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Risperidona e Clozapina

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Atividade da Aula 15
Aluna: Gabriela Teixeira da Silveira.
Risperidona e clozapina são dois neurolépticos frequentemente usados em psiquiatria.
Apresente uma síntese dos principais efeitos adversos apresentados por cada um deles conforme Kaplan:
risperidona (pg. 1024) e clozapina (pg. 1029).
Risperidona:
Esse medicamento é indicada para o tratamento agudo e de manutenção de
esquizofrenia em adultos e para o tratamento do transtorno em adolescentes dos 13
aos 17 anos. Além disso, é utilizada para o tratamento de curta duração de
episódios maníacos ou mistos agudos associados com transtorno bipolar tipo 1 e
para o tratamento de irritabilidade associada ao espectro do transtorno autista em
crianças e em adolescentes
Quando combinada com lítio ou valproato, é indicada para o tratamento de
curto prazo de episódios maníacos ou mistos agudos relacionados ao transtorno
bipolar tipo I.
A risperidona é um benzisoxazol, sofre extremo metabolismo hepático de 1ª
passagem e o pico de seus níveis plasmáticos ocorre em 1 a 3 horas. Sua
bioatividade é de 70%, com meia-vida média de 20 horas. É um fármaco
antagonista de receptores serotonérgicos, de dopamina, adrenérgicos e de
histamina.
A risperidona está disponível em comprimidos de 0,25, 0,5, 1, 2, 3 e 4 mg,
além de em solução oral de 1 mg/ml. Sua dosagem inicial costuma ser de 1 a 2 mg
à noite, podendo ser aumentada para 4 mg ao dia. Não há correlação entre as
concentrações plasmáticas e o efeito terapêutico, sendo que dosagens mais
elevadas estão associadas a mais efeitos adversos.
Seus principais efeitos colaterais incluem ganho de peso, ansiedade, náusea
e vômito, rinite, disfunção erétil, disfunção orgásmica e aumento de pigmentação.
Os motivos mais comuns relacionados ao fármaco para sua interrupção são SEP,
tontura, hipercinesias, sonolência e náusea.
Em relação às interações medicamentosas, a risperidona pode interagir com
paroxetina, fluoxetina e ISRSs.
Clozapina:
Eficaz para pacientes com discinesia, pois atua suprimindo-as. Também pode
ser utilizado no tratamento de pacientes psicóticos sem tolerância a SEP causados
por outros agentes, mania resistente a tratamento, depressão psicótica grave,
doença de Parkinson idiopática, doença de Huntington e pacientes suicidas com
esquizofrenia ou transtorno esquizoafetivo. Além disso, apresenta ação no
tratamento de transtorno global do desenvolvimento, autismo na infância e TOC.
A clozapina é uma dibenzotiazepina, sendo rapidamente absorvida e
atingindo níveis plasmáticos de pico em cerca de 2 horas. Sua meia-vida de
eliminação é de 12 horas.
A clozapina está disponível em comprimidos de 25 e 100 mg. A dosagem
inicial costuma ser de 25 mg uma ou duas vezes ao dia, embora uma dosagem
inicial mais conservadora seja de 12,5 mg duas vezes ao dia, podendo ser usada
dosagem de até 900 mg/dia.
A clozapina não deve ser usada com qualquer outro fármaco associado ao
desenvolvimento de agranulocitose ou supressão da medula óssea, como
carbamazepina, fenitoína, propiltiouracil, sulfonamidas e captopril. Além disso, o lítio
não deve ser usado em combinação com clozapina por indivíduos que
experimentaram um episódio de síndrome neuroléptica maligna, visto que a
combinação pode aumentar o risco de convulsões, confusão e transtornos do
movimento.
A respeito de seus efeitos colaterais, os mais comuns são sedação, tontura,
síncope, taquicardia, hipotensão, alterações em eletrocardiografia (ECG), náusea e
vômito. Outros efeitos adversos frequentes incluem fadiga, ganho de peso, diversos
sintomas gastrointestinais (geralmente constipação), efeitos anticolinérgicos,
fraqueza muscular subjetiva e sialorréia. Pacientes que exibem sintomas de dor no
peito, respiração curta, febre ou taquipneia devem ser avaliados sem demora para a
possibilidade de miocardite ou cardiomiopatia, um efeito adverso raro, porém grave,
que culmina em morte.

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