Buscar

VÁRIOS MODELOS DE REDAÇÃO ENEM

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 13 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Tema: A falta de acesso à cultura 
 
A obra literária “A menina que roubava livros” narra a história de Lisel, tendo como pano de 
fundo as tragédias ocorridas na Segunda Guerra Mundial. Em uma de suas cenas, há uma grande 
queima de livros feita pelos oficiais nazistas, simbolizando a repressão e o ataque ao saber, sofrido 
pelos judeus. Análogo a isso, o acesso à cultura hoje é um direito constitucional. Contudo, uma 
grande parcela da população é impossibilitada de desfrutar desse direito na prática, seja pela 
dificuldade de acesso, seja pela mercantilização cultural, desafios para uma eficiente 
democratização da cultura. 
A ineficiência do Estado em promover a integração e acesso cultural pleno a todos os 
estratos é, de fato, um fator primordial da problemática. Nesse contexto, o país vive o “apartheid 
cultural” em vários estados, onde as regiões periféricas encontram-se afastadas de locais de oferta 
cultural, haja vista que, segundo o IBGE, as regiões metropolitanas concentram 41% de todo 
consumo cultural. Isso se deve, principalmente, a inocuidade administrativa do governo, que não 
consegue ou não demonstra interesse em oferecer subsídios às áreas marginalizadas, sendo, 
naturalmente, excluídas do meio cultural. Portanto, é necessário que o processo de restrição 
cultural seja freado pelos órgãos cabíveis. 
Outrossim, a indústria cultural, organizada no contexto capitalista de produção, também é 
impulsionadora do problema. O filósofo Theodor Adorno elucida, em sua teoria da “indústria 
cultural”, que a arte passou a ser instrumento industrial com finalidade lucrativa. Nessa perspectiva 
filosófica, há uma massificação da cultura, onde os meios de comunicação impõem seus próprios 
parâmetros culturais. Desse modo, as características regionais da cultura brasileira sofrem um 
processo de apagamento, onde toda produção artística que não seja lucrativa e esquecida, 
elitizando a cultura e agravamento as desigualdades sociais. Logo, é imprescindível que a oferta 
cultura forneça espaço para todos os estratos sociais. 
A falta de acesso à cultura na sociedade brasileira é um desafio, por conseguinte, medidas 
devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Cultura criar programas sociais que visem a 
democratização da cultura, por meio de museus itinerantes, exposições e apresentações artísticas 
em espaços públicos de áreas periféricas, com o fito de garantir um acesso mais efetivo, pois a 
cultura é essencial para cidadania e integração social. Ademais, cabe a mídia, com a criação de 
campanhas, promover a integração de diferentes demonstrações culturais em todos os âmbitos 
sociais, para que a identidade histórica e cultural seja preservada e a padronização cultural 
minorada. Com essas medidas será possível, gradativamente, garantir o direito cultural assegurado 
pela Constituição e distanciar a atualidade de práticas arcaicas como a representada na obra “A 
menina que roubava livros”. 
 
Redação UFRGS – Tema: A falta de empatia na sociedade 
 
A obra literária Hamlet, produzida por Shakespeare, discorre sobre um rei, morto por seu 
irmão, que tinha como pretensão ocupar seu trono e desposar sua mulher; e sobre seu filho, que 
descobre a culpabilidade de seu tio e decide vingar-se do traidor. A idiossincracia de ambos os 
personagens e os conflitos ao longo da peça nos fazem refletir sobre o comportamento dos 
indivíduos e suas motivações e, de maneira análoga, sobre a carência de sentimentos empáticos 
que impera na sociedade contemporânea, onde os interesses são movidos pela individualidade e 
pela estaticidade frente aos problemas sociais. Nesse sentido, convém analisar a questão da falta 
de empatia na sociedade contemporânea. 
De fato, a normatização das mazelas sociais também é uma característica da falta de 
empatia. José Saramago, em seu livro "Ensaio sobre a cegueira", discorre sobre uma sociedade 
que paulatinamente tornou-se cega e a realidade indiferenciada à sua volta. Nessa perspectiva 
literária, é notável a "cegueira" do corpo social acerca dos aspectos precários da sociedade. Tal 
realidade fica, satisfatoriamente, exposta na questão dos moradores de rua, normatizados no 
cotidiano das grandes cidades e ignorados pela sociedade e pelo Poder Público. Portanto, é 
indubitável que a falta de empatia social é uma característica da sociedade que contribuí no 
processo de marginalização – situação extremamente negativa. 
Outrossim, a dificuldade de o indivíduo em projetar-se em diferentes realidades e aceitar 
opiniões opostas é, de fato, um fator recrudescente da problemática. Em uma era caracterizada 
pela “pós-verdade”, onde as opiniões pessoais imperam sobre os fatos concretos, a falta de empatia 
é notável em uma rede assolada de sujeitos que tentar impor suas crenças a qualquer custo, sem 
dar importância a realidade que direciona as opiniões divergentes. Essa imposição de valores é 
constituinte na história das sociedades. Na Idade Média, por exemplo, a Inquisição da Igreja 
Católica perseguia e torturava indivíduos que discordavam das leis da Igreja. Logo, a 
contemporaneidade tem, em suas estruturas, raízes arcaicas que impedem a efetivação e defesa 
de mecanismos de tolerância e inclusão. 
Destarte, percebe-se que a falta de empatia reflete valores arcaicos da sociedade, que 
favorecem a criação de "bolhas sociais", definidas pelo individualismo. Ademais, é válida a reflexão 
individual sobre abandonar preconceitos, ser tolerante e se perceber na realidade do outro, pois 
como afirmou o psicólogo Carl Rogers "ser empático é ver o mundo com os olhos do outro e não 
ver o nosso mundo refletido nos olhos dele." 
 
 Aluna: Victoria Zambon Brondani 
Tema: a saúde mental dos jovens em questão no Brasil 
 
 A obra literária “As vantagens de Ser Invisível”, do escritor Stephen Chbosky, retrata o 
personagem Charlie, um adolescente tímido que escreve correspondências contando sobre suas 
vidas. Suas palavras demonstram que ele vive encurralado entre um desejo de viver sua vida e, ao 
mesmo tempo, fugir dela – um explícito quadro de depressão. Fora da ficção, muitos adolescentes 
apresentam uma situação semelhante ao do personagem, sendo a saúde mental dos jovens um 
desafio em questão hodiernamente. Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam 
a inercial problemática. 
 De fato, questões relacionadas à saúde mental são, ainda hoje, tratadas de maneira 
pejorativa pela sociedade. A esse respeito, a geração ultrarromântica, cujo principal expoente foi 
Álvares de Azevedo, associava humor fúnebre e fuga pela morte ao fazer poético e à emoção do 
indivíduo. Nesse cenário, a construção poética e romantização da depressão e do suicídio 
enraizou-se na sociedade, de modo que os sintomas relacionados aos distúrbios passam a ser 
desqualificados, definindo-os como fraqueza de caráter e excesso de sentimentalismo, o que, 
certamente, colabora para omissão na procura de tratamentos e agravamento do quadro. É 
imprescindível, portanto, a busca por meios de mitigar os julgamentos sociais acerca da depressão 
como pseudodoença. 
 Outrossim, o cenário de imposições sociais, característico da sociedade pós-moderna, 
também é impulsionador do problema. Para Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a exigência de 
satisfação é uma ordem implícita na sociedade contemporânea, caracterizando o “Mal-estar da 
Pós-Modernidade”. Nesse cenário, é notável que as imposições e padronizações da sociedade 
levam o jovem a crer na busca de uma vida idealizada e, na ausência desta, o sentimento de 
insatisfação e incapacidade subsistem, desencadeando, desse modo, distúrbios psicológicos que, 
progressivamente, dissipam a saúde mental do indivíduo. Logo, é necessário a oferta de auxílio 
psicológico para capacitar os jovens no enfrentamento dos óbidos da pós-modernidade. 
 A saúde mental dos jovens brasileiros é um desafio em questão e, por conseguinte, medidasdevem ser adotadas. Convém aos Órgãos Midiáticos, com a realização de campanhas que devem 
ser amplamente divulgadas nos meios comunicativos e compartilhadas nas redes sociais, propalar 
os principais sintomas da depressão e atentar para a gravidade da doença e a importância de trata-
la, com o fito de modificar os preconceitos enraizados na sociedade. Ademais, o Ministério da 
Educação, no âmbito escolar e por meio dos eixos transversais de ensino, deve oferecer auxílio 
psicológico para todos os alunos, desde as fases inicias, a fim de prevenir e tratar distúrbios 
psicológicos, além de incentivar os jovens para o diálogo. Esse tratamento deve ter 
acompanhamento parental, para que a evolução psicológica também permaneça no âmbito familiar. 
Com essas medidas, a saúde dos jovens distanciar-se-á da representada pelo personagem Charlie 
e a sociedade, gradativamente, abrandará seu julgamento errôneo. 
Tema: Caminhos para promover o desenvolvimento sustentável no Brasil 
 
 Tanto o escrivão Pero Vaz de Caminha, com as primeiras impressões da terra recém 
descoberta, quanto o poeta Gonçalves Dias ao escrever sobre sua pátria em seus versos, não 
pouparam esforços para pôr no papel as belas características do Brasil. Todavia, caso tais 
escritos fossem refletidos atualmente, não passariam de uma utopia, pois a intervenção do 
homem na natureza e a ocorrência de desastres ambientais é uma realidade cada vez mais 
presente no país. Nesse sentido, convém analisar o papel da sociedade e do governo como 
fatores dessa problemática. 
 A princípio, a importância econômica e a abrangência do agronegócio no país são um 
empecilho no desenvolvimento sustentável. A esse respeito, no século XIX, um chefe indígena 
escreveu o “Manifesta da Terra Mãe”, de modo a enfatizar que, quando o homem prejudica a 
terra, há prejuízo para si mesmo. Nesse sentido, a cadeia produtiva agrícola e pecuária, pela 
perspectiva ambiental, representa um cenário preocupante de degradação da natureza que, 
certamente, corrobora em consequências prejudiciais – geração de resíduos, degradação do solo, 
perda de biodiversidade – que atingem de maneira antagônica o meio ambiental e social. Desse 
modo, é imprescindível que estratégias de preservação ambiental em detrimento do agronegócio 
sejam preconizadas pelos órgãos cabíveis. 
 Outrossim, a evolução no sistema de produção ocorrido com a Revolução Industrial no 
século XVIII, também é impulsionador do problema. Haja vista que a produção fosse ampliada, 
iniciou-se uma extração em massa de recursos naturais e excessiva poluição, impactos esses, 
seguramente, observados ao longo de gerações. Nesse contexto, segundo José Saramago, a 
sociedade tende a retardar pensamentos sobre situações que julgam ser a longo prazo, assim, 
atos que não fazem uso da consciência ambiental, tendem a ser normalizados, pois não há 
consequência instantânea. Logo, é necessário o combate à ações que representem uma ameaça 
ao planeta e ao homem. 
 O desenvolvimento sustentável no Brasil é um desafio hodiernamente, por conseguinte, 
medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal, por meio de parcerias público-
privadas, conceder subsídios à latifúndios que realizem agricultura sustentável e adotem políticas 
de proteção ambiental, com o fito de incentivar o desenvolvimento sustentável e minorar os 
impactos do agronegócio. Ademais, cabe a instituições internacionais, como o ONU, juntamente 
com organizações como o União Europeia e os BRICS, pelos Congressos Internacionais, pensar 
em políticas públicas viáveis de regulamentação sobre a utilização de recursos naturais, para que 
o progresso da sustentabilidade seja contínuo e global. Com essas medidas, será possível 
retomar, gradativamente, a visão dos antigos literários sobre o Brasil. 
Tema: A falta de empatia 
 
Em 1848, Phineas Gage, operário de ferrovias, sofreu um acidente de trabalho, tendo seu 
crânio perfurado por uma haste de ferro que atingiu o seu lobo frontal. Phineas sobreviveu aos 
ferimentos com poucas sequelas, porém, após a recuperação, ele não era o mesmo: tornou-se anti-
social e passou a tratar as pessoas de maneira diferente. A partir desse caso e sua análise, a 
neurologia passou a considerar o lobo frontal como responsável pela empatia. De maneira análoga, 
o comportamento da sociedade contemporânea também é caracterizado pela carência de empatia. 
Nesse sentido, convém analisar os fatores sociológicos da inércia problemática. 
A dificuldade do indivíduo em projetar-se em divergentes realidades, é de fato, um fator 
recrudescente da problemática. Segundo o sociólogo Zygmunt Bauman, a sociedade pós-moderna 
é caracterizada pelo individualismo, excluindo o conceito de bem-estar coletivo. Nesse cenário, a 
falta de empatia se expressa pela desqualificação dos problemas que não se encaixam no seu 
âmbito, tendo-os como sinal de fraqueza e não merecimento e, naturalmente, desnecessários de 
auxílio e atenção social. Logo, a contemporaneidade tem, em suas estruturas, "bolhas sociais" que 
impedem a efetivação e defesa de mecanismos de tolerância e inclusão. 
Outrossim, a normatização das mazelas sociais também é uma característica da falta de 
empatia. José Saramago, em seu livro "ensaio sobre a cegueira", discorre sobre uma sociedade 
que paulatinamente tornou-se cega e a realidade indiferenciada à sua volta. Nessa perspectiva 
literária, é notável a "cegueira" do corpo social acerca dos aspectos precários da sociedade. Tal 
realidade fica, satisfatoriamente, exposta na questão dos moradores de rua, normatizados no 
cotidiano das grandes cidades e ignorados pela sociedade e pelo Poder Público. Portanto, é 
necessária uma reflexão sobre a igualdade dos direitos humanos e a busca por subterfúgios para 
alcançá-la. 
A falta de empatia na sociedade brasileira representa um desafio hodiernamente, por 
conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém à mídia, por meio de campanhas, incentivar a 
discussão racional de ideias diferentes e propalar a aceitação e respeito coletivos, a fim de que, a 
longo prazo, o preconceito e a não consideração pelos problemas alheios sejam superados. 
Ademais, o Poder Público deve, com a criação de programas sociais, impulsionar a prática de 
estratégias de superação dos diversos problemas sociais vigentes na contemporaneidade, como a 
falta de moradia, com o fito de auxiliar os indivíduos marginalizados e atingidos pela falta de empatia 
social. Com essas medidas, a sociedade brasileira não se tornará o reflexo do universo descrito 
por José Saramago. 
Tema: A fiscalização ambiental em questão no Brasil 
 
 O Artigo 225 da Constituição Federal do Brasil determina que todos os indivíduos possuem 
direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, sendo dever do Poder Público defendê-lo e 
preservá-lo para as presentes e futuras gerações. No entanto, quando se observa a questão de 
fiscalização ambiental no Brasil, verifica-se que esse ideal legislativo é constatado na teoria e não 
desejavelmente na prática, sendo assim, a base originária de vários problemas ambientais. Nessa 
perspectiva, convém analisar os fatores que favorecem a inercial problemática. 
A inocuidade administrativa sobre a legislação é, de fato, um fator recrudescente do 
cenário de fiscalização ambiental brasileira. A Constituição Federal de 1988 marcou o 
encerramento de um longo processo político e social e abriu o país para experiências ausentes 
em cartas anteriores. Todavia, segundo o filósofo Maquiavel, de nada adianta um Estado de Leis, 
caso elas não sejam praticadas. Nesse contexto, a irresponsabilidade ambiental de grandes 
empresas é, notavelmente, a impulsionadora de uma série de ações infracionárias, sem 
fiscalização do Estado, que culminam na degradação dos meios naturais, como, a saber, os 
recentes desastres ocorridos nas barragens Brumadinho e Mariana. Assim, é inadmissível que a 
negligênciado governo e das grandes empresas seja aceita por parte dos órgãos competentes. 
 Consequentemente, a omissão da fiscalização pública colabora para o cenário conflituoso 
de desenvolvimento e preservação ambiental. Segundo o sociólogo Albert Scheweitzer, o homem 
domina a natureza antes que tenha aprendido a dominar a si mesmo. Nessa perspectiva 
filosófica, o uso desenfreado de recursos naturais para fins lucrativos sobrepõe-se à consciência 
de preservação ambiental, certamente, impulsionada pela ineficiência na aplicação de sanções, 
como observado, em grande parte do país, nas ações de desmatamento para atividade agrícola. 
Desse modo, é necessário que estratégias sejam elaboradas, preconizando a adequação de 
atividades empresariais com a preservação dos espaços naturais. 
 A fiscalização ambiental representa um desafio em questão no Brasil, por conseguinte, 
medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério do Meio Ambiente, por meio de verbas 
adequadas e estáveis, a valorização dos órgãos de polícia ambiental e o aprimoramento das 
atividades relacionadas a este órgão, visando uma gestão e fiscalização mais rígidas e efetivas 
sobre infrações ambientais. Ademais, o Governo Federal, por meio de parcerias público-privadas, 
deve conceder subsídios a empresas que adotarem políticas de preservação ambiental aliada ao 
desenvolvimento econômico, com o fito de incentivar o desenvolvimento sustentável e minorar os 
prejuízos da atividade industrial. Com essas medidas, os direitos definidos pelo Artigo 225 
poderão ser promovidos na prática e não apenas na teoria. 
Tema: O envelhecimento da população e a questão da Previdência Social no país 
Cecília Meireles e Adélia Prado já representavam em seus poemas modernistas um idoso 
triste, solitário e esquecido, muitas vezes negligenciado socialmente. Na contemporaneidade, tais 
escritos não se caracterizam apenas como criação literária, mas uma denúncia quanto a um dos 
maiores problemas do Brasil: o envelhecimento da população. Nesse âmbito, a negligência 
administrativa do setor público, bem como os impactos econômicos, são problemáticas a se 
ressaltar. 
 De fato, a questão constitucional é um desafio frente ao envelhecimento populacional 
brasileiro. A esse respeito, o Estatuto do Idoso, cujo conteúdo garante o direito a saúde de 
qualidade, por exemplo, é inócuo, visto a realidade no fornecimento de medicamentos e 
profissionais geriatras no país – 1 para cada 24 mil idosos, segundo CFM. Esse cenário atinge 
diretamente a qualidade de vida dos idosos, visto que a rede pública de saúde não consegue 
fornecer atendimento e atenção adequados a essa parcela da população que, naturalmente, é 
fragilizada pela idade avançada sendo, assim, vítimas da indiferença social. Logo, é inaceitável a 
aceitação da ineficácia do Poder Público pela sociedade e pelos órgãos competentes. 
 Outrossim, o déficit da Previdência Social ocasionado pelo aumento da população idosa é 
um desafio impactante na economia brasileira. Estima-se, pelo IBGE, que até 2030, a população 
idosa deve chegar a 30% no país. Esse rápido envelhecimento populacional, coloca em risco o 
futuro do sistema previdenciário, visto que a população ativa será menor que a inativa, 
caracterizando um déficit na contribuição econômica e, seguramente, faltaram ainda mais recursos 
para concessões de aposentadoria, afetando o crescimento econômico e pressionando os gastos 
públicos. Logo, é necessário encontrar mecanismos para adaptação frente a transição social 
prevista no futuro. 
 O envelhecimento da população, paralelamente a questão da Previdência Social, é um 
desafio em questão no Brasil, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério 
da Saúde, por meio da mídia, divulgar o conhecimento e capacitação de profissionais clínicos 
geriátricos, além da parceria e troca de saberes com outras especialidades médicas, a fim de 
diminuir o fosso no atendimento ao idoso. Ademais, o Poder Público deve repensar o sistema 
previdenciário, com uma consulta pública, para aumentar o número de contribuições 
previdenciárias, tendo em vista o maior benefício para toda a população, atual e futura, e para a 
economia do país. Com essas medidas, o país distanciar-se-á da figura do idoso evidenciada na 
literatura modernista e passará a incluí-lo mais significativamente na sociedade. 
Tema: Obsolescência Programada em questão no Brasil 
 
Em 1924, um cartel que reunia os principais fabricantes da Europa e dos Estados Unidos fez 
um acordo para padronizar o tempo útil de vida de lâmpadas incandescentes fabricadas pelas 
empresas mundiais, o objetivo disso era limitar o funcionamento do produto para, assim, aumentar 
a venda e o lucro das empresas. Esse foi o início do que atualmente é conhecido como 
obsolescência programada. Essa estratégia é aplicada hoje em toda a indústria mundial, originando 
novas mudanças de organização no meio mercadológico e consumista. Nessa perspectiva, convém 
analisar os fatores que influenciam a inercial problemática. 
A princípio, os interesses capitalistas da indústria atual são o fator primordial da 
problemática. Para Brooks Stevens, criador do termo "obsolescência programada", a estratégia 
para o consumidor manter o desejo de compra contínuo é "introduzir gradativamente o desejo de 
possuir algo ligeiramente novo e melhor, um pouco antes do que o necessário", ou seja, tornar os 
produtos obsoletos. Nessa perspectiva, as empresas tendem a criar mercadorias menos 
duradouras para que, naturalmente, serão trocadas com maior frequência, seja por possuírem 
tempo de funcionamento curto e premeditado, seja por não serem tão funcionais ou estéticos 
quanto os novos lançamentos, maximizando, assim, os lucros dos fabricantes. Logo, é necessário 
que os indivíduos estejam atentos às estratégias empresariais a que são submetidos quando 
adquirem um produto. 
Consequentemente, as estratégias empresariais impulsionam o consumismo da sociedade 
contemporânea. Segundo Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, o consumo, na sociedade pós-
moderna, é uma condição indispensável a vida. Nesse cenário, o ato de futilizar as mercadorias faz 
com que os indivíduos sejam influenciados a comprar um produto novo mesmo que o seu ainda 
atenda às suas necessidades, gerando o consumo e compra obsessivos como forma de encaixar-
se em determinado contexto social, e, indiretamente, colaborando no cenário de degradação 
ambiental provocado pelas fábricas. Portanto, a sociedade do "consumo, logo existo", descrita por 
Bauman, é calcada em padrões de consumo que necessitam ser revistos tanto individual, quanto 
coletivamente. 
A obsolescência programada é um desafio em questão hodiernamente, por conseguinte, 
medidas devem ser adotadas. É cabível à mídia, por meio dos canais de comunicação de maior 
repercussão, divulgar orientações que atentem sobre os mecanismos utilizados por empresas para 
a obtenção de lucros, com a finalidade de formar opiniões críticas e decisões conscientes no ato 
da compra. Ademais, convém ao Ministério da Educação, com palestras em escolas e locais 
públicos, divulgar a importância do consumo consciente e sustentável, a fim de incentivar o corpo 
social a realizar trocas e reutilizar mercadorias no lugar de comprar produtos novos com elevada 
frequência. Dessa forma, o controle do mercado consumidor, objetivado pelo cartel dos europeus 
e americanos, poderá ser melhor compreendido pelos indivíduos que, gradativamente, terão mais 
consciência sobre a manipulação do consumo imposta pelo sistema capitalista. 
Tema: os efeitos trazidos pelas mudanças no mercado de trabalho de trabalho 
 
A Teoria da Evolução, de Charles Darwin, sugere que os indivíduos mais bem adaptados ao 
meio têm maiores chances de sobrevivência que os menos adaptados. De maneira análoga, as 
mudanças observadas no mercado de trabalho contemporâneo apontam para a necessidade deadaptação da sociedade, onde indivíduos serão atingidos de maneira antagônica. Nessa 
perspectiva, convém analisar os efeitos da inercial problemática. 
 Embora a mecanização da produção e dos serviços represente uma evolução, o elevado 
desemprego é um efeito recrudescente desse cenário. A 4ª Revolução Industrial é um tópico em 
questão na nova era, onde há convergência dos mundos físico, digital e biológico. Nesse 
paradigma, a mão de obra não qualificada é facilmente substituída pela máquina e, certamente, a 
afluência do desemprego e redução dos salários será de grande impacto, alterando 
significativamente a forma como a sociedade se relaciona com o mercado de trabalho, ao mesmo 
tempo que descartará profissões outrora necessárias. Portanto, é essencial que subterfúgios sejam 
alcançados para a adaptação às mudanças em frente a nova era. 
 Outrossim, a desigualdade social, característica da sociedade pós-moderna, é acentuada 
com as mudanças no mercado de trabalho. Sob a perspectiva de São Tomás de Aquino, todos os 
indivíduos de uma sociedade democrática possuem a mesma importância, além dos mesmo 
direitos e deveres. No entanto, sabe-se que no Brasil, assim como em outros países 
subdesenvolvidos, grande parte da população não possui acesso a um direito básico: a educação. 
Desse modo, em vista da perspectiva de substituição dos serviços, os estratos sociais que não 
possuem condições de aperfeiçoar seu aprendizado e habilidades e de reinventar-se em suas 
profissões serão, naturalmente, excluídos do mercado de trabalho, centralizando ainda mais o 
poder econômico. Logo, é necessário que a garantia de acesso à educação seja prioridade para a 
população vulnerável. 
 Os efeitos trazidos pelas mudanças no mercado de trabalho são um desafio na sociedade 
hodierna, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém a mídia, por meio de programas 
de TV, sites e redes sociais, abordar com mais ênfase como os avanços tecnológicos afetam o 
mercado de trabalho, para que os indivíduos tenham uma visão mais crítica sobre suas profissões 
e possíveis adaptações futuras. Ademais, o Ministério da Educação, com a ampliação de cursos 
técnicos e de especialização, deve garantir o acesso ao ensino profissionalizante às populações 
de baixa renda, a fim de assegurar futuros empregados qualificados e preparados para os óbices 
da nova era. Com essas medidas, será possível adaptar os indivíduos para as mudanças no 
mercado de trabalho, em consoante à Teoria da Evolução de Charles Darwin. 
Tema: Os prejuízos da leitura negligenciada 
 
 Na Idade Média, como forma de controlar as crenças da população, a Igreja escondeu e 
destruiu diversos livros para evitar que o povo tivesse acesso ao conhecimento, dessa forma, o 
conhecimento científico e tecnológico ficava restrito aos círculos do clero. Contudo, o acesso à 
leitura hoje é facilitado pelas diversas ferramentas à disposição nos meios comunicativos e digitais. 
Esse acesso simplificado ocasionou o advento de mudanças no meio literário que, por vezes, 
atingem o indivíduo de maneira antagônica. Nessa perspectiva, convém analisar a negligência da 
leitura e seus prejuízos. 
 A princípio, a superficialidade dos textos digitais é uma implicação recrudescente da 
problemática. A esse respeito, o filósofo Immanuel Kant propôs a “menoridade intelectual”, 
caracterizando como a incapacidade do indivíduo de pensar por si mesmo. Nessa perspectiva 
filosófica, é possível perceber que a frivolidade das informações contidas nos textos de redes 
sociais leva os indivíduos a perderem a capacidade de argumentação própria, pois, certamente, o 
conhecimento advindo dessas leituras é raso e restringe o desenvolvimento de ideias alternadas 
da conjuntura observada. Portanto, é necessário incentivar o aprofundamento dos conhecimentos 
e argumentos em detrimento de sua síntese. 
 Outrossim, a digitalização da leitura também é um efeito da problemática. Em 2007, a 
Amazon lançou um aparelho chamado “Kindle”, que tem como função a leitura de livros digitais, 
tendo hoje vários adeptos. Nesse cenário, o advento do livro digital democratiza de modo eficaz o 
acesso à leitura, em contrapartida, é notável a desvalorização de bibliotecas e livrarias que 
possuem grande valor histórico e cultural, além de contribuir no mercado da pirataria digital, 
desqualificando o trabalho do escritor, quando sua obra circula gratuitamente. Logo, é 
imprescindível que a leitura impressa não seja desqualificada, haja vista sua importância cultural e 
histórica. 
 Os prejuízos da leitura negligenciada representam um desafio e, por conseguinte, medidas 
devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Educação, por meio de campanhas que devem ser 
divulgadas nos meios de comunicação e amplamente compartilhadas nas redes sociais, atentar 
sobre aos prejuízos de basear o conhecimento em informações superficiais da internet, para 
incentivar o diálogo racional de ideias diferentes, evitar falácias da argumentação e divulgação de 
informações falsas. Ademais, cabe ao Ministério da Cidadania, com investimentos estáveis e 
adequados, ampliar as bibliotecas públicas e atualizar seus acervos literários, para assim, valorizar 
os livros impressos e estimular a preservação de obras e documentos históricos. Com essas 
medidas, será possível, gradativamente, amenizar os prejuízos ocasionados pela leitura 
negligenciada e usufruir das ferramentas facilitadoras do acesso ao conhecimento, não mais restrito 
ao poder da Igreja, como na Idade Média. 
Tema: A persistência da LGBTfobia no Brasil 
 
No dia 28 de junho de 1969, Stonewall, um bar gay em Nova York, alvo de frequentes 
ataques, rebelou-se contra uma ação preconceituosa de policiais. Esse episódio ficou conhecido 
como "Rebelião de Stonewall" e lançou as bases para o início do movimento LGBT. Hoje, o 
preconceito contra a comunidade LGBT ainda persiste, representando um desafio em questão. 
Nessa perspectiva, convém analisar os fatores que influenciam a inércia problemática. 
Compreender a persistência da LGBTfobia requer resgatar a formação histórica da 
sociedade. De acordo com a teoria ‘’Habitus’’ do sociólogo Pierre Bourdieu, as estruturas sociais 
são incorporadas no processo de socialização o que faz com que comportamentos e crenças sejam 
naturalizados e reproduzidos ao longo de gerações. Nesse sentido, a reprodução de pensamentos 
discriminatórios está relacionada com a permanência de posturas conservadoras, que estabelece 
um padrão nos relacionamentos sexuais e na formação familiar, naturalmente, repudiando 
comportamentos divergentes. Logo, a contemporaneidade tem em suas estruturas raízes arcaicas 
cujos impactos se refletem no preconceito estruturado socialmente. 
Outrossim, é indubitável que a inocuidade jurídica brasileira é impulsionadora da 
problemática. A recente criminalização da LGBTfobia marcou o encerramento de um longo 
processo de debate e abriu o país para experiências ausentes em Cartas anteriores. Todavia, 
segundo o filósofo Nicolau Maquiavel, de nada adianta um Estado de Leis, caso elas não sejam 
praticadas. Tal realidade fica exposta, satisfatoriamente, quando se analisa criticamente as altas 
taxas de morte de transexuais no Brasil. Assim, percebe-se certa ineficiência dos atores públicos 
de fiscalização e regulamentação no que tange ao cumprimento legislativo. 
A persistência do preconceito contra a comunidade LGBT representa um desafio 
hodiernamente, por conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da 
Educação, por meio dos eixos transversais de ensino, realizar palestras e rodas de debate nas 
escolas, incentivando a discussão do conceito de família contemporânea e a importância do diálogo 
acerca da sexualidade, com o fito de formar indivíduos racionais e abertos à aceitação das 
diferenças individuais. Ademais, o Ministério da Cidadania deve, por meio de mídia, criar 
campanhas que divulguema necessidade de combate ao preconceito sexual, ressaltando a 
importância da criminalização da LGBTfobia. Essas campanhas devem ser amplamente divulgadas 
e compartilhadas nos meios de comunicação, a fim de estimular a participação proativa dos 
diferentes segmentos sociais no combate ao preconceito. Com essas medidas, será possível, 
gradativamente, minorar os impactos do preconceito na sociedade e impedir que cenas como do 
Stonewall se repitam. 
Tema: População em situação de rua em questão no Brasil 
 
 Promulgada pelo ONU em 1948, a Declaração Universal dos Direitos Humanos garante a 
todos os indivíduos o direito à moradia e ao bem-estar social. No entanto, quando se observa a 
população em situação de rua no Brasil, verifica-se que esse ideal legislativo é constatado na teoria 
e não desejavelmente na prática, e a problemática persiste intrinsecamente ligada à realidade do 
país. Nessa perspectiva, cabe avaliar os fatores que favorecem esse quadro. 
 De fato, a questão Constitucional e sua aplicação estão entre as causas do problema. De 
acordo com o Artigo 5º da Carta, todos os indivíduos são iguais perante a lei, impondo-se ao Poder 
Público e à coletividade o dever de assegurar a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade e à 
segurança. Nesse sentido, é perceptível que no Brasil o Estado não consegue ou não demonstra 
interesse em oferecer condições dignas de vivência à população de rua, que subsiste à margem 
da sociedade em circunstâncias, certamente, inviáveis à sobrevivência e manutenção da dignidade 
humana. Portanto, é inconcebível a aceitação da ineficácia do Poder Público pela sociedade e pelos 
órgãos cabíveis. 
 Outrossim, a inércia da sociedade frente aos indivíduos em situação de rua é um fator 
recrudescente da problemática. Para Zygmunt Bauman, sociólogo polonês, a sociedade pós-
moderna é caracterizada pela individualidade, abdicando a concepção de bem-estar social coletivo. 
Nessa perspectiva sociológica, é possível observar que os moradores de rua se converteram em 
indivíduos invisíveis aos olhos da sociedade, tornando-se um fato social ignorá-los e normatizar 
sua permanência nas ruas, o que, naturalmente, contrapõem-se as noções de cidadania e 
solidariedade humanas, dificultando, desse modo, a ressocialização dos sujeitos e seu egresso da 
via pública. Logo, é imprescindível a busca por estratégias que mobilizem e sensibilizem a 
população na prestação de auxílio aos sem-teto. 
 A população em situação de rua representa um desafio hodiernamente no Brasil, por 
conseguinte, medidas devem ser adotadas. Convém ao Governo Federal, por meio de políticas 
públicas, a construção e ampliação de albergues para moradores de rua. Nesses locais devem ser 
oferecidos alimentação e moradia provisória, além de auxílio psicológico e assistência social, a fim 
de que esses indivíduos tenham oportunidade de superar a situação de falta de habitação. 
Ademais, cabe as ONGs de apoio aos desabrigados, pela mídia, a criação de campanhas de 
mobilização para oferta de refeições aos moradores de rua, com ajuda de voluntários, para, assim, 
impulsionar a ressocialização desses cidadãos e mitigar seu sofrimento. Dessa maneira, 
oferecendo oportunidades e apoio, será possível, gradativamente, garantir na prática as diretrizes 
da Declaração Universal dos Direitos Humanos proposta pela ONU. 
Tema: Pichação e grafite nos centros urbanos 
 
No final dos anos 70, Jean-Michael Baquiat deixava sua marca com mensagens poéticas 
grafitadas nas paredes dos prédios abandonados de Manhattan, despertando a atenção da 
impressa novaiorquina. Baquiat foi reconhecido como um dos mais importantes artistas do século 
XX, recebendo o rótulo de neoexpressionista. Apesar do reconhecimento no meio artístico, a 
pichação e o grafite levantam opiniões divergentes, ora classificada como vandalismo, ora como 
arte, revelando a necessidade de debate sobre a problemática. 
É fato que a arte urbana é uma forma de expressar a opressão vivida pela sociedade. Na 
Ditadura Militar, Vallauri, grande expoente do grafite no Brasil, contribuiu com sua arte no 
movimento por eleições diretas no final do regime, pintando os muros da capital com araras e 
frangos que reivindicavam "Diretas Já". Nesse sentido, a arte urbana é, certamente, um modo de 
dar visibilidade e projeção social aos jovens periféricos, que encontram no grafite caminhos para 
enfrentar a desigualdade social e espacial dos grandes centros urbanos, e dar um aspecto dinâmico 
à paisagem monocromática das cidades. Portanto, o grafite não deve ser ignorado, e sim, 
incentivado, pois reflete os problemas vigentes no cenário social e político da sociedade em 
diferentes períodos. 
Outrossim, faz-se mister salientar que o vandalismo, expresso pela pichação, é uma conduta 
penalmente reprovável. A Constituição Federal de 1988, considerada pichação ou qualquer outro 
meio de conspurcar edificações e monumentos públicos como vandalismo e crime ambiental. 
Nesse panorama, o repúdio à pichação deriva do fato de que, muitas vezes, elas ocorrem em locais 
públicos, construídos com o dinheiro público e, naturalmente, com os impostos pagos pela 
população, que observa na pichação, o desrespeito à estética citadina ou, até mesmo, o 
descontentamento com frases insultivas que por vezes são expostas. Desse modo, é preciso 
fomentar práticas e políticas públicas que ofereçam espaço adequado a esse tipo de expressão, 
garantindo o direito de liberdade de manifestação e protegendo o patrimônio público. 
A pichação e o grafite são, ainda hoje, conceitos controversos socialmente, por conseguinte, 
medidas devem ser adotadas. Convém ao Ministério da Cidadania, por meio da destinação de 
locais públicos adequados, incentivar o grafite de murais nas cidades, como forma de incentivar a 
prática da arte urbana de modo civilizado, além de dar visibilidade aos artistas locais e embelezar 
o espaço urbano. Ademais, urge as prefeituras municipais, com recursos e campanhas viáveis, a 
criação de políticas públicas que levem arte, esporte e cultura para os locais periféricos, dispondo 
de espaços adequados para que os jovens possam expressar-se de outras maneiras que não o 
picho, a fim de mitigar os danos ao espaço público e ao patrimônio histórico e cultural das cidades, 
além de oferecer subsídios ao jovem periférico. Com essas medidas, será possível, 
gradativamente, garantir a aceitação da arte urbana como forma de expressão artística, consoante 
ao reconhecimento do neoexpressionista Baquiat.

Outros materiais