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PIRES, Alãine Cássia da Cunha; MATSUDA, Alice Atsuko. Formação do leitor: dificuldades e desafios. Revista Práticas de Linguagem, Juiz de Fora, v. 3, n. 2, p. 187-208, dez. 2013. Disponível em: https://www.ufjf.br/praticasdelinguagem/files/2014/01/187-%E2%80%93-208-Forma %C3%A7%C3%A3o-do-leitor.pdf. Acesso em: 01 julho 2021. “Um dos sintomas da crise do ensino da literatura é a falta de leitura por parte dos estudantes. Sabe-se que essa carência recai sobre outros tipos de problemas como a não assimilação da norma linguística, que impede o entendimento dos textos; o desinteresse pela matéria escrita dificulta a continuidade do processo de leitura e, portanto, a aquisição do saber. [...]” (p. 188) “[...]É preciso que a criança/aluno usufrua de um ambiente que estimule a leitura, pois quem for capaz de ler bem qualquer texto terá mais probabilidade de adquirir o conhecimento necessário para a sua vida.” (p. 188) “[...]as bibliotecas não possuem livros suficientes, principalmente livros de literatura infantil e juvenil.” (p. 189) “[...] é essencial que o professor conheça o acervo literário, infantil, juvenil ou adulto para selecionar os textos, de acordo com a vivência de mundo, experiência como leitor ou gosto dos alunos.” (p. 194) “Com o passar do tempo, a educação começou a reconhecer diversos gêneros textuais da esfera social. As tipologias textuais descritivas, narrativas e dissertativas eram as únicas a serem trabalhadas em sala de aula. Entretanto, diante da necessidade de uma leitura mais aperfeiçoada para alcançar o objetivo de conquistar leitores, foram sugeridos novos trabalhos com diversos gêneros textuais. Os gêneros textuais são todos os textos produzidos pelos usuários de uma língua, literários ou não.” (p. 195) “O professor utiliza o livro didático em praticamente todas as aulas, pois além de ser oferecido pelo governo, é de fácil acesso. As aulas são preparadas pelo professor de acordo com o que propõe o livro didático. Infelizmente, os livros literários não são utilizados com frequência. Às vezes, o professor leva os alunos à biblioteca para que escolham o livro preferido.” (p. 196) “Nota-se, porém, que o professor deveria determinar primeiro o gosto dos alunos, as preferências deles, o nível de maturidade como leitor, para depois selecionar as obras que se pretende trabalhar.” (p. 196-197) “Outra questão observada foi quanto à dificuldade de adquirir material, pois se a biblioteca não possui exemplares suficientes para todos os alunos, cabe ao professor ‘retirar dinheiro do próprio bolso’ para completar as necessidades.”(p. 197) FERES, Beatriz dos Santos. A escola faz questão de leitores autônomos ou autômatos? Ecos de Linguagem, Niterói, n. 3, p. 1-19, 2014. “Os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) igualmente revelam o insucesso da escola no que se relaciona ao preparo do cidadão, que deveria desenvolver uma autonomia suficiente para se posicionar diante da sociedade e adotar uma visão crítica do mundo que o cerca.” (p. 2) “A autonomia leitora só será completa quando o indivíduo for capaz de reconhecer os signos que compõem a materialidade do texto, sejam eles palavras, imagens, sons, gestos etc., e relacioná-los, não só entre si, de acordo com o modo como são organizados, mas também com suas circunstâncias de uso, considerando os papéis dos interlocutores envolvidos na troca comunicativa, o meio cultural em que atuam e os modelos pré-configurados em que os textos se baseiam.” (p. 3) “O bom leitor deve reconhecer, nas palavras, o mundo que o cerca, com seus valores e crenças, seus preconceitos e rupturas, seu jeito de viver.” (p. 18) CAVÉQUIA, Marcia Aparecida Paganini; MACIEL, Aline Guilherme. A formação do leitor crítico e autônomo: por que e por quais meios?. In: CONGRESSO DE LEITURA DO BRASIL, 17º., 2009, Campinas. Anais... Campinas: FE - Unicamp, 2009. “[...] no Brasil, há uma grande parcela da população que não está apta para lidar com as mais variadas situações de leitura que a vida cotidiana apresenta.” (p. 1-2) “[...] excesso de informações que bombardeiam os cidadãos contemporâneos traz consigo contradições que geram terríveis dúvidas das ‘certezas’ e ‘saberes comprovados’ que são repassados pela mídia. Quantas vezes já nos alimentamos de algo por que um noticiário disse que faria bem e, passado algum tempo, nova informação é veiculada levando-nos a crer que aquele mesmo alimento já não é mais tão saudável como supúnhamos.”(p. 4) “O leitor do mundo virtual tende, portanto, a selecionar aquilo que forneça uma leitura rápida, sucinta e objetiva. Esse autor acrescenta que a maioria das pessoas não lê os conteúdos disponibilizados pela internet, seja pela facilidade de buscar outras informações, seja pelo desconforto da leitura em um monitor, bem como sua portabilidade, causando certo desconforto, ao contrário do material impresso que permite a leitura em lugares mais aconchegantes.” (p. 4-5) “[...] a escola deve tirar proveito dessa motivação e da grande habilidade dos alunos em lidar com as novas tecnologias e, assim, buscar alternativas para lidar com a nova mídia e o ciberleitor.” (p. 6) “Leitura crítica e leitura mecânica são diferenciadas pelo fato de a primeira ser influenciada pelos significados que o leitor já havia construído, ou seja, pelas leituras do mundo afora que colaboraram com a construção do mundo interior do leitor. Já a leitura mecânica apenas ressoa como um sino no deserto, sem sentido, sem significados. Em outras palavras, é somente o ato de decodificar a mensagem.” (p. 7-8) “É necessário que o aluno, por meio das leituras de seu mundo, encontre significados para si mesmo ao ler as escritas construídas pelo mundo do outro. Possuir o saber crítico é possuir a capacidade de transformar o seu mundo por meio do mundo de outro, e vice-versa.” (p. 8) “Leitor autônomo, a nosso ver, seria aquele que é capaz de buscar por leituras, nos mais diferentes suportes e de acordo com suas mais variadas necessidades. Nessa busca, ele age com poder de decisão, escolhendo o que ler e o que não ler.” (p. 9) “[...] o leitor crítico é aquele que busca cada vez mais o conhecimento e sua compreensão em detrimento do processo superficial da informação, e o sujeito autônomo aquele que se envolve em atividades que contribuam para o seu crescimento.” (p. 10) “Discutir as diversas informações midiáticas e permitir que o aluno ponha em questão os temas tratados tanto fora como no interior da escola são pré-requisitos essenciais na construção do leitor crítico e autônomo.” (p. 11) “O clichê de que ser autônomo e crítico é privilégio inato de alguns e que faz parte da personalidade de poucos privilegiados deve ser refutado, principalmente no ambiente escolar.” (p. 11) KRUG, Flavia Susana. A importância da leitura na formação do leitor. Revista de Educação do Ideau, Caxias do Sul, v. 10, n. 22, p. 1-13, dez. 2015. Disponível em: https://www.bage.ideau.com.br/wp-content/files_mf/4644be6704aa0facbf42315e890 d07f6277_1.pdf. Acesso em: 26 jun. 2021. “A leitura é responsável por contribuir, de forma significativa, à formação do indivíduo, influenciando-o a analisar a sociedade, seu dia a dia e, de modo particular, ampliando e diversificando visões e interpretações sobre o mundo, com relação à vida em si mesma.” (p. 1) “A escolha de bons livros, em especial os literários, favorecerá sua capacidade de criar, sensivelmente, sua individualidade cultural, comprotendo-o com demais práticas fundamentais do ato de ler.” (p. 2) “Sendo assim, deve-se provocar não somente o resgate pelo gosto da leitura, mas também e em especial, a compreensão da mesma. Nesse processo, o professor identificará interesses e dificuldades do ato de ler em seus alunos, proporcionando-lhes ampliar e estreitar o diálogo. Com isso, reforçará a leitura, frente às modificações modernas que enfrenta-se, proporcionou como até então, e proporcionar-lhes-á, futuramente, bem mais.” (p. 3) “[...] o sujeito leitor é induzido a aprender a compreender, interpretar e inserir-se no universodo pensamento de outra pessoa - o autor - compartilhando pensamentos, ideias e hipóteses, aceitando, ou contrapondo-se ao que analisa.” (p. 3) “[...] no momento da leitura, trocam-se valores, crenças, gostos, que não pertencem somente ao leitor, nem tão-somente ao autor do texto, mas, sobretudo, a um conjunto sociocultural.” (p. 5) “Cabe à escola organizar, criar e adequar, em sua grade curricular, propostas e estratégias efetivas de leitura, favoráveis à formação de leitores competentes, estando atenta às questões sociais em que ela estiver ausente. Tal situação torna-se mais presente com o passar dos dias, confirmando-se como um dos motivos relacionadas à exclusão social e cultural dos membros de uma sociedade detentora de inúmeros contrastes.” (p. 7) “Pode-se entender que a função da escola consiste em desenvolver no educando a capacidade de aprender a aprender, estruturando suas práticas pedagógicas com vistas à formação moral e social do indivíduo, incluindo a estruturação de um sistema contínuo de troca de informações, amparado por uma biblioteca com acervo capaz de suprir as demandas da leitura, bem como por outros ambientes de apreciação da escrita onde haja circulação e aproveitamento do conteúdo de livros, recorrendo a profissionais qualificados.” (p. 7) “Para uma grande massa da população, na grande maioria das vezes, a única proximidade com o livro, faz-se no encontro com colegas, professores e escola. Aqui, deparamo-nos com o maior desafio do mediador da leitura, que consiste em perceber, pensar, orientar e executar a mesma, parte substancial do processo de ensino-aprendizagem, com ampla expressividade, agregando diferenciais ao que será projetado e sua execução, possibilitando intimidade com coerência diante do hábito de ler, fortalecendo vínculos do leitor com tal prática, eliminando, portanto, a tão percebida aversão ao mesmo.” (p. 8) “[...] a sociedade capitalista aceita tal diferenciação do valor que a leitura possui, conferindo à escrita, a função de discriminação, privilegiando o ato de lerescrever, de forma a produzir e franquear a diversidade do conhecimento.” (p. 9) “É preciso compreender a leitura, como elemento fundamental para a aproximação do leitor com o mundo que o cerca e que a prática proporciona o alargamento de possibilidades para sua efetivação. Abordar a leitura como finalidade geradora de perspectivas, é capaz de proporcionar parcerias importantes que viabilizam o diálogo entre leitor e autor.” (p. 11) VALLE, Maria de Jesus Ornelas. A formação do leitor competente: Estratégias de Leitura. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2008. Curitiba: SEED/PR., 2011. V.1. (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.gestaoescolar.diaadia.pr.gov.br/arquivos/File/producoes_pde/artigo_mari a_jesus_ornelas_valle.pdf. Acesso em: 26 jun. 2021.. ISBN 978-85-8015-039-1. “Entendemos que é através do movimento entre teoria e prática em situações reais de leitura, que o professor poderá com lucidez perceber a possibilidade concreta de acesso ao conhecimento, tornando-se e formando leitores autônomos e competentes.” (p. 3) “A escola é lugar de compartilhar conhecimentos. Na escola, a criança e o adulto interagem numa relação social específica, a relação de ensino.” (p. 4) SABATINE, Heloise Marques; GONÇALVES, Jaynne Kathleen Bueno. Estratégias de Leitura na Formação do Leitor Autônomo. In: CONGRESSO NACIONAL DE INICIAÇÃO CIENTÍFICA, 15º., 2015, Ribeirão Preto. Anais Ribeirão Preto: Universidade de Ribeirão Preto, 2015. p. 1-9. “A autonomia leitora se estabelece quando o leitor interage com o texto, identificando elementos explícitos e implícitos no texto. O leitor autônomo estabelece relações entre o texto que lê, outros já lidos e as próprias experiências vividas.” (p. 5) “A leitura não deve ser algo que a escola faz só para que sejam realizadas atividades. Ler para alguém sem ao menos anunciar a leitura, sem deixar que as hipóteses acerca do título apareçam ou não permitir diálogos após a leitura é sacrificar lentamente o desejo de ler.” (p. 5) “O gosto pela leitura não surge espontaneamente no indivíduo. É preciso ensinar esse indivíduo a ler. O leitor proficiente se constitui a partir da prática constante de leitura, inclusive para aqueles que ainda não sabem ler.” (p. 5) “Uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo professor ainda é o fato da prioridade dada, pela escola, à produção de texto. Durante a vida escolar, o aluno é mais exposto a atividades de escrita, enquanto a leitura fica em segundo plano.” (p. 5) “É no mundo maravilhoso da ficção que o indivíduo se depara, ao mesmo tempo, com a diversão e problemas psicológicos que despertam diversos sentimentos. Cada narrativa traz em si, diferentes comportamentos sociais que levam o leitor a refletir sobre este e sobre seu próprio comportamento, conhece outros modos de vida. A leitura deve ter caráter prazeroso e nunca uma atividade obrigatória.” (p. 6) “O ensino da leitura e uso das estratégias de leitura é essencial à formação do sujeito crítico para sua atuação na sociedade em que vive. Cabe a escola e ao professor proporcionar ambientes leitores e oferecer leitura de qualidade que contribua com a formação humana do aluno.” (p. 9) LIMA, Daniel Fernandes; FERREIRA, Lúcia Gracia. Leitura e escrita na escola: desafios e possibilidades na formação de leitores e escritores. Revela, Praia Grande, n. 7, p. 1-10, abr. 2010. Disponível em: http://www.fals.com.br/revela/revela027/edicoesanteriores/ed7/Artigo7_VII.pdf. Acesso em: 26 jun. 2021. “Crianças das classes média e alta, por exemplo, têm acesso a possibilidades e a recursos que as crianças de classe baixa não possuem: livros; jornais; internet; pais de grau escolar elevado e praticantes de leitura e escrita em seu dia-a-dia, o que influencia o interesse dos seus respectivos filhos. É neste ponto que a escola deveria assumir um papel social que visa à inclusão de todos os seus alunos, ricos ou pobres, brancos ou negros, na sociedade e no mundo.” (p. 5-6) “É importante ressaltar que uma didática democratizante do ensino da leitura e escrita, adotada pelos profissionais de língua portuguesa, pode possibilitar mudanças coletivas e individuais nas pessoas envolvidas direta e indiretamente no sistema educacional.” (p. 7) RAUEN, Adriana Regina Feltrin. Práticas pedagógicas que estimulam a leitura. In: PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Superintendência de Educação. O professor PDE e os desafios da escola pública paranaense, 2008. Curitiba: SEED/PR., 2011. V.1. (Cadernos PDE). Disponível em: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/390-4.pdf. Acesso em: 26 jun. 2021.. ISBN 978-85-8015-039-1. “Ler é condição necessária para a conquista da cidadania e participação social, para o acesso a informações que circulam das mais diversas maneiras, assim como para ingressar no mundo do trabalho. No entanto, mesmo diante de sua relevância, a leitura ainda é praticada por um número muito pequeno de brasileiros.” (p. 4) “O problema do ensino da leitura na escola ocorre na própria conceitualização do que é a leitura, na forma com que é avaliada pelos professores, no papel que ocupa na Proposta Pedagógica da Escola e, naturalmente, nas práticas pedagógicas que são adotadas para ensiná-la.” (p. 5) “O ato de ler corresponde ao processo de apreensão da realidade que cerca o indivíduo. Essa realidade se revela ao leitor através de variadas linguagens. Portanto, o ato de ler não diz respeito à apreensão da realidade somente através da leitura do texto escrito: é a interpretação do pensamento expresso por símbolos da escrita com a vivência e a afetividade do leitor.” (p. 6) “O ato de ler pode representar não apenas uma condição intelectual, mas também uma condição de libertação: a de poder ser um leitor mais autônomo e crítico de qualquer texto, em várias linguagens, do mundo que o rodeia, ou de mundos diferentes do seu.” (p. 8) “A leitura e o domínio dalinguagem, atualmente, são considerados instrumentos de apropriação de conhecimentos que contribuem para melhor desenvolvimento e realização pessoais, maior grau de autonomia para o indivíduo atuar na sociedade, condições para o exercício pleno da cidadania.” (p. 9) “O primeiro passo para a formação do hábito da leitura na escola diz respeito à seleção de material, que deve servir para informação e recreação, e não ser imposto como obrigação, uma vez que a passagem pela escola, muitas vezes, é a única oportunidade que o aluno tem de entrar em contato com a leitura.” (p. 18) “É interessante que o professor não se limite a utilizar apenas alguns tipos de textos; sempre que possível deve-se trabalhar com textos variados que apesar de não serem os mais habituais às práticas escolares [...]”. (p. 21) “[...] o trabalho buscando a promoção da leitura em sala de aula, os alunos devem ser estimulados a freqüentar espaços de leitura como a biblioteca escolar e bibliotecas públicas.” (p. 25) “O uso de diferentes recursos possibilita diferentes experiências e visões de mundo. Cada um desenvolve habilidades diferentes no processo de letramento e, portanto, um não pode substituir o outro.” (p 26)