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Bianca A O Pereira seminário 2 respostas

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INSTITUTO BRASILEIRO DE ESTUDOS TRIBUTÁRIOS
MÓDULO: INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO II - CRÉDITO TRIBUTÁRIO, LANÇAMENTO E ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
ALUNA: BIANCA ARAUJO DE OLIVEIRA PEREIRA
BELÉM-PA
2021
MÓDULO: INCIDÊNCIA E CRÉDITO TRIBUTÁRIO
SEMINÁRIO II - CRÉDITO TRIBUTÁRIO, LANÇAMENTO E ESPÉCIES DE LANÇAMENTO
ALUNA: BIANCA ARAUJO DE OLIVEIRA PEREIRA
Trabalho apresentado no módulo I da Pós-Graduação em Direito Tributário do Instituto Brasileiro de Estudos Tributários, para obtenção de nota parcial. 
BELÉM-PA
2021
1.	Considerando os conceitos de norma, incidência e crédito tributário, responda: 
	a) Que é lançamento? Definir o conceito especificando: quem pode lançar, se é ato ou procedimento e qual a sua finalidade.
Lançamento pode ser definido a partir de três acepções, segundo Paulo de Barros Carvalho: enquanto norma, procedimento e ato, a depender do enfoque a ser dado por quem analisa o conceito. 
Caso seja compreendido como ato, seria o produto de um procedimento, regulado a partir da norma. Por sua vez, sendo tido como procedimento, é sucessão de atos através do tempo, a fim de obter determinado objetivo. Entretanto, para o Código Tributário Nacional, em seu artigo 142, lançamento é ato, sendo espécie do gênero ato administrativo.
O lançamento deverá ser feito por autoridade competente definida em lei, isto é, a pessoa definida em lei como tendo o poder para a prática do procedimento. 
A finalidade do lançamento é, a partir da previsão legal, inserir no ordenamento positivo norma individual e concreta que guarde relação com a norma matriz de incidência. 
	b) É correto afirmar que o lançamento tributário se apresenta em três espécies? Se positiva a resposta, qual o critério que orienta tal classificação, ou seja, o que diferencia uma espécie da outra?
Sim. A diferenciação entre “ato” e “procedimento” é que aquele se traduz em somente um episódio, sendo uma singularidade, sendo compreendido também como o produto de um procedimento (neste caso, seria o produto do lançamento). Por sua vez, “procedimento” é uma pluralidade de atos, praticados em determinado período de tempo, buscando um objetivo final.
Finalmente, há a compreensão de que lançamento é “norma”, que regulamenta tanto o seu produto (em outras palavras, o ato) quanto o procedimento de lançamento. 
	c) O chamado lançamento por homologação é efetivamente lançamento? E o lançamento por declaração?
Sim, pois o lançamento por homologação possui a mesma finalidade que o lançamento sem essa especificidade, que é a constituição do crédito tributário. 
Por sua vez, o lançamento por declaração ocorre quando o contribuinte informa os dados para que o lançamento seja feito. É necessário ressaltar que o lançamento não é feito pelo declarante, e sim pela autoridade competente para tal. O que ocorre é somente o fornecimento de informações pelo contribuinte ou terceiro responsável. 
	d) O lançamento tem eficácia declaratória e/ou constitutiva? O que é declarado e/ou constituído? Quando isso ocorre?
O lançamento tem eficácia constitutiva. No caso, é constituído o crédito tributário em favor do ente que fará a arrecadação, no momento em que há o aperfeiçoamento do ato de lançamento (após o procedimento). 
	e) Confrontar as noções de tempo no fato e tempo do fato.
O tempo no fato diz respeito à data do acontecimento relatado, enquanto o tempo do fato refere-se à data da lavratura do lançamento. 
	f) O que é erro de fato e erro de direito? E mudança de critério jurídico? 
O erro de fato diz respeito ao interior da norma, em seu consequente ou antecedente, sendo esta norma individual e concreta. Por sua vez, o erro de direito ocorre quando há duas ou mais normas com problemas na linguagem: uma das normas deverá, obrigatoriamente, ser individual e concreta e a outra geral e abstrata. Qualquer problema que envolve “alíquota” e “sujeito ativo” diz respeito a erro de direito, pois são itens que não podem ser encontrados nas circunstâncias fáticas. 
Mudança de critério jurídico, finalmente, está previsto no artigo 146 do CTN. É a impossibilidade de alteração do fundamento da constituição do crédito por critério diverso do que está no lançamento.
2.	Dado o auto de infração fictício (anexo I), pergunta-se:
a) Identifique as normas individuais e concretas veiculadas no respectivo auto de infração;
São normas individuais e concretas veiculadas no auto de infração o nome do infrator (uma vez que individualiza o sujeito passivo da obrigação, isto é, aquele que deverá pagar) e o relato da infração, pois é quando a hipótese geral e abstrata, prevista na norma matriz de isenção, torna-se concreta, a partir dos fatos que ocorreram no mundo real.
	b) Confronte as noções de (i) auto de infração – documento, (ii) ato administrativo de imposição de multa, (iii) ato administrativo de lançamento e (iv) ato de notificação;
O auto de infração é o documento que formaliza a informação ao contribuinte de ilícito tributário que possa vir a ter cometido. É, por lei, um documento formal: tem certas exigências legais que, caso ausentes, invalidam o documento. 
O ato administrativo de imposição de multa, por sua vez, é o ato em que agente competente, diante de tal infração, aplica a penalidade prevista em lei, dentro dos limites da discricionariedade administrativa. 
O ato de lançamento é aquele em que o agente competente busca enquadrar o ato realizado por contribuinte à norma geral e abstrata, isto é, busca criar uma correlação entre a norma geral e abstrata (norma matriz de incidência) e a norma individual e concreta. 
Por fim, o ato de notificação é aquele que dá ciência às partes interessadas sobre a exigibilidade do crédito, bem como obrigações acessórias e sanções que porventura sejam aplicáveis. 
	c) Em sua opinião, em que instante nasce a obrigação tributária? E o crédito tributário? E, a multa tributária? Que significa “constituição definitiva do crédito”?
A obrigação tributária nasce no momento em que ocorre o lapso temporal apontado pela norma – matriz de incidência para que o fato gerador seja exigível. É o exemplo do imposto de renda, que após a declaração (que é obrigação acessória), será feito cálculo para se auferir se é necessário ou não o recolhimento do imposto. 
O crédito tributário somente nasce após o lançamento, uma vez que torna-se exigível.
A multa tributária, por ser sanção, só nasce após o descumprimento da obrigação tributária, devendo ser formalizada de forma semelhante ao crédito tributário (isto é, a partir do procedimento de lançamento). 
Por fim, a “constituição definitiva do crédito” ocorre após o procedimento administrativo de impugnação do lançamento, quando o contribuinte é notificado do resultado final do recurso. A partir daí, começa a correr o prazo prescricional de cinco anos para a Administração Pública realizar a cobrança do referido crédito. 
3.	Empresa XXX, contribuinte de IPI, declara e formaliza seus créditos e débitos, compensa tais valores (não-cumulatividade) e, de acordo com a lei, realiza o pagamento do saldo devedor conforme discriminado abaixo:
	Posteriormente, o Fisco Federal glosa os créditos de IPI utilizados pela empresa devedora, sem, contudo, efetuar o lançamento de qualquer valor a título de tributo. Em seguida, encaminha para inscrição na dívida ativa os valores não pagos em razão do aproveitamento indevido dos créditos (R$ 200.000,00), pois entende não ser necessário o lançamento de ofício. Esses valores, por sua vez, são acrescidos das penalidades que o Fisco entende cabíveis, além dos juros de mora. Na sua opinião, está correto o proceder da Fazenda? Ainda, o aproveitamento de créditos da não-cumulatividade pode ser equiparado a pagamento antecipado? A glosa, por sua vez, resultaria em não pagamento? Justifique sua resposta (Vide anexo II e III).
Quanto ao não lançamento, sim, pois a súmula 436 do STJ afirma que a declaração feita por contribuinte reconhecendo débito fiscal já constitui o crédito tributário.Por sua vez, não é possível reconhecer, em função do parágrafo único do artigo 124 do RIPI 2002, o pagamento antecipado, pois os créditos indicados pelo devedor não são aproveitáveis para compensação. 
Portanto, a glosa (isto é, a supressão) resultaria, logicamente, em não pagamento dos impostos.
4.	Com relação ao lançamento por homologação, pergunta-se:
	a) Que é homologação? O que se homologa: (i) o pagamento efetuado antecipadamente; (ii) a norma individual e concreta posta pelo contribuinte; ou (iii) ambos? Justifique sua resposta.
A homologação consiste no ato de constituir crédito tributário e aplicar a penalidade cabível, nos casos em que não tenha se operado a caducidade, após a fiscalização do contribuinte ou do responsável pelo pagamento do tributo. 
O pagamento efetuado pelo contribuinte é o objeto da homologação, uma vez que é a partir da fiscalização dos contribuintes ou responsáveis pelo pagamento que se constata a obrigação de pagar e as eventuais sanções que punem o ato ilícito, mas não se homologa a informação prestada pelo contribuinte (essa se constitui como objeto do lançamento), pela leitura conjunta dos artigos 147 a 150 do CTN. 
b) Quando se verifica a homologação expressa? Trata-se de ato administrativo? Ainda, é possível revisar-se o ato homologatório expresso? Há no direito positivo a possibilidade de pagamento de tributos sem lançamento?
A homologação expressa nada mais é que a hipótese prevista no artigo 150, quando a autoridade competente toma conhecimento da atividade exercida pelo contribuinte e homologa o pagamento. 
É ato administrativo, por conter todas as suas características, sendo uma espécie desse gênero: possui presunção de legitimidade e veracidade, autoexecutoriedade, imperatividade e tipicidade. Por ser ato administrativo, é possível sua revisão, seja para resguardar direito da Administração Pública, seja para respeitar direito do contribuinte ou responsável pelo pagamento.
Não há, no direito positivo pátrio, possibilidade de pagamento de tributos sem lançamento, pois este tributo careceria de exigibilidade.
5.	A Lei n. 10.035/00 estabelece que serão executados, nos autos da reclamação trabalhista, os créditos previdenciários devidos em decorrência da decisão proferida pelos Juízes e Tribunais, resultantes de condenação ou homologação do acordo. Pergunta-se: a decisão judicial, cognitiva ou homologatória, constitui o crédito tributário? E, eventuais acordos posteriores entre os litigantes? Há necessidade de lançamento? Como ficam os princípios do contraditório e da ampla defesa? (Vide anexos IV, V e IV).
Tanto a decisão judicial cognitiva quanto homologatória constitui crédito tributário, bem como os acordos posteriores, pois há o reconhecimento de dívida perante a Fazenda Nacional acerca das contribuições sociais. 
Para os julgados em anexo, não existiria a necessidade de lançamento, uma vez que durante o processo, já teriam sido identificadas todas as características para a constituição do débito tributário, à guisa de lançamento. Portanto, apesar da autoridade competente para arrecadação de tributos não ter realizado o ato em si, a sentença ou acordo já servem como título executivo perante o Fisco. 
Finalmente, o contraditório e a ampla defesa seriam garantidos dentro do processo trabalhista, não sendo necessário discutir posteriormente matéria relacionada ao débito tributário, ao menos em teoria. 
6.	Sobre as hipóteses correlatas às alterações do lançamento, responda:
	a) Há diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico, para fins de revisão do lançamento tributário? Há possibilidade de revisão do lançamento fundado em erro de direito? E em erro de fato? Qualquer erro de fato é suficiente para fundamentar a alteração do lançamento? (Vide anexos VII, VIII e IX).
Para fins de revisão de lançamento tributário, praticamente não há diferença entre erro de direito e mudança de critério jurídico. Quando ocorre erro de direito, o lançamento seria imodificável, ao menos que ocorresse fato gerador posterior à inserção dos critérios jurídicos constantes do lançamento. Já segundo a Súmula 227 do TRF, a alteração do critério jurídico em si não autoriza revisão do ato. 
É possível a revisão em caso de erro de fato, segundo o artigo 149, VIII do CTN, quando tal erro verse sobre desconhecimento ou impossibilidade de comprovação dos fatos à época da constituição do crédito tributário. 
Porém, não é qualquer erro de fato que é suficiente para a alteração de lançamento: os erros que não afetam o contraditório e a ampla defesa não geram nulidades. 
c) A alteração da base de cálculo, ou da sistemática de apuração do tributo pode ser feita mediante retificação do lançamento? A eleição errônea da base de cálculo, ou da sistemática de apuração configura-se como erro de fato, erro de direito ou mudança do critério jurídico? Tem o condão de acarretar anulação do lançamento? (Vide anexos X, XI e XII)
A alteração da base de cálculo ou da forma de apuração do tributo não poderá ser feita mediante retificação do lançamento, devendo ser feito novo lançamento, uma vez que se houver vício na apuração do tributo, é reconhecida a nulidade do ato de lançamento. 
A eleição errônea de base de cálculo ou sistemática de apuração do tributo são erros de direito, pois não versam sobre os fatos que originam a obrigação de pagar, mas sobre o conteúdo da obrigação em si. Portanto, segundo o acórdão 1401-001.727 do CARF, é imperativa a anulação do lançamento, para que posteriormente a autoridade competente aplique a norma tributária adequadamente aos fatos e realize novo lançamento.

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