5 e psicoterapia • Segunda Linha – autoinjeção intracavernosa • Terceira Linha – implante de proteses penianas PRIMEIRA LINHA INTERAÇÃO MEDICAMENTOSA • Nitratos orgânicos (nitroglicerina, mononitrato de isossorbida, dinitrato de isossorbida): são contraindicações ABSOLUTAS. • Certas drogas podem inibir o metabolismo dos inibidores de 5-PDE, como o cetoconazol, itraconazol, eritromicina, claritromicina e alguns antirretrovirais (ritonavir, saquinavir) • Rifampicina, fenobarbital, fenitoína e carbamazepina podem acelerar o metabolismo dos inibidores de 5- PDE SEGUNDA LINHA *Você injeta dentro do corpo cavernoso para gerar as ereções • As principais drogas utilizadas são a prostaglandina E1 (PGE1), (Trimix) a papaverina, a fentolamina e a clorpromazina – as quais podem ser usadas isoladamente ou em combinações, visando o sinergismo já comprovado – Sucesso até 95% • São contraindicações - coagulopatias severas, história de priapismo de repetição ou doenças cardiovasculares mal controladas • Complicações - desconforto ou dor local após a aplicação, aparecimento de hematomas, priapismo (<1%) e, tardiamente, fibrose local com detecção de nódulos nos locais das injeções TERCEIRA LINHA INDICAÇÕES DE IMPLANTES PENIANOS: • Pacientes com DE de causa orgânica, nos quais as outras modalidades de tratamento foram insatisfatórias, contra-indicadas ou não aceitas pelo paciente, são candidatos eventuais à colocação de próteses penianas. VANTAGENS E DESVANTAGENS DOS TIPOS DE PRÓTESES PENIANAS COMPLICAÇÕES • Perfuração Uretral • Ajustes Inadequados de Tamanho • Infecções (8%) • Re-implantes a taxa de infecção é mais alta, ao redor de 11%. • Hematoma do escroto • Necrose Peniana • Expulsão • Dor • Falencia mecanica CONCLUSÃO • O progresso no tratamento da DE é incessante, e outras terapias são aguardadas para um futuro próximo, como inibidores mais específicos da 5-PDE, com ação mais prolongada, e a promissora terapia gênica. • “Na prática, tal terapia seria feita por meio de uma injeção intracavernosa periódica de um gene veiculado por um vírus, talvez anualmente, permitindo a produção aumentada de óxido nítrico de modo constante e previsível” [Ejaculação|precoce] INTRODUÇÃO • A ejaculação é um processonatural e necessário para perpetuação e preservação da espécie. • Seus distúrbios e alterações são patologias muito frequentes que acomete uma grande parte dos homens. DEFINIÇÃO – OMS – CID 10 “Incapacidade de controle ejaculatório para ambos os parceios estarem satisfeitos com o ato sexual” • Há muito anos se tem conhecimento da ejaculação precoce (E.P.), também chamada de ejaculação rápida. • Existem relatos sobre a frustração causada pela rapidez da ejaculação no manual indiano Kama Sutra, que foi descrito entre os séculos I e IV. PREVALÊNCIA • Prevalência • Atualmente, em nossa sociedade moderna, a E.P. acomete 26 a 30% dos homens. • Desses, em 50% das relações sexuais não conseguem satisfazer as parceiras, tornando uma patologia que merece atenção e necessita uma adequada avaliação e acompanhamento. DADOS DE ESTUDOS MUNDIAIS • Os ejaculadores precoces apresentam tempo de duração sexual intravaginal de até 60 segundos, sendo na população geral a média é de 5,4 a 6 minutos. • Varia entre 1 segundo até 52,1 minutos. CAUSAS • Fatores hereditários e genéticos • Fatores neurobiológicos • Fatores metabólicos e endocrinológicos → hipertireoidismo • Fatores urológicos → prostatites • Fatores psicológicos CLASSIFICAÇÃO • PRIMÁRIA: 80 a 90% dos homens que ejaculam em 30 a 60 segundos ou até mesmo antes da penetração desde a primeira atividade sexual • SECUNDÁRIA: homens adultos que desenvolvem a partir de algum fator desencadeante, por exemplo: estresse, ansiedade e hipertireoidismo • OCASIONAL: latências ejaculatórias rápidas e iminências de ejaculação, com períodos de melhora • PREMATURE-LIKE: se consideram ejaculadores precoces com tempo médio de 2 a 6 minutos, mas muitas vezes não apresentam a patologia TRATAMENTO NÃO MEDICAMENTOSO • A psicoterapia é um importante passo no tratamento, sendo a principal arma terapêutica não medicamentosa • Treinamento “stop-start and squeeze” • Controle da ansiedade e estresse • Mudanças no estilo de vida. TRATAMENTO MEDICAMENTOSO • Medicações de uso tópico e oral. • As medicações tópicas englobam os géis e sprays anestésicos penianos e camisinha com inibidores da sensibilidade. • As medicações orais: os inibidores da receptação de serotonina, antidepressivos tricíclicos, antagonistas opiáceos e os inibidores da fosfodiesterase 5. • Uma nova droga, a Dapoxetina, vem apresentando bons resultados, mas apesar de aprovada pela ANVISA não foi lançada comercialmente no Brasil, sendo uso exclusivo dos americanos. • Os tratamentos cirúrgicos invasivos atualmente são proscritos. [Doença|de|Peyronie] (curvatura peniana) DEFINIÇÃO “Degeneração estrutural adquirida, fibrótica e multifocal da túnica albugínea do pênis que podem resultar em deformidade, encurtamento, curvatura e tortuosidade do peniana, evidentes na ereção” CLÍNICA • Fase inflamatória aguda: até 18 meses - dor e curvatura • Fase crônica: placa formada e curvatura, pode dar D.E., e dificuldade de penetração TRATAMENTO CLÍNICO • Medicamentos: geralmente com pouca resposta • Injetável: XIAFLEX® (COLLAGENASE CLOSTRIDIUM HISTOLYTICUM) TRATAMENTO CIRÚRGICO – TÉC. NESBIT TRATAMENTO CIRÚRGICO – ENXERTO
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