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Tema: A falta de acesso à cultura A obra literária “A menina que roubava livros” narra a história de Lisel, tendo como pano de fundo as tragédias ocorridas na Segunda Guerra Mundial. Em uma de suas cenas, há uma grande queima de livros feita pelos oficiais nazistas, simbolizando a repressão e o ataque ao saber, sofrido pelos judeus. Análogo a isso, o acesso à cultura hoje é um direito constitucional. Contudo, uma grande parcela da população é impossibilitada de desfrutar desse direito na prática, seja pela dificuldade de acesso, seja pela mercantilização cultural, desafios para uma eficiente democratização da cultura. A ineficiência do Estado em promover a integração e acesso cultural pleno a todos os estratos é, de fato, um fator primordial da problemática. Nesse contexto, o país vive o “apartheid cultural” em vários estados, onde as regiões periféricas encontram-se afastadas de locais de oferta cultural, haja vista que, segundo o IBGE, as regiões metropolitanas concentram 41% de todo consumo cultural. Isso se deve, principalmente, a inocuidade administrativa do governo, que não consegue ou não demonstra interesse em oferecer subsídios às áreas marginalizadas, sendo, naturalmente, excluídas do meio cultural. Portanto, é necessário que o processo de restrição cultural seja freado pelos órgãos cabíveis. Outrossim, a indústria cultural, organizada no contexto capitalista de produção, também é impulsionadora do problema. O filósofo Theodor Adorno elucida, em sua teoria da “indústria cultural”, que a arte passou a ser instrumento industrial com finalidade lucrativa. Nessa perspectiva filosófica, há uma massificação da cultura, onde os meios de comunicação impõem seus próprios parâmetros culturais. Desse modo, as características regionais da cultura brasileira sofrem um processo de apagamento, onde toda produção artística que não seja lucrativa e esquecida, elitizando a cultura e agravamento as desigualdades sociais. Logo, é imprescindível que a oferta cultura forneça espaço para todos os estratos sociais. A falta de acesso à cultura na sociedade brasileira é um desafio, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Cultura criar programas sociais que visem a democratização da cultura, por meio de museus itinerantes, exposições e apresentações artísticas em espaços públicos de áreas periféricas, com o fito de garantir um acesso mais efetivo, pois a cultura é essencial para cidadania e integração social. Ademais, cabe a mídia, com a criação de campanhas, promover a integração de diferentes demonstrações culturais em todos os âmbitos sociais, para que a identidade histórica e cultural seja preservada e a padronização cultural minorada. Com essas medidas será possível, gradativamente, garantir o direito cultural assegurado pela Constituição e distanciar a atualidade de práticas arcaicas como a representada na obra “A menina que roubava livros”. Redação UFRGS – Tema: A falta de empatia na sociedade A obra literária Hamlet, produzida por Shakespeare, discorre sobre um rei, morto por seu irmão, que tinha como pretensão ocupar seu trono e desposar sua mulher; e sobre seu filho, que descobre a culpabilidade de seu tio e decide vingar-se do traidor. A idiossincracia de ambos os personagens e os conflitos ao longo da peça nos fazem refletir sobre o comportamento dos indivíduos e suas motivações e, de maneira análoga, sobre a carência de sentimentos empáticos que impera na sociedade contemporânea, onde os interesses são movidos pela individualidade e pela estaticidade frente aos problemas sociais. Nesse sentido, convém analisar a questão da falta de empatia na sociedade contemporânea. De fato, a normatização das mazelas sociais também é uma característica da falta de empatia. José Saramago, em seu livro "Ensaio sobre a cegueira", discorre sobre uma sociedade que paulatinamente tornou-se cega e a realidade indiferenciada à sua volta. Nessa perspectiva literária, é notável a "cegueira" do corpo social acerca dos aspectos precários da sociedade. Tal realidade fica, satisfatoriamente, exposta na questão dos moradores de rua, normatizados no cotidiano das grandes cidades e ignorados pela sociedade e pelo Poder Público. Portanto, é indubitável que a falta de empatia social é uma característica da sociedade que contribuí no processo de marginalização – situação extremamente negativa. Outrossim, a dificuldade de o indivíduo em projetar-se em diferentes realidades e aceitar opiniões opostas é, de fato, um fator recrudescente da problemática. Em uma era caracterizada pela “pós-verdade”, onde as opiniões pessoais imperam sobre os fatos concretos, a falta de empatia é notável em uma rede assolada de sujeitos que tentar impor suas crenças a qualquer custo, sem dar importância a realidade que direciona as opiniões divergentes. Essa imposição de valores é constituinte na história das sociedades. Na Idade Média, por exemplo, a Inquisição da Igreja Católica perseguia e torturava indivíduos que discordavam das leis da Igreja. Logo, a contemporaneidade tem, em suas estruturas, raízes arcaicas que impedem a efetivação e defesa de mecanismos de tolerância e inclusão. Destarte, percebe-se que a falta de empatia reflete valores arcaicos da sociedade, que favorecem a criação de "bolhas sociais", definidas pelo individualismo. Ademais, é válida a reflexão individual sobre abandonar preconceitos, ser tolerante e se perceber na realidade do outro, pois como afirmou o psicólogo Carl Rogers "ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não ver o nosso mundo refletido nos olhos dele." Aluna: Victoria Zambon Brondani Tema: a saúde mental dos jovens em questão no Brasil A obra literária “As vantagens de Ser Invisível”, do escritor Stephen Chbosky, retrata o personagem Charlie, um adolescente tímido que escreve correspondências contando sobre suas vidas. Suas palavras demonstram que ele vive encurralado entre um desejo de viver sua vida e, ao mesmo tempo, fugir dela – um explícito quadro de depressão. Fora da ficção, muitos adolescentes apresentam uma situação semelhante ao do personagem, sendo a saúde mental dos jovens um desafio em questão hodiernamente. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam a inercial problemática. De fato, questões relacionadas à saúde mental são, ainda hoje, tratadas de maneira pejorativa pela sociedade. A esse respeito, a geração ultrarromântica, cujo principal expoente foi Álvares de Azevedo, associava humor fúnebre e fuga pela morte ao fazer poético e à emoção do indivíduo. Nesse cenário, a construção poética e romantização da depressão e do suicídio enraizou-se na sociedade, de modo que os sintomas relacionados aos distúrbios passam a ser desqualificados, definindo-os como fraqueza de caráter e excesso de sentimentalismo, o que, certamente, colabora para omissão na procura de tratamentos e agravamento do quadro. É imprescindível, portanto, a busca por meios de mitigar os julgamentos sociais acerca da depressão como pseudodoença. Outrossim, o cenário de imposições sociais, característico da sociedade pós-moderna, também é impulsionador do problema. Para Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a exigência de satisfação é uma ordem implícita na sociedade contemporânea, caracterizando o “Mal-estar da Pós-Modernidade”. Nesse cenário, é notável que as imposições e padronizações da sociedade levam o jovem a crer na busca de uma vida idealizada e, na ausência desta, o sentimento de insatisfação e incapacidade subsistem, desencadeando, desse modo, distúrbios psicológicos que, progressivamente, dissipam a saúde mental do indivíduo. Logo, é necessário a oferta de auxílio psicológico para capacitar os jovens no enfrentamento dos óbidos da pós-modernidade. A saúde mental dos jovens brasileiros é um desafio em questão e, por conseguinte, medidasdevem ser adotadas. Convém aos Órgãos Midiáticos, com a realização de campanhas que devem ser amplamente divulgadas nos meios comunicativos e compartilhadas nas redes sociais, propalar os principais sintomas da depressão e atentar para a gravidade da doença e a importância de trata- la, com o fito de modificar os preconceitos enraizados na sociedade. Ademais, o Ministério da Educação, no âmbito escolar e por meio dos eixos transversais de ensino, deve oferecer auxílio psicológico para todos os alunos, desde as fases inicias, a fim de prevenir e tratar distúrbios psicológicos, além de incentivar os jovens para o diálogo. Esse tratamento deve ter acompanhamento parental, para que a evolução psicológica também permaneça no âmbito familiar. Com essas medidas, a saúde dos jovens distanciar-se-á da representada pelo personagem Charlie e a sociedade, gradativamente, abrandará seu julgamento errôneo. Tema: Caminhos para promover o desenvolvimento sustentável no Brasil Tanto o escrivão Pero Vaz de Caminha, com as primeiras impressões da terra recém descoberta, quanto o poeta Gonçalves Dias ao escrever sobre sua pátria em seus versos, não pouparam esforços para pôr no papel as belas características do Brasil. Todavia, caso tais escritos fossem refletidos atualmente, não passariam de uma utopia, pois a intervenção do homem na natureza e a ocorrência de desastres ambientais é uma realidade cada vez mais presente no país. Nesse sentido, convém analisar o papel da sociedade e do governo como fatores dessa problemática. A princípio, a importância econômica e a abrangência do agronegócio no país são um empecilho no desenvolvimento sustentável. A esse respeito, no século XIX, um chefe indígena escreveu o “Manifesta da Terra Mãe”, de modo a enfatizar que, quando o homem prejudica a terra, há prejuízo para si mesmo. Nesse sentido, a cadeia produtiva agrícola e pecuária, pela perspectiva ambiental, representa um cenário preocupante de degradação da natureza que, certamente, corrobora em consequências prejudiciais – geração de resíduos, degradação do solo, perda de biodiversidade – que atingem de maneira antagônica o meio ambiental e social. Desse modo, é imprescindível que estratégias de preservação ambiental em detrimento do agronegócio sejam preconizadas pelos órgãos cabíveis. Outrossim, a evolução no sistema de produção ocorrido com a Revolução Industrial no século XVIII, também é impulsionador do problema. Haja vista que a produção fosse ampliada, iniciou-se uma extração em massa de recursos naturais e excessiva poluição, impactos esses, seguramente, observados ao longo de gerações. Nesse contexto, segundo José Saramago, a sociedade tende a retardar pensamentos sobre situações que julgam ser a longo prazo, assim, atos que não fazem uso da consciência ambiental, tendem a ser normalizados, pois não há consequência instantânea. Logo, é necessário o combate à ações que representem uma ameaça ao planeta e ao homem. O desenvolvimento sustentável no Brasil é um desafio hodiernamente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal, por meio de parcerias público- privadas, conceder subsídios à latifúndios que realizem agricultura sustentável e adotem políticas de proteção ambiental, com o fito de incentivar o desenvolvimento sustentável e minorar os impactos do agronegócio. Ademais, cabe a instituições internacionais, como o ONU, juntamente com organizações como o União Europeia e os BRICS, pelos Congressos Internacionais, pensar em políticas públicas viáveis de regulamentação sobre a utilização de recursos naturais, para que o progresso da sustentabilidade seja contínuo e global. Com essas medidas, será possível retomar, gradativamente, a visão dos antigos literários sobre o Brasil. Tema: A falta de empatia Em 1848, Phineas Gage, operário de ferrovias, sofreu um acidente de trabalho, tendo seu crânio perfurado por uma haste de ferro que atingiu o seu lobo frontal. Phineas sobreviveu aos ferimentos com poucas sequelas, porém, após a recuperação, ele não era o mesmo: tornou-se anti- social e passou a tratar as pessoas de maneira diferente. A partir desse caso e sua análise, a neurologia passou a considerar o lobo frontal como responsável pela empatia. De maneira análoga, o comportamento da sociedade contemporânea também é caracterizado pela carência de empatia. Nesse sentido, convém analisar os fatores sociológicos da inércia problemática. A dificuldade do indivíduo em projetar-se em divergentes realidades, é de fato, um fator recrudescente da problemática. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade pós-moderna é caracterizada pelo individualismo, excluindo o conceito de bem-estar coletivo. Nesse cenário, a falta de empatia se expressa pela desqualificação dos problemas que não se encaixam no seu âmbito, tendo-os como sinal de fraqueza e não merecimento e, naturalmente, desnecessários de auxílio e atenção social. Logo, a contemporaneidade tem, em suas estruturas, "bolhas sociais" que impedem a efetivação e defesa de mecanismos de tolerância e inclusão. Outrossim, a normatização das mazelas sociais também é uma característica da falta de empatia. José Saramago, em seu livro "ensaio sobre a cegueira", discorre sobre uma sociedade que paulatinamente tornou-se cega e a realidade indiferenciada à sua volta. Nessa perspectiva literária, é notável a "cegueira" do corpo social acerca dos aspectos precários da sociedade. Tal realidade fica, satisfatoriamente, exposta na questão dos moradores de rua, normatizados no cotidiano das grandes cidades e ignorados pela sociedade e pelo Poder Público. Portanto, é necessária uma reflexão sobre a igualdade dos direitos humanos e a busca por subterfúgios para alcançá-la. A falta de empatia na sociedade brasileira representa um desafio hodiernamente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém à mídia, por meio de campanhas, incentivar a discussão racional de ideias diferentes e propalar a aceitação e respeito coletivos, a fim de que, a longo prazo, o preconceito e a não consideração pelos problemas alheios sejam superados. Ademais, o Poder Público deve, com a criação de programas sociais, impulsionar a prática de estratégias de superação dos diversos problemas sociais vigentes na contemporaneidade, como a falta de moradia, com o fito de auxiliar os indivíduos marginalizados e atingidos pela falta de empatia social. Com essas medidas, a sociedade brasileira não se tornará o reflexo do universo descrito por José Saramago. Tema: A fiscalização ambiental em questão no Brasil O Artigo 225 da Constituição Federal do Brasil determina que todos os indivíduos possuem direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo dever do Poder Público defendê-lo e preservá-lo para as presentes e futuras gerações. No entanto, quando se observa a questão de fiscalização ambiental no Brasil, verifica-se que esse ideal legislativo é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, sendo assim, a base originária de vários problemas ambientais. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que favorecem a inercial problemática. A inocuidade administrativa sobre a legislação é, de fato, um fator recrudescente do cenário de fiscalização ambiental brasileira. A Constituição Federal de 1988 marcou o encerramento de um longo processo político e social e abriu o país para experiências ausentes em cartas anteriores. Todavia, segundo o filósofo Maquiavel, de nada adianta um Estado de Leis, caso elas não sejam praticadas. Nesse contexto, a irresponsabilidade ambiental de grandes empresas é, notavelmente, a impulsionadora de uma série de ações infracionárias, sem fiscalização do Estado, que culminam na degradação dos meios naturais, como, a saber, os recentes desastres ocorridos nas barragens Brumadinho e Mariana. Assim, é inadmissível que a negligênciado governo e das grandes empresas seja aceita por parte dos órgãos competentes. Consequentemente, a omissão da fiscalização pública colabora para o cenário conflituoso de desenvolvimento e preservação ambiental. Segundo o sociólogo Albert Scheweitzer, o homem domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo. Nessa perspectiva filosófica, o uso desenfreado de recursos naturais para fins lucrativos sobrepõe-se à consciência de preservação ambiental, certamente, impulsionada pela ineficiência na aplicação de sanções, como observado, em grande parte do país, nas ações de desmatamento para atividade agrícola. Desse modo, é necessário que estratégias sejam elaboradas, preconizando a adequação de atividades empresariais com a preservação dos espaços naturais. A fiscalização ambiental representa um desafio em questão no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério do Meio Ambiente, por meio de verbas adequadas e estáveis, a valorização dos órgãos de polícia ambiental e o aprimoramento das atividades relacionadas a este órgão, visando uma gestão e fiscalização mais rígidas e efetivas sobre infrações ambientais. Ademais, o Governo Federal, por meio de parcerias público-privadas, deve conceder subsídios a empresas que adotarem políticas de preservação ambiental aliada ao desenvolvimento econômico, com o fito de incentivar o desenvolvimento sustentável e minorar os prejuízos da atividade industrial. Com essas medidas, os direitos definidos pelo Artigo 225 poderão ser promovidos na prática e não apenas na teoria. Tema: O envelhecimento da população e a questão da Previdência Social no país Cecília Meireles e Adélia Prado já representavam em seus poemas modernistas um idoso triste, solitário e esquecido, muitas vezes negligenciado socialmente. Na contemporaneidade, tais escritos não se caracterizam apenas como criação literária, mas uma denúncia quanto a um dos maiores problemas do Brasil: o envelhecimento da população. Nesse âmbito, a negligência administrativa do setor público, bem como os impactos econômicos, são problemáticas a se ressaltar. De fato, a questão constitucional é um desafio frente ao envelhecimento populacional brasileiro. A esse respeito, o Estatuto do Idoso, cujo conteúdo garante o direito a saúde de qualidade, por exemplo, é inócuo, visto a realidade no fornecimento de medicamentos e profissionais geriatras no país – 1 para cada 24 mil idosos, segundo CFM. Esse cenário atinge diretamente a qualidade de vida dos idosos, visto que a rede pública de saúde não consegue fornecer atendimento e atenção adequados a essa parcela da população que, naturalmente, é fragilizada pela idade avançada sendo, assim, vítimas da indiferença social. Logo, é inaceitável a aceitação da ineficácia do Poder Público pela sociedade e pelos órgãos competentes. Outrossim, o déficit da Previdência Social ocasionado pelo aumento da população idosa é um desafio impactante na economia brasileira. Estima-se, pelo IBGE, que até 2030, a população idosa deve chegar a 30% no país. Esse rápido envelhecimento populacional, coloca em risco o futuro do sistema previdenciário, visto que a população ativa será menor que a inativa, caracterizando um déficit na contribuição econômica e, seguramente, faltaram ainda mais recursos para concessões de aposentadoria, afetando o crescimento econômico e pressionando os gastos públicos. Logo, é necessário encontrar mecanismos para adaptação frente a transição social prevista no futuro. O envelhecimento da população, paralelamente a questão da Previdência Social, é um desafio em questão no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Saúde, por meio da mídia, divulgar o conhecimento e capacitação de profissionais clínicos geriátricos, além da parceria e troca de saberes com outras especialidades médicas, a fim de diminuir o fosso no atendimento ao idoso. Ademais, o Poder Público deve repensar o sistema previdenciário, com uma consulta pública, para aumentar o número de contribuições previdenciárias, tendo em vista o maior benefício para toda a população, atual e futura, e para a economia do país. Com essas medidas, o país distanciar-se-á da figura do idoso evidenciada na literatura modernista e passará a incluí-lo mais significativamente na sociedade. Tema: Obsolescência Programada em questão no Brasil Em 1924, um cartel que reunia os principais fabricantes da Europa e dos Estados Unidos fez um acordo para padronizar o tempo útil de vida de lâmpadas incandescentes fabricadas pelas empresas mundiais, o objetivo disso era limitar o funcionamento do produto para, assim, aumentar a venda e o lucro das empresas. Esse foi o início do que atualmente é conhecido como obsolescência programada. Essa estratégia é aplicada hoje em toda a indústria mundial, originando novas mudanças de organização no meio mercadológico e consumista. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam a inercial problemática. A princípio, os interesses capitalistas da indústria atual são o fator primordial da problemática. Para Brooks Stevens, criador do termo "obsolescência programada", a estratégia para o consumidor manter o desejo de compra contínuo é "introduzir gradativamente o desejo de possuir algo ligeiramente novo e melhor, um pouco antes do que o necessário", ou seja, tornar os produtos obsoletos. Nessa perspectiva, as empresas tendem a criar mercadorias menos duradouras para que, naturalmente, serão trocadas com maior frequência, seja por possuírem tempo de funcionamento curto e premeditado, seja por não serem tão funcionais ou estéticos quanto os novos lançamentos, maximizando, assim, os lucros dos fabricantes. Logo, é necessário que os indivíduos estejam atentos às estratégias empresariais a que são submetidos quando adquirem um produto. Consequentemente, as estratégias empresariais impulsionam o consumismo da sociedade contemporânea. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, o consumo, na sociedade pós- moderna, é uma condição indispensável a vida. Nesse cenário, o ato de futilizar as mercadorias faz com que os indivíduos sejam influenciados a comprar um produto novo mesmo que o seu ainda atenda às suas necessidades, gerando o consumo e compra obsessivos como forma de encaixar- se em determinado contexto social, e, indiretamente, colaborando no cenário de degradação ambiental provocado pelas fábricas. Portanto, a sociedade do "consumo, logo existo", descrita por Bauman, é calcada em padrões de consumo que necessitam ser revistos tanto individual, quanto coletivamente. A obsolescência programada é um desafio em questão hodiernamente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. É cabível à mídia, por meio dos canais de comunicação de maior repercussão, divulgar orientações que atentem sobre os mecanismos utilizados por empresas para a obtenção de lucros, com a finalidade de formar opiniões críticas e decisões conscientes no ato da compra. Ademais, convém ao Ministério da Educação, com palestras em escolas e locais públicos, divulgar a importância do consumo consciente e sustentável, a fim de incentivar o corpo social a realizar trocas e reutilizar mercadorias no lugar de comprar produtos novos com elevada frequência. Dessa forma, o controle do mercado consumidor, objetivado pelo cartel dos europeus e americanos, poderá ser melhor compreendido pelos indivíduos que, gradativamente, terão mais consciência sobre a manipulação do consumo imposta pelo sistema capitalista. Tema: os efeitos trazidos pelas mudanças no mercado de trabalho de trabalho A Teoria da Evolução, de Charles Darwin, sugere que os indivíduos mais bem adaptados ao meio têm maiores chances de sobrevivência que os menos adaptados. De maneira análoga, as mudanças observadas no mercado de trabalho contemporâneo apontam para a necessidade deadaptação da sociedade, onde indivíduos serão atingidos de maneira antagônica. Nessa perspectiva, convém analisar os efeitos da inercial problemática. Embora a mecanização da produção e dos serviços represente uma evolução, o elevado desemprego é um efeito recrudescente desse cenário. A 4ª Revolução Industrial é um tópico em questão na nova era, onde há convergência dos mundos físico, digital e biológico. Nesse paradigma, a mão de obra não qualificada é facilmente substituída pela máquina e, certamente, a afluência do desemprego e redução dos salários será de grande impacto, alterando significativamente a forma como a sociedade se relaciona com o mercado de trabalho, ao mesmo tempo que descartará profissões outrora necessárias. Portanto, é essencial que subterfúgios sejam alcançados para a adaptação às mudanças em frente a nova era. Outrossim, a desigualdade social, característica da sociedade pós-moderna, é acentuada com as mudanças no mercado de trabalho. Sob a perspectiva de São Tomás de Aquino, todos os indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmo direitos e deveres. No entanto, sabe-se que no Brasil, assim como em outros países subdesenvolvidos, grande parte da população não possui acesso a um direito básico: a educação. Desse modo, em vista da perspectiva de substituição dos serviços, os estratos sociais que não possuem condições de aperfeiçoar seu aprendizado e habilidades e de reinventar-se em suas profissões serão, naturalmente, excluídos do mercado de trabalho, centralizando ainda mais o poder econômico. Logo, é necessário que a garantia de acesso à educação seja prioridade para a população vulnerável. Os efeitos trazidos pelas mudanças no mercado de trabalho são um desafio na sociedade hodierna, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém a mídia, por meio de programas de TV, sites e redes sociais, abordar com mais ênfase como os avanços tecnológicos afetam o mercado de trabalho, para que os indivíduos tenham uma visão mais crítica sobre suas profissões e possíveis adaptações futuras. Ademais, o Ministério da Educação, com a ampliação de cursos técnicos e de especialização, deve garantir o acesso ao ensino profissionalizante às populações de baixa renda, a fim de assegurar futuros empregados qualificados e preparados para os óbices da nova era. Com essas medidas, será possível adaptar os indivíduos para as mudanças no mercado de trabalho, em consoante à Teoria da Evolução de Charles Darwin. Tema: Os prejuízos da leitura negligenciada Na Idade Média, como forma de controlar as crenças da população, a Igreja escondeu e destruiu diversos livros para evitar que o povo tivesse acesso ao conhecimento, dessa forma, o conhecimento científico e tecnológico ficava restrito aos círculos do clero. Contudo, o acesso à leitura hoje é facilitado pelas diversas ferramentas à disposição nos meios comunicativos e digitais. Esse acesso simplificado ocasionou o advento de mudanças no meio literário que, por vezes, atingem o indivíduo de maneira antagônica. Nessa perspectiva, convém analisar a negligência da leitura e seus prejuízos. A princípio, a superficialidade dos textos digitais é uma implicação recrudescente da problemática. A esse respeito, o filósofo Immanuel Kant propôs a “menoridade intelectual”, caracterizando como a incapacidade do indivíduo de pensar por si mesmo. Nessa perspectiva filosófica, é possível perceber que a frivolidade das informações contidas nos textos de redes sociais leva os indivíduos a perderem a capacidade de argumentação própria, pois, certamente, o conhecimento advindo dessas leituras é raso e restringe o desenvolvimento de ideias alternadas da conjuntura observada. Portanto, é necessário incentivar o aprofundamento dos conhecimentos e argumentos em detrimento de sua síntese. Outrossim, a digitalização da leitura também é um efeito da problemática. Em 2007, a Amazon lançou um aparelho chamado “Kindle”, que tem como função a leitura de livros digitais, tendo hoje vários adeptos. Nesse cenário, o advento do livro digital democratiza de modo eficaz o acesso à leitura, em contrapartida, é notável a desvalorização de bibliotecas e livrarias que possuem grande valor histórico e cultural, além de contribuir no mercado da pirataria digital, desqualificando o trabalho do escritor, quando sua obra circula gratuitamente. Logo, é imprescindível que a leitura impressa não seja desqualificada, haja vista sua importância cultural e histórica. Os prejuízos da leitura negligenciada representam um desafio e, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação, por meio de campanhas que devem ser divulgadas nos meios de comunicação e amplamente compartilhadas nas redes sociais, atentar sobre aos prejuízos de basear o conhecimento em informações superficiais da internet, para incentivar o diálogo racional de ideias diferentes, evitar falácias da argumentação e divulgação de informações falsas. Ademais, cabe ao Ministério da Cidadania, com investimentos estáveis e adequados, ampliar as bibliotecas públicas e atualizar seus acervos literários, para assim, valorizar os livros impressos e estimular a preservação de obras e documentos históricos. Com essas medidas, será possível, gradativamente, amenizar os prejuízos ocasionados pela leitura negligenciada e usufruir das ferramentas facilitadoras do acesso ao conhecimento, não mais restrito ao poder da Igreja, como na Idade Média. Tema: A persistência da LGBTfobia no Brasil No dia 28 de junho de 1969, Stonewall, um bar gay em Nova York, alvo de frequentes ataques, rebelou-se contra uma ação preconceituosa de policiais. Esse episódio ficou conhecido como "Rebelião de Stonewall" e lançou as bases para o início do movimento LGBT. Hoje, o preconceito contra a comunidade LGBT ainda persiste, representando um desafio em questão. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam a inércia problemática. Compreender a persistência da LGBTfobia requer resgatar a formação histórica da sociedade. De acordo com a teoria ‘’Habitus’’ do sociólogo Pierre Bourdieu, as estruturas sociais são incorporadas no processo de socialização o que faz com que comportamentos e crenças sejam naturalizados e reproduzidos ao longo de gerações. Nesse sentido, a reprodução de pensamentos discriminatórios está relacionada com a permanência de posturas conservadoras, que estabelece um padrão nos relacionamentos sexuais e na formação familiar, naturalmente, repudiando comportamentos divergentes. Logo, a contemporaneidade tem em suas estruturas raízes arcaicas cujos impactos se refletem no preconceito estruturado socialmente. Outrossim, é indubitável que a inocuidade jurídica brasileira é impulsionadora da problemática. A recente criminalização da LGBTfobia marcou o encerramento de um longo processo de debate e abriu o país para experiências ausentes em Cartas anteriores. Todavia, segundo o filósofo Nicolau Maquiavel, de nada adianta um Estado de Leis, caso elas não sejam praticadas. Tal realidade fica exposta, satisfatoriamente, quando se analisa criticamente as altas taxas de morte de transexuais no Brasil. Assim, percebe-se certa ineficiência dos atores públicos de fiscalização e regulamentação no que tange ao cumprimento legislativo. A persistência do preconceito contra a comunidade LGBT representa um desafio hodiernamente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação, por meio dos eixos transversais de ensino, realizar palestras e rodas de debate nas escolas, incentivando a discussão do conceito de família contemporânea e a importância do diálogo acerca da sexualidade, com o fito de formar indivíduos racionais e abertos à aceitação das diferenças individuais. Ademais, o Ministério da Cidadania deve, por meio de mídia, criar campanhas que divulguema necessidade de combate ao preconceito sexual, ressaltando a importância da criminalização da LGBTfobia. Essas campanhas devem ser amplamente divulgadas e compartilhadas nos meios de comunicação, a fim de estimular a participação proativa dos diferentes segmentos sociais no combate ao preconceito. Com essas medidas, será possível, gradativamente, minorar os impactos do preconceito na sociedade e impedir que cenas como do Stonewall se repitam. Tema: População em situação de rua em questão no Brasil Promulgada pelo ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a todos os indivíduos o direito à moradia e ao bem-estar social. No entanto, quando se observa a população em situação de rua no Brasil, verifica-se que esse ideal legislativo é constatado na teoria e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do país. Nessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro. De fato, a questão Constitucional e sua aplicação estão entre as causas do problema. De acordo com o Artigo 5º da Carta, todos os indivíduos são iguais perante a lei, impondo-se ao Poder Público e à coletividade o dever de assegurar a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade e à segurança. Nesse sentido, é perceptível que no Brasil o Estado não consegue ou não demonstra interesse em oferecer condições dignas de vivência à população de rua, que subsiste à margem da sociedade em circunstâncias, certamente, inviáveis à sobrevivência e manutenção da dignidade humana. Portanto, é inconcebível a aceitação da ineficácia do Poder Público pela sociedade e pelos órgãos cabíveis. Outrossim, a inércia da sociedade frente aos indivíduos em situação de rua é um fator recrudescente da problemática. Para Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a sociedade pós- moderna é caracterizada pela individualidade, abdicando a concepção de bem-estar social coletivo. Nessa perspectiva sociológica, é possível observar que os moradores de rua se converteram em indivíduos invisíveis aos olhos da sociedade, tornando-se um fato social ignorá-los e normatizar sua permanência nas ruas, o que, naturalmente, contrapõem-se as noções de cidadania e solidariedade humanas, dificultando, desse modo, a ressocialização dos sujeitos e seu egresso da via pública. Logo, é imprescindível a busca por estratégias que mobilizem e sensibilizem a população na prestação de auxílio aos sem-teto. A população em situação de rua representa um desafio hodiernamente no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal, por meio de políticas públicas, a construção e ampliação de albergues para moradores de rua. Nesses locais devem ser oferecidos alimentação e moradia provisória, além de auxílio psicológico e assistência social, a fim de que esses indivíduos tenham oportunidade de superar a situação de falta de habitação. Ademais, cabe as ONGs de apoio aos desabrigados, pela mídia, a criação de campanhas de mobilização para oferta de refeições aos moradores de rua, com ajuda de voluntários, para, assim, impulsionar a ressocialização desses cidadãos e mitigar seu sofrimento. Dessa maneira, oferecendo oportunidades e apoio, será possível, gradativamente, garantir na prática as diretrizes da Declaração Universal dos Direitos Humanos proposta pela ONU. Tema: Pichação e grafite nos centros urbanos No final dos anos 70, Jean-Michael Baquiat deixava sua marca com mensagens poéticas grafitadas nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan, despertando a atenção da impressa novaiorquina. Baquiat foi reconhecido como um dos mais importantes artistas do século XX, recebendo o rótulo de neoexpressionista. Apesar do reconhecimento no meio artístico, a pichação e o grafite levantam opiniões divergentes, ora classificada como vandalismo, ora como arte, revelando a necessidade de debate sobre a problemática. É fato que a arte urbana é uma forma de expressar a opressão vivida pela sociedade. Na Ditadura Militar, Vallauri, grande expoente do grafite no Brasil, contribuiu com sua arte no movimento por eleições diretas no final do regime, pintando os muros da capital com araras e frangos que reivindicavam "Diretas Já". Nesse sentido, a arte urbana é, certamente, um modo de dar visibilidade e projeção social aos jovens periféricos, que encontram no grafite caminhos para enfrentar a desigualdade social e espacial dos grandes centros urbanos, e dar um aspecto dinâmico à paisagem monocromática das cidades. Portanto, o grafite não deve ser ignorado, e sim, incentivado, pois reflete os problemas vigentes no cenário social e político da sociedade em diferentes períodos. Outrossim, faz-se mister salientar que o vandalismo, expresso pela pichação, é uma conduta penalmente reprovável. A Constituição Federal de 1988, considerada pichação ou qualquer outro meio de conspurcar edificações e monumentos públicos como vandalismo e crime ambiental. Nesse panorama, o repúdio à pichação deriva do fato de que, muitas vezes, elas ocorrem em locais públicos, construídos com o dinheiro público e, naturalmente, com os impostos pagos pela população, que observa na pichação, o desrespeito à estética citadina ou, até mesmo, o descontentamento com frases insultivas que por vezes são expostas. Desse modo, é preciso fomentar práticas e políticas públicas que ofereçam espaço adequado a esse tipo de expressão, garantindo o direito de liberdade de manifestação e protegendo o patrimônio público. A pichação e o grafite são, ainda hoje, conceitos controversos socialmente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Cidadania, por meio da destinação de locais públicos adequados, incentivar o grafite de murais nas cidades, como forma de incentivar a prática da arte urbana de modo civilizado, além de dar visibilidade aos artistas locais e embelezar o espaço urbano. Ademais, urge as prefeituras municipais, com recursos e campanhas viáveis, a criação de políticas públicas que levem arte, esporte e cultura para os locais periféricos, dispondo de espaços adequados para que os jovens possam expressar-se de outras maneiras que não o picho, a fim de mitigar os danos ao espaço público e ao patrimônio histórico e cultural das cidades, além de oferecer subsídios ao jovem periférico. Com essas medidas, será possível, gradativamente, garantir a aceitação da arte urbana como forma de expressão artística, consoante ao reconhecimento do neoexpressionista Baquiat.
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